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Direito Administrativo

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Aula 1# 28/04/15#
D. Administrativo
· Guilherme.juliano@tjdft.jus.br
1- Considerações: o interesse público deve prevalecer sobre o privado. Toda atividade feita pela Administração (Estado) é para atender o interesse da sociedade, sua existência é para atender o interesse da sociedade.
2- Fontes do Direito Administrativo:
I- Lei: é a fonte primária do D.Administrativo. O administrador só pode agir conforme a lei . Fonte Primária
II- Doutrina: é o pensamento esboçado pelos doutrinadores.
III- Jurisprudência: decisões reiterados pelos tribunais a cerca de determinadas matérias. O adm não é obrigado a seguir a jurisprudência, porém em dois caso é possível (sendo coercitiva
a- Controle de constitucionalidade- o adm não pode cumprir a legislação que foi declarada inconstitucional
b- Súmulas vinculantes do STF
IV- Costumes- o que não está expresso em lei
V- Princípios de Direitos
VI- Resoluções
VII- Portarias 
VIII- Decretos
IX- Instruções normativas/ ordem de serviço
Fontes Secundárias
3- Da Codificação do Direito Administrativo
a- Da codificação- 1º corrente: o d. Adm, deve ser codificado, condensado em um único instrumento.
b- Da não codificação: 2ª Corrente- o d. adm, não deve ser codificado, pois desde quando o homem existe o direito administrativo já existia, enquanto o direito administrativo pode ser alterado de acordo com a sociedade, os outros direitos não (são engessados).
c- Da codificação parcial- ADOTADA PELO BRASIL
4- Sistemas Administrativos: são formas de controle da atuação da Administração. Controle é a possibilidade de fiscalização da Administração.
a- Sistema francês/ contencioso administrativo: Criado na França após a Revolução Francesa. Prega a Dualidade de Jurisdição:
i- Jurisdição Comum: realizados pelo judiciário (cível, criminal). O judiciário não pode se manifestar na jurisdição administrativo.
ii- Jurisdição Administrativa: Conflitos de interesse entre a Administração e o Particular só podem ser resolvidos pela própria administração. Sendo esse poder independente.
b- Sistema Inglês/ jurisdição una/única/ controle judicial: acabou com a dualidade de jurisdição no Brasil, chamado de controle Judicial pela Administração.
5- Do Regime Jurídico Administrativo:
A- Regimes adotados pela Administração:
a- Regime Privado: locação, dação em pagamento.
b- Regime Jurídico Administrativo: conjunto de normas, de regras, de prerrogativas dadas à administração para que agindo venha atender os interesses da sociedade. Sendo concedida a Administração posição diferenciada como: 
i- Posição privilegiada: ex: prazos para recorrer
ii- Posição de superioridade: é a supremacia do interesse público
· Sujeições da Administração no Regimento Jurídico Administrativo:
a- Lei
b- Princípio de Direito
c- Não pode contrariar o interesse público
6- Dos Poderes Estatais: 
a- Teoria da Tripartição de poderes/ teoria tripartite: o Estado é uno, mas sua repartição é dividida em 3 poderes:
i- Legislativo: criar leis, legislar. Pode administrar internamente seus membros, pessoal. 
OBS: os tribunais de contas pertencem ao legislativo, são órgãos auxiliares.
ii- Executivo: Administrar. Pode legislar, por meio de medida provisória, leis delegadas, decretos, regulamentos. Pode julgar PAD, recursos administrativos.
OBS: O MP integra a estrutura do poder executivo, mas não é subordinado ao executivo.
iii- Judiciário: aplicar o direito ao caso concreto (Julgar). Pode administrar internamente seus membros, seus bens. Pode legislar, regimento interno dos tribunais.
7- Da Administração Pública
OBS: o governo é embasado na ideologia, ex: de direta, de esquerda. Na administração é uma atividade técnica.
a- Em sentido formal/subjetivo: é um conjunto de órgãos, entidades e agentes constituídos para atender os interesses da sociedade.
b- Em sentido material/ objetivo: é um conjunto de atividades desempenhadas para atender os interesses da sociedade. Ex: prestação de serviço, legislar, fiscalizar. 
c- Conceito + simples: é um instrumento utilizado pelo governo para atender os interesses da sociedade. OBS: a administração tem um caráter de permanência, de continuidade, os governos mudam, mas a administração não.
8- Princípios de D. Administrativo e da Administração Pública
a- Gerais: 
i- Supremacia do interesse público sobre o privado
ii- Indisponibilidade do interesse público: o administrador não pode agir de forma contrária ao interesse da sociedade, sendo tal poder indisponível. 
iii- Segurança Jurídica: 
iv- Motivação: os atos realizados pela administração precisam ser motivados
v- Especialidade: por esse princípio a Administração pode buscar cada vez mais se especializar por meio de órgãos ou entidades para atender os interesses da sociedade. 
vi- Princípio da Autotutela: a administração pode rever seus atos a qualquer momento anulando-os ou revogando-os.
Revogação- é a extinção dos atos administrativos por conveniência ou oportunidade, somente feita pela administração. Ex nunc- não retroage nunca.
Anulação- extinção do ato administrativo por vício ou ilegalidade. A própria administração e o poder Judiciário podem anular os atos. Ex tunc- retroage desde o início.
b- Constitucionais: LIMPE
i- Legalidade: não pode agir contrário à lei, só pode fazer o que lei determina, manda, não tem discricionariedade na legalidade.
ii- Impessoalidade/finalidade: imparcialidade- somente atua em benefício da coletividade, não vai agir para prejudicar ou beneficiar grupos ou pessoas.
iii- Moralidade: é ética, bom senso, atuação proba, o que esperamos dos administradores.
iv- Publicidade: os atos praticados pela administração tem que ter transparência. Nem todos os atos devem ser publicados, em decorrência da segurança nacional. 
v- Eficiência (EC 19/98): deve prestar o melhor serviço público possível com um menor custo/ benefício ao contribuinte.
9- Órgãos Públicos x Entidades Públicas
Órgão Público- Unidade de competência administrativa criada por lei em numero certo a ser preenchido por um servidor público. Ex: Ministérios, Tribunais. Administração Direta. Ex: entra contra a União e não contra o STF, pois o Supremo não tem personalidade jurídica. 
Entidades Públicas - unidade de competência administrativa dotada de personalidade jurídica. (empregados públicos). Administração Indireta. Ex: Caixa, Banco do Brasil, ECT.
10- Desconcentração x Descentralização
São espécies de delegação: 
Desconcentração- ocorre quando há transferência de atribuições dentro da própria estrutura interna corporis, ocorre entre órgãos, pressupõe relação de subordinação hierárquica. Pode ser feita por decreto, portarias, resolução, lei. Administração Direta.
Concentração- é o inverso da desconcentração, é o retorno daquela transferência que tinha sido feita por desconcentração. Feita por lei, decreto, portaria, resolução.
Descentralização- ocorre quando há transferência de competência de uma estrutura para outra externa corporis, não há subordinação. Transferência de um órgão para uma entidade. Ex: Ministério da Comunicação Anatel. Cabe desconcentração dentro da descentralização. Só pode ser feita por Lei. 
11- Teoria do Estado Mínimo: é uma teoria chamada neoliberal (O Estado se diminuindo para dar poder a iniciativa privada). É adotado pelo Brasil. O estado deve ater-se a desempenhar somente as funções típicas/ atividades típicas de Estado (as atividades exclusivas- só ele desenvolve não pode delegar).
· São funções típicas/ Atividades Exclusivas
a- Defesa Nacional
b- Segurança Pública
c- Legislar 
d- Julgar
e- Coordenar, planejar, fiscalizar
f- Políticas públicas 
a- De saúde
b- Educação 
· Atividades não exclusivas/ não típicas: O Estado pode prestar ou delegar
a- Transporte Público Coletivo
b- Telecomunicações
c- Educação
d- Saúde 
e- Esporte
f- Cultura
g- Lazer, ect.
12- Atividades realizadas pelo Estado
OBS: juiz é um órgão
Próxima aula ADM indireta.
Aula2# 05/05/2015#
1. Poderes Administrativos: Poderes dado ao Estado para fazer valer o interesse público.
a- Poder Vinculado/ Regrado: é aquele que estabelece um único comportamentopossível ao administrador diante do caso concreto, não há margem para análise de conveniência ou oportunidade. Vincula o administrador a seguir sempre a lei.
b- Poder Discricionário: é aquele em que ao administrador é dada a possibilidade da escolha da conveniência ou oportunidade, ele escolhe a alternativa que mais atende ao interesse público. A discricionariedade é dada pela lei.
c- Poder Regulamentar: é o poder dado a administração de normatizar, regulamentar, explicar como deve ser cumprida a legislação. Pode ser praticado por regulamentos, portarias, resoluções, instruções normativas como deve ser cumprida a lei.
d- Poder Hierárquico: é aquele poder conferido ao administrador para distribuir e escalonar as funções das suas estruturas, ordenar e rever a atuação dos seus agentes estabelecendo uma relação de subordinação hierárquica. É pautada na subordinação hierárquica. Ex: secretarias, subseções. 
e- Poder Disciplinar: é aquele que permite a administração punir, apenar, a prática de infrações funcionais de seus agentes e até mesmo de seus contratados sujeitos a disciplina do serviço público. Deriva de um poder hierárquico. Para os contratados a penalização será conforme o contrato, ex: aplicação de multa, extinção do contrato.
f- Poder de Polícia: é aquele conferido ao administrador de forma condicionar, restringir, fiscalizar, frear o exercício de atividades, limitar o interesse de particulares em nome do interesse público/ da sociedade. Ex: Agentes de trânsito. 
Atributos:
a- Discricionariedade: Na fiscalização pode ser dada uma advertência, uma multa. 
b- Autoexecutoriedade: uso da força impositiva do poder de polícia.
c- Coerciblidade: Força do poder de polícia.
Abuso de Poder: Se verifica sempre que uma autoridade ou agente público ultrapasse os limites das suas atribuições ou se desvie das finalidades públicas.
I- Excesso de Poder: o agente ou a autoridade ultrapassa/ extrapola a sua própria competência. Ex: funcionário do TJ quando nomeia um subsecretário, sendo tal não possuidor dessa competência.
II- Desvio de Poder: fugir das finalidades públicas, contrariando a finalidade pública, descumprindo a lei.
2. Administração Indireta
a- Descentralização: transferência de competência externa corporis, de um órgão para uma entidade. Esta se dará sempre por lei.
b- Por Lei:
 Criadora/ Específica: passa a existir no momento em que é criada a lei, naquele momento.
 Autorizadora: por meio de conveniência e oportunidade, se cria quando for conveniente e oportuno. Ex: Fica autorizada a União criar outras entidades.
c- Entidade: A ADM Indireta é composta por Entidades
d- Personalidade Jurídica: As entidades possuem personalidade jurídica. 
O que caracteriza uma entidade como sociedade de economia mista não é a presença de capital público e privado na sua constituição, e sim o controle acionário estar na mão do estado. O Estado tem que ter 50% + 1 das ações votantes.
	
	Autarquias
	Fundações Púbicas
	Empres. Públicas
	Soc. E. Mista
	Person. Jurídica
	Pessoa Jurídica de direito público 
	Depende:
Direito Público
Direito Privado
	Pessoa Jurídica de direito Privado
	
Pessoa Jurídica de Direito Privado
	Criação
	Por lei Específica criadora 
	Lei Autorizadora
	Lei Autorizadora
	Lei autorizadora
	Atividade
	Desempenham atividades típicas de Estado: regulamentar, fiscalizar, coordenar.
	Não típicas:
Saúde, Educação, cultura, lazer, pesqui,etc.
	Não típicas:
Econômica, industrial e prestação de serviço público.
	Não típicas= Economica, industrial e prestação de serviço público
	Autonomia Adm.
	SIM
	SIM
	SIM
	SIM
	Autonomia Orça. 
	SIM
	SIM
	SIM
	SIM
	Regime Compras
	Licitação= Regra
	Licitação
	Licitação
	Licitação
	Regime Pessoal
	Servidor Público
	D, Público= Servidor Público
D. Privado= Empregado Público
	Empregado Público
	Empregado público
	Imuni. Impostos
	SIM
(art.150, §2º)
	D. Público= SIM
D. Privado= Não
	REGRA= NÃO, mas o Correios tem (serviço postal)-privativa do Estado
	NÃO
	Foro Especial
	SIM
Justiça Federal
	D. Público= SIM
D. Privado= Não
	SIM= Justiça Federal
	NÃO= Justiça Comum
	Controle 
	SIM
Interno= ela própria (autotula)
Externo= poder legislativo, judiciário
	SIM
Interno= ela própria (autotutela)
Externo= poder legislativo, judiciário, MP
	SIM
	SIM
Interno e Externo
	Patrimônio
	Público 
	Público
	PÚBLICO
	Público + Privado
	Extinção
	Por lei
	Lei
	Lei
	Lei
Autarquias: INSS,Bacen, Agencias Reguladoras, Detran, Anatel, ect. Os Conselhos são consideradas Autarquias Profissionais, mas são privadas. As autarquias territoriais- os antigos territórios. 
Fundações Públicas: Funai, UNB, Funasa. Privada- Finatec
Empresas Públicas= Desempenham atividade econômica, industrial e serviço. Caixa econômica, correios e telégrafos, Embrapa, CEB.
Sociedade de Ec. Mista= Banco do Brasil, Petrobras, BRB, Caesb
OBS: O que caracteriza uma entidade como sociedade de economia mista não é a presença de capital público e privado na sua constituição, e sim o controle acionário estar na mão do estado. O Estado tem que ter 50% + 1 das ações votantes.
Sociedade de Economia Mista só pode ser constituída sobre a forma de S.A (Sociedade Anônima).
OBS: As empresas Públicas sobre qualquer forma admitida em direito.
OBS: Por conta da lei de organização judiciária do DF todas as Entidades da Administração do GDF são processadas e julgadas em Varas Especializadas de Fazenda Pública. Ex: BRB, Caesb. 
CUIDADO: Fundações, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista- tem que registrar os seus atos constitutivos em cartório.
11/05/15# Aula 3#
AGÊNCIAS PÚBLICAS
Considerações:
a) Princípio da especialidade:
- O Estado busca, pelo princípio da especialidade, melhorar seus serviços;
b) Descentralização:
- Foi necessário, por exemplo, descentralizar um serviço regulador para as comunicações; 
c) Entidades;
d) Lei.
Tipos adotados no Brasil: 
1. Agências reguladoras: apareceu com a EC 19/1998. Ex.: ANTT, ANA, ANTAC, ANVISA.
- Conceito: pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica criadora, para desenhar atividades típicas de Estado, que recebem, na descentralização, a transferência da titularidade do serviço público.
- Natureza jurídica: autarquia de regime especial.
- Regime de compras: licitação.
- Autonomia administrativa: sim.
- Autonomia orçamentária: sim.
- Regime de pessoal: servidor público.
- Foro especial: sim.
- Imunidade de impostos: sim.
- Patrimônio: público.
- Controle: interno e externo.
- Caraterísticas especiais (por ser autarquia em regime especial):
a) Autonomia ampliada:
> Mandato fixo para seus dirigentes. Estes dirigentes são indicados pelo Presidente e precisam parar pela sabatina do Senado. Tem exceções: renúncia, PAD e sentença judicial transitada em julgado.
> A decisões técnicas/administrativas são irrecorríveis. 
> Podem instituir cobrança de taxa de fiscalização/regulação (ampliação da autonomia orçamentária).
- Privilégios:
a) Flexibilização na prestação do serviço extraordinário: é a hora extra.
b) Dispensa de licitação por valor em dobro: quando há dispensa da licitação quando o valor é de 10%, a agência tem o privilégio de dispensar caso esse valor seja em dobro.
- Extinção 
2. Agência executiva (art. 37, VIII, CF):
- Objetivo: melhorar a sua eficiência.
- Conceito: é um título, uma qualificação, dada a uma autarquia de regime especial ou fundação pública de direito público. Ex.: IBGE, DENATRAN.
- Natureza jurídica: não obstante poder vir de uma fundação pública, a natureza jurídica da agência executiva sempre será uma autarquia de regime especial.
- Requisitos: plano de reestruturação e desenvolvimento institucional, com objetivo, metas a serem alcançadas; celebrar com a administração um contrato de gestão.
- Contrato de gestão (é um contrato administrativo): é um acordo, um ajuste de vontades bilateral, sinalagmático, personalíssimo, celebrado entre a administração e a entidade quer se qualificar como agência executiva (autarquia ou fundação pública direito público). Tem prazo determinado de até um ano, prorrogado por igual período, por atécinco anos. Enquanto a agência tem como obrigações cumprir suas metas, melhorar sua eficiência, a adm. Direta tem como obrigação repassar as verbas.
- Criação x qualificação: é necessário apenas preencher os requisitos para receber o título de agência executiva. Aqui, não há criação, mas apenas qualificação.
- Formalização: após preencher os requisitos, será expedido um decreto executivo dando o título à entidade.
- Autonomia administrativa: sim.
- Autonomia orçamentária: sim.
- Regime de compras: licitação.
- Regime de pessoal: servidor público.
- Foro especial: sim.
- Imunidade de impostos: sim.
- Patrimônio: público.
- Controle: interno e externo.
- Extinção: desqualificação, ou seja, a perda do título, pelo fim, não renovação ou descumprimento do contrato, por um decreto. 
Entidades Paraestatais
i- Considerações:
Para- ao lado; Estatais- Estados (é uma entidade que trabalha ao lado do Estado).
ii- O terceiro setor:
1º setor estado
2º setor iniciativa privada
3º setor União do estado com a iniciativa privada (união do 1º com o 2º setor)
iii- Característicos comuns: 
Desempenha atividades de cunho social/ assistencial. Não desempenham atividade pública. 
A- Pessoa jurídica de direito privado
B- Instituída por particulares
C- Sem fins lucrativos
D- Para desempenhar atividades de cunho social/ assistencial
E- Que recebem um incentivo do Estado
Conceito de Entidades Paraestatais: são pessoas jurídicas de direito privado, instituída por particulares sem fins lucrativos para desempenhar atividade de cunho social ou assistencial (Ex: saúde educação, lazer, cultura, pesquisa) que recebem um incentivo do Estado.
· Organizações Sociais (os)
1- Conceito: organização social é um título, uma qualificação dada a uma pessoa jurídica de direito privado instituída por particulares sem fins lucrativos para desempenhar atividades de cunho social, assistencial que recebem um incentivo do Estado por meio de um contrato de gestão.
Obs: é por meio do contrato de gestão que a organização vai receber o incentivo.
2- Características
a- Gerais: das Entidades Paraestatais
b- Especiais
· Presença de um representante do Poder Público na sua diretoria
· Contrato de gestão: celebração do contrato, instrumento utilizado pela Administração para poder incentivar uma OS.
Os incentivos se dão= Por meio de bens, recursos e pessoal. Tem que ter um representante do poder público na sua diretoria. 
3- Qualificação/ formalização: é feita por meio de Decreto pelo Poder Executivo.
4- Críticas:
a- Ausência de licitação para escolha da Entidade que vai ser qualificada.
b- Não exigência de capacidade técnica dos seus dirigentes. 
c- Não exigência de existência prévia da entidade com patrimônio próprio.
d- Não submissão ao teto remuneratório do serviço público.
5- Desqualificação: por meio do fim do contrato ou seu descumprimento. Sendo desqualificada por meio de Decreto.
· Organização Social Civil de Interesse Público- OSCIP
1- Conceito: organização social é um título, uma qualificação dada a uma pessoa jurídica de direito privado instituída por particulares sem fins lucrativos para desempenhar atividades de cunho social, assistencial que recebem um incentivo do Estado por meio de um termo de parceria.
OBS: No termo de parceria é somente transferido recursos. 
 
2- Características
a- Gerais
b- Especiais
· Não há representação do Poder Público na sua diretoria
· Termo de parceria: é somente transferido recursos.
· Capacidade Técnica de seus representantes
· Existência prévia de no mínimo 2 anos
· Demonstrar seu Patrimônio próprio
3- Formalização/ Qualificação: para ser qualificada a entidade como OSCIP, basta que ela preencha os requisitos na lei que será qualificada pelo Ministério da Justiça. 
OBS: A mesma entidade, pode ter as duas características de OS e OSCIP (a primeira em âmbito Estadual, e a segunda Federal).
4- Desqualificação: por meio do fim do contrato ou de seu descumprimento. Sendo desqualificada por meio de Decreto.
· Serviços Sociais Autônomos
1- Conceito: organização social é um título, uma qualificação dada a uma pessoa jurídica de direito privado instituída por particulares sem fins lucrativos para desempenhar atividades de cunho social, assistencial que recebem um incentivo do Estado por meio de uma contribuição parafiscal.
2- Características
a- Gerais
b- Especiais
· Formalização por lei
· Para grupos ou categorias profissionais
· Contribuições parafiscais: 
3- Extinção: São extintos por lei, por ter sido formalizado por lei.
Aula 4# 20/05/15#
Concessão de Serviços Públicos: é a delegação da prestação de um serviço público, feita pelo poder concedente, a uma pessoa jurídica (ou consórcio de empresas) que demonstre aptidão para a realização do serviço, por conta e risco próprios, mediante previa licitação, na modalidade de concorrência, sob norma de controle estatal, para atender os interesses da sociedade.
SERVIÇOS PÚBLICOS
A. Considerações
· Supremacia do Interesse Público: sobre o privado
· Titularidade: o Estado é o titular do serviço público, ela é indelegável. 
· Executoriedade: por ser transferida
· Regulamentação: pelo Estado
· Fiscalização 
B. Conceito: É toda atividade realizada pelo Estado diretamente ou indiretamente por meio de seus delegatários sob normas e controle estatais, para atender os interesses da sociedade. 
OBS: toda atividade realizada pelo Estado é um serviço público para atender os interesses da sociedade diretamente ou não. Diretamente, ex: colégios públicos, CEB, CAESB. Indiretamente, é realizado por delegatário (terceiro)
C. Princípios Específicos
1. Igualdade dos usuários: desdobramento do princípio da isonomia, todos são iguais perante a administração, a não ser por motivos de inviabilidade técnica (ex: lugar onde não tem internet, telefonia), o serviço público deve ser prestado igualmente para todos.
2. Continuidade: uma vez oferecido o serviço público, ele não pode ser interrompido.
3. Modicidade: se o serviço público se for cobrado precisa ser de modo que todos possam ter acesso. 
4. Mutabilidade do Regimento Jurídico: quando houver choque de interesses, sempre prevalecerá o interesse público, ex: revisar contratos, alterar cláusula contratuais, modificar normas regulamentares.
5. Cortesia: quem presta serviço público tem que tratar o usuário com cortesia sempre.
6. Segurança, etc: quem presta serviço precisa ser comprometido com a segurança do usuário.
D. Classificação
1. Quanto a sua essencialidade:
a- Serviço público essencial: dada a sua importância, relevância, só pode ser prestado pelo próprio Estado, ex: segurança pública, defesa nacional, regulamentar, fiscalizar.
b- Serviço público de utilidade pública: O Estado pode prestar diretamente ou delegar.
2. Quanto a sua adequação:
a- Serviço público próprio: é aquele que corresponde as atividades típicas de Estado
b- Serviço público impróprio: atividades não típicas de Estado, ex: saúde, educação. Podem ser delegadas.
3. Quanto a seus destinatários:
a- Serviço público uti universo: não a como se mensurar o consumo individual. 
b- Servilo público uti siuguli: é o serviço oferecido a todos, mas tem como saber qual foi o consumo individual, ex: consumo de água, telefone, saúde.. 
Se diferencia pelo consumo individual
4. Quanto a sua finalidade: atender os interesses da sociedade
a- Serviços públicos administrativos: é realizado internamente pela própria Administração.
b- Econômicos e Industriais: Bancos, Indústrias (Petrobras), Caixa (financiamento da casa própria).
c- Sociais: toda atuação do Estado em área de cunho social assistencial, ex: bolsa família.
E. Formas de Delegação do Serviço Público (Concessão, permissão e autorização)
1. Concessão de Serviços Públicos: é a transferência da Execução de serviço público.
· Conceito: é a delegação da prestação de um serviço público, feita pelo poder concedente (Estado), a uma pessoa jurídica (ou consórcio de empresas) que demonstre aptidão para a realização do serviço, por conta e risco próprios, mediante previa licitação, na modalidade de concorrência, sob normade controle estatal, para atender os interesses da sociedade.
· Natureza jurídica: contrato administrativo com prazo determinado (co 10, 20, 30 anos, etc), bilateral, formal, sintagmático, direitos e obrigações pra ambas as partes, personalíssimo, oneroso.
· Legislação aplicada: Além da lei 8987/95, todo o regime jurídico administrativo (normas, regras que garantam a supremacia do interesse público).
 
· Características: 
a- Transferência da execução do serviço público
b- Existência de um poder concedente (Entes- U/E/DF/M)
c- Somente pode ser concessionária pública pessoa jurídica, pessoa física não pode ser concessionária.
d- Feita por licitação.
e- Modalidade licitatória é de concorrência. CONC/ ORRÊNCIA.
EXCEÇÃO: leilão, para-atividades que antes eram monopólio estatal. Ex: telefonia, perfurar poços de petróleo. 
· Motivação: toda concessão precisa ser motivada (justificada), dizer as razões de fato e direito justificando os motivos.
· Serviço Público Adequado: é o serviço público prestado com eficiência, de qualidade, etc.
· Elementos licitatórios: 
a- Maior valor ofertado ao Estado pela concessão
b- Menor tarifa ao usuário
OBS: na concessão podem vir os dois ou um só. Quem ganha a licitação quem paga mais e oferece com o menor preço ao particular. Ou quem cobra menos para o usuário.
· Política tarifária: critérios de reajustes e revisões dos contratos para manter o equilíbrio econômico financeiro do início ao fim do contrato. Refere-se às tarifas. 
· Direitos dos usuários: receber um serviço de qualidade/ adequado; escolher a prestadora que melhor atenda suas necessidades (ex: telefonia, TV a cabo); direito a escolha de datas de vencimento que melhor se adeque a seu orçamento; acesso a informações tanto da concessionária quanto do poder público para a defesa dos interesses dos usuários (ex: extrato da conta)
· Deveres dos usuários: se for cobrado, pagar em dia pelo serviço prestado; manter em bom estado de conservação os bens utilizados para a prestação do serviço público.; comunicar irregularidades ou ilegalidades que tenha conhecimento durante a prática do serviço público.
· Deveres do Poder Concedente: regulamentar, dizer como deve ser prestado o serviço público; fiscalizar a prestação; incentivar a formação de associação de usuários (vai estar apta a defender os direitos do usuário); receber, apurar e solucionar em até 30 dias quaisquer reclamações do usuário.
· Deveres da Concessionária: prestar o serviço público de qualidade, adequado; obedecer normas regulamentares e contratuais; manter atualizada uma lista com os bens que são utilizados para prestação do serviço público e dar livre acesso aos fiscais do Estado a esses bens.; instituir servidões e promover desapropriações.
OBS: Com o fim do contrato, os bens utilizados para prestação serão revestidos para o Estado.
· Formas de concessão: TV, Rádio, Telecomunicações, etc.
· Da intervenção na concessão: é uma atuação pontual do Estado na concessionária que objetiva identificar os fatores que estão levando a concessionária a não prestar o serviço adequadamente é nomeado um interventor por um prazo determinado para verificar a situação. A intervenção não gera necessariamente a extinção da concessão. Ou seja, o Estado designa um interventor para um determinado período de tempo para ver o que está acontecendo com a prestação, por que não está cumprindo as normas etc.
· Da extinção da concessão: 
a- Advento do termo contratual (termino do contrato ou a não renovação)
b- Encampação ou resgate: é a extinção do contrato de concessão por conveniência ou oportunidade do Estado
c- Caducidade: é a extinção da concessão por inadimplência da concessionária.
d- Rescisão: extinção da concessão decretada judicialmente. Aqui quem está inadimplente é o Estado. A concessionária tem que propor a ação competente, comprovar a inadimplência do Estado e continuar prestando o serviço público. Com direito a perdas e danos e lucros cessantes;
e- Falência
f- Fusão/ cisão
	Semelhanças
	Concessão 
	Permissão
	Autorização 
	Formas de delegação de serviço público
	Sim
	SIM
	
	Formalidades por contrato
	SIM
	SIM
	Precedidas de licitação
	SIM
	SIM
	Diferenças
	Concessionária
	Permissionária
* Se extingue com a morte e com a insolvência da pessoa física.
	Autorização
	Quem pode
	Somente pessoa jurídica
	Pessoa jurídica ou física
	P. jurídica ou Física
	Natureza jurídica
	Contrato administrativo
	Contrato administrativo por adesão
	Ato administrativo
Discricionário e precário
	Modalidade licitatória
	Concorrência (leilão)
	Qualquer modalidade
	
OBS: concessão e permissão para o STF são a mesma coisa
PERMISSÃO
· É transferência de execução de um serviço público feita pelo poder permitente, a uma pessoa jurídica ou pessoa física que demonstre aptidão para a realização do serviço, por conta e risco próprios, mediante previa licitação, na modalidade de concorrência, sob norma de controle estatal, para atender os interesses da sociedade.
Autorização
É a delegação da prestação de serviço púbico autorizante, a uma pessoa jurídica ou física que demonstre aptidão para a realização do serviço, por conta e risco próprios, sob norma de controle estatal, para atender os interesses da sociedade.
1- Natureza jurídica: é um ato administrativo discricionário e precário (pode tirar a qualquer momento sem o dever de indenizar). 
2- Pessoa jurídica ou pessoa física podem ser autorizatários
3- Formas de extinção:
a- Conveniência e oportunidade do Estado
b- Falência da pessoa jurídica ou insolvência da pessoa física
c- Morte- pessoa física.
Aula 5# 20/06/15#
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA
1. Noções Gerais
2. Conceito: é toda atuação estatal na propriedade privada cujo objetivo é atender o interesse da coletividade, ainda que seja necessário passar por cima do interesse privado.
3. Modalidades: 
A. Limitações Administrativas
· Positivas: correspondem a uma obrigação de fazer. Ex: todos que possuem um lote não edificado precisam mantê-lo limpo. 
· Negativas: corresponde a uma obrigação de não fazer. Ex: segundo o plano diretor existem lugares que não podem ter mais de 2 andares, como no Cruzeiro.
· Permissivas: corresponde uma obrigação de permitir/ liberar. Ex: fiscais que combatem a dengue, tem que deixar entrar.
· Não são indenizáveis
B. Ocupação Temporária: é uma ocupação Estatal sobre um bem imóvel para atender uma utilidade pública, sobre prazo determinado. Ela é indenizável, se causado prejuízo. 
· Bem imóvel 
· Caráter de Temporalidade
· Utilidade Pública
· Onerosa ou Gratuita
· Indenizável
C. Requisição Administrativa: é um ato coativo emanado por uma autoridade pública, para atender emergências, necessidades urgentes, situações de perigo público. Recai sobre móveis, imóveis, semoventes e serviços. Se dá por meio de um ato administrativo coativo. A requisição será indenizável se restar comprovado dano ou prejuízo. 
· Ato coativo
· Autoridade Civil/ Militar
· Atendimento de Necessidades Urgentes/ Emergênciais/ Perigo Público
· Bens móveis/ imóveis/ Semoventes e Serviços
· Indenizáveis
D. Servidão Administrativa: Ônus Real imposto sobre um bem imóvel de um particular colocando sobre esse bens restrições na sua utilização. É indenizável, desde que comprove prejuízo. Tem que ser registrado em cartório.
· Ônus Real imposto sobre um bem imóvel de um particular
· Para atender uma utilidade pública
· Onerosa ou gratuita
· Por lei ou ato administrativo
· Registro em cartório
· Indenizável
E. Tombamento: o Estado querendo preservar determinado bem por suas características, para gerações futuras. Impreguina o bem em caráter de imodificabilidade, não gera a inalienabilidade do bem (pode ser vendido), o proprietário que tem que fazer a manutenção desse bem ,mas se demonstrar que não tem condições o Estado irá fazer. Será indenizável se causado prejuízo. 
· Declaração expedida pelo poder público
· Reconhecendo o valor histórico, paisagístico, cultural, turístico, arqueológico.
· De bem móvel/ imóvel
· Preservação para as gerações futuras
· Caráter deimodificabilidade
· Indenizável
· Ele pode se dar de ofício, compulsório e voluntário.
a. De ofício: o Estado tomba seus próprios bens.
b. Compulsório: independente da vontade do particular, o Estado tomba o bem.
c. Voluntário: o próprio dono ((proprietário) oferece o bem para ser tombado.
F. Desapropriação
União x Estados x Municípios: o maior pode tudo, o menor não pode nada.
· Conceito: procedimento administrativo formal mediante o qual, o Estado toma a propriedade de um bem de um particular mediante o pagamento de prévia e justa indenização. 
· Fases: bifásico
a. Declaratória: o Estado vai indicar qual o bem que ele quer desapropriar e vai justificar (por que aquele bem tem que ser desapropriado) e avalia, uma estimativa de custo, quanto vai custar ao Estado o pagamento da prévia e justa indenização.
b. Executória: o Estado paga a indenização e transfere a propriedade.
· Requisitos: será a justificativa
a. Utilidade pública: para trazer comodidade, conforto a população.
b. Necessidade pública: ex: uma emergência
c. Interesse social: ex: reforma agrária, construção de hospital.
Exceções a obrigação de pagamento em dinheiro. 
· Imóvel urbano não edificado, não utilizado ou subutilizado, desde que haja uma prévia autorização legislativa poderá ser pago com títulos da dívida pública.
· Para imóvel rural, poderá ser paga por títulos da dívida agrária.
· Consumação: se consuma com o pagamento.
· Pagamento: via de regra, será paga em dinheiro
a. Principal: ainda que o principal seja indenizado em títulos públicos
b. Acessórios/ benfeitorias: São indenizados, os úteis e necessários. (Serão indenizáveis em dinheiro, ainda que o principal seja indenizado em títulos da dívida agrária).
· Desistência: até o pagamento.
· Tredestinação: desvio de finalidade na desapropriação. Ex: o Estado justifica a desapropriação, mas não é plausível, pois vende logo após a uma iniciativa privada para a construção de indústria. O particular poderá reivindicar o bem (pedir de volta).
G. Apossamento Administrativo/ Desapropriação indireta
O Estado toma a posse do bem e depois vai atrás da propriedade. O Estado age como um particular ao tomar a posse, agindo por esbulho possessório. O particular poderá resistir. O Estado pode adquirir bens por uso capião
· Equivale a um esbulho possessório
· O particular pode reivindicar o bem
· Indenização
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DO ESTADO
É o dever, a Obrigação
Que tem o Estado
		
De indenizar/ reparar
Prejuízos causados a terceiros
a. Comissivas: da sua ação (art.37, §6º da CF- Teoria adotada pelo Brasil)- Responsabilidade objetiva.
· Lícitas
· Ilícitas
· Materiais
· Jurídicas
b. Omissivas: Responsabilidade Subjetiva- (Entendimento jurisprudencial)
· Omissão
· Falta de ação
· Falta de serviço
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO/ TEORIA DO RISCO/ RISCO ADMINISTRATIVO
(art.37, §6º da CF- Teoria adotada pelo Brasil)
Toda vez que estiver um nexo de causalidade na relação administrativa e particular, que originou um dano ao particular, o Estado é obrigado a indenizar. Toda vez que estiver dolo e culpa do agente, vai dar direito ao Estado de regresso contra o agente, se ficar comprovado que ele agiu com dolo ou culpa, sendo ele obrigado a ressarcir a Administração. 
	ADM 	
ADM Nexo de Causalidade	 Dano		
			 Particular
	
Agente Público
· Dolo
· Culpa
· Impudência
· Negligência
· Imperícia
			
1. Excludentes da Responsabilidade Estatal- exclui o dever, a responsabilidade do Estado em reparar o dano.
a. Caso fortuito: ex: terremoto
b. Foça maior: ex: greve de ônibus
c. Culpa de terceiros
d. Culpa concorrente: os dois deram causa ao resultado.
Teoria do Risco Integral: o Estado indeniza os particulares ainda que o Estado não tenha dado causa (não é a regra). É adotada em um caso específico, em caso de desastres nucleares, materiais radioativos. 
Aula 06# 25/06/15#
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO 
1. Considerações
2. Finalidade: garantir que a Administração atue em conformidade com o ordenamento jurídico e os princípios de direito.
3. Conceito: é o poder de fiscalização, de correição que é exercido sobre a Administração para garantir a sua atuação em conformidade com o ordenamento jurídico e os princípios de direito. 
4. Classificação
a. Quanto ao modo: 
· Interno (a própria administração revendo seus atos- autotutela)
· Externo: Pessoas estranhas aquele órgão, ex: poder legislativo (controle orçamentário, fiscal, contábil com o TCU; poder judiciário- legalidade; Ministério público- custus legis
b. Quanto ao momento: 
· Prévio: é realizado antes do ato ser praticado, da atividade ser realizada. Ex: o congresso faz o controle prévio se o presidente irá declarar guerra ou não.
· Concomitante: ocorre ao mesmo tempo em que o ato é pratico. Ex: gestão orçamentária
· Posterior: é realizado após o ato ser praticado, ele que gera revogação, anulação.
c. Quanto a quem exerce: 
· Controle administrativo: é aquele realizado administrativamente. Ex: posso recorrer administrativamente por meio de recurso, etc. é realizado nas áreas administrativas do P. Executivo, Judiciário e Legislativo
· Controle legislativo
· Controle judicial: é realizado pelo judiciário, é um controle sobre a legalidade.
· O Controle Político: um poder controlando o outro, mas quem julga é o judiciário.
· O Controle Judicial: é aquele que busca fazer uma fiscalização, correição sobre a legalidade dos atos praticados.
AÇÃO POPULAR
1. Objetivo: garantir/ proteger o patrimônio público, moralidade administrativa (honestidade, probidade, ética) e o meio ambiente.
2. Sujeito Ativo: Somente Cidadão (está em pleno gozo de seus deveres político- pode votar ou ser votado).
3. Sujeito passivo: A própria Administração. 
4. Papel do MP: Fiscal da lei. Não pode propor a ação popular. Mas pode estar no polo ativo quando houver desistência do autor; falta de ação do autor (inércia do autor).
5. Rito: Ordinário. Cabe o pedido de antecipação de tutela.
HABEAS CORPUS
1. Objetivo: Garantir o direito de locomoção (ir, vir e permanecer)
2. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa 
3. Sujeito Passivo: Qualquer autoridade pública que esteja ameaçando direito de locomoção.
4. Características: Qualquer pessoa menor ou maior de idade; para si ou para outrem; poder ser preventiva (salvo conduto) ou repressiva; o HC é gratuito, é desnecessária a capacidade postulatória (não precisa de advogado).
5. Papel do MP: Fiscal da lei. Pode pedir habeas corpus (tem o dever de propor)
6. Rito: Sumaríssimo (cabe pedido de liminar)
HABEAS DATA
1. Objetivo: garantir direito ao acesso de informações constantes em bancos de dados e serviços públicos.
2. Sujeito Ativo: Qualquer interessado que teve negado acesso a informações ou retificação. É PERSONALÍSSIMA. Necessita de negativa do acesso. 
3. Sujeito Passivo: Autoridade que está recusando o acesso ou sua retificação.
4. Papel do MP: Fiscal da lei
5. Rito: Sumaríssimo (cabe liminar)
MANDADO DE INJUNÇÃO
1. Objetivo: Remédio jurídico constitucional impetrado com o objetivo de garantir o cumprimento de direito previsto em texto constitucional que não está sendo usufruído por falta de legislação que o regulamente. Ex: direito de greve dos servidores públicos.
2. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa (física ou jurídica), estrangeiro.
3. Sujeito Passivo: o Poder Legislativo
4. Papel do MP: fiscal da lei
5. Rito: Sumaríssimo 
MANDADO DE SEGURANÇA
1. Objetivo: proteger/ garantir direito individual coletivo que esteja sendo ameaçado ou lesionado por ato praticado por uma autoridade pública.
2. Caráter Subsidiário: só entro com mandado de segurança quando não couber HC ou HD.
3. Direito Líquido e Certo: direito considerado incontroverso, incontestável. 
4. Sujeito Ativo: de regra qualquer pessoa (física, jurídica, sindicatos, OAB, entidades de classes, MP, Mesa da câmara, procuradorias estaduais, partidos políticos com representação no congresso, associações desde que tenha um ano de funcionamento, etc)
5. Sujeito Passivo: autoridade pública que esteja ameaçando direito individual ou coletivo. Ex: reitoré equiparado à autoridade pública, pois a educação é um serviço público.
6. Papel do MP: fiscal da lei, ele pode interpor.
7. Rito: Sumaríssimo
8. Prazo: até 120 dias
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
1. Objetivo: proteger, preservar património público, moralidade administrativa, meio ambiente e os interesses transindividuais (difusos- é uma coletividade específica), ex: direito do consumidor, criança e adolescente, portadores de deficiência.
2. Sujeito ativo: é impetrada via de Regra pelo MP. União, Estados, DF e Municípios; procuradorias estaduais e distritais; partidos políticos com representação no congresso; as associações, autarquia. 
3. Sujeito passivo: pode ser a Administração, qualquer pessoa física ou jurídica. 
4. Papel do MP: Fiscal da lei, mas pode impetrar pessoalmente. 
5. Rito: Ordinária com pedido de antecipação de tutela.
CONSEQUÊNCIAS DO CONTROLE (Fiscalização)
A finalidade é adequar a atuação da administração a legalidade e aos princípios de direito
a. Suspensão do ato
b. Suspensão da atividade: de qualquer atividade que fira o meio ambiente, patrimônio público, etc.
c. Dever de reparar
d. Dever de indenizar
e. Dever de restituir (devolver valores)
f. Bloqueio de bens
g. Perda do cargo: ex: agente público que comete um ilícito
h. Inelegibilidade, etc...
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
a. Considerações: em tese os contratos administrativos são celebrados pela Administração, são regidos por norma de direito público (8616). Pode ser usado regras contratuais particulares (direito civil) subsidiariamente. Sempre voltado ao interesse da sociedade.
b. Conceitos: é um ajuste, um acordo de vontades celebrado entre a Administração, e ela própria ou a Administração e Particulares, onde se tem por objeto do contrato uma necessidade pública, um interesse público. 
c. Características
· Gerais: 
a. Prazo determinado: até 1 ano prorrogado por igual período até 5 anos.
b. Bilateral
c. Formal 
d. Oneroso
e. Sinalagmático: direitos e deveres recíprocos
f. Intuito personae
· Especiais
a. Alteração unilateral dos contratos: A administração alterara unilateralmente o contrato. Ex: na compra de cadeiras, pode aumentar o número de cadeiras para uma escola. O contratado não pode se opor a alteração.
b. Rescisão unilateral dos contratos: A Administração pode, com base na conveniência e oportunidade. 
c. Não alegação da exceção do contrato não cumprido: não pode alegar que a Administração não está cumprindo o contrato.
São chamados de cláusulas exorbitantes (cláusulas que garantem a supremacia do interesse público sobre o privado).
d. Cláusulas essenciais: são as cláusulas exorbitantes (objeto, forma, prazo, direitos e obrigações, forma de pagamento, etc) que garantem a supremacia do interesse público.
e. Garantias contratuais: 
· Caução em dinheiro ou títulos da dívida pública
· Bens e serviços comuns- até 5% do valor contrato
· Se for obras e serviços de engenharia até 10% do valor do contrato.
· Seguro garantia
· Fiança bancária: ex: um banco entra dando a fiança
f. Da inexecução contratual
· Total
· Parcial
· Com culpa: da contratado, será penalizada (advertência, multa e até declaração de inidoneidade- fica sem licitar, poder contratar por até 2 anos)
· Sem culpa: Não poderá ser penalizada, pois não deu causa.
· Caso fortuito: eventos da natureza, desastres, furacão, inundação.
· Força maior: é uma ação humana, ex: greve de ônibus.
· Fato do príncipe: é uma emanação estatal geral, abstrata, não é direcionada a um contrato especificamente, atinge diversos tipos de contratos.
· Fato da administração: é um ato praticado pela Administração que afete um contrato específico. Ex: tribunal de justiça quer construir uma central de conciliação no Lago Norte. Mas, A administração do tribunal não concedeu alvará de construção. 
g. Extinção dos contratos
· Rescisão Administrativa: rescisão unilateral pela Administração. 
· Rescisão Contratual: 
· Rescisão amigável: A Administração e o particular se acordam pela extinção.
· Advento do Término do Contrato: quando não for prorrogado. Por até um ano, podendo ser prorrogado por igual período, por até 5 anos. 
h. Revogação: Rescisão por conveniência e oportunidade
i. Anulação: extinção por vício e/ou ilegalidade no contrato ou na licitação.
Aula7# 26/06/15#
LICITAÇÃO 
1. Considerações: o procedimento licitatório existe para democratizar o acesso as contrações com o poder público, quanto mais pessoas oferecerem proposta, a Administração escolherá a melhor.
2. Conceito: é um procedimento administrativo formal, mediante o qual a Administração chama, convoca interessados em com ela contratar para virem e oferecerem as suas propostas, dentre as quais ela escolherá a mais vantajosa.
3. Princípios específicos: LIMPE e os princípios administrativos.
· Igualdade dos licitantes: deve tratar da mesma maneira todos os licitantes.
· Vinculação ao instrumento convocatório: as regras da licitação estão previstas no edital ou no convite, obrigando a Administração e ao licitante. 
· Julgamento objetivo das propostas: afasta-se a subjetividade.
· Dever de probidade: honestidade, integridade moral. 
· Adjudicação compulsória: ao vencedor do certame será assegurado o objeto do contrato, se a ADM for contratar, irá contratar quem ganhou.
4. Obrigatoriedade: é obrigatória para a toda ADM direta e indireta.
5. Quem pode legislar: compete privativamente a União legislar sobre novos tipos de licitação, mas os outros entes podem aumentar o que foi legislado.
· Da comissão de licitação: é um grupo de pessoas designadas pela ADM para receber, analisar e julgar as propostas oferecidas pelos licitantes. 
· Membros
· Tipos: são 2
· Comissão permanente de licitação: para os procedimentos licitatórios normais
· Comissão especial de licitação: especialmente para uma determinada licitação, quando acaba ela é desfeita.
6. Tipos de licitação: como se escolhe o vencedor da licitação. 
· Menor preço
· Melhor técnica
· Técnica e Preço
· Melhor Lance/ melhor oferta
7. Da Dispensa e Da Inexigibilidade (Não precisa de licitação)
	 Há viabilidade 
 Não há Viabilidade de Competição
1. Fornecedor exclusivo
2. Servidor Técnica Especial
3. Atividades Artisticas
Dispensa: Há viabilidade de competição, ele pode licitar ou não, ele que vai decidir. Ex: Dispensa por valor até 10% do valor do convite (8.000 reais); emergência; licitação deserta ou frustrada. 
Inexigível-será inexigível do administrador a licitação quando não há a violabilidade de competição
1. Fornecedor exclusivo: só a um representante fabrica aquela coisa. Mas, o preço deve ser justo.
2. Servidor Técnica Especial: serviços de quem presta com notório saber técnico, capacitação. Ex: Oscar Niemeyer. 
Pela lei o serviço de marketing e publicidade precisa licitar
3. Atividades Artísticas: ex: show da virada, samba, pagode, sertanejo.
A. LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
· Discricionariedade do Administrador
· Pode ou não licitar
· Dispensa por valor, Emergência, licitação de Deserta (não aparece ninguém), Licitação Frustrada (ninguém é habilitado)
OBS: sempre no valor do mercado.
B. Licitação Dispensada (NÃO SERÁ REALIZADA A LICITAÇÃO)
· Não há discricionariedade para licitar
· Não será realizada a licitação
· Permuta, Doação, Dação em pagamento
8. Modalidades Licitatórias
Como será conduzida, feita a licitação
a. Concorrência: modalidade licitatória utilizada para contratações de grande porte, vulto, em que quaisquer interessados que preencham os requisitos previstos no edital podem apresentar as suas propostas até o momento da abertura do certame. Admite a pré-habilitação(antes da abertura do certame). 
· Prazo do edital: 
	30 dias se for do tipo menor preço
Melhor técnica 	 
	Técnica e preço 	45 dias
b. Tomada de Preços: é a modalidade licitatória adotada para contratações consideradas de médio porte, em que quaisquer interessados cadastrados ou não na ADM podem apresentar suas propostas até 3 dias antes da abertura do certame, cadastrados ou não na ADM
· Prazo do edital
Menor preço- 15 dias
Menor técnica ou menor técnicae preço- 30 dias
c. Convite: é a modalidade mais simples da ADM, pois a ADM que chama pelo menos 3 fornecedores, devendo apresentar suas propostas até 24h antes do certame. É afixado no mural, não tem edital.
	OBS: se quiser repetir os 3 fornecedores, precisa chamar mais 1 fornecedor.
d. Concurso: modalidade licitatória para escolha de trabalho, projeto, estudo, a serem implementados pela ADM. Ex: projeto vencedor- Lúcio Costa ganhou.
e. Leilão: modalidade licitatória utilizada para alienação de bens públicos imóveis, bens apreendidos, bens penhorados, bens públicos inservíveis (ex: carros velhos).
Lei de Licitações- 8666/93
f. Pregão: Não é da 8666, é da 10520/02. É uma modalidade licitatória não prevista na lei 8666, ela é uma inovação. Modalidade licitatória utilizada para contratações de bens e serviços comuns. (Ganha quem cobra menos). Não tem limite estabelecido. 
· Edital do pregão: 8 dias úteis
Pode ser presencial ou eletrônico
	
	Bens e Serviços Comuns
	(Obras e serviços de engenharia)
	Concorrência
	Acima de 650.000,00
	Acima de 1.500.000,00
	Tomada de Preço
	Acima de 80.000 até 650.000,00
	Acima de 150.000 até 1.500.0000,00
	Convite
	Até 80.000
	Até 150.000,00 
Aula 8# 29/06/15#
9. Fases da licitação
a. Interna: começa dentro da própria administração, no momento que surge uma necessidade, ou seja, no momento da identificação da necessidade. O segundo passo é se fazer a pesquisa de preço no mercado. Depois verifica se tem previsão orçamentária. Adequação a modalidade licitatória e tipo. O jurídico tem que aprovar. Ordenador de despesa- autoriza ou não a licitação
· Identificação da necessidade
· Pesquisa de preço no mercado
· Previsão orçamentária 
· Adequação a modalidade licitatória/ tipo
· Jurídico- tem que aprovar
· Ordenador de despesa- autoriza ou não a licitação, ele faz um controle prévio. 
b. Externa
Começa com a publicação do edital ou a expedição da carta convite. Os licitantes apresentam dois envelopes, um de valores e outro de documentos. A documentação é analisada primeiro.
· Habilitação Jurídica: verifica se existe, se estar apto a contrair direitos e obrigações com a ADM.
· Habilitação Técnica: é vinculada ao objeto do contrato. É a capacidade técnica para fazer aquele serviço.
· Habilitação Econômica Financeira
· Regularidade Fiscal
· Comprovações Trabalhistas
O envelope dos valores são analisados só das que passaram pela aprovação dos documentos. OBS: no pregão é o inverso, primeiro se analisa os valores, e só a documentação de quem ganhar. 
 Homologação/ Adjudicação: confirma a decisão da homologação 
Revogação: pode ser revogada a qualquer momento até a assinatura do contrato, sendo publicada até 20 dias da assinatura.
Anulação: quando estiver eivada de vícios ou ilegalidade. Ex: houve uma fraude na licitação, se estiver o contrato será nulo.
AGENTES PÚBLICOS
1. Considerações: são considerados agente públicos até mesmo aqueles que não tem vinculo nenhum com a ADM
2. Conceito: é todo aquele que com vínculo ou sem vínculo remunerado ou não remunerado pela ADM, por prazo determinado ou indeterminado desempenha uma função pública/ atividade pública. Ex: o mesário é exemplo de prestação não remunerada, não tem vínculo com a ADM, e por prazo determinado. TODO AQUELE QUE DESEMPENHA UMA FUNÇÃO PÚBLICA OU UMA ATIVIDADE PÚBLICA É UM AGENTE PÚBLICO.
3. Classificações
a. Agentes Políticos: são aquelas pessoas que desempenham as funções públicas mais relevantes do país. Suas atribuições estão previstas na própria CF, gozam de independência funcional e são os responsáveis pelos destinos do país. Ex: presidente, ministro de estado, governadores, secretários; senador, deputado federal, estaduais, vereadores, juízes, MP e os tribunais de contas.
b. Agentes Administrativos: é a parte técnica da ADM. Se divide em:
· Servidores públicos: via e regra, é aquele aprovado em concurso público, nomeado, para tomar posse em um cargo público. Ex: na ADM direta, nas autarquias, nas fundações públicas de direito público. Tem lei própria, chamada de estatutária. Passam pelo estágio probatório, se aprovados gozarão de estabilidade. 
· Empregados Públicos: são aprovados em concurso público, sendo contratados para exercer um emprego público, é um empregado público. Ex: SEM, fundações públicas de direito privado, empresas públicas. Sua vinculação é contratual, sendo regidos pela CLT. Passam pelo contrato de experiência, não sendo considerado estáveis. 
c. Particulares em colaboração com o Estado
Sem vinculo com a ADM.
· Agentes honoríficos: aquelas pessoas que mesmo sem terem vinculação com o Estado desempenham atividades consideradas relevantes. Ex: mesário eleitoral, membro do corpo de jurado, conciliadores, comissários de menor.
· Agentes delegados: recebem uma delegação do Estado. concessionário público, autorizatários, permissionárias públicas, reitores de universidades privadas/ faculdades privadas reconhecidas pelo Estado, notários e registradores, tradutores juramentados. 
· Agentes credenciados: são aquelas pessoas que voluntariamente se põem a disposição do Estado, sem remuneração, ex: peritos do INSS, bombeiros voluntários. 
4. Do Cargo Público
Conceito: é a menor unidade de competência administrativa, criada por lei em número certo a ser preenchida por um servidor público. Se divide em:
a. Cargo Público Efetivo: é aquele cargo público preenchido por concurso. 
b. Cargo Público em Comissão: faz remissão a atividade. Corresponde as obrigações de: chefia, direção e assessoramento. São cargos de livre nomeação e exoneração, não precisa ter sido aprovado em concurso, sendo qualquer pessoa com vínculo ou não com a ADM. Segundo a CF, preferencialmente os cargos em comissão serão preenchidos com pessoas com vínculo com a ADM. Não existe estabilidade. 
c. Cargo Público de Carreira: é aquele cargo escalonado em padrões, classes. Ex: juiz, (ministros do STJ- Depende! Se for pelo quinto Constitucional é cargo público isolado). 
d. Cargo Público Isolado: não constituído, isolado, ex: ministro do TCU, delegado. 
5. Do Emprego Público: menor unidade de competência administrativa criado por lei em número certo a ser constituído por empregados públicos. 
6. Da Função Pública
· Enquanto atividade: pode ser exercida por qualquer pessoa que tenha vinculo ou não pela ADM, remunerada ou não. 
Enquanto função comissionado: se equivale a função de confiança. 
1- Cargo em comissão: Advêm da confiança da autoridade. Preferencialmente tem que ter vínculo com a ADM, mas não é obrigatório. 
2- Funções gratificadas: é um acréscimo remuneratório dado a um servidor público ou empregado que desempenham um cargo de maior responsabilidade que os demais. Ex: diretor de secretaria, escrivão/ assistente de audiência. TEM QUE TER VÍNCULO COM A ADM.
Aula 09# 30/06/15#
7. Do Provimento: é o preenchimento de um cargo público que está vago. 
a. Originário: se dá após a aprovação em um concurso, sendo nomeada (convocação da ADM para que a pessoa que foi aprovada em concurso, se apresente para tomar posse), tomar posse (concordando em desempenhar as atribuições daquele cargo), entrar em exercício (começar a trabalhar).
· Nomeada: da nomeação para tomar posse, o prazo é de até 30 dias.
· Tomar posse
· Exercício: da tomada da posse até entrar no exercício, o prazo é de até 15 dias.
OBS: vale também para o cargo em comissão. 
b. Derivado: 
· Promoção: ocorre quando há mudanças dentro da própria carreira ou quando um servidor efetivo é chamado para assumir um cargo em comissão. Ex: juiz substituto, depois será promovido pra juiz titular.
· Readaptação: ocorre quando um fato superveniente impede o servidor de desempenhar normalmente as suas atribuições, sendo readaptado para desempenhar outras atividades de mesma escolaridade e remuneração. Ex: um policial civil em ação é alvejado e perde parte do movimento das pernas, ele é readaptado, indo para área administrativa.
· Reversão: retorno do servidor público aposentado ou inativo ao serviço público, por dois motivos: a) a pedido, com prazo máximo de até5 anos da aposentadoria; b) de ofício: por cessarem os motivos que levaram a aposentação, a qualquer tempo.
· Reintegração: retorno do serviço público que avia sido afastado por processo administrativo disciplinar ou sentença judicial. Faz jus a tudo que deixou de receber durante esse período. Quando o funcionário público é absolvido na justiça comum por autoria (não foi ele) ou o crime não existe, ele será reintegrado, ou seja, as decisões irão se comunicar nesse caso. 
· Aproveitamento: ocorre o aproveitamento quando o cargo que o servidor ocupa é extinto, e ele é aproveitado em outro de mesma escolaridade e remuneração. Ex: havia o cargo de motorista, que foi extinto.
· Recondução: retorno do servidor público estável ao cargo por ele anteriormente ocupado por haver sido reprovado em estágio probatório ou dentro desse prazo (3 anos) não se adaptado as novas atribuições.
8. Acumulação de Cargos Públicos
A regra é, não pode ter acumulação de Cargos Públicos. Mas excepcionalmente poderá quando:
a. 2 cargos de professor
b. 2 cargos de profissional de saúde
c. Um cargo de professor e um cargo de técnico científico.
d. Magistrado com magistério (professor)
e. Membro do MP com o de professor
f. Vereadores com servidor público, desde que ter compatibilidade de horário. 
9. Da Vacância: é a condição que se encontra o cargo público sem um titular, se dá:
a. De ofício: reprovação do servidor público no estágio probatório, morte do servidor. 
b. A pedido: aposentadoria, declaração de vacância por conta da recondução. 
10. Exoneração x Demissão: Os dois são causas de desligamento do serviço público.
Demissão: PENALIDADE, a bem do serviço público. Cometeu um ato grave, será excluído do serviço público.
Exoneração: é o desligamento com a ADM, e não impede a prestação de um serviço novo. Ex: posse em outro serviço público. No caso do cargo em comissão, o servidor pode ser exonerado como uma penalidade, por falta de confiança.
11. Estágio Probatório: conforme a CF são 3 anos, a lei 12112/90 diz que são 2 anos, mas não está recepcionada pelo texto constitucional, por entendimento jurisprudencial (mas pode cair na prova sobre a lei 12112).
12. Estabilidade: é a proteção constitucional dada ao servidor contra demissões arbitrárias.
13. Do pagamento: o teto remuneratório é o do Ministro do Supremo. 
a. Vencimento: é uma parcela fixada em lei, salário.
b. Remuneração: Somatório de todas as verbas recebidas pelo agente público, são: o vencimento + auxilio transporte, etc.
Subsídio: remuneração dos agentes políticos, é uma parcela única não acrescenta mais nada. Não é mais só para agentes políticos, ex: polícia federal, receita federal. É uma parcela remuneratória que não pode incidir mais nada. 
14. Deveres: 
· Desempenhar bem as atribuições do seu cargo
· Tratar com urbanidade seus colegas e a sociedade
· Obedecer normas hierárquicas, desde que sejam legais
· Sigilo profissional: as informações obtidas por conta do exercício do cargo tem que ficar em sigilo. 
15. Direitos
a. Gerais: os direitos garantidos a todos, como remuneração do trabalho, férias anuais, 13º salário, repouso semanal remunerado, auxilio alimentação, auxilio transporte, licença para casar (na ADM chama de licença gala- 8 dias); afastamento por falecimento de cônjuge, ascendente, etc, se chama licença nojo- 8 dias
b. Especiais
· Licença capacitação: a cada 5 anos se não tiver nenhuma penalidade poderá se afastar por até 3 meses remunerado, para fazer cursos, dissertação de teses. 
· Licença para estudo no exterior: remunerada, 2 anos prorrogáveis por mais 2 anos.
· Licença para trato de assuntos particulares: é não remunerada, até 3 anos, podendo ser prorrogável por mais 3 (não conta para aposentadoria), tem que ser estável.

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