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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS · Conceito: Imunidades são as garantias constitucionais que impedem a tributação a determinadas pessoas ou situações, de forma que a competência tributária dos diversos entes não se aplique às situações protegidas pela Constituição Federal. O Fato, quando alvo da imunidade, não é atingido pela tributação. · DIFERENTE DE ISENÇÃO (dada por lei) · Imunidade é sempre estabelecida pela CF · CF impede tributação = IMUNIDADE (não incidência, vedação da instituição de tributo, isenção). · Jamais vai se estender as obrigações acessórias, a imunidade se refere apenas aos impostos. IMUNIDADE RECÍPROCA Forma de garantir que não haja tributação de impostos entre os entes Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; § 2º - A vedação do inciso VI, "a" , é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. § 3º - As vedações do inciso VI, "a" , e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. · Empresas públicas e sociedades de economia mista delegatárias de serviços públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado são beneficiárias da imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, a, da Constituição Federal. Precedentes. · Se estende as autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. · Imunidade sobre atividade dos correios · Empresas públicas delegatárias de serviços públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado são beneficiárias da imunidade tributária recíproca. · Se aplica apenas para IMPOSTOS IMUNIDADE RELIGIOSA Não pode haver cobrança sobre templos de qualquer culto religioso Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto; § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c" , compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. · Trata-se de reafirmação do princípio da liberdade de crença e prática religiosa, que a Constituição prestigia no art. 5º , VI a VIII. Nenhum óbice há de ser criado para impedir ou dificultar esse direito de todo cidadão. E entendeu o constituinte de eximi-lo também do ônus representado pela exigência de impostos (art. 150, VI, b) · IMPOSTO SOBRE PATRIMONIO, SERVIÇO E RENDA IMUNIDADE SUBJETIVA Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; (Art.146: Cabe a lei complementar: II) Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c" , compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. · Imunidade para as finalidade essenciais dos partidos políticos e suas fundações, sindicatos dos trabalhadores e instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos. · CF diz que as entidades precisam preencher os requisitos da lei (LEI COMPLEMENTAR) Art. 14, CTN. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º , a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. · IMÓVEL ALUGADO PERMANECE COM IMUNIDADE REFERENTE AO SEU IPTU · Entidades não estão autorizados a aplicar o dinheiro fora do Brasil, apenas no país. · Deve sempre demonstrar não distribuição de lucro + situação fiscal em dia + boa aplicação de seus recursos. IMUNIDADE OBJETIVA Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Livros na acepção acima são os veículos do pensamento, vale dizer, os que se prestam para difundir ideias, informações, conhecimentos etc. pouco importam o suporte material de tais veículos (papel, e-book – inclusive o kindle - (tema 593, STF), celuloide, plástico etc.) e a forma de transmissão (caracteres alfabéticos, signos, Braille, impulsos magnéticos etc.) IMUNIDADE MUSICAL Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. · Faz frente a pirataria. · Produção no BRASIL. IMUNIDADES ESPECÍFICAS – TRIBUTOS EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS IMUNIDADE NAS TAXAS · PETIÇÃO E CERTIDÃO - ART. 5º, XXXIV, CF: XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; · AÇÃO POPULAR - ART. 5º, LXXIII, DA CF: LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; · CERTIDÃO DE NASCIMENTO E ÓBITO AOS RECONHECIDAMENTE POBRES - ART. 5º, LXXVI, da CF: LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; · HABEAS CORPUS E HABEAS DATA – ART.5º, LXXVII, CF: LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania · TAXA DE MATRÍCULA EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS – ART.206,IV,CF: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; · CASAMENTO CIVIL – ART.226, §1º, CF: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º O casamento é civil e gratuito a celebração. IMUNIDADE NA CIDE E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Art. 149. (...) § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; · Preservar a intenção de exportar · Estimula o comércio para fora do país Saudável para a nossa balança comercial · A imunidade não alcança o lucro decorrente da exportação · Imunização dareceita das empresas que exportam IMUNIDADE NO IPI Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos industrializados; § 3º O imposto previsto no inciso IV: III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. Art.39: Poderão sair do estabelecimento industrial, com suspensão do IPI, os produtos destinados à exportação, quando: I - adquiridos por empresa comercial exportadora, com o fim específico de exportação; II - remetidos a recintos alfandegados ou a outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de exportação. §1º Fica assegurada a manutenção e utilização do crédito do IPI relativo às matérias- primas, produtos intermediários e material de embalagem utilizados na industrialização dos produtos a que se refere este artigo. §2º Consideram-se adquiridos com o fim específico de exportação os produtos remetidos diretamente do estabelecimento industrial para embarque de exportação ou para recintos alfandegados, por conta e ordem da empresa comercial exportadora. §3º A empresa comercial exportadora fica obrigada ao pagamento do IPI que deixou de ser pago na saída dos produtos do estabelecimento industrial, nas seguintes hipóteses: a) transcorridos 180 dias da data da emissão da nota fiscal de venda pelo estabelecimento industrial, não houver sido efetivada a exportação; b) os produtos forem revendidos no mercado interno; c) ocorrer a destruição, o furto ou roubo dos produtos. §4º Para efeito do parágrafo anterior, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o IPI na data da emissão da nota fiscal pelo estabelecimento industrial. §5º O valor a ser pago nas hipóteses do § 3º ficará sujeito à incidência: a) de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao da emissão da nota fiscal, referida no § 4º , até o mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do pagamento; b) da multa a que se refere o art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996, calculada a partir do dia subseqüente ao da emissão da referida nota fiscal. · Vender para fora imuniza também o produto (o estrangeiro não paga o IPI) · Incentivo a exportar · Essa imunidade não é tida como cláusula Pétrea por não é garantia de um direito fundamental ou garantia de forma federativa de Estado IMUNIDADE NO ITR Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel. Parágrafo único: Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual ou inferior a : I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense; II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental; III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município. · Pessoa deve ter apenas único imóvel, não podendo ter nenhum outro na zona urbana. IMUNIDADE NO ICMS · NO OURO COMO ATIVO FINANCEIRO Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: X - não incidirá: c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; · Só incide sobre o ouro quando for um produto feito de ouro · NAS MERCADORIAS OU SERVIÇOS DESTINADOS AO EXTERIOR Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; · SÚMULA 649: Não incide ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas ao exterior. · NAS OPERAÇÕES DE DESTINO DE PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS E ENERGIA ELÉTRICA A OUTROS ESTADOS (ART. 155, § 2º , X, “B” , DA CF) · Tributação monofásica, só há incidência no local onde é vendido ao consumidor final Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: X - não incidirá: b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; · NA COMUNICAÇÃO DE RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS E IMAGENS DE RECEPÇÃO LIVRE E GRATUITA: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: §2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: X - não incidirá: d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; Não pagam icms na difusão de seu sinal IMUNIDADE NO ITBI Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: II - transmissão "inter vivos" , a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; § 2º O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; Art. 37, CTN. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição. § 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos subseqüentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo. § 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição. § 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data. · Imunizar quando houver a figura de realização de capital (entra na sociedade com a integração de imóvel) REPERCUSSÃO GERAL 796, STF: A imunidade em relação ITBI, prevista no inciso I do § 2º do art. 156 da Constituição Federal, não alcança o valor dos bens que exceder o limite do capital social a ser integralizado IMUNIDADE NAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Em relação às aposentadorias e pensões do regime geral Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; Das entidades de assistência social sem fins lucrativos Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. · Imunidade do PIS/CONFINS só para as entidadessociais CEBAS: Art. 1º A certificação das entidades beneficentes de assistência social e a isenção de contribuições para a seguridade social serão concedidas às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação, e que atendam ao disposto nesta Lei. · Deve ser tratado por meio de lei complementar REPERCUSSÃO GERAL 32, STF: A lei complementar é forma exigível para a definição do modo beneficente de atuação das entidades de assistência social contempladas pelo art. 195, § 7º , da CF, especialmente no que se refere à instituição de contrapartidas a serem por elas observadas.
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