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Mecanismos de Transdução de Sinal - Farmacodinamica

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Interação Fármaco – Receptor 
 
 
1° Agonista endógeno se ligando ao seu receptor 
(chave-fechadura), interação agonista e receptor – 
especificidade, não é qualquer agonista que se liga ao 
receptor, assim como nem toda chave é pra todas 
fechaduras.... 
2° Agonista exógeno se liga ao receptor imitando o 
agonista endógeno, não é a chave (agonista exógeno) 
mas ele também se conecta ao receptor (fechadura) – 
afinidade. 
3° antagonistas (graveto), também tem afinidade 
pelo receptor (também entra na fechadura), e 
compete com agonista pelo mesmo alvo (fechadura), 
só que o agonista não realiza o efeito, não tem 
eficácia (não abre a fechadura mas ocupa o espaço da 
chave), ou seja, antagonista ocupa o receptor 
nãoFdeixando o agonista se ligue ao receptor. 
O antagonista não produz efeito, não é capaz de 
disparar sinalização intracelular, porém existem vários 
antagonistas, mas não produzindo efeito e sim, 
produzindo um resultado (de bloqueio ao agonista 
fazer seu trabalho). 
 
 
 
 
Agonista Total/Pleno – tem efeito abaixo do efeito 
máximo. 
Agonista Parcial – efeito abaixo da resposta máxima 
 
Cada ponto é concentração e que a medida que 
aumenta, chega no platô que é o efeito máximo da 
droga, mesmo aumentando a concentração o efeito 
para de aumentar. Mesma coisa agonista total, porem 
seu platô é muito maior do agonista parcial. Podemos 
dizer isso também através do calcula da atividade 
intrínseca de um fármaco: 
 
 
 
Atividade intrínseca: Efeito do Fármaco 
 Resposta Maxima do tecido 
 
O efeito máximo é o platô, enquanto que a resposta 
máxima do tecido ou seja, a capacidade que o tecido 
tem de produzir efeito. 
 
Quando o efeito máximo do fármaco é igual a 
resposta máxima do tecido é um agonista total; 
 
Quando o fármaco tem efeito máximo menor que a 
resposta máxima do tecido (a resposta do tecido não 
muda, é o seu máximo) é um agonista parcial. 
 
Quando o efeito máximo do fármaco é zero, ele não 
aparece no gráfico pois a linha ficaria no zero, então é 
antagonista. 
Farmacologia 
 Mecanismos de transdução de sinal 
platô 
 
 
Algumas ligações são mais fortes do que outras, por 
isso, as ligações estabelecidas entre um fármaco e um 
receptor são ligações fracas e assim são reversíveis. 
Normalmente um agonista quando se liga a um 
receptor, ele se liga mas depois de um tempo ele 
desliga. Pode ocorrer tbm de um agonista ou 
antagonista e estabelecer uma ligação covalente e 
mais forte, se tornando irreversível. 
 
 
 Quando o fármaco ao interagir quimicamente com 
um receptor, ele produz um disparo uma sinalização 
intracelular significa que tem eficácia, caso não 
dispare, é um antagonista. 
 
EXPECIFICIDADE x SELETIVIDADE 
 
Todo fármaco tem um alvo especifico, para produzir 
um efeito especifico e não vários efeitos aleatórios. 
Seletividade é uma maior especificidade, com alvos 
específicos, exemplo o propranolol e atenolol ambos 
tem alvos nos receptores beta-adrenérgico (tem 
especificidade) ambos são antagonistas de receptores 
beta. Mas enquanto que o propranolol é um 
antagonista beta não seletivo ele bloqueia todos os 
receptores beta, e o atenolol é um antagonista beta 1 
seletivo, porem se aumentar dose, passa a perder 
essa seletividade e interage com outros receptores 
beta. 
 
PROTEÍNAS-ALVO PARA LIGAÇÃO DE 
FÁRMACOS 
 
 
 
 
 
 
 
Fármacos possuem alvos, que em sua grande maioria 
são proteínas, mas existem exceções como os 
antimicrobianos (antibiótico) e antitumorais 
(antineoplásicos) para tratamento de câncer. Os 
antimicrobianos não interagem com proteínas, mas 
interagem com ácidos nucleicos ou bacterianos, 
antineoplásicos interagem com DNA das células em 
replicação/ divisão celular. 
 
A regra seria os fármacos interagirem com proteínas 
estruturais que formam estrutura da célula 
(citoesqueleto) ou proteínas reguladoras são as 4 
proteínas (canais iônicos – carreadores – enzimas – 
receptores) tem papel fisiológico importante na 
regulação de atividades celulares, no controle de 
funções celulares. 
 
TIPOS DE RECEPTORES 
Com base na estrutura molecular e no tempo de ação 
dos receptores, podemos distinguir quatro tipos ou 
superfamílias que compreendem: 
• Canais iônicos regulados por ligantes 
(receptores ionotrópicos); 
• Receptores acoplados à proteína G 
(metabotrópico); 
• Receptores ligados à quinase; 
• Receptores nucleares. 
 
1.Receptor Ionotrópicos – receptores ionotrópicos 
acoplados a canais iônicos, que tem escala de tempo 
em milissegundos tempo necessário de interação FR. 
Ex: receptores colinérgicos nicotínicos, receptores 
glutamatérgicos do tipo AMPA e NMDA, receptores 
do tipo GABAA. 
 
 
 
2. Receptores acoplados à proteína G 
(metabotrópico): são eles: receptores colinérgicos 
muscarínicos, receptores opiódies, adrenérgicos .... 
Sua escala de tempo na ordem de segundos, é um 
receptor rápido (um pouco mais tempo que 
ionotrópicos) com interação FR e surgir efeito. 
 
Consistem em uma cadeia de aminoácidos que 
atravessa sete vezes a membrana em formato de 
serpentina. Do lado extracelular da membrana pode 
existir resíduos de açúcar em diferentes locais N-
glicosilados. 
 
A proteína G que se acopla ao receptor é um trímero 
com 3 subunidades (alpha – beta e gama). 
 
1 - Na subunidade alpha está ligada a uma molécula 
de GDP e o receptor em repouso. Quando o ligante 
interage com o receptor a ptn G se acopla a esse 
domínio de acoplamento presente no receptor, após o 
acoplamento essa molécula de GDP será substituída 
pela molécula de GTP e ocorre então a separação de 
subunidades. 
2 - A partir daí a molécula GTP se separa da beta e 
gama, e o GTP vai interagir com um alvo enquanto 
que beta e gama vão para outro alvo. 
3 – a subunidade alpha GTP é desfosforilado e libera 
grupamento de fosfato voltando a ser GDP 
4 – se a subunidade volta a ser GDP, volta tudo ao 
repouso e assim, continua o ciclo. 
Quais são os alvos da subunidade alpha GTP e beta e 
gama? Depende do tipo de proteína G, temos Gs, Gi e 
Gq. 
 
Temos a subunidade alpha GTP se ligando a uma 
molécula efetora: 
• se caso for proteína Gs ela ativa adenilase 
ciclase; 
• se for ptn Gi a subunidade alpha GTP vai inibir 
adenilase ciclase; 
• se for ptn Gq a subunidade alpha GTP vai 
ativar a enzima fosfolipase C. 
 
e a subunidade beta e gama, qual seu efetor? Canal 
iônico (ativa abertura de canais de potássio, fecha 
canais de cálcio). 
 
3.Receptores ligados à tirosina quinase – levam horas 
para do efeito . São eles – receptores citocinas, 
receptores para fatores de crescimento. 
 
4. Receptor nuclear – único que está dentro da célula, 
ou no citoplasma ou no núcleo da célula, ou seja o 
fármaco precisa entrar na membrana celular para 
interagir com o receptor que no qual levam horas 
para surgir efeitos. São eles – receptores de 
hormônios (estrogênio,androgênio, adrenais, 
tireóides, esteroidais..) 
 
RECEPTORES RESERVAS 
Agonistas totais capazes de induzir respostas máximas 
com ocupação muito baixa de receptores (inferior a 
1%). Em alguns tecidos não é necessários uma grande 
ocupação de receptores, observa-se um efeito 
máximo do fármaco e resposta máxima do tecido 
tendo baixa ocupação de receptores. Isso se dá 
porque a sinalização intracelular já é bastante 
eficiente, se ramifica ativando diferentes enzimas e 
proteínas e potencializa a ação e efeito final. E com 
baixa ocupação já ocorre isso, logo, os outros 
receptores desocupados são chamados de receptores 
reservas, sem necessidade de serem ativados naquele 
momento. 
 
 
Ex de idiossincrasia.: paciente com medicamento em 
uso e tem resposta completamente anormal e 
inesperada, e não descrita em bula nem como efeito 
adverso, efeito fora da curva, alcançado com baixas 
doses do fármaco, sem causar toxicidade.Ex de tolerância.: o fármaco tem efeito satisfatório, 
mas com uso continuo, o efeito decai, pois, cria-se 
uma tolerância. 
1.Tolerância é a diminuição da resposta a um 
fármaco usado repetidamente. Resistência é o 
desenvolvimento da capacidade de resistir aos efeitos 
anteriormente destrutivos de um fármaco por 
microrganismos ou células tumorais. Os exemplos de 
fármacos que resultam em tolerância englobam o 
álcool e os opioides. 
O que fazer quando o paciente desenvolve tolerância 
medicamentosa? 
Se você está falando de tolerância a medicações com 
potencial de dependência química, como no caso dos 
benzodiazepínicos (diazepam, clonazepam, 
alprazolam, etc), a retirada lenta e gradual da 
medicação, que diminui o risco ou a gravidade dos 
sintomas de abstinência é recomendada. 
2. Dessensibilização (Taquifilaxia) - acontece quando o 
fármaco, mesmo interagindo com o receptor, não 
responde ao sinal e não se modifica quimicamente e, 
consequentemente, não desencadeia a atividade 
intrínseca, inexistindo então qualquer efeito biológico.

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