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A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Farmaco - Aula 01 - Gui Farmacologia Médica (Universidade do Grande Rio) A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Farmaco - Aula 01 - Gui Farmacologia Médica (Universidade do Grande Rio) Baixado por Daniele Moraes (danielemoraes1@unigranrio.br) lOMoARcPSD|9147776 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=farmaco-aula-01-gui https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-do-grande-rio/farmacologia-medica/farmaco-aula-01-gui/10200332?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=farmaco-aula-01-gui https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-do-grande-rio/farmacologia-medica/3722703?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=farmaco-aula-01-gui https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=farmaco-aula-01-gui https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-do-grande-rio/farmacologia-medica/farmaco-aula-01-gui/10200332?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=farmaco-aula-01-gui https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-do-grande-rio/farmacologia-medica/3722703?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=farmaco-aula-01-gui G u i l h e r m e B o r g e s | 1 Farmacologia – AULA 01 Professor: Ney 13/08/2020 Introdução a Farmacologia Conceitos: Remédio: Toda substância, técnica ou prática capaz de determinar cura ou alívio. Não necessariamente precisa ser substância. É muito amplo, medicamentos são remédios, fármacos são remédios, yoga, gelo, massagem, homeopatia, fisioterapia, processo cirúrgico, etc. No entanto, nem todo remédio é fármaco ou medicamento. Droga Substância química capaz de produzir alterações fisiológicas. As alterações causadas pelas drogas podem ser benignas, que geralmente são fármacos ou podem ser tóxicas. Todo fármaco é uma droga, mas nem toda droga é um fármaco (existem drogas que causam reações tóxicas). Exemplos: Maconha no Brasil é droga, mas existem estudos que em pequenas quantidades ela pode ser fármaco. Cocaína em todo mundo é droga tóxica, pois não tem uso terapêutico. Morfina é droga, porém também é fármaco pois tem uso clínico. Heroína era droga e fármaco, porém atualmente é proibida, então é apenas droga. Dipirona no Brasil é fármaco, nos EUA já que é proibida, é droga. Medicamento Toda substância pura ou associada capaz de determinar alivio, cura, tratamento e diagnóstico. Existem medicamentos farmacêuticos e medicamentos fitoterápicos. Nome comercial e genérico ambos são medicamentos. Geralmente é composto do fármaco e mais alguns compostos. Obs: novalgina é um medicamento e um remédio, já o dipirona é remédio, medicamento e fármaco. Isso ocorre porque a novalgina é um produto comercial que contêm fármaco. Fármaco É uma substância química isolada, com estrutura química definida e uso terapêutico. Nós usamos nome químico ou genérico. É uma droga terapêutica. Todo fármaco é medicamento, droga e remédio. (ele é o grupo mais especifico). Fármaco geralmente faz parte do medicamento. É o princípio ativo. Nomenclatura de fármacos: Baixado por Daniele Moraes (danielemoraes1@unigranrio.br) lOMoARcPSD|9147776 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=farmaco-aula-01-gui G u i l h e r m e B o r g e s | 2 Os fármacos passam por diferentes etapas e então recebem diferentes denominações, basicamente seguem a ordem de: denominação por código -> denominação química -> denominação genérica -> denominação comercial. Nome em código: Tem uma função muito importante pois quando a molécula está sendo pesquisada essa molécula precisa de uma proteção contra espionagem industrial, pois você pode passar anos estudando e se algum laboratório com maior condição financeira descobrir o seu estudo por espionagem eles conseguem concluir o estudo antes que você. Então quando se inicia a pesquisa vão colocar o nome em código, e ele vai variar de quem está pesquisando. Nesse estágio não tem como a pessoa saber qual que é a molécula. EX: LARbios5Ty67 Nome químico: Quando a pessoa requere a patente do seu estudo, ela revela o nome químico da molécula, que se refere a estrutura química da substância. Após a patente não há necessidade de utilizar mais o nome em código, e sim o químico. Nome genérico: Nome comercial: Possui marca do primeiro produtor, então em inglês sempre tem o TM em cima, e no Brasil sempre tem ®. Ter esse ® faz ele ter o produto como marca registrada. O nome comercial existe para concretizar sua marca no mercado e se tornar o produto de referência. a pessoa quando requere patente tem um tempo de 20 anos para somente ele produzir e vender, no entanto desde toda aprovação e pesquisa dele, você perde uns 8 anos só nisso, logo tem apenas 12 anos como exclusivo para venda, então você perde o direito do produto e vai ter muita competição, então nesse tempo de exclusividade a pessoa precisa concretizar sua marca, logo lançam o nome comercial no intuito de fidelizar a marca. Então quando você compra o produto está enorme o nome comercial e pequeno o genérico. Obs: o produto ser uma marca registrada para o doente não é bom e também não é bom para o médico, pois o médico pode atender alguém que está tomando um remédio com nome comercial diferente (Vonau e Aldacetran), então é mais fácil trabalhar pelo nome genérico (que é o nome do fármaco). Obs: sildenafila é o nome genérico do estimulante que a marca referência é o viagra, já se algum laboratório produzir uma sildenafila idêntica ao viagra, ela passa a ser o produto genérica, já o pramil é um produto que contêm a sildenafila e compete com o viagra, logo ele é o produto similar. O medicamento similar é um medicamento autorizado a ser produzido após o prazo da patente de fabricação do medicamento de referência com o mesmo princípio ativo, mesma concentração, forma farmacêutica podendo ser diferente somente em características relativas ao tamanho do produto, embalagem, rotulagem, excipiente e veículos. Exemplos: o Dipirona é nome genérico e novalgina é o nome comercial (produto). Baixado por Daniele Moraes (danielemoraes1@unigranrio.br) lOMoARcPSD|9147776 G u i l h e r m e B o r g e s | 3 o Hiosina (nome químico) -> escopolamina (nome genérico) -> existem muitos nomes comerciais que contêm escopolamina, porém não é ela pura, como buscopan ®, ductopan ®, etc. o Nome químico Benzilpenicilina -> produto genérico penicilina G -> a penicilina G se estiver associado a sais benzatinico ele se tonar a penicilina g benzatil que tem o nome comercial de bezetacil, já se a penicilina G estiver associada a sais de potássio ela vai ser a mega pen (nome comercial), que é a penicilina direto na veia. Halopatia x Homeopatia Halopatia Halopatia significa contrário a doença. Vamos tratar a doença com algo que faz ao contrário do nosso problema. Vamos ter duas vertentes: a fitoterapia e a farmacologia. Na fitoterapia vamos usar moléculas com doses determinadas e não foi registrado como fármaco, geralmente utilizando plantas. Como utilizar uma folha, um chá ou algo assim e buscar o efeito. A maior dificuldade nesse método é dose e horários. Os fitoterápicos de sucesso costumam virar fármacos e serem comercializados. Farmacologia que utilizamos fármacos propriamente ditos. Vamos precisar saber tudo sobre o fármaco, suas doses, horários, etc, e então passar pelos estudos de segurança e lançar a mercado o medicamento. Ex: planta que causa diarreia. - Vamos fazer estudo fitoterápico para saber se ela causa aumentodo peristaltismo. - Tendo isso comprovado, vamos levar para a farmacologia e lançar um medicamento para tratar constipação. Homeopatia É um tratamento da mesma forma que a doença. Ex: tratar diarreia com um remédio para diarreia, em uma dose ínfima que chega a ser menos de 1 molécula por mL. História da farmacologia O primeiro registro medicamentoso é o Tratado de Pentsao, em 2700 antes de cristo, utilizado com ervas, logo era uma fitoterapia. Na macedônia temos o código de Hamurabi temos muitos códigos de medicamento em 2200 antes de cristo. O papiro mais famoso em termos de medicamento é o papiro de Ebers, em 1500 A.C., atualmente está em um museu Alemão, nele contêm cerca de 700 fórmulas “mágicas” além de uma descrição precisa do sistema circulatório. No Egito surgiram as terapias Standardizadas (dose única para as pessoas no mesmo tratamento) o que foi bom para padronizar tratamentos o que deixa o processo mais barato (como para fazer uma vacina) porém é ruim pelo fato de não conseguimos dar dose individualizada e ideal, além disso desenvolveram algumas especialidades medidas e programas de saúde pública. Atualmente as doses standart são calculadas para indivíduos de 170 cm e 70 kg. Os gregos acreditavam que as doenças eram castigos dos deuses, já Hipócrates (200 A.C.) já falava de ética e de livrar a medicina do misticismo (doença é castigo) e sim que doença é causa natural. Francois Magendie, no século XVII, criou as bases experimentais, com testes de fármacos. Fases da pesquisa clínica Baixado por Daniele Moraes (danielemoraes1@unigranrio.br) lOMoARcPSD|9147776 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=farmaco-aula-01-gui G u i l h e r m e B o r g e s | 4 Normalmente um produto demora em média 12 anos para conseguir ser lançado a mercado. No estágio 1 o laboratório pega 10 mil moléculas, elas entram na síntese e vão a pesquisa básica (teste em animais, compara placebo, vê se é toxico ou não). No estágio 2 é o pré clinico, das 10 mil moléculas só chegam mil, nessa fase vamos sair de um animal primitivo como um roedor para um mais evoluído. Na fase 3 só chegam 2 moléculas que é o teste em humanos, e das duas que foram a mercado, apenas uma fica. A cada 10 mil moléculas apenas uma funciona. A molécula só acaba a pesquisa após 15 anos. Obs: tudo depende da situação, quando estamos em momento de emergência como no COVID, o tempo tende a ser menor. A medida que nós evoluímos os critérios para se lançar uma droga fica cada vez maior, pois estamos ficando bem mais cuidadosos. Até 1960 a única pergunta era se ele funciona. Depois ele precisou de analise custo/benefício. Passou a responder pela eficácia por comparação. Após isso precisamos saber qual a utilidade na vida dos humanos. para o desenvolvimento de um medicamento novo a primeira parte é o teste experimental em animais (no sentido duplo cego). - Pesquisa em duplo cego tem mais validade, porém se não der costuma ser aberto ou cego simples. O teste nessa fase 1 são para verificar eficácia, toxicidade e teratogenia em animais pequenos. Na 2 fase vão para animais maiores, já é chamado de pré clínica. Depois passa para a fase clínica, na clínica 1 é usado em humanos saudáveis para verificar se é seguro. Caso ele passe dessa fase vai para a fase da clínica 2. Baixado por Daniele Moraes (danielemoraes1@unigranrio.br) lOMoARcPSD|9147776 G u i l h e r m e B o r g e s | 5 Na fase dois é utilizado um grupo pequeno de pessoas doentes e então é testado nelas para ver se tem eficácia como teve no animal e é capaz de curar. Já que o grupo é pequeno normalmente não tem amostragem para problemas (as vezes estatisticamente o problema é 1 em 1000 ou mais). Na fase 3 da clinica pega um grande número de doentes e faz o uso por algum período de tempo, caso ele seja aprovado pedimos autorização para ir a mercado, ele chega no mercado na fase 4 da clínica que é a farmacovigilância (as pessoas tem que ser cientes que é um medicamento novo), na caixa dele existe um código mostrando que ele está em experimento, caso você tenha reação que não está na bula é necessário ligar para o médico. Muitos medicamentos são retirados do mercado na fase 4. Métodos de teste: Aberto o individuo testado saber o que está sendo testado, não é bom pois tem viés de confirmação. Como se fosse perguntar qual sua cerveja favorita, boto ela em um copo e outra no outro, mas você sabe qual é qual e vai confirmar a sua por indução. Cego simples O indivíduo que está sendo testado não saber o que está usando. Pergunto sua cerveja favorita, sirvo 4 copos com cervejas diferentes e entrego para ele como A, B, C, D e E, o problema desse método é que eu vou ter tendência a dar atenção a um copo, se eu quiser que ele acerte dou ao certo e se não quiser eu faço ao contrário. Então o cego simples o aplicador sabe o que está dando, isso induz a pesquisa. Duplo cego O individuo não sabe se está tomando remédio ou placebo, e o aplicador também não sabe. Então é feito com 3 pessoas, sendo o coordenador que coloca. O coordenador serve os copos, entrega ao aplicador pro individuo beber, cole os dados e devolve ao coordenador, sendo que a pessoa do teste e o aplicado não sabem qual é qual. obs: em cirurgias por exemplo não tem como fazer duplo cego. Baixado por Daniele Moraes (danielemoraes1@unigranrio.br) lOMoARcPSD|9147776 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=farmaco-aula-01-gui