Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
- Catárticos, purgativos ou laxantes e procinéticos: aceleram a passagem através do intestino; - Antidiarreicos: diminuem a motilidade; - Antiespasmódicos: diminuem o tônus da musculatura lisa. Na anamnese, procure saber se a constipação do paciente está relacionada com algum medicamento! - Analgésicos opióides e não opióides, antidepressivos, anti-histamínicos, antiácidos com sais de alumínio, suplementos de ferro, propranolol, clonidina, antiparkinsonianos, entre outros. Catárticos, purgativos ou laxantes (1) Laxantes formadores de volume (2) Laxantes osmóticos ou salinos (3) Emolientes fecais (4) Laxativos estimulantes São úteis na obstipação induzida por medicamentos, para a expulsão de parasitos depois de tratamento com anti-helmínticos, para esvaziar o intestino antes de cirurgia e radiologia. Laxantes formadores de volume Incluem metilcelulose e certos extratos de plantas, como sterculia, ágar, farelo e palha de ispaghula, muciloide de Psyllium. Esses agentes são polímeros polissacarídicos que não são digeridos na parte alta do trato gastrointestinal. Formam uma massa hidratada volumosa no lúmen intestinal, promovendo o peristaltismo e melhorando a consistência fecal. Podem levar vários dias para produzir efeitos, mas não têm efeitos adversos graves. Uso Clínico: usado como laxante em casos de constipações em geral. Não faz efeito imediatamente. Doses ajustadas até atingir a consistência adequada. Efeito Colateral: o uso em excesso pode causar constipação. Interações: absorção diminuída de digoxina, warfarin e salicilatos ocorre se esses fármacos forem administrados concomitantemente. Laxantes osmóticos ou salinos Solutos pouco absorvidos – os purgativos salinos – e a lactulose. Os principais sais em uso são o sulfato de magnésio e o hidróxido de magnésio. Produzindo uma carga osmótica, esses agentes prendem volumes aumentados de líquido no lúmen do intestino, acelerando a transferência do conteúdo intestinal através do intestino delgado. Isso resulta em volume anormalmente grande que entra no cólon, causando distensão e purgação em cerca de 1 hora. Exemplos: -Carboidratos não absorvíveis: sorbitol, manitol, glicerina (efeito rápido) -Hidróxido ou sulfato de magnésio (1 hora para produzir efeito) -Lactulose e macrogol. Uso Clínico: - Usado como laxante em casos de constipações em geral. -Para normalizar o intestino, no pós-operatório e no puerpério. - Para esvaziamento intestinal no preparo para colonoscopia, retoscopia, partos (se a paciente concordar). Efeitos Adversos: - Hidróxido ou sulfato de magnésio: podem ocorrer cólicas abdominais. E os sais devem ser evitados em crianças e pacientes com função renal comprometida (bloqueio cardíaco, bloqueio neuromuscular, depressão SNC). - Lactulose e macrogol: em altas doses pode causar flatulência, cólicas, diarreia, desequilíbrio eletrolítico. Emolientes fecais: Fármacos ativos em superfície que se tornam emulsificados com as fezes produzem fezes amolecidas e facilitam sua progressão. - lubrificam e amolecem as fezes (impedem a dessecação), permitindo maior penetração de água e lipídeos. - Via oral ou retal Estão incluídos aí o docusato de sódio e o docusato de cálcio. Eles podem demorar dias para fazerem efeito e geralmente são usados na profilaxia, em vez de no tratamento agudo. Os amolecedores de fezes não devem ser ingeridos simultaneamente com óleo mineral, devido ao risco de absorção do óleo mineral. - Óleo mineral (paciente em pé). Laxativos estimulantes Atuam principalmente aumentando a secreção de eletrólitos e, portanto, de água pela mucosa e também aumentando o peristaltismo – possivelmente por estimulação de nervos entéricos. Podem ocorrer cólicas abdominais como efeito colateral com praticamente qualquer um desses fármacos. A longo prazo reduz a motilidade. - Bisacodil, picossulfato de sódio e o docusato de sódio, antraquinonas (sena e dantrona). - Bisascodil: Disponibilizado como supositório e comprimidos revestidos entéricos, o bisacodil é um potente estimulante do colo do intestino. Ele atua diretamente nas fibras nervosas na mucosa do colo do intestino. - Óleo de rícino: Este produto é hidrolisado no intestino delgado em ácido ricinoleico, que tende a irritar muito o estômago e, logo, aumenta o peristaltismo. Ele deve ser evitado em gestantes, pois pode estimular contrações do útero. - Dantrona: é semelhante à sena. Como esse fármaco é um irritante de pele e pode ser carcinogênico, geralmente é usado apenas em pacientes terminais. - Picossulfato de sódio e docusato sódico: têm ações semelhantes. O primeiro é dado por via oral e costuma ser usado em preparação para cirurgia intestinal ou colonoscopia. Fármacos que alteram a @waleska112 Med IX - UFOB Procinéticos Fármacos que estimulam a motilidade gastrointestinal. Antagonistas dopaminérgico, que também são usados como antieméticos: - Domperidona (motilium): Aumenta a pressão no esfíncter esofágico inferior, aumenta o esvaziamento gástrico e o peristaltismo duodenal. - Metoclopramida (Plasil): estimula a motilidade gástrica, aumenta o esvaziamento gástrico, é ineficaz no íleo paralítico. - Bromoprida (Pangest, Digesan): ação semelhante aos outros. - Tegaserode (Zelmac): estimulam a liberação de acetilcolina no plexo mioentérico no TGI alto através da ativação do efeito mediado pelo receptor 5-HT4; elevam a pressão do esfíncter esofágico e aumentam a motilidade intestinal. - Atenção: Cisaprida (retirado do mercado) pode precipitar arritmias cardíacas fatais, e Tegaserode pode estar associado a aumento de AVCs. Importância: • Aumentam a pressão do esfíncter esofágico → Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). • Melhoram o esvaziamento gástrico → gastroparesia e retardo do esvaziamento gástrico pós-cirúrgico. • Estimulam o intestino delgado → íleo pós-operatório ou pseudo- obstrução intestinal crônica. • Intensificam o trânsito colônico → constipação Antidiarreicos Existem inúmeras causas de diarreia, inclusive doença subjacente, infecção, toxinas e até ansiedade. Também pode originar-se como efeito adverso de terapia medicamentosa ou de radioterapia. As repercussões variam desde leve desconforto e inconveniência até uma emergência médica que exige internação e hidratação e reposição eletrolítica por via parenteral. Fármacos antimotilidade Dois fármacos amplamente usados para controlar a diarreia são o difenoxilato e a loperamida. Ambos são análogos à meperidina e têm ações tipo opioide no intestino. Eles ativam receptores opioides pré- sinápticos no sistema nervoso entérico para inibir a liberação de ACh e diminuir o peristaltismo. Em doses usuais, não têm efeito analgésico. Como esses fármacos podem contribuir para o megacolo tóxico do intestino, não devem ser usados em crianças ou em pacientes com colite grave. Agentes antimotilidade e espasmolíticos Os principais agentes farmacológicos que diminuem a motilidade são os opioides e antagonistas dos receptores muscarínicos, sendo que esse último grupo quase nunca é empregados como terapia primária para diarreia em razão de suas ações sobre outros sistemas. - escopolamina - loperamida (agonista opióide de ação periférica) - papaverina + Atropa belladona + dipirona (Atroveran) Adsorventes Os fármacos adsorventes, como hidróxido de alumínio e metilcelulose, são usados para controlar diarreias. Presumivelmente, esses fármacos atuam adsorvendo toxinas intestinais ou microrganismos e/ou revestindo e protegendo a mucosa intestinal. Eles são muito menos eficazes do que os fármacos antimotilidade e podem interferir na absorção de outros fármacos. Repositor de flora - Saccharomyces boulardii Antigases - Simeticona
Compartilhar