Prévia do material em texto
C L A S S I F I C A Ç Ã O D O S FÁ R M A C O S ANTIGRIPAIS – TRATAMENTO SINTOMÁTICO DA GRIPE São combinações de vários medicamentos com ação analgésica, antipirética, descongestionante nasal, anti-histamínica e antitussígena, que aliviam temporariamente os sintomas dos resfriados e gripes, enquanto o organismo combate a infecção. Geralmente associados: Analgésicos, antitérmicos, anti-histamínicos, vitamina C e descongestionantes nasais. EX: Coristina D, Multigrip, Naldecon, Benegripe. ANTIGRIPAIS Cuidado com associações que contenham paracetamol. A dose máxima que pode ser ingerida por um adulto saudável é de 4g. Doses superiores à essa podem causar problemas hepáticos graves (hepatite medicamentosa). Evite utilizar ácido acetilsalicílico ou associações caso exista a possibilidade de se estar com dengue. Nesses casos, prefira medicamentos à base de dipirona ou paracetamol e procure atendimento médico; Nunca tome antigripais de forma preventiva; Descongestionantes nasais podem causar taquicardia e hipertensão arterial ANTIGRIPAIS Só tratam os sintomas. A gripe é uma doença provocada por vírus, que causa uma infecção aguda do aparelho respiratório e caracteriza-se por congestão nasal, tosse seca, inflamação na garganta, dores musculares, cansaço, fraqueza, dor de cabeça e febre. O tratamento é sintomático, ou seja, se restringe a reduzir os sintomas. – Gripe e resfriado são doenças diferentes pois são causadas por vírus diferentes. O resfriado pode ser causado por uma variedade de mais de 200 tipos de vírus, sendo o mais comum o rinovírus. Já a gripe é causada pelos vírus influenza. ANTIGRIPAIS Antigripais não são indicados para crianças, nem para gestantes; Medidas não medicamentosas: • Ingerir muito líquido; • Repouso; • Boa alimentação • Evitar multidões em ambientes fechados; • Procurar atendimento médico na persistência dos sintomas. ANTIÁCIDOS São medicamentos que aumentam o pH gástrico, neutralizando o ácido clorídrico (HCl) liberado pelas células gástricas (células parietais). Todos os antiácidos têm propriedades alcalinas e aliviam a dispepsia(Azia) através da neutralização química do ácido do estômago. No processo digestivo, o estômago produz o ácido clorídrico, além de outras substâncias. Devido a alguns distúrbios, há indivíduos que passam a produzir esse ácido em excesso, provocando dor e queimação (Azia). No Brasil, uma pesquisa mostrou que 12% da população sente azia uma ou duas vezes por semana e 7% mais de duas ou três vezes no mesmo período. ANTIÁCIDOS Tipos de Antiácidos: – Sistêmico – Bicarbonato de Sódio – De ação local (Não Sistêmico) – Praticamente não são absorvidos no intestino, sendo eliminados nas fezes: » Hidróxido de Magnésio » Hidróxido de Alumínio » Carbonato de Cálcio » Trissilicato de Magnésio Algumas preparações de antiácidos contêm uma associação de compostos com o objetivo de reduzir os efeitos adversos dos componentes individuais, por exemplo, magnésio e compostos de alumínio, de forma a reduzir o risco de diarreia e constipação, respectivamente. ANTIÁCIDOS Bicarbonato de sódio Grande poder antiácido e de paladar agradável. Produz CO2 no estômago. Atuação rápida, mas muitas vezes associado à secreção rebote de ácido gástrico que anula o seu efeito. É necessária a administração regular (até uma vez por hora) para manter o aumento do pH do estômago. O excesso de sódio pode resultar em urina alcalina e alcalose sistémica Carbonato de cálcio Carbonato de sódio Bom poder antiácido. Produz CO2 no estômago. Atuação rápida, mas associado a um efeito rebote do ácido ainda maior do que o bicarbonato de sódio. Formam- se sais insolúveis de carbonato de cálcio e de estearato que podem causar constipação. Pode produzir cálculos renais. ANTIÁCIDOS Hidróxido de magnésio Antiácido potente. Não forma CO2 no estomago e é insolúvel. Sabor desagradável e possibilidade de absorção do íon magnésio. O magnésio presente nesta preparação pode causar diarreia (efeito laxante). Hidróxido de alumínio Não altera o equilíbrio ácido-básico. Pode formar uma camada protetora no estômago, e é particularmente útil para o tratamento de úlceras. Tem uma ação adstringente, mas também pode ter um efeito constipante quando atinge o cólon. Os íons de alumínio inib Trissilicato de magnésio Atua mais lentamente que outros antiácidos, mas com um efeito mais prolongado. Este composto leva à produção de uma massa adsorvente gelatinosa de dióxido de silício que prolonga o efeito do antiácido. O magnésio presente nesta preparação pode causar diarreia (efeito laxante). ANTIÁCIDOS Alginatos: Funcionam de forma diferente do que os antiácidos, formando uma barreira protetora no estômago que impede o refluxo do ácido do estômago de volta o esôfago. Derivado as algas marrons e é não-sistêmico. Fornecem alívio mais rápido e longo que antiácidos. Dimeticone (antiflatulento): É muitas vezes associado aos anti-ácidos para diminuir a sensação de enfartamento devido ao acumulo de gases no tubo digestivo. Ele absorve os gases formados, que provocam dilatação e compressão gástrica. ANTIÁCIDOS Indicações Terapêuticas: • Acidez estomacal. • Azia, Desconforto estomacal, Dor de estômago, Dispepsia. Como usar: Tomar uma hora depois das refeições e ao deitar ou conforme a necessidade. Normalmente apresentam-se sobe a forma de geles(Suspensão), pós ou comprimidos mastigáveis, pois, são mais eficazes por se dispersarem mais rapidamente no estômago. Contra-indicações: São contraindicados em doentes com insuficiência renal grave, hipercalcemia e pessoas que fazem dialise. Interações: Reduzem a absorção de tetraciclinas (antibiótico) e fosfatos. A sua administração deverá ser espaçada destes medicamentos. Dosagem: O abuso destes medicamentos poderá levar a hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue), hipercalciúria (cálcio na urina), alcalose metabólica e insuficiência renal. ANTIESPASMÓDICOS São medicamentos utilizados para diminuir a frequência e a força de contração da musculatura lisa (movimentos involuntários), aliviando assim a dor. Espasmos são contrações involuntárias da musculatura lisa (estômago, intestino, útero e bexiga) Indicações Terapêuticas: – Cólica, Cólica menstrual, Dismenorreias, Desconforto pré-menstrual, Cólica biliar, Cólica renal e Cólica intestinal. ANTIFLATULENTOS São medicamentos utilizados para a diminuição de gases formados pelo trato gastrointestinal. Tornam os líquidos digestivos menos viscosos e menos propensos a formarem bolhas. Ao evitar a formação de bolhas, faz com que os gases ocupem menos volume, aliviando a distensão abdominal. Os gases são formados normalmente no processo de digestão dos alimentos. Em alguns casos, há formação exagerada de gases devido a problemas associados à alimentação errada, mal funcionamento do estômago e intestinos e, ainda, mastigação incorreta dos alimentos. Indicações Terapêuticas: – Eructação, Flatulência, Empachamento, Estufamento ANTIDIARREICOS • São medicamentos usados no tratamento da diarreia resultante de infecções, ingestão de alimentos estragados, alergias. Diarreia é a eliminação das fezes numa consistência mais líquida. A grande maioria das diarreias é auto limitante, não necessitando de nenhum medicamento para controle, ainda mais que, a maioria é de origem viral. • Não existem tratamentos curativos para a grande maioria das doenças de origem viral, sendo a maioria dos tratamentos apenas de suporte. Portanto conclui-se que o mais importante, na verdade, é a hidratação. Indicações Terapêuticas: • Diarréia, Desinteria. ANTIEMÉTICOS São medicamentos que possuem como principal característica o alívio dos sintomas relacionados com o enjoo, as náuseas e os vômitos(Emeses). Em geral, são prescritos para o tratamento dos efeitos colaterais de outras drogas. O vômito é um mecanismo normal de defesado organismo. Substâncias tóxicas exógenas ingeridas Conteúdo gástrico refluido do intestino Redíduos metabólicos tóxicos endógenos EM GERAL O VÔMITO É PRECEDIDO DE NÁUSEAS ANTIEMÉTICOS NÁUSEAS: Sensação altamente subjetiva e particularmente desagradável. Normalmente é sentida na garganta e estômago e referida como enjoo que em geral é aliviada com o vômito. A náuseas normalmente é acompanhada de: Distúrbios vasomotores causando palidez; Sudorese; Relaxamento do esôfago e músculos abdominais; Salivação. Principais causas de Náuseas, enjoo e Vômitos: Odores desagradáveis, Distúrbios emocionais. Quimioterapia do câncer, Radioterapia, Analgésico opiódes, Nicotina, Antibióticos Gravidez, Labirintites, Meningites, Gastroenterites, Enxaquecas, Bulimia nervosa Pós-operatórios – Pelo uso de anestésicos, analgésicos, pelo procedimento em si. ANTIEMÉTICOS ANTIEMÉTICOS Indicações Terapêuticas: Enjoo, Náusea, Vômito. Em caso de vômito e diarreia concomitantemente dá-se preferência à metoclopramida, por ter efeito estimulante sobre o trato gastrointestinal, isto é, dificulta o vômito mas facilita o funcionamento intestinal, não prejudicando assim o esvaziamento gástrico. ANTIEMÉTICOS ANTIEMÉTICOS ANTIEMÉTICOS ANTIEMÉTICOS Indicações Terapêuticas: – Enjoo, Náusea, Vômito. Em caso de vômito e diarreia concomitantemente dá-se preferência à metoclopramida (Plasil), por ter efeito estimulante sobre o trato gastrointestinal, isto é, dificulta o vômito mas facilita o funcionamento intestinal, não prejudicando assim o esvaziamento gástrico. LAXANTES E PURGATIVOS São medicamentos que facilitam a eliminação das fezes através de mecanismos variados. Do grego kathartikós, «próprio para purificar», latim cathartĭcu-, «purgante» – Laxantes: quando causam a eliminação de fezes de consistência normal – Purgantes: quando causam a eliminação de fezes de consistência diarreica, – Alguns dependendo da dosagem podem ser Laxativo ou Purgativo LAXANTES E PURGATIVOS Classificação: Emolientes ou lubrificantes: Facilitam a defecação simplesmente por amolecer as fezes, sem promover o peristaltismo. Óleo Mineral e Vegetal: Desvantagem, redução na absorção das vitaminas Lipossoluveis; Docusatos: Especialmente o docusato de sódio, é amplamente usado na medicina como laxantes e como amaciantes de fezes, por via oral ou Retal. LAXANTES E PURGATIVOS Classificação Formadores de massa e/ou coloides hidrófilos, São polissacarídeos naturais, semi-sintéticos e celulose obtida a partir de sementes, casca de sementes (farelos), algas (Fibras) e também resina sintética. São indigeríveis, apresentando propriedades hidrófilas, promovendo amolecimento das fezes e aumentando seu volume. – com a distensão dos músculos intestinais, induzem o relaxamento e aumenta a motilidade intestinal, o que resulta em efeito laxativo. LAXANTES E PURGATIVOS Classificação Osmóticos ou salinos: são absorvidos aos poucos e de modo vagaroso, desempenhando atividade osmótica no lúmen intestinal, atraindo, assim, água para esta região. – Produz distensão da musculares lisas intestinais e, reflexamente, exacerbação do peristaltismo, gerando efeito laxante ou purgante dependendo da dose fornecida. • Glicerina, Sorbitol, Lactulose, Sais de magnésio, Sais de sódio LAXANTES E PURGATIVOS Classificação Estimulantes ou irritantes: Promovem a irritação da mucosa intestinal ou inibem a absorção de água, eletrólitos e nutrientes, ou ainda, estimulam os plexos nervosos intramurais, aumentando a motilidade intestinal. Acredita-se também que alguns deles são capazes de inibir a Na+ -K+ -ATPase (responsável pela absorção de sódio no cólon) ou aumentar a síntese de prostaglandinas e AMPc (contribuindo, em parte, para o aumento da secreção de água e eletrólitos) • Óleo de rícino, derivados do difenilmetano e derivados antraquinônicos LAXANTES E PURGATIVOS Classificação segundo a velocidade de ação e o resultado: • Fezes Macias: Farelo, Psilium, Plantago, Goma Guar , Surfactantes, Lactulose. • Fezes semilíquidas: Derivados do difenilmetano (fenolftaleina, bisacodil), Derivados antraquinonicos (sene, cascara sagrada, aloe, ruibarbo). • Fezes líquidas: Fostato de sódio, Sulfato de magnésio, Citrato de magnésio, Sorbitol, Manitol, Óleos surfactantes, Óleo de rícino LAXANTES E PURGATIVOS Indicações Terapêuticas: Prisão de ventre, obstipação/constipação intestinal, intestino preso. Evacuação incompleta e difícil de fezes sistematicamente ressecadas, qualquer que seja a frequência em um determinado período de tempo. Medicamentos que causam constipações – Laxativos usados de maneira sistemática; Anticolinérgicos, antiácidos, antidepressivos, os antiinflamatórios não esteroidais, Estados psicológicos de ansiedade e depressão bem como as situações que se caracterizam por perturbações das funções cognitivas