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Antigamente esse problema era conhecido como DST
(doença sexualmente transmissível) porque as infecções
podem cursar com sintomas, mas a maior parte dessas
infecções são assintomáticas (>80%). Por isso, atualmente
são denominadas IST 's (infecções sexualmente
transmissíveis) - nas quais os pacientes são portadores da
bactéria ou vírus mas não manifestam sintomas, e
geralmente tem a capacidade de transmitir a infecção
gerando um problema de saúde pública.
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
ABORDAGEM SINDRÔMICA
LAYANE SILVA
A IST é uma pandemia, houveram 200 milhões de casos
novos/ano, sendo: 131 milhões de clamídia, 78 milhões de
gonorréia e 5,6 milhões de casos de sífilis.
EPIDEMIOLOGIA
59% dos entrevistados não usaram preservativo em
nenhuma relação sexual;
17,1% usaram de vez em quando;
apenas, 22,8% usaram em todas as relações.
Em 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), elaborada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em
parceria com o Ministério da Saúde, constatou que:
No entanto, são escassos os dados epidemiológicos
relativos às DST, pois apenas AIDS, sífilis congênita e sífilis
na gestação são de notificação compulsória.
interromper a cadeia de transmissão;
prevenir novas ocorrências.
Os princípios básicos para atenção às DST, como em
qualquer processo de controle de epidemias, são:
Atuando objetivamente nos “elos” que formam essa
corrente, ou seja, detectando precocemente, tratando
infectados, e seus parceiros, adequada e oportunamente.
Por meio de aconselhamento específico, durante o qual as
orientações sejam discutidas conjuntamente, favorecendo a
compreensão e o seguimento das prescrições, contribuindo,
assim, de forma mais efetiva, para a adoção de práticas
sexuais mais seguras.
PRÍNCIPIOS BÁSICOS PARA 
ATENÇÃO ÀS DST
classificar os principais agentes etiológicos, segundo as
síndromes clínicas por eles causados;
utilizar fluxogramas que ajudam o profissional a
identificar as causas de uma determinada síndrome;
indicar o tratamento para os agentes etiológicos mais
freqüentes na síndrome;
incluir a atenção dos parceiros, o aconselhamento e a
educação sobre redução de risco, a adesão ao
tratamento e o fornecimento e orientação para
utilização adequada de preservativos;
incluir oferta da sorologia para sífilis, hepatites e HIV.
As principais características da abordagem sindrômica são:
ABORDAGEM SINDRÔMICA
Caso 1: M.A.S, sexo ♂, 22 anos. Refere ter feito sexo oral e
vaginal com uma amiga há 3 dias. Relata que a
URETRITES/SÍNDROME DO 
CORRIMENTO URETERAL
camisinha rompeu durante a
relação. Informa que sempre usa
preservativos que guarda no
porta-luvas do carro. Há 5 dias
cursa com prurido uretral, dor
uretral espontânea e disúria
intensa. Há 2 dias passou a
apresentar corrimento uretral
espesso, abundante, semelhante a
leite condensado (SIC), mais forte
pela manhã. Nega DST prévias
comorbidades e alergias.
Importante! Pacientes que referem que usam camisinhas
que foram deixadas no porta-luvas, no bolso da calça ou
camisinhas antigas, deve-se atentar pois camisinhas que
ficam expostas ao calor tendem a romper pelo
ressecamento da borracha. Assim, vale orientar o paciente
para não usar camisinhas antigas para garantir a proteção.
Iniciar tratamento antibiótico na primeira consulta
baseado numa série de sinais e sintomas (abordagem
sindrômica).
Desse modo, poderá descobrir qual a bactéria e pedir um
antibiograma para tratar exatamente o patógeno causador.
Uretrite gonocócica: o diagnóstico pode ser feito por
cultura da secreção, colhida com alça de platina ou swab, e
enviar para coloração de Gram para identificar diplococos
gram-negativos.
Uretrites não gonocócicas: o diagnóstico pode ser feito por
esfregaço uretral, imunofluorescência direta, e teste de
amplificação de ácidos nucleicos (PCR e captura híbrida).
Como a primeira opção leva mais tempo, tem-se como
objetivo frente a um paciente com IST realizar o tratamento
imediato para interromper a cadeia de transmissão, ou seja,
tratar o paciente na primeira oportunidade para que ele
não transmita para outras pessoas. Assim, será iniciado o
tratamento com antibiótico imediatamente através da
abordagem sindrômica.
No caso clínico acima pode-se inferir que: (1) a dor intensa
ao urinar (disúria) pode ser denominada estrangúria, e (2)
esse corrimento uretral espesso é bem típico de um
patógeno específico que é o Gococo, que causa a gonorreia.
No entanto, boa parte dos pacientes que apresentam essa
bactéria não manifestam esse quadro clínico, em geral,
pode haver apenas disúria, prurido na uretra ou até mesmo
sem qualquer sintoma.
Se um paciente com esse quadro clínico tiver relações
sexuais com uma parceira, ela pode ser contaminada pela
bactéria e não ter sintomas, apenas ser portadora e
transmitir a doença - visto que a maior parte das infecções
por gonococo em mulheres não causam sintomas. Assim,
não é necessário que o paciente tenha esse quadro clínico
completo para confirmar a infecção por gonococo, deve-se
suspeitar o quanto antes, principalmente se o quadro for
arrastado ou o paciente tiver feito tratamento com
antibiótico inadequado, pois os sintomas podem mudar ou
reduzir sua intensidade.
A uretrite é uma inflamação uretral causada por múltiplos
organismos (origem infecciosa), geralmente é transmitida
por contato sexual. Seu quadro clínico típico caracteriza-se:
disúria com corrimento uretral espesso, geralmente
QUADRO CLÍNICO
LAYANE SILVA
No caso de um paciente com síndrome do corrimento
uretral, sabe-se que as principais bactérias responsáveis são
Chlamydia trachomatis (70% dos casos) e Neisseria
gonorrhoeae (15-20% dos casos). Por isso, deve-se
prescrever antibiótico para tratar as 2 bactérias
simultaneamente e resolver a patologia do paciente.
TRATAMENTO
Sintomas:
corrimento
uretral, prurido,
polaciúria, disúria,
odor fétido.
Sinais: edema
glande,
corrimento uretral
purulento
abundante ou
escasso e claro.
causado pelo
gonococo.
Etiologia: gonococo, clamídia, tricomonas, micoplasma,
ureaplasma, bactérias.
Os agentes etiológicos mais frequentes são Chlamydia
trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
Uretrites gonocócicas: uretrites causadas pela Neisseria
gonorrhoeae (diplococo Gram negativo intracelular), sendo
de transmissão sexual, com incubação de 2-5 dias e
incidência maior em jovens de 15-30 anos, sem parceiro fixo.
Uretrites não gonocócicas: uretrites causadas por outros
agentes como Chlamydia trachomatis, Ureaplasma
hominis, Trichomonas vaginalis, Candida albicans,
Staphylococcus sp. e herpes simplex vírus.
ETIOLOGIA
Realizar o diagnóstico etiológico (identificação do
agente causador) + Tratamento antibiótico específico
após identificação do agente causador;
Frente a um quadro similar ao caso clínico descrito, a
conduta inclui 2 opções:
Nesse caso, para realizar a identificação do agente será
necessário colher material e solicitar a cultura da secreção. 
CONDUTA
Questão de prova! No caso de um paciente com esse
quadro, é necessário aplicar as sorologias para as demais
IST’s, são elas: HIV, hepatite B, hepatite C, HTLV 1 e 2, herpes
e sífilis - alguns autores não solicitam o exame para herpes
porque é mais fácil perceber se o paciente tem herpes.
Importante! Deve-se rastrear parcerias sexuais para
tratamento, evitando que o paciente seja reinfectado.
No caso de um paciente com síndrome do corrimento
uretral serão utilizados 2 tratamentos de forma simultânea
com Ceftriaxone, 500mg, IM, dose única (última droga
eficiente para tratar gonococos) + Azitromicina, 1g, VO, dose
única (por ser dose única, há maior adesão) OU Doxiciclina
(Vibramicina), 100mg, VO, 12/12h, 07 dias (mais eficiente
para tratar clamídia e outras bactérias);
Importante! A Doxiciclina tende a irritar o estômago, por
isso o paciente deve ser orientado a tomar Omeprazol ou
tomar a medicação após refeições para evitar vômitos e não
prejudicar a absorção do medicamento.
2a escolha: Azitromicina, 2g, VO, dose única - será usado
em pacientes alérgicos a cefalosporinas, sendo eficiente
para tratartanto gonococo quanto clamídia
Nos EUA, para evitar resistência bacteriana do gonococo e
clamídia a antibióticos, é preconizado uso de Gentamicina
em 7-10 dias após a dose única de Azitromicina.
Corrimento uretral semelhante a leite condensado;
Quadro típico da uretrite clamidiana ou não gonocócica,
caracterizado por corrimento escasso, quase ausente,
ralo, transparente e mucoso.
Ocorre quando o paciente com uretrite gonocócica fez
uso de antibiótico de forma inadequada.
Uretrite causada por herpes.
OUTRAS APRESENTAÇÕES
LAYANE SILVA
Azitromicina – 2g, VO, em dose única;
Doxiciclina - 100mg, VO, de 12/12 h, por 14 dias;
Tetraciclina - 500mg, VO, DE 6/6 h, por 10 dias;
Secnidazol – 2g, VO, dose única;
Metronidazol – 2g, VO, dose única;
Fluconazol 150mg, VO, dose única;
Ciprofloxacina 500mg, VO, 12/12h por 07 dias;
Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum:
Tricomonas vaginalis:
Candida albicans:
Escherichia coli: muito comum em pacientes que fazem
sexo anal sem preservativo, geralmente causa pouco
corrimento e muita irritação.
PATÓGENOS MENOS FREQUENTES
Importante! Nesses pacientes deve-se orientar que evitem
TRAUMA, ou seja, não devem esfregar o canal uretral para
tentar expelir o pus, pois esse hábito perpetua o corrimento
causando uma uretrite traumática.
Importante! Deve-se orientar o paciente a não ter relações
sexuais até que esteja completamente curado, mesmo que
não haja o corrimento.
Bacterioscopia do 1º jato com contagem de
Polimorfonucleares e pesquisa para Gonococos,
Trichomonas, fungos (Candida) 
NAAT para Gonococos e Clamídia 
Swab uretral com pesquisa para Clamídia (IFI ou PCR) 
Cultura do 1º Jato para Micoplasma, Ureaplasma, E. coli
Existem casos em que o paciente deve ser tratado de forma
guiada, por exemplo pacientes que já trataram mas não
ficaram curados, assim é necessário solicitar exames para
identificar qual a bactéria causadora e qual o padrão de
sensibilidade dessa bactéria.
EXAMES LABORATORIAIS
Balanopostite causada por gonococos: inflamação
simultânea na glande e no prepúcio
Orquiepididimite causada por clamídia: inflamação
dolorosa tanto do epidídimo quanto do testículo
COMPLICAÇÕES
Questão de prova! Lembrar que a orquiepididimite é
causada por CLAMÍDIA em paciente jovem.
Faringite causada por gonococo: transmitida através do
sexo oral sem preservativo, que contamina a garganta
Importante! Clamídia também pode causar faringite, mas é
muito mais comum por gonococos.
Piodermite causada por gonococos.
Proctite causada por gonococos: inflamação do
revestimento interno do reto (mucosa retal)
Artrite séptica causada por gonococos: infecção no
líquido e tecidos de uma articulação, é uma situação
gravíssima, na qual há saída de pus pelas articulações
Oftalmia causada por gonococo: inflamação do olho
acompanhada de vermelhidão e dor, ocorre quando o
paciente toca na secreção uretral e toca nos olhos.
Gonococcemia generalizada: ocorre quando o paciente
está com gonococos espalhados por todo o corpo, é
uma doença gravíssima, rara e geralmente irreversível -
era uma situação comum na era pré-antibiótico
Uretra em contas de colar: ocorre em paciente com
uretrite por muito tempo provocando múltiplos
estreitamentos na uretra, não tem cura (intratável).
HERPES GENITAL – Herpesvirus hominis tipo 2
SÍFILIS – Treponema pallidum
CANCRO MOLE – Haemophilus ducreyi
DONOVANOSE – Calymmatobacterium granulomatis
LINFOGRANULOMA VENÉREO – Chlamydia trachomatis
(sorotipos L1, L2, L3)
Os principais agentes etiológicos são:
SÍNDROME DA ÚLCERA GENITAL
Sintomas: ulceração genital única ou múltipla. 
Sinais: úlcera, edema, secreção, odor fétido,
adenomegalia inguinal
Etiologia: sífilis, cancro mole, herpes genital,
donovanose.
A síndrome da úlcera genital é uma síndrome clínica
secundária a agentes infecciosos sexualmente
transmissíveis e que se manifestam por meio de lesões
ulcerativas erosivas, precedidas ou não por pústulas e/ou
vesículas, podendo estar acompanhadas de dor, ardor,
prurido, drenagem de material mucopurulento,
sangramento e linfadenopatia regional.
ABORDAGEM SINDRÔMICA
LAYANE SILVA
Sempre que houver um paciente com úlcera genital é
necessário aplicar a seguinte pergunta: “Aparecem bolhas
na genital antes de aparecer a ferida?” - existe uma
diferença se a paciente teve relação sexual e logo após
descobre uma ferida que pode ter sido por atrito ou se a
ferida apareceu após alguns dias da relação sexual. 
A presença ou não de bolhas é o primeiro passo para saber
como tratar o paciente em questão - mas, existem algumas
condições em que essas bolhas estarão ausentes como no
paciente imunossuprimido ou na gestante, e também
existem pacientes que não se auto-examinam e não irão
saber referir. Se houve bolhas, o paciente será tratado para
herpes genital (melhor cenário dentre as úlceras genitais), e
se não tiver vesículas, ele será tratado de uma outra forma
(lado esquerdo do fluxograma).
I. HERPES GENITAL
Caso 2: M.A.S, sexo ♂, 19 anos. Refere astenia, mialgia,
febre e queda do estado geral há 5 dias. Surgiram
vesículas no prepúcio e ínguas muito dolorosas nas
regiões inguinais. As vesículas se romperam
espontaneamente formando úlceras dolorosas e
confluentes. Informa que fez sexo oral desprotegido há 7
dias. Nega DST prévias comorbidades e alergias.
No quadro acima, essas lesões são típicas de herpes genital,
que geralmente são poucas bolhas (2-3 vesículas) - a
presença de bolhas numerosas é mais comum no herpes
zóster, que acomete dermátomos como o tórax e a face.
Sem tratamento, as vesículas evoluem para úlceras genitais,
bastante dolorosas (ardem no banho), posteriormente
formam uma crosta que recobre as úlceras, e por fim,
cicatrizam. No entanto, o paciente não fica curado pois 3-4
meses as lesões retornam fazendo o ciclo (vesícula seguida
de úlcera), mas na recidiva não há astenia, mialgia e
linfadenomegalia, pois só ocorrem na primoinfecção.
Importante! Quanto melhor estiver a imunidade do
paciente, menos frequentemente ele terá essas lesões, em
geral, um paciente imunocompetente tem 2-3 recidivas por
ano, mas o paciente pode passar anos sem manifestar. Para
isso deve-se tratar a doença e orientar o paciente a se
manter imunocompetente (evitar cigarro, bebida alcoólica
e radiação solar em excesso, estresse e atividade física
extenuante, manter alimentação balanceada).
O paciente tem síndrome da úlcera genital precedida de
vesículas (primoinfecção), em geral, a primoinfecção
herpética tem incubação de 6 dias, e é uma manifestação
mais severa, caracterizada pelo surgimento de lesões
eritemato papulosas (1-3 mm de diâmetro). Estas para
vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de
localização variável na região genital, podem cursar com
febre, mal-estar, mialgia, disúria e linfonodomegalia
inguinal dolorosa bilateral.
DIAGNÓSTICO
O agente etiológico é o Herpes Simplex 1 ou 2, que são vírus
DNA com dupla fita, em geral, o HSV-1 provoca
principalmente infecções orais e o HSV-2 causa herpes
genital e é transmitido por contato sexual.
ETIOLOGIA
Aciclovir (Zovirax): 200mg, VO, 5x/dia, por 7 a 10 dias.
Aciclovir (Zovirax): 400mg, VO, 8/8h, por 7 a 10 dias.
Valaciclovir (Valtrex, Herpestal): 500mg, VO, 12/12h, por 7
a 10 dias.
Famciclovir (Penvir, Famvir): 250mg, VO, 8/8h, por 5 dias.
O tratamento em geral é feito com derivados do Aciclovir,
mas a grande vantagem do Aciclovir é o baixo custo, além
de ser distribuído pelo SUS, e a desvantagem é ter que usar
o medicamento 5 vezes por dia, o que prejudica a adesão
ao tratamento.
O Valaciclovir e Famciclovir tem como vantagem serem
usados com uma frequência menor (menos comprimidos
por dia). Além disso, o Valaciclovir dá menos neuropatia
pós-herpética no tratamento da herpes zóster, que é uma
condição que provoca dor por semanas - pode ser
necessário o uso de neuromodulador para reduzir a dor.
TRATAMENTO
Importante! A pomada de Aciclovir não encurta o ciclo da
doença, por outro lado, se o paciente que tem herpes
genital iniciar o tratamento com medicamento oral no
primeiro dia pode-seencurtar o ciclo da doença e reduzir a
viremia. No entanto, a pomada pode ser usada no caso de
mulheres com herpes genital para evitar que a roupa íntima
entre em contato com a ferida, apesar de não ajudar no
tratamento da doença.
Aciclovir (Zovirax): 200 mg, VO, 5x/dia, por 05 dias.
Aciclovir (Zovirax): 400 mg, VO, 8/8h, por 05 dias.
Valaciclovir (Valtrex, Herpstal): 500 mg, VO, 12/12h, por
05 dias.
Fanciclovir (Penvir, Famvir): 125 mg, VO, 12/12h, por 05
dias.
Geralmente, nas recidivas são usadas as mesmas drogas,
mas por um período mais curto (5 dias).
TRATAMENTO DAS RECIDIVAS
Importante! No herpes não é tão essencial tratar o parceiro,
mas o rastreio pode ser feito para realizar sorologias. É
importante orientar o paciente de que enquanto estiver
com a crosta na ferida ele pode transmitir a doença, pois a
ferida é altamente rica em vírus do herpes.
No quadro acima, é importante destacar que as úlceras são
indolores e são lesões típicas de cancro duro ou sífilis
denominadas protossifiloma, que consiste em uma lesão
com bordas elevadas, indolor, que pode aparecer nos
genitais (prepúcio, glande) ou em outros locais do corpo
quando há contato como genital contaminado (língua).
LAYANE SILVA
II. CANCRO DURO
Caso 3: A.S.M., sexo ♂, 23 anos. Refere surgimento de
úlcera genital indolor, cerca de 20 dias após a última
relação sexual. Informa que usa camisinha apenas no
momento da ejaculação para evitar gravidez. Notou a
presença de gânglios aumentados não dolorosos nas
regiões inguinais. Nega DST prévias, comorbidades e
alergias.
Treponema pallidum: cancro duro
Haemophilus ducreyi: cancro mole
O agente etiológico será:
ETIOLOGIA
O paciente do caso tem, portanto, uma síndrome da úlcera
genital não precedida de vesículas (∆t< 4 semanas).
DIAGNÓSTICO
Para realizar o diagnóstico laboratorial na fase aguda, pode-
se retirar um esfregaço da lesão e, se for sífilis, a microscopia
de campo escuro irá mostrar espiroquetas do Treponema e,
se for cancro mole, na bacterioscopia, visualiza o H. ducreyi.
EXAMES COMPLEMENTARES
Microscopia com campo escuro
Imunofluorescência direta;
Bacterioscopia da secreção da lesão (estreptobacilos
Gram (-) em paliçada ou cardume ou trilho de trem) – H.
ducreyi
Na prática esses exames não são realizados, visto que são
pouco acessíveis, em geral é feito diretamente o tratamento
da doença.
Testes treponêmicos (muito específicos): FTA-ABS (IgM
e IgG), ELISA (IgM e IgG), HTPA
Testes não treponêmicos (menos específicos): VDRL
Detectam anticorpos específicos contra os antígenos de T.
pallidum, positivam-se na 3a semana de infecção, têm
positividade perene - IgG (não servem para controle de
cura) - e são exames qualitativos (+ ou -).
Detectam anticorpos anticardiolipina não específicos para
os antígenos do T. pallidum, positivam-se na 4a ou 5a
semana, servem pouco para diagnóstico e mais para
controle de cura.
EXAMES COMPLEMENTARES DE CONTROLE
Questão de prova! Existem 2 exames complementares, um
que positiva rápido que é o teste treponêmico (FTA-ABS),
no qual o IgM tem resultado rápido e IgG fica positivo para
sempre, por isso quem já teve sífilis não pode doar sangue.
O outro é o teste não treponêmico (VDRL) que serve para
controle de cura pois há medida que é feito o tratamento o
título do VDRL diminui, em geral, na fase aguda o paciente
está com 1/256 ou 1/128 e depois reduz para ⅛, ¼ ou ½
(cicatriz sorológica) - assim quanto menor o denominador,
menor a infecção.
Primária
Secundária
Manifesta o cancro duro, que surge entre 10 e 90 dias após a
contaminação (média de 21 dias), associada a adenopatia
regional não supurativa, mas o cancro duro desaparece
espontaneamente após 2 meses.
Ademais, pode haver casos de sífilis decapitada (transfusão
sanguínea) e são possíveis inoculações em outras áreas
(raras).
Lesões cutâneo-mucosas, não ulceradas que aparecem 6 a
8 semanas após o contágio, associada a
micropoliadenopatia generalizada, artralgias, febrícula,
cefaléia, adinamia, alopécia e condilomas planos.
CLASSIFICAÇÃO
Lesões cutâneo-mucosas indolores
(tubérculos ou gomas), lesões
neurológicas - neurossífilis (tabes
dorsalis ou demência), lesões
cardiovasculares (aneurisma aórtico) e
lesões articulares (artropatia de
Charcot) - em geral, aparecem de 2-40
anos após o contágio.
Terciária
LAYANE SILVA
Quanto ao tratamento do cancro mole que pode estar
coexistindo com a sífilis, o Ministério da Saúde preconiza
qualquer uma das drogas listadas, mas na prática é mais
utilizada a Doxiciclina. Assim, o tratamento completo é feito
com Penicilina G Benzatina 2,4 milhões UI, via IM, em dose
única (1,2 milhão UI em cada nádega) + Doxiciclina 100 mg,
VO, de 12/12 horas, por 10 dias ou até a cura clínica.
Assim, o paciente sem tratamento pode ter esses “furos” no
seio frontal, ossos, palato e seios da face.
Frente a um caso de síndrome da úlcera genital, deve-se
sempre tratar tanto cancro duro quanto cancro mole, pois
ambos podem coexistir na mesma lesão - assim, mesmo
que a lesão seja muito específica de uma das patologias,
tratar as 2 reduz a chance de erro.
PRIMÁRIA
TRATAMENTO
Importante! A ampola de penicilina G Benzatina devem ser
aplicadas 1 em cada nádega para garantir a eficácia, ou seja,
não pode aplicar ambas em um mesmo lado, aplicar no
braço ou em outro membro - ambas tem que ser aplicadas
no mesmo dia, sendo altamente eficaz para tratar sífilis.
Importante! Apesar de ter a vantagem de ser em dose
única, a Azitromicina não é tão eficiente no tratamento do
cancro mole em relação à Doxiciclina.
Se a lesão ou lesões tiverem > 4 semanas, deve-se suspeitar
de donovanose, linfogranuloma venéreo ou neoplasias.
Penicilina Benzatina 1.200.000 U – 01 ampola , IM profundo
em cada nádega, 1x/semana, por 02 semanas (04 ampolas).
SECUNDÁRIA
Penicilina Benzatina 1.200.000 U – 01 ampola , IM profundo
em cada nádega, 1x/semana, por 03 semanas (06 ampolas).
TERCIÁRIA
III. CANCRO MOLE
Caso 04: A.S.S., sexo ♂, 23 anos. Refere surgimento de
úlcera genital dolorosa, cerca de 5 dias após a última
relação sexual desprotegida. Comenta que a lesão é
recoberta de secreção amarelo-acinzentada, que está
aumentando de tamanho e que surgiram outras lesões
menores próximas à inicial. Nega queixas sistêmicas e
ínguas. Nega DST prévias comorbidades e alergias.
No quadro acima observa-se que o
paciente teve lesões ulceradas
dolorosas com gânglios
aumentados mas não tão
dolorosos quanto os do herpes,
que caracteriza a lesão típica do
cancro mole, que em geral são múltiplas, doloridas e “em
espelho” - ou seja, as lesões ocorrem em ambos os lados ou
na parte de cima e abaixo do prepúcio.
LAYANE SILVA
A infecção gera uma reação sorológica fraca e transitória,
por isso não é necessário pedir sorologia.
O tratamento é o mesmo pois, quando o paciente tiver
lesões ulceradas não precedidas de bolhas, ele será tratado
para sífilis e cancro mole simultaneamente.
TRATAMENTO
SÍNDROME VERRUCOSA
Sintomas: ausente ou prurido, sangramento uretral,
sangramento e dor ao toque.
Sinais: pápulas/verrugas. 
Etiologia: molusco contagioso e HPV
São causados pelos vírus HPV (DNA-vírus) da família
Papovaviridae, que é responsável pelas papilomatoses
humanas ou verrugas anogenitais.
I. CONDILOMAS ACUMINADOS
Verrugas genitais: HPV 6 e
11
Câncer de colo uterino e
ânus: 16 , 18, 31, 33, 35, 39,
45 e 51 (>84%)
Há mais de 140 tipos de HPV –
mais de 30 tipos infectam os
genitais.
Importante! Por isso, a vacina tetraviral para HPV é contra
os tipos 6, 11, 16 e 18, e está indicada para homens de 9 a 26
anos e meninas e mulheres de 9 a 45 anos.
O HPV é transmitido pelo contato pele-a-pele, ou seja, se a
pessoa tem uma verruga e encosta na pele do parceiro que
não tem HPV, o vírus será transmitido - é questionável se
secreções como esperma ou secreção vaginal possuem essa
capacidade de transmissão, principalmente se a pele do
parceiro estiver ferida ou machucada.
TRANSMISSÃO
Importante! O hábito de raspar os pelos no dia que irá ter
relação sexual pode aumentar as chances de contaminaçãoporque abre a pele para a entrada do patógeno.
Assim, vários fatores estão associados à contaminação
como: carga viral, condições imunológicas do hospedeiro e
frequência das relações, mas o principal é o
comportamento sexual.
Atenção! Evitar auto-inoculação, assim, quando o paciente
raspa os pelos com lâmina de barbear e usa em outras
regiões do corpo e acaba contaminando.
A infecção tem cronologia indefinida, dura em média 8
meses – 9% infecção tem duração > 2 anos - e a maior parte
dos portadores são assintomáticos. 
QUADRO CLÍNICO
O quadro clínico variável (cronologia, número e local das
lesões, recorrência), apresenta-se como lesões
condilomatosas, macias, sésseis ou pedunculadas, que
podem evoluir para fase clínica ou subclínica. A ordem de
maior acometimento é: prepúcio e sulco balanoprepucial,
glande, uretra e escroto.
HPV
GLÂNDULAS DE TYSON
LAYANE SILVA
Importante! Deve-se diferenciar as glândulas de Tyson, que
são fisiológicas, localizadas na parte inferior da glande, das
lesões do HPV, visto que existem pacientes que tem essas
glândulas proeminentes.
Biópsia: necessária se suspeita de câncer de pênis -
pode também estar relacionado com câncer de vulva,
colo uterino e canal anal.
O diagnóstico é clínico com a visualização das lesões
condilomatosas ou verrucosas - a OMS não indica a captura
híbrida em ♂.
DIAGNÓSTICO
No caso, houve uma lesão
uretral única que, após
biópsia e cauterização, foi
diagnosticado como
carcinoma escamocelular
de pênis, que tem
indicação de realizar
amputação parcial de
pênis.
Procedimentos citodestrutivos: excisão cirúrgica, laser,
ácido salicílico, eletrocoagulação, criocauterização,
ácido bi/tricloroacético.
Antivirais imunomoduladores: interferon,
oligonucleotídeos, dinitroclorobenzeno, cidofovir,
imiquimode.
Quimioterapia: bleomicina, 5-fluorouracil, podofilina,
podofilotoxina.
Consistem em destruir a lesão usando alguma substância
química como ácido tricloroacético (ATA) ou
podofilotoxina; ou aplicando Imiquimod que é uma
substância que estimula o organismo a destruir as lesões;
ou destruir diretamente as lesões com laser,
eletrocauterização ou nitrogênio líquido.
Qualquer um dos tratamentos tem capacidade de destruir
a lesão, mas é importante frisar para o paciente que, no
futuro, podem aparecer outras lesões em outros locais.
TRATAMENTO

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