Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tratamento farmacológico dos distúrbios afetivos Depressão: polimorfismo genético Transtorno bipolar é diferente da depressão. O paciente que tem depressão se pergunta sobre o “eu” é ruim, não consegue fazer atividades diárias. Com relação ao transtorno bipolar, o “eu” dele consegue definir com boas palavras Bupopriona: usada em casos de vício em tabaco e alcoolismo. Trata a depressão e o vício. Antagonista de 5HT1A e aumenta as concentrações de noradrenalina (isso ajuda a melhorar o vício: compensação da liberação da noradrenalina pela nicotina) Sintomas adversos: TGI (náusea, tontura e vômito: são os mais comuns), alteração do sono, do apetite Caso trate o paciente só de forma medicamentosa, vai usar o medicamento a vida toda, por isso há grandes benefícios da terapia cognitivo comportamental para pacientes com depressão. Questão fisiológica + comportamental Receptores semelhantes a nível intestinal, por isso os efeitos colaterais mais comuns são os do TGI Serotonina: mais comum de causar a depressão (a falta dela) Paciente que foi diagnosticada com depressão unipolar moderada. Tristeza profunda, falta de energia, insônia, perda de apetite e desinteresse pelas atividades cotidianas. Maria não tem histórico de transtornos psiquiátricos anteriores e não faz uso de medicações regularmente · Tratamento de depressão unipolar moderada: inibidor da recaptação seletiva de serotonina: isso quando não há vício. Após 3 meses, se a paciente volta, pode aumentar a dose ou então a paciente relatada que não teve melhora significativa e tem muita náusea: troca de medicação para um dual (não seletivos: duloxetina). Caso a insônia não melhora, usa um tricícilo ou tratar a depressão durante o dia e oferece um medicamento para dormir (ex: zolpidem) · Se o paciente não reclama de efeito colateral, aumenta a dose · Seletivos, duais, atípicos, tricícilos: tratamento de depressão Depressão: - Sintomas psíquicos: humor depressivo (autodesvalorização e sentimento de culpa) e diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar ou tomar decisões - Sintomas fisiológicos: alterações do sono e apetite; retardo do pensamento e ação - Evidências comportamentais: retraimento social, crises de choro, comportamento suicida - No primeiro mês de tratamento deve oferecer mais atenção ao paciente, já que os sintomas exacerbam - Base farmacológica: . Falta de noradrenalina; excesso de GABA/ glutamato; falta de serotonina . Excesso de glutamato, mesmo sendo excitatório, pode gerar depressão, porque pode gerar morte celular Receptor NMDA: do tipo canal que permite a entrada de cálcio na célula. Quando há excesso desse íon, pode formar espécies reativas de oxigênio que direcionam a célula pela via de sinalização de proteínas cinases para a apoptose: morte celular. Gênese de depressão, Alzheimer e Parkinson Com a morte de neurônios serotoninérgicos, pode estar relacionados à depressão . Norepinefrina, dopamina e serotonina: controlam ansiedade e humor também, por isso os fármacos antidepressivos também podem ser usados para a ansiedade. · Teoria das monoaminas cerebrais: deficiência de noradrenalina e serotonina . Diminuição da transmissão de Nor e Ser . Dopa descarboxilase: transforma L-DOPA em dopamina. Muito usada no tratamento de Parkinson . Dentro das vesículas, a dopamina transforma-se em norepinefrina . Receptor alfa 2: inibitório (auto feedback): acoplado à proteína Gi: aumenta potássio e diminui o cálcio . MAOb: faz a degradação de norepinefrina ** Serotonina: recaptada pelo SERT e degrada pela MAOa . 5HT1A: autorreceptor: inibitório Gi: humor e comportamento . 5HT3: presente no intestino (associado a náuseas, vômito) · Núcleos da rafe: 5HT1 e 5HT2. Ação dos medicamentos no núcleo da rafe: gera o efeito antidepressivo, mas também implica no sono · 5HT2: função sexual, ansiedade, irritação, sono · 5HT3: centro do vômito: náusea, tontura (efeito adverso) · Efeitos antidepressivos: núcleo da rafe ** Limitações da teoria: efeitos antidepressivos clínicos em geral são apenas observados depois de 3 semanas ou mais de tratamento contínuo paciente depressivo: pouca serotonina e feedback muito ativo (diminui a liberação) Início do tratamento: feedback mais acentuado que efeito terapêutico + efeitos colaterais (tem mais serotonina: liga nos autorreceptores e nos receptores normais). Tratamento a longo prazo: Dessensibilização de autorreceptor: feedback menos eficiente e tem quantidade de serotonina para ligar nos receptores · O efeito dos fármacos antidepressivos é basal, ou seja, não adianta esperar uma euforia com o uso do medicamento (explicar sobre expectativa e realidade) · Hipótese sobre alteração de receptores: diminuição da produção ou sensibilidade deles Tratamento farmacológico - Fluoxetina: pode ser usada para crianças e gestantes. Inibidor da recaptação seletiva de serotonina . Alto tempo de meia vida: ligação forte com o receptor: fica ligado por mais tempo e isso gera menor dessensibilização do receptor . É o mais prescrito atualmente - Mirtazapina: diminui o risco de queda no idoso - Escitalopram: inibidor de recaptação seletiva com menos efeito colateral - Inibidores da degradação das monoaminas . Inibidores da MAO (IMAO) MAOa: SNC, TGI, placenta: metaboliza preferencialmente serotonina (foco principal na depressão). Moclobemida (modestamente seletivos para MAO-A reversíveis); Iproniazida (inibidores não seletivos da MAO- irreversíveis); Selegilina (em doses altas, inibe MAO-A) MAOb: sistema nervoso e plaquetas. Metaboliza dopamina (mais relacionado ao Parkinson). Seleginina Reações adversas: tontura, vertigem, náusea, cefaleia Interações: IMAO+ tricíclicos/ IRSS/ Levodopa/ anticolinérgico/ aminas simpatomiméticas: síndrome serotoninérgica (aumenta a concentração da fenda Síndrome serotoninérgica: agitação/ exacerbação do efeito . Inibidores da recaptação de monoamina: Tricíclicos: - Bloqueia SERT, NET, alfa1, M1 e H1: o efeito antidepressivo está associado aos 2 primeiros. Efeitos colaterais: boca seca e visão turva (M1), hipotensão (alfa 1), sedação (H1) - Tratamento conjugado: trata 2 sistemas que poderiam gerar depressão. - O efeito colateral depende do ponto de vista. Ex: caso o paciente tenha insônia, é bom para ele - Amitriptilina: não seletivo; Nortriptilina: seletivo para NORA - Seletivo: inibe a captação de NA; Não seletivo: inibe a recaptação de NA e 5TH - Funciona como se fosse a associação de antidepressivo + sedativo Inibidores seletivos da recaptação de serotonina - Fluoxetina e sertralina - Aumenta a serotonina na fenda sináptica - São usados no tratamento de TOC, transtorno do estresse pós traumático - Menos efeito colateral - Também pegam outros receptores, apesar de ser seletivo - Paroxetina: atua também nos receptores muscarínicos: sedação e bloqueia a produção de NOS: diminui vasodilatadores: efeitos sexuais negativos e citocromo P450: interação medicamentosa. Quase nunca é prescrito Inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina - Menos efeitos colaterais quando comparado ao tricíclico - Gera sensação de maior felicidade - Venlafaxina e duloxetina - Depressão e ansiedade - Eficácia maior que os seletivos - Venlafaxina: é dual, mas depende de dose. Em doses menores, começa com SERT- abaixo de 100mg. Acima disso, inibe SERT e NET - Reações adversas: aumento de nora (luta ou fuga) ou serotonina no sistema como todo . Inibidores do armazenamento das monoaminas: anfetamina, metilfenidato (deslocam 5HT, DA e NE de suas vesículas de armazenamento) . Atípicos: mirtazapina (bloqueia alfa 2: autorreceptor) e bupopriona (5TH1A e NET: aumenta serotonina e NET). Náusea e distúrbios do TGI Transtorno bipolar: - Uso de lítio, antiepiléptico (valproato, lamotrigina) e antipsicóticos (quetiapina, risperidona) - Lítio: medicamento específico . Simula o papel de Na e permeia os canais de forma que gere potenciais de ação: controle de serotonina e noradrenérgico . Impedea formação de IP3: bloqueia efeitos do cálcio de morte neuronal e excitabilidade prolongada . Inibe proteína quinase: diminui a apoptose e formação de amiloide
Compartilhar