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Cidades Inteligentes - Panorama dos Projetos no Mundo e Brasil

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
INSTITUTO DE INFORMÁTICA
LORENA CLOTILDE AIRES DE MORAIS
Cidades Inteligentes:
Panorama dos Projetos no Mundo, no
Brasil e no Estado de Goiás
Goiânia
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
INSTITUTO DE INFORMÁTICA
AUTORIZAÇÃO PARA PUBLICAÇÃO DE TRABALHO DE
CONCLUSÃO DE CURSO EM FORMATO ELETRÔNICO
Na qualidade de titular dos direitos de autor, AUTORIZO a Instituto de
Informática da Universidade Federal de Goiás – UFG a reproduzir, inclusive em outro
formato ou mídia e através de armazenamento permanente ou temporário, bem como
publicar na rede mundial de computadores (Internet) e na biblioteca virtual da UFG,
entendendo-se os termos “reproduzir” e “publicar” conforme definições dos incisos I e VI,
respectivamente, do artigo 5º da Lei nº 9610/98 de 10/02/1998, a obra abaixo especificada,
sem que me seja devido pagamento a título de direitos autorais, desde que a reprodução
e/ou publicação tenham a finalidade exclusiva de uso por quem a consulte, e a título de
divulgação da produção acadêmica gerada pela Universidade, a partir desta data.
Título: Cidades Inteligentes:
Panorama dos Projetos no Mundo, no Brasil e no Estado de Goiás
Autor(a): Lorena Clotilde Aires de Morais
Goiânia, 24 de Fevereiro de 2023.
Lorena Clotilde Aires de Morais – Autor
Nádia Félix Felipe da Silva – Orientador
Cidades Inteligentes:
Panorama dos Projetos no Mundo, no
Brasil e no Estado de Goiás
Trabalho de Conclusão apresentado à Coordenação do
Curso de Sistemas de Informação do Instituto de Infor-
mática da Universidade Federal de Goiás, como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de
Informação.
Área de concentração: Otimização.
Orientador: Prof. Nádia Félix Felipe da Silva
Goiânia
2023
LORENA CLOTILDE AIRES DE MORAIS
Cidades Inteligentes:
Panorama dos Projetos no Mundo, no
Brasil e no Estado de Goiás
Trabalho de Conclusão apresentado à Coordenação do Curso de Siste-
mas de Informação do Instituto de Informática da Universidade Federal
de Goiás como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em
Sistemas de Informação, aprovada em 24 de Fevereiro de 2023, pela
Banca Examinadora constituída pelos professores:
Prof. Nádia Félix Felipe da Silva
Instituto de Informática – UFG
Presidente da Banca
Profa. Luciana de Oliveira Berretta
Instituto de Informática – UFG
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do
trabalho sem autorização da universidade, do autor e do orientador(a).
Lorena Clotilde Aires de Morais
Graduanda em Sistemas de Informação na UFG - Universidade Federal de
Goiás.
Dedico este trabalho aos meus pais, a Deus e à todos que me apoiaram e incen-
tivaram durante a graduação.
Dedico esse trabalho à comunidade acadêmica, para o apoio e o crescimento das
Cidades Inteligentes e seus potenciais para a qualidade de vida dos cidadãos.
Agradecimentos
Agradeço a meus orientadores e membros da banca pela orientação, tempo,
conhecimento e paciência dedicados à mais essa construção de conhecimento.
Agradeço à UFG, por proporcionar a presente experiência.
"Não adianta só olhar para a tecnologia sem olhar para as pessoas. A
transformação digital não vai acontecer sem as pessoas”.
Edson Giesel,
Gerente de Manufatura e Supply Chain Renault.
Resumo
de Morais, Aires Clotilde Lorena. Cidades Inteligentes:
Panorama dos Projetos no Mundo, no Brasil e no Estado de Goiás. Goiânia,
2023. 68p. Relatório de Graduação. Instituto de Informática, Universidade
Federal de Goiás.
Uma cidade que coloca as pessoas desempenhando papel fundamental no desenvolvi-
mento, utilizando dos recursos da tecnologia da informação e comunicação (TICs), com
planejamento de gestão combinados com internet das coisas, infraestrutura, arquitetura
e sustentabilidade construirá uma cidade inteligente superando os principais desafios da
urbanização e propiciando qualidade de vida para os seus cidadãos. Este estudo investiga
quais são as características dos ecossistemas de inovação e projetos existentes das cida-
des mais inteligentes do mundo para análise e aperfeiçoamento das cidades brasileiras e
cidades goianas. A pesquisa foi baseada nos principais estudos e indicadores do cenário
mundial e com aprofundamento no IESE Cities in Motion (ICIM) 2022 que estabelece
um ranking das cidades mais inteligentes do mundo baseando os indicadores em nove ca-
tegorias fundamentais que demonstram as dimensões necessárias de uma cidade moderna
e saudável, sendo capital humano, coesão social, economia, governança, meio ambiente,
mobilidade e transporte, planejamento urbano, conexão internacional e tecnologia. Com a
identificação e análise é possível contribuir para o enriquecimento do debate sobre Smart
Cities, demonstrando o atual cenário das cidades do mundo e do Brasil.
Palavras–chave
Cidades Inteligentes, Smart City, Rankings de Classificação, Smart Cities e IESE
Cities in Motion.
Abstract
de Morais, Aires Clotilde Lorena. A. Goiânia, 2023. 68p. Relatório de Gradua-
ção. Instituto de Informática, Universidade Federal de Goiás.
City that places people playing a fundamental role in development, using information
and communication technology (ICTs) resources, with management planning combined
with the internet of things, infrastructure, architecture and sustainability will build a
smart city, overcoming the main challenges of urbanization and providing quality of
life for its citizens. This study investigates what are the characteristics of innovation
ecosystems and existing projects of the smartest cities in the world for analysis and
improvement of Brazilian cities and cities in the state of Goiás. The research was based
on the main studies and indicators of the world scenario and with a deepening in IESE
Cities in Motion (ICIM) 2022, which establishes a ranking of the smartest cities in
the world, basing the indicators on nine fundamental categories that demonstrate the
necessary dimensions of a modern city and healthy, being human capital, social cohesion,
economy, governance, environment, mobility and transport, urban planning, international
connection and technology. With the identification and analysis, it was possible to
contribute to the enrichment of the debate on Smart Cities, demonstrating the current
scenario of cities in the world and in Brazil.
Keywords
Smart Cities, Smart City, ranking and information and communication techno-
logy.
Sumário
Lista de Figuras 12
Lista de Tabelas 13
1 Introdução 14
2 Fundamentação Teórica 16
2.1 Internet das Coisas 16
2.2 Cidade Digital 16
2.3 Cidade Inteligente 17
3 Trabalhos Relacionados 21
4 Índices de Avaliações das Cidades Inteligentes 23
4.1 ISO 37122 e NBR 37122 23
4.2 Global Power City Index 2022 (GPCI) 24
4.3 Connected Smart Cities 2022 24
4.4 Global Cities Index 2022 (GCI) 25
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 25
5 Ranking das Cidades Inteligentes 42
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ranking 50
6 Cidades inteligentes no Brasil 58
6.1 Cidades Inteligentes - Goiás 60
6.2 Projetos em desenvolvimento em Goiás 61
7 Conclusões e Trabalhos Futuros 65
Referências 66
Lista de Figuras
4.1 IESE Cities in Motion 2022[19]. 25
5.1 Ranking das Cidades - Top 30. 42
5.2 1ª cidade do ranking 44
5.3 2ª cidade do ranking. 44
5.4 3ª cidade do ranking. 45
5.5 4ª cidade do ranking. 46
5.6 5ª cidade do ranking. 46
5.7 6ª cidade do ranking. 47
5.8 7ª cidade do ranking. 48
5.9 8ª cidade do ranking. 48
5.10 9ª cidade do ranking. 49
5.11 10ª cidade do ranking. 50
6.1 Mapa da rede MetroGyn. 63
Lista de Tabelas
2.1 Smart Cities – Conceitos. Fonte: Adaptado de Smart Cities: uma breve
investigação crítica sobre os limites de uma narrativa contemporânea
sobre cidades e tecnologia, Clarice Tambelli, 2018[31] Smart and Resilient
Cities: a Systemic Approach for Developing Crossectoral Strategies in
the Face of Climate Change. TeMa, Journal of Land Use,Mobility and
Environment, pp. 19-49, 2015.[21] 20
4.1 Indicadores do IESE Cities in Motion 39
CAPÍTULO 1
IntroduçãoCidades são consideradas o elemento chave nos planos estratégicos para o futuro,
desta maneira podem surgir formas de inovação e priorizar aspectos mais importantes.
Projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que 55% da população
mundial vive em áreas urbanas, uma proporção que se espera que venha a aumentar para
68% em 2050. As projeções mostram que a urbanização associada ao crescimento da
população mundial poderá trazer mais 2,2 mil milhões de pessoas para as populações
urbanizadas em 2050 [25].
Acompanhando o aumento da urbanização ocorreu o avanço das tecnologias
da informação e comunicação (TICs) que envolvem os recursos computacionais de
processamento, transmissão e armazenagem de dados tais como os hardwares, softwares.
Verdades banais como postes só servem para sustentar luminárias e fios, é
necessário rodar até localizar uma vaga e semáforos temporizados estão sendo subvertidas
por um grupo de cidades que dão pistas de como viveremos no futuro. Municípios na
Europa, nas Américas e na Ásia recorrem a soluções de ponta para melhorar a qualidade
de vida e prestar serviços de modo mais inteligente. Locais em que postes abrigam avisos
de acidentes de trânsito e indicam rotas alternativas, semáforos ficam verdes ou vermelhos
de acordo com o fluxo de veículos e vagas para estacionar, ligadas a um sistema central,
avisam os carros quando estão vazias. A ideia de usar a tecnologia para aperfeiçoar a
gestão de espaços urbanos não é nova. Porém, ganhou força inédita nos últimos anos
– em razão, sobretudo, de três fatores. Um deles é o advento da internet das coisas:
a possibilidade de objetos comuns (celulares, automóveis, cancelas de estacionamento,
câmeras digitais, consoles de jogos conectados, aparelhos eletrônicos com bluetooth,
smartwatch Tvs interativas, sensores de ambiente em tempo real, carros orientados a
gps, grandes bases de dados) conectarem-se entre si. Em 2021, a IoT Analytics estima
que o número global de dispositivos IoT conectados cresceu 8%, atingindo 12,2 bilhões
de endpoints ativos, sendo mais de 2 bilhões com conectividade via redes móveis.[24]
Dispositivos que captam, armazenam e remetem informações sobre o que acontece à sua
volta.
O segundo ponto é a ampliação da capacidade de processamento. Na era do big
15
data, não só se gera um número incontável de dados como se pode cruzá-los de modo
a encontrar ligações e respostas. “Quando o vento passa de determinada velocidade em
uma rua, o governo pode usar recursos estatísticos para prever queda de galhos e mandar
um carro de Bombeiros para o lugar”, exemplifica o diretor executivo do Instituto de
Tecnologia E Sociedade do Rio (ITS), Fabro Steibel [23].
Finalmente, há pressão crescente para que os governos trabalhem em cima de
metas e resultados, o que muda a própria maneira de os municípios serem administrados.
Isso favorece a adoção de ferramentas que ampliam a participação. Algumas cidades usam
aplicativos para que motoristas avisem sobre buracos na rua, outras, para que surfistas
indiquem a qualidade de água do mar. Todos esses fatores criaram condições para o
surgimento das cidades inteligentes (smart cities).
Esta monografia está organizada segundo a seguinte estrutura. No Capítulo 2
temos a fundamentação teórica, no capítulo 3 trabalhos relacionados, capítulo 4 principais
índices de Avaliações das Cidades Inteligentes, no capitulo 5 temos Ranking das Cidades
Inteligentes, o capítulo 6 é constituído das Cidades inteligentes no Brasil e os projetos em
atividade em Goiás e por último no capítulo 7 temos a conclusão.
CAPÍTULO 2
Fundamentação Teórica
2.1 Internet das Coisas
A Internet das Coisas (do inglês Internet of Things IoT) emergiu dos avanços de
várias áreas como sistemas embarcados, microeletrônica, comunicação e sensoriamento.
De acordo com Atzori, Iera e Morabito (2010), citados por Zanella et al. (2014) a Internet
das Coisas é um novo paradigma na área da comunicação, onde os objetos do quotidiano,
para se comunicarem digitalmente uns com os outros e com os utilizadores vão estar
munidos com microcontroladores e transcetores, estando assim integrados na Internet.
Esses objetos podem ser câmeras de vigilância, sensores ou eletrodomésticos (Zanella et
al.,2014)[32].
A Internet das Coisas é bastante adequada para o gerenciamento dos milhares de
dispositivos que estarão conectados em uma cidade inteligente. Assim, os dados coletados
na cidade são enviados para as plataformas de software ou para as aplicações para que
sejam armazenados e processados possibilitando a criação de serviços inovadores para a
cidade.
2.2 Cidade Digital
Inicialmente é incorporado a tecnologia da informação e comunicação para a
cidade, sua infraestrutura, seus serviços e sua gestão. A cidade, para alcançar as etapas
seguintes, precisa ter uma infraestrutura tecnológica de base, que permita conectividade,
sensoriamento e digitalização. O produto desta fase é um ambiente tecnológico pronto
para digitalizar processos, automatizar sistemas públicos, capturar dados urbanos e per-
mitir que novas soluções urbanas sejam desenvolvidas.
Dentre as ações de exemplo do estágio Cidade Digital estão: (1) instalação de
sensores urbanos que captam dados de iluminação, temperatura, poluição sonora e do ar;
(2) implementação de uma rede de fibra óptica da cidade que vai permitir, por exemplo,
serviços como o wi-fi em zonas públicas e de acesso gratuito; (3) digitalização de docu-
2.3 Cidade Inteligente 17
mentos da gestão pública e informatização de processos municipais; (4) posicionamento
digital no relacionamento com os cidadãos, por meio de mídias sociais, e-mails, websites,
entre outros.
Como produto desse estágio, tem-se uma cidade digitalizada e preparada para a
próxima etapa a Cidade Inteligente
2.3 Cidade Inteligente
O termo Smart City ou cidade inteligente foi criado no início dos anos noventa
a fim de conceituar o fenômeno de desenvolvimento urbano dependente de tecnologia,
inovação e globalização, principalmente em uma perspectiva econômica (Gibson, Koz-
metsky, e Smilor, 1992). A Tecnologia de Informação e Comunicação(TIC) é considerada
a chave principal para a construção de uma Smart City (Nam e Pardo, 2011) [30].
Uma Smart City é uma cidade que está em franco desenvolvimento nestas
seis características: economia inteligente; pessoas inteligentes; governança
inteligente; mobilidade inteligente; ambiente inteligente e; vida inteligente,
construídos com uma combinação de doações e auto gerenciamento, com
cidadãos independentes e conscientes. Giffinger et al.,(2007)[28].
O conceito Smart City é geralmente difuso, dado que, pode ser interpretado de várias
formas, dependendo de diferentes perspetivas (Hollands, 2008) [18]. Conforme a tabela
de conceitos elaborada:
Conceito Autor
Uma cidade pode ser considera uma Smart City
quando os investimentos em capital humano e social
e a tradicional e moderna infraestrutura de TIC serve
como impulsionadora de um crescimento econômico
sustentável e de uma elevada qualidade de vida, com
uma gestão prudente dos recursos naturais através da
governança participativa.
Caragliu et al., (2009).
2.3 Cidade Inteligente 18
As iniciativas de cidades inteligentes tentam melhorar
o desempenho urbano usando tecnologias de dados,
tecnologia da informação (TI,) para fornecer serviços
mais eficientes aos cidadãos, monitorar e otimizar
infraestrutura existente, aumentar a colaboração entre
os diferentes atores econômicos e incentivar modelos
de negócios inovadores nos setores público e privado.
Marsal Llacunaet al(2014).
Nas cidades inteligentes, os "desafios"urbanos podem
ser "atenuados através da adoção de soluções escalá-
veis que aproveitam as tecnologias da informação e
das comunicações para aumentar a eficiência, redu-
zir custos e melhorar a qualidade de vida". As cida-
des inteligentes criam um ambiente que perturba os
processos tradicionais de tomada de decisão e a pro-
priedade do projeto. Isso cria urgência para os líderes
estabelecerem novas regras do jogo. O design colabo-rativo de propriedade e processos multissetorial exige
novos modelos de governança e negócios, que são es-
senciais para alinhar todos os serviços da cidade. Esta
colaboração inter funcional e Inter organizacional é
necessária para unificar o ecossistema cada vez mais
complexo necessário para fornecer soluções de ponta
a ponta para cidades inteligentes.
Cisco (2012 e 2013).
Uma Smart City é uma cidade em que as TICs são
mescladas com infraestruturas tradicionais, coorde-
nando e integrando o uso de novas tecnologias digi-
tais. Smart Cities também são instrumentos para me-
lhorar a competitividade de tal forma que a comuni-
dade e a qualidade de vida são reforçadas.
Batty et al., (2012).
Uma cidade inteligente infunde informações em sua
infraestrutura física para melhorar as conveniências,
facilitar a mobilidade, aumentar a eficiência, conser-
var energia, melhorar a qualidade do ar e da água,
identificar problemas e corrigi-los, recuperar rapida-
mente de desastres, coletar dados para tomar melho-
res decisões, implantar recursos e compartilhar dados
permitindo a colaboração entre entidades e domínios
Nam and Pardo (2011).
2.3 Cidade Inteligente 19
As cidades inteligentes são definidas como locais
onde a tecnologia da informação é combinada com
infraestrutura, arquitetura, objetos cotidianos e, até
com nossos corpos, para resolver problemas sociais,
econômicos e ambientais.
Townsend (2013).
Dois principais fluxos de ideias de pesquisa: 1) cida-
des inteligentes devem fazer tudo relacionado à go-
vernança e à economia usando novos paradigmas de
pensamento. 2) cidades inteligentes são todas sobre
redes de sensores, dispositivos inteligentes, dados em
tempo real e integração de TIC em todos os aspectos
da vida humana.
Cretu (2012).
As cidades também estão sendo habilitadas tecnolo-
gicamente, pois os principais sistemas em que se ba-
seiam tornaram-se instrumentados e interligados, per-
mitindo novos níveis de inteligência. Paralelamente,
as cidades enfrentam uma série de desafios e amea-
ças à sua sustentabilidade - em todos os seus siste-
mas empresariais e de pessoas e infraestruturas essen-
ciais, tais como transportes, água, energia e comuni-
cação - que precisam ser abordados de forma holís-
tica. Para aproveitar oportunidades e construir pros-
peridade sustentável, as cidades precisam se tornar
"mais inteligentes". Esta instrumentação cria novos
pontos de dados sobre, por exemplo, a eficiência dos
sistemas de água ou transporte de uma cidade. Além
de serem instrumentados, diferentes partes dos siste-
mas de uma cidade podem ser interligadas, de modo
que a informação flua entre eles. Com a maior digita-
lização e interconexão dos sistemas principais de uma
cidade, a informação recém adquirida pode ser usada
para a tomada de decisões inteligentes e informadas.
IBM.
2.3 Cidade Inteligente 20
Uma cidade inteligente é aquela que coloca as pessoas
no centro do desenvolvimento, incorpora tecnologias
da informação e a comunicação na gestão urbana e
utiliza esses elementos como ferramentas que estimu-
lam a formação de um governo que engloba o planeja-
mento colaborativo e a participação cidadã. Smart Ci-
ties favorecem o desenvolvimento integrado e susten-
tável tornando-se mais inovadoras, competitivas, atra-
tivas e resilientes, melhorando vidas.
Banco Interamericano de De-
senvolvimento (2017).
O conceito de Smart City está ligado às noções de
competitividade global, sustentabilidade, capacitação
e qualidade de vida, apoiados por redes de banda larga
e tecnologias modernas.
Komninos, Schaffers, Pallot
et al. (2011).
Uma Smart City é aquela que capitaliza sobre as
oportunidades apresentadas pela TIC na promoção de
sua prosperidade e influência.
Odendaal (2003).
Tabela 2.1: Smart Cities – Conceitos. Fonte: Adaptado de Smart
Cities: uma breve investigação crítica sobre os limi-
tes de uma narrativa contemporânea sobre cidades
e tecnologia, Clarice Tambelli, 2018[31] Smart and
Resilient Cities: a Systemic Approach for Developing
Crossectoral Strategies in the Face of Climate Change.
TeMa, Journal of Land Use,Mobility and Environment,
pp. 19-49, 2015.[21]
CAPÍTULO 3
Trabalhos Relacionados
Nesta seção serão apresentados alguns trabalhos que se relacionam e possuem
semelhanças ao tema, onde realizam uma análise dos principais rankings de cidades
inteligentes porém com abordagens diferentes do exposto neste projeto.
Belisa na dissertação de mestrado da Universidade Federal do Pará mapeou os
principais rankings de cidades inteligentes e trouxe como proposta somente melhorias
para a cidade de São Luís do Maranhão e não estendendo a nível Brasil [5]. Um ponto
forte do trabalho divulgado da Belisa foi a aplicação dos indicadores em São Luís, como
a cidade não havia sido mapeada, aplicação foi realizada e foi possível identificar pontos
necessários de evolução para que a cidade alcance o status de cidade inteligente. Outros
correlacionados se basearam em rankings criados por empresas privadas, criados por
entidades da sociedade civil,origem nacional, como exemplo a pesquisa Análise dos
indicadores do Ranking Connected Smart Cities Apresentados pelo Urban Systems :
Estudo do Município de Barra do Garças, Mato Grosso, Brasil de Denis Rezende[26].
Rezende utilizou dos indicadores para compreender a realidade de Barra do Garças - MT
e apresentar resultados específicos para a solução dos problemas.
Alguns trabalhos seguiram a linha de análise dos índices ou rankings de classifi-
cação como demonstrado por Gabriel Kiredjian e Weber Dias no trabalho Rankings Smart
Cities: Análise dos indicadores utilizados nestes instrumentos para o posicionamento de
cidades [22] Esta pesquisa consiste em desenvolver uma análise sobre os indicadores uti-
lizados nos Rankings de Smart Cities, listando todos os indicadores sem exemplificar os
projetos que levaram a esta classificação conforme explanados neste trabalho. Um ponto
forte demonstrado pelos autores foi a análise crítica dos rankings analisaram 7 rankings
para identificar se realmente eram eficientes. Através do estudo conseguiram constatar
que há uma ineficiência em identificar qual seria o posicionamento mais confiável das
smart cities nestes instrumentos devido cada estudo adotar uma metodologia diferente
bem como os seus conjuntos de indicadores e as particularidades locais das cidades tam-
bém dificultaram a construção de um ranking único.
Identificamos também o artigo Cidades Sustentáveis e Cidades Inteligentes:
Uma Análise dos rankings Arcadis e European Smart Cities de Luiz Eduardo Brand
22
Flores e Clarissa Stefani Teixeira[13]. Onde é explanado cada indicador e suas diferenças
porém não há geração de dados de projetos em andamento e sugestões para tornar as
cidades mais inteligentes o que são pontos fracos do estudo pois o mesmo acaba tendo
função somente de expositor de outros estudos, sem causar a análise crítica. Flores e
Teixeira diferenciaram detalhadamente as diferenças entre cidades inteligentes e cidades
sustentáveis, Os rankings analisados pelo estudo foram: Arcadis Sustainable Cities Index
2016 para cidades sustentáveis e European Smart Cities para cidades inteligentes. A
preocupação, dos dois rankings, com a saúde econômica, ambiental e populacional das
cidades é identificada, entretanto o foco de cada um é divergente em conformidade com
suas propostas. O ranking Arcadis Sustainable Cities demonstrou um foco maior, como
era de se esperar, nos itens que têm maior relação com a saúde ambiental, dispondo de
maior quantidade de indicadores ligados à preservação do meio ambiente e do bem-estar
populacional. Já o ranking European Smart Cities tem menor quantidade de indicadores
na parte ambiental.
O trabalho proposto neste documento foi baseado no estudo de uma universi-
dade/Escolas de negócio que possui uma abrangência detalhada, os rankings que divulgam
relatórios mais elaborados não divulgam o sistema de cálculo dos índices finais, porém,
existem aqueles que traçam um perfil de cada cidade entre as mais bem colocadas,assim
como aqueles que detalham cada dimensão avaliada. Alguns descrevem detalhadamente
cada indicador e a fonte dos dados, como é o exemplo do IESE Cities in Motion Index.
CAPÍTULO 4
Índices de Avaliações das Cidades Inteligentes
4.1 ISO 37122 e NBR 37122
Em 14 de maio de 2019 foi publicado a ISO 37122: Sustainable cities and
communities - Indicators for smart cities. Em 09 de julho de 2020 foi a vez da ABNT
publicar a NBR 37122 Cidades e comunidades sustentáveis — Indicadores para cidades
inteligentes. Estas normas especificam e estabelecem definições e metodologias para
um conjunto de indicadores para cidades inteligentes. Em conjunto com a ISO 37120
que pretende fornecer um conjunto completo de indicadores para medir o progresso em
direção a uma cidade inteligente. A ISO 37122, quando usada em conjunto com a ISO
37120, ajuda as cidades a identificarem indicadores para a aplicação de sistemas de gestão
urbana e para implementar políticas, programas e projetos de cidades inteligentes para:
• Responder a desafios como as alterações climáticas, o rápido crescimento populaci-
onal e a instabilidade política e econômica, melhorando fundamentalmente a forma
como envolvem a sociedade;
• Aplicar métodos de liderança colaborativa, trabalhar entre disciplinas e sistemas de
cidades;
• Usar informações de dados e tecnologias modernas para oferecer melhores serviços
e qualidade de vida para aqueles que estão na cidade (moradores, empresas,
visitantes);
• Facilitar a inovação e o crescimento;
• Identificar a necessidade e os benefícios da infraestrutura inteligente;
• Proporcionar um melhor ambiente de vida, em que políticas, práticas e tecnologias
inteligentes sejam colocadas ao serviço dos cidadãos;
• Alcançar seus objetivos ambientais e de sustentabilidade de forma mais inovadora;
• Construir uma economia dinâmica e inovadora pronta para os desafios do futuro.
A ISO 37122 é composta por 80 indicadores, enquanto a ISO 37120 é composta de 100
indicadores.
4.2 Global Power City Index 2022 (GPCI) 24
4.2 Global Power City Index 2022 (GPCI)
Outro índice classificatório é o Global Power City Index (GPCI) 2022. Este rela-
tório é publicado pelo Instituto de Estratégias Urbanas da The Mori Memorial Foundation,
um órgão de pesquisa estabelecido pela Mori Building, um desenvolvedor urbano líder em
Tóquio. Desde 2008, o relatório GPCI anual classifica 40 ou mais metrópoles de acordo
com seu “magnetismo” ou seu poder global de atrair pessoas e empresas criativas de todo
o mundo. As cidades são classificadas com base em 70 indicadores em seis funções: Eco-
nomia, P & D, Interação cultural, Habitabilidade, Meio ambiente e Acessibilidade. Em
um esforço para refletir as mudanças nas condições que impactam as grandes cidades
globais, o GPCI ajusta continuamente seus indicadores e métodos de coleta de dados.
[14]
4.3 Connected Smart Cities 2022
O Connected Smart Cities está em sua 8ª edição, envolve empresas, entidades
e governos em uma plataforma, o ranking foi feito com o objetivo de mapear as cidades
com maior potencial de desenvolvimento no Brasil, o Ranking Connected Smart Cities
traz indicadores desenvolvidos pela consultoria Urban Systems, que qualificam as cidades
mais inteligentes e conectadas do país. Para o desenvolvimento do Ranking Connected
Smart Cities a Urban Systems utiliza metodologia própria e exclusiva de ponderação de
indicadores, denominada de Índice de Qualidade Mercadológica (IQM). O cálculo do
Índice Mercadológico permite que se parta de valores específicos de cada informação
que variam em natureza, complexidade e unidades de medida, para se chegar a valores
ponderados que podem ser analisados em uma mesma equação. O estudo considera 11
principais setores (Mobilidade e acessibilidade, Urbanismo, Meio Ambiente, Energia,
Tecnologia e Inovação, Educação, Saúde, Segurança, Empreendedorismo, Economia e
Governança). Contém 75 indicadores que estão distribuídos para atender aos 11 setores
de pesquisa, das quais parte dos indicadores foram usados para agregar valor tanto no
setor original quanto em outros. Na edição de 2019 seis indicadores vieram da leitura
da ISO 37122. Além disso, os indicadores apresentados estão mapeados para contemplar
todos os estudos de áreas distintas, afim de obter um resultado único, eficiente e relevante.
O Ranking Connected Smart Cities coleta dados e informações de todos os municípios
brasileiros com mais de 50 mil habitantes (segundo estimativa populacional do IBGE em
2021), totalizando 680 cidades.
4.4 Global Cities Index 2022 (GCI) 25
4.4 Global Cities Index 2022 (GCI)
O Global Cities Index 2022 (GCI), da A.T. Kearney, é uma métrica que busca
quantificar até que ponto uma cidade pode atrair, reter e gerar fluxos globais de capital,
pessoas e ideias. Mede o desempenho de 156 cidades em todo o mundo. Examina o de-
sempenho e competitividade das cidades quanto a cinco aspectos: atividade comercial,
capital humano, intercâmbio de informações, experiência cultural e governabilidade. As
29 métricas de subcategoria do índice são revisadas anualmente. A A.T. Kearney também
trabalha com outro índice, o Ranking Global Cities Outlook (RGCO), onde são mensura-
dos quatro itens: bem-estar social, economia, inovação e governabilidade. Ao combinar
ambos índices, a A.T. Kearney produz o Ranking The Global Elite, que avalia as cida-
des mais influentes e atraentes do mundo, especialmente na área de negócios, reunindo
informações sobre força relativa das economias locais, regionais e globais e suas polí-
ticas, cultura, desempenho econômico e investimento em infraestrutura correspondente.
Este índice aponta a classificação das cidades, mas não suas dimensões analisadas. Para a
instituição, seriam necessárias 15 cidades para produzir a "cidade perfeita"em todas as 27
métricas do índice, cuja pontuação máxima é 100, sendo tal façanha ainda não encontrada
na vida real (Hales et al., 2018)[16].
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM)
A classificação IESE Cities in Motion (ICIM) 2022 por sua vez foi desenvolvida
pela IESE Business School da Universidade de Navarra (Espanha) e estabelece um ranking
das cidades mais inteligentes do mundo. Em seu oitavo ano, o índice é um ranking que
avalia e classifica cidades inteligentes a partir de uma visão ampliada das smart cities, que
inclui uma série de indicadores.
Figura 4.1: IESE Cities in Motion 2022[19].
N° INDICADOR DESCRIÇÃO / UNIDADE
DE MEDIDA
DIMENSÃO /
GRUPO
FONTE
1 Ensino supe-
rior
Proporção da população
com ensino médio e supe-
rior.
Capital humano Euromonitor
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 26
2 Escolas de ne-
gócios
Número de escolas de negó-
cios (top 100).
Capital humano Financial Times
3 Circulação de
estudantes
Movimento internacional de
estudantes de nível superior.
Número de estudantes.
Capital humano UNESCO
4 Universidades Número de universidades na
cidade que estão no top 500.
Capital humano QS Top Universi-
ties
5 Museus e ga-
lerias de artes.
Número de museus e gale-
rias de arte por cidade.
Capital humano OpenStreetMap
6 Escolas Número de escolas públicas
ou privadas por cidade.
Capital humano OpenStreetMap
7 Teatros Número de teatros por ci-
dade.
Capital humano OpenStreetMap
8 Despesas em
lazer e recrea-
ção per capita
Despesas com lazer e recre-
ação per capita.
capital humano Euromonitor
9 Despesas em
lazer e recrea-
ção
Despesas de lazer e recrea-
ção. Em milhões de dólares,
de acordo com os preços de
2016.
Capital humano Euromonitor
10 Despesas com
educação
Despesas de educação per
capita.
Capital humano Euromonitor
11 Mortalidade Proporção de mortes por
100.000 habitantes.
Coesão social Euromonitor
12 Taxa de crime Taxa de crime. Coesão social Numbeo
13 Saúde índice de saúde. Coesão social Numbeo
14 Desemprego Taxa de desemprego (nú-
mero de desempregados fora
do mercado de trabalho).
Coesão social Euromonitor
15 Índice de Gini Medida da desigualdade so-
cial. Varia de 0 a 100, sendo
0 uma situação de perfeita
igualdade e 100 que de per-
feita desigualdade.Coesão social Euromonitor
16 Preço da pro-
priedade
Preço da propriedade como
porcentagem do rendimento.
Coesão social Numbeo
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 27
17 Trabalhadores
do sexo femi-
nino
Proporção de mulheres tra-
balhadoras na administração
pública.
Coesão social International
Labour Organi-
zation (ILO)
18 índice Global
da Paz
Um índice que mede a tran-
quilidade e a ausência de vi-
olência em um país ou re-
gião. As posições do ran-
king de fundo correspondem
a países com um alto nível
de violência.
Coesão social Institute for Eco-
nomics and Pe-
ace
19 Hospitais Número de hospitais públi-
cos e privados e centros de
saúde por cidade.
Coesão social OpenStreetMap
20 Índice de feli-
cidade
Um índice que mede o ní-
vel de felicidade de um país.
Os valores mais altos corres-
pondem a países que têm um
maior grau de felicidade ge-
ral.
Coesão social World Happiness
Index
21 Índice de es-
cravidão glo-
bal
Ranking que considera a
proporção de pessoas em
situação de escravidão no
país. Os países que ocu-
pam as primeiras posições
no ranking são aqueles com
a maior proporção.
Coesão social Walk Free Foun-
dation
22 Resposta do
governo às
situações da
escravidão
Essa variável mede como o
governo lida com situações
de escravidão no país. As
posições de topo no ranking
indicam países que têm uma
resposta mais eficaz e abran-
gente.
Coesão social Walk Free Foun-
dation
23 Terrorismo Número de incidentes terro-
ristas pela cidade nos três
anos anteriores.
Coesão social Global, Terro-
rism, Database
, (GTD), of the
University of
Maryland
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 28
24 Amigável
para mulheres
A variável procura medir se
uma cidade proporciona um
ambiente amigável para as
mulheres em uma escala de
1 a 5. As cidades com um
valor de 1 tem um ambiente
mais hostil, enquanto aque-
les que têm um valor de 5 é
muito amigável.
Coesão social Nomad List
25 Suicídios Taxa de suicídio por cidade. Coesão social Nomad List
26 Homicídios Taxa de homicídios por ci-
dade.
Coesão social Nomad List
27 Produtividade Produtividade do trabalho
calculada como PIB / popu-
lação ativa (em milhares).
Economia Euromonitor
28 Tempo, ne-
cessário para
iniciar um
negócio
Número de dias necessários
para que uma empresa pode
operar legalmente.
Economia World Bank
29 Facilidade de
começar um
negócio
Facilidade de começar um
negócio. Principais posições
no ranking indicam um am-
biente regulatório mais favo-
rável para a criação e opera-
ção de uma empresa local.
Economia World Bank
30 Número de
sede
Número de sedes de empre-
sas de capital aberto.
Economia Globalization
and World Cities
(GaWC)
31 Motivação
para come-
çar em TEA
(atividade
empresarial
total em está-
gio inicial)
Porcentagem de pessoas en-
volvidas em TEA (isto é, em-
presários iniciantes e pro-
prietários ou gestores de
um novo negócio), impulsi-
onado por uma oportunidade
de melhoria, dividido pelo
percentual de TEA motivado
por necessidade.
Economia Global
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 29
Entrepreneurs
hip
Monitor
(GEM)
32 Estimativa do
PIB
Estimativa de crescimento
anual do PIB.
Economia Euromonitor
33 PIB de 2016. PIB em milhões de dólares
com os preços
Economia Euromonitor
34 PIB per capita PIB per capita em com os
preços de 2016.
Economia Euromonitor
35 Hipoteca Hipoteca como uma porcen-
tagem do rendimento. É cal-
culado como proporção do
custo mensal real da hi-
poteca em relação à renda
familiar (estimado através
do salário médio mensal).
Quanto menor o percentual,
melhor.
Economia Numbeo
36 Glovo A variável assume o valor 1
se a cidade tem o serviço e
0, caso contrário.
Economia Glovo
37 Uber A variável assume o valor
1 se a cidade tem o serviço
Uber e 0, caso contrário.
Economia Uber
38 Salário Salário por hora na cidade. Economia Euromonitor
39 Poder de
Compra
O poder de compra (deter-
minado pelo salário médio)
para a compra de bens e ser-
viços na cidade, em compa-
ração com o poder de com-
pra em Nova Iorque
Economia Numbeo
40 Reservas Total de reservas em milhões
de dólares correntes.
Governança World Bank
41 Reservas per
capita
Reservas per capita em mi-
lhões de dólares correntes.
Governança World Bank
42 Embaixadas Número de embaixadas por
cidade.
Governança OpenStreetMap
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 30
43 Certificação
ISO 37120
Isto estabelece ou não a ci-
dade tem a certificação ISO
37120. Cidades certificadas
estão empenhados em me-
lhorar os seus serviços e
qualidade de vida. É uma va-
riável codificada de 0 a 6.
As cidades que foram certi-
ficadas por mais tempo tem
o valor mais alto. O valor 0
é para aquelas cidades sem
certificação.
Governança World Council
on City Data
(WCCD)
44 Centros de
pesquisa
Número de centros de pes-
quisa e tecnologia por ci-
dade.
Governança OpenStreetMap
45 Construções
do governo
Número de edifícios gover-
namentais e instalações na
cidade.
Governança OpenStreetMap
46 Índice de
eficiência dos
direitos legais
A força do índice de direi-
tos legais mede o grau em
que as leis de garantias e fa-
lências protegem os direitos
dos mutuários e credores e,
assim, facilitar o acesso ao
crédito. Os valores vão de
0 (baixo) a 12 (alta), onde
as classificações mais eleva-
das indicam que as leis são
mais bem concebidos para
ampliar o acesso ao crédito.
Governança World Bank
47 Índice de
Percepção de
Corrupção
Os países com valores pró-
ximos de 0 são percebi-
dos como muito corruptos e
aqueles com um índice de
quase 100 como muito trans-
parente.
Governança Transparency In-
ternational
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 31
48 Plataforma de
dados aberto
Este descreve se a cidade
tem um sistema de dados
aberto.
Governança CTIC , Founda-
tion, and Open,
World , Bank
49 Índic de
Desenvol-
vimento
E-Governo
(EGDI)
O EGDI reflete como um
país utiliza tecnologia da in-
formação para promover o
acesso e inclusão para os
seus cidadãos.
Governança United Nations
50 Ranking de
democracia
Ranking onde os países
nas posições mais altas são
aqueles considerados mais
democrática.
Governança The Economist
Intelligence Unit
51 Emprego na
administração
pública
Porcentagem da população
empregada na administração
pública e defesa; educação;
saúde; serviços comunitá-
rios, sociais e pessoais; e ou-
tras atividades.
Governança Euromonitor
52 Emissões de
CO2
Emissões de CO2 proveni-
entes da queima de combus-
tíveis fósseis e do fabrico de
cimento. Medido em mil to-
neladas (KT).
Meio Ambiente World Bank
53 Índice de
emissão de
CO2
índice de emissão de CO2. Meio Ambiente Numbeo
54 As emissões
de metano
Emissões de metano que
surgem de atividades huma-
nas, como a agricultura e a
produção industrial de me-
tano. Medido em kt de CO2
equivalente.
Meio Ambiente World Bank
55 O acesso
ao abaste-
cimento de
água
Porcentagem da população
com acesso razoável a uma
quantidade adequada de
água resultante de uma
melhoria no abastecimento
de água.
Meio Ambiente World Bank
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 32
56 PM2.5 A PM2.5 mede a quantidade
de partículas no ar cujo di-
âmetro é inferior a 2,5 ?m.
Média anual.
Meio Ambiente World Health
Organization
(WHO)
57 PM10 PM10 mede a quantidade de
partículas no ar, cujo diâme-
tro é inferior a 10 ?m. Média
anual.
Meio Ambiente World Health
Organization
(WHO)
58 Poluição índice de poluição. Meio Ambiente Numbeo
59 índice de
desempenho
ambiental
(EPI)
Isso mede a saúde ambien-
tal e a vitalidade do ecos-
sistema. Escala de 1 (pobre)
para 100 (bom).
Meio Ambiente Yale University
60 Recursos
hídricos reno-
váveis
Total de fontes de água reno-
váveis per capita.
Meio Ambiente Food and
Agriculture Or-
ganization of the
United Nations
(FAO)
61 Clima futuro Porcentagem do aumento da
temperatura na cidade du-
rante a previsão de verão
para 2100 se a poluição cau-
sada pelas emissões de car-
bono continua a aumentar.
Meio Ambiente Climate Central
62 Lixo sólido Quantidade média de resí-
duos sólidos urbanos (lixo)
gerados anualmente por pes-soa (kg / ano).
Meio Ambiente Waste Mana-
gement for
Everyone
63 Índice de trá-
fego
O índice de tráfego é esti-
mado considerando o tempo
gasto no trânsito e a insatis-
fação isso gera. Ele também
inclui estimativas de con-
sumo de CO2 e as outras
ineficiências do sistema de
tráfego.
Mobilidade e
transporte
Numbeo
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 33
64 Índice de ine-
ficiência
O índice de ineficiência é
uma estimativa das inefici-
ências no tráfego. Altos va-
lores representam altos índi-
ces de ineficiência na condu-
ção, tais como os tempos de
viagem longa.
Mobilidade e
transporte
Numbeo.
65 Índice de trá-
fego para ir ao
trabalho
Índice de tráfego conside-
rando o tempo de viagem
para o trabalho.
Mobilidade e
transporte
Numbeo
66
Comparti-
lhamento de
bicicleta
Este sistema mostra os ser-
viços automatizados para o
uso público de bicicletas
compartilhadas que assegu-
ram o transporte de um local
para outro dentro de uma ci-
dade. O indicador varia entre
0 e 8 de acordo com o está-
gio de desenvolvimento é o
sistema.
Mobilidade e
transporte
Bike-Sharing
World Map
67 Comprimento
do sistema de
metro
Comprimento do sistema de
metro por cidade.
Mobilidade e
transporte
Metrobits
68 Estações de
Metro
Número de estações de me-
tro por cidade.
Mobilidade e
transporte
Metrobits
69 Voos Número de voos de chegada
(as rotas aéreas) em uma ci-
dade.
Mobilidade e
transporte
OpenFlights
70 Trem de alta
velocidade
Variável binária que mostra
se a cidade tem um trem de
alta velocidade ou não.
Mobilidade e
transporte
OpenRailway
Map
71 Veículos Número de veículos comer-
ciais na cidade (em milha-
res).
Mobilidade e
transporte
Euromonitor
72 Bicicletas por
domicílio
Porcentagem de bicicletas
por agregado familiar.
Mobilidade e
transporte
Euromonitor
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 34
73 Bicicletas
para alugar
Número de pontos para alu-
gar bicicletas ou pontos de
compartilhamento de bici-
cletas, com base em estações
de encaixe, onde eles podem
ser apanhados ou deixados.
Planejamento
urbano
OpenStreetM ap
74 Porcentagem
da população
urbana com
instalações
sanitárias
adequadas
Porcentagem da população
urbana que usa pelo me-
nos os serviços de que sa-
neamento básico é, instala-
ções sanitárias melhoradas
que não são compartilhadas
com outras famílias.
Planejamento
urbano
World Bank
75 Número de
pessoas por
domicílio
Número de pessoas por do-
micílio.
Planejamento
urbano
Euromonitor
76 Arranha-céus Porcentagem de edifícios
considerado arranha-céus.
Um arranha-céus é uma
construção de pelo menos
12 histórias ou 35 metros
(115 pés) de altura.
Planejamento
urbano
Skyscraper
Source Media
77 Prédios Esta variável é o número
de edifícios concluídos na
cidade. Ele inclui estrutu-
ras tais como arranha-céus,
torres, edifícios baixos, mas
exclui outros vários outros,
bem como edifícios em di-
ferentes estados de conclu-
são (em construção, plane-
ado, etc.).
Planejamento
urbano
Skyscraper
Source Media
78 McDonald Número de restaurantes da
cadeia McDonald por ci-
dade.
Conexão Inter-
nacional
OpenStreetMap
79 Número de
passageiros
por aeroporto
Número de passageiros por
aeroporto em milhares de
pessoas.
Conexão Inter-
nacional
Euromonitor
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 35
80 Sightsmap Ranking das cidades de
acordo com o número de
fotos tiradas na cidade e
enviados para o Panoramio
(comunidade para a partilha
de fotografias online). As
primeiras posições corres-
pondem às cidades com o
maior número de fotogra-
fias.
Conexão Inter-
nacional
Sightsmap
81 Número de
conferências
e reuniões
Número de conferências in-
ternacionais e reuniões que
ocorrem em uma cidade.
Conexão Inter-
nacional
International
Congress and
Convention As-
sociation (ICCA)
82 Hotéis Número de hotéis per capita. Conexão Inter-
nacional
OpenStreetMap
83 índice restau-
rante
O índice mostra os preços de
alimentos e bebidas em res-
taurantes e bares em compa-
ração com Nova York.
Conexão Inter-
nacional
Numbeo
84 Twitter Os usuários registrados do
Twitter na cidade. Esta é
parte da variável media so-
cial.
Tecnologia Tweepsmap
85 LinkedIn Número de usuários na ci-
dade. Esta é parte da variá-
vel media social.
Tecnologia LinkedIn
86 Celulares Número de celulares na ci-
dade por meio de estimativas
com base no nível do país
dados.
Tecnologia International
Telecommunic
ation Union
87 Ponto de
acesso Wi-Fi
Número de pontos de acesso
sem fio a nível global. Estes
representam as opções para
se conectar à Internet.
Tecnologia WiFi Map app
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 36
88 Índice de ino-
vação
Índice de inovação na
cidade. Valores de 0 (
nenhuma inovação) a 60
(muita inovação).
Tecnologia Innovation Cities
Program
89 Assinaturas
de telefone
fixo
Número de assinaturas fixos
por 100 habitantes.
Tecnologia International
Telecommunic
ation Union
90 Assinaturas
de banda
larga
Assinaturas de banda larga
por 100 habitantes.
Tecnologia International
Telecommunic
ation Union
91 Internet Porcentagem de domicílios
com acesso à Internet.
Tecnologia Euromonitor
92 Telefonia mó-
vel
Porcentagem de domicílios
com telefones celulares na
cidade.
Tecnologia Euromonitor
93 Índice Web Índice Web procura medir o
benefício econômico, social
e político que os países ob-
tém da Internet.
Tecnologia World Wide Web
Foundation
94 Telefonia Porcentagem de domicílios
com algum tipo de serviço
de serviço de telefonia.
Tecnologia Euromonitor
95 Velocidade da
Internet
Velocidade da internet na ci-
dade.
Tecnologia Lista Nomad
96 Computadores Porcentagem de domicílios
com um computador pessoal
na cidade.
Tecnologia Euromonitor
97 Tolerância ra-
cial.
Índice de tolerância racial
em uma cidade
Coesão Social Lista Nomad.
98 Bitcoin legal. Se o Bitcoin é legal ou não
na cidade.
Governança Lista Nomad.
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 37
99 Telecomunicação
- Índice de
infraestrutura.
O Índice de desenvolvi-
mento de Governo Eletrô-
nico (EGDI) é uma medida
composta de três dimensões
importantes do governo ele-
trônico: provisão de servi-
ços online, conectividade de
telecomunicações e capaci-
dade humana. Esta variável
captura o estado de desen-
volvimento da infraestrutura
de telecomunicações (pelo
governo).
Governança. Nações Unidas.
100 Índice de Ca-
pital Humano.
O Índice de Desenvolvi-
mento de Governo Eletrô-
nico (EGDI) é uma medida
composta de três dimensões
importantes do governo ele-
trônico: provisão de servi-
ços online, conectividade de
telecomunicações e capaci-
dade humana. Esta variável
captura o componente de ca-
pacidade humana.
Governança. Nações Unidas
101 Índice de Ser-
viços Online.
O Índice de Desenvolvi-
mento de Governo Eletrô-
nico (EGDI) é uma medida
composta de três dimensões
importantes do governo ele-
trônico: provisão de servi-
ços online, conectividade de
telecomunicações e capaci-
dade humana. Essa variável
reflete o escopo e a qua-
lidade dos serviços de go-
verno eletrônico.
Governança. Nações Unidas
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 38
102 Amigável
para LGBT.
Esta variável indica se uma
cidade oferece um ambiente
amigável para a comunidade
LGBT (numa escala de 1
a 5). Cidades com valor 1
possuem um ambiente mais
hostil para esta comunidade;
aqueles com um valor de
5 são muito amigáveis ao
LGBT.
Coesão social Lista Nômade
103 Vulnerabilidade
climática.
Risco para a cidade devido
às mudanças climáticas.
Meio Ambiente Lista Nômade
104 Aluguel de ci-
clomotores.
Se a cidade possui ou não
um sistema de aluguel de ci-
clomotores.
Mobilidade e
Transporte.
Não tem.
105 Aluguel de
scooter.
Se a cidade possui ou não
um sistema de aluguel de
scooters.
Mobilidade e
Transporte.
Não tem.
106 Projetos de
inteligência
artificial (IA)
Se uma ci-
dade tem ou
não projetos
de IA.
Planejamento
Urbano
Localismo de IA.
107 estações de
carregamento
elétrico.
Pontos de carregamento de
carros elétricos em uma ci-
dade.
Planejamento
Urbano
OpenStreetMap
108 estações de
bicicletas.
Locaisde estações de bici-
cletas em uma cidade.
Planejamento
Urbano
Mapa
109 Despesa com
habitação por
habitante.
Despesa da população com
habitação por habitante.
Grupo de Países Euromonitor.
110 Renda Dispo-
nível.
Renda disponível (média
anual). Decil 1. Em USD.
Planejamento
Urbano
Euromonitor.
111 Renda Dispo-
nível.
Renda disponível (média
anual). Decil 2. Em USD.
Grupo de cida-
des
Euromonitor.
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 39
112 Renda Dispo-
nível.
Renda disponível (média
anual). Decil 5. Em USD.
Planejamento
Urbano
Euromonitor.
113 Renda Dispo-
nível.
Renda disponível (média
anual). Decil 7. Em USD.
Grupo de cida-
des
Euromonitor.
114 Renda Dispo-
nível.
Renda disponível (média
anual). Decil 9. Em USD.
Grupo de cida-
des
Euromonitor.
Tabela 4.1: Indicadores do IESE Cities in Motion
Sob a direção dos professores Pascual Berrone e Joan Enric Ricart, o ICIM
classifica as cidades com base em seu desempenho em nove categorias fundamentais que
demonstram as dimensões necessárias de uma cidade moderna e saudável:
1. Capital humano
O nível da educação e o acesso a cultura são dois dos principais indicadores do ca-
pital humano, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado anualmente
pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), inclui a edu-
cação e a cultura como dimensões. Uma cidade com governança inteligente deve
ser capaz de atrair e reter talento. O principal objetivo de qualquer cidade deve ser
a melhoria do seu capital humano. Para medir o acesso à cultura, são considerados
o número de museus, galerias de arte e teatros, bem como os gastos do consumidor
com lazer e recreação.
2. Coesão social
A presença de grupos diversos no que diz respeito a renda, cultura, idade e profis-
sões em um mesmo espaço realizando interações é fundamental para um sistema
urbano sustentável. Dentre seus indicadores pode-se citar: taxa de criminalidade,
taxa de desemprego, distribuição de renda, eficiência do sistema de saúde, segu-
rança, cuidados com os idosos, índice de Gini(distribuição de renda), índice de paz
global, preço das propriedades, entre outros. o Índice de Felicidade está incluído,
esta variável é um sinal positivo pois países felizes dão atenção à liberdade, em-
prego, saúde, renda e boa governança. A felicidade de um país ou de uma cidade
pode se refletir em maior coesão social. Este ano, duas novas variáveis foram adi-
cionadas: LGBT friendly e tolerância racial. Essas variáveis representam o quanto
uma cidade acolhe a diversidade.
3. Economia
Avalia-se todos os fatores que promovem desenvolvimento econômico de um ter-
ritório, planos para indústria, iniciativas empreendedoras, produtividade,facilidade
para iniciar um negócio, indicadores como o PIB, PIB é considerado a única (ou
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 40
mais importante) medida do desempenho de uma cidade ou país. No entanto, neste
relatório não é considerada a medida única ou mais significativa, mas sim mais um
indicador para uma das nove dimensões que são facilidade para abrir um negócio e
seu tempo necessário para iniciar legalmente um negócio, poder de compra, produ-
tividade, salário por hora, motivação da sociedade em empreender, número de sedes
e hipoteca.
4. Governança
Critério que engloba as ações da administração local e sua eficiência, qualidade
e estabilidade nas intervenções estatais. Esta dimensão também engloba todas as
ações voltadas para a melhoria da eficiência da administração pública, incluindo
o desenho de novos modelos organizacionais e de gestão. O governo digital é
uma nova variedade incluída neste ano ela afere a provisão de serviços online,
conectividade de telecomunicações, capacidade do indivíduo de usar os serviços
do governo eletrônico e o desenvolvimento de infraestrutura do estado. Utiliza-se
de indicadores como percepção de corrupção, reserva financeira, abertura de dados,
certificações ISO, emprego no setor público, embaixadas, edifícios governamentais,
dentre outros.
5. Meio ambiente
Desenvolvimento sustentável onde o objetivo é atender às necessidades do presente
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de alcançar as suas próprias
necessidades. Crescimento sustentável por meio de planos antipoluição, o apoio a
edifícios verdes e energia alternativa, a gestão eficiente das águas e dos resíduos, a
existência de políticas que ajudem a combater os efeitos das alterações climáticas,
controle de emissões de CO², este ano, a variável de vulnerabilidade climática, que
é calculada pela National Geographic e mede a vulnerabilidade de uma cidade
às mudanças climáticas, foi adicionada ao índice. Esta variável leva em conta a
temperaturas em uma cidade e a temperatura projetada para o ano de 2070, dentre
outros indicadores.
6. Mobilidade e transporte
Categoria que analisa o acesso aos serviços públicos e facilidade de deslocamento.
Mobilidade e transporte afetam a qualidade de vida dos habitantes de uma cidade
e podem ser fundamentais para sua sustentabilidade ao longo do tempo. Os índices
de tempo e ineficiência no trânsito são fatores causadores de insatisfação da popu-
lação. Verificação de índices de tráfego que são os principais indicadores como o de
deslocamento para o trabalho, os indicadores incluem o número de bicicletas com-
partilhadas, estações de metrô, aluguel de ciclomotores e scooter, voos, veículos,
porcentagem de bicicleta por residência, dentre outros.
7. Planejamento urbano
4.5 IESE Cities in Motion 2022 (ICIM) 41
Diretamente relacionado a qualidade de vida dos moradores, sustentabilidade é a
palavra chave para definir o critério. Planejamento urbano nas cidades sempre foi
considerado um motor de desenvolvimento e redução da pobreza. Hoje, é um exer-
cício coletivo que deve envolver todas as partes interessadas, incluindo cidadãos,
organizações da sociedade civil, setor público e privado, agências multilaterais e
academias. Indicadores como o percentual da população com acesso ao saneamento
básico, número de pessoas por moradia, número de edifícios construídos, verifica-
ção de bicicletas para alugar, devido ao aumento do uso de carros elétricos, este ano
foi adicionada uma variável que captura informações sobre estações de recarga para
veículos desse tipo em uma cidade, dentre outros.
8. Conexão internacional
Quesito que afere o impacto global de uma cidade seu reconhecimento interna-
cional por meio de planos estratégicos de turismo, além da capacidade de atrair
investimentos estrangeiros. Alguns dos indicadores usados no levantamento são o
número de aeroportos, hotéis e conferências e congressos sediados na cidade, índice
de preço de restaurantes, dentre outros.
9. Tecnologia
Fator fundamental para que uma cidade seja considerada inteligente pois é um
aspecto decisivo para melhorar a qualidade de vida da população e alcançar o
status de "inteligente". Principais indicadores são: o percentual de moradias com
acesso à internet, à banda larga e à telefonia móvel, além da pontuação da cidade
no Innovation Cities Program, que mede o nível de inovação da cidade, quantidade
de lojas de equipamentos eletrônicos, presença dos moradores nas redes sociais,
velocidade da internet, dentre outros.
CAPÍTULO 5
Ranking das Cidades Inteligentes
Veja as cidades que ocupam as melhores posições do ranking:
Figura 5.1: Ranking das Cidades - Top 30.
Veja as cidades que ocupam as melhores posições do ranking: No IESE Cities
in Motion Index(CIMI) 2022, 183 cidades foram avaliadas e classificadas, gerando um
43
ranking com centros urbanos de todos os continentes do mundo, divididos de acordo com
o seu desempenho: alto (A) onde o índice é maior que 90, relativamente alto (RA) índice
entre 60 e 90, médio (M), entre 45 e 60, baixo (B) menor que 45. Apenas Londres e
Nova Iorque apresentaram desempenho alto, enquanto 56 cidades tiveram desempenho
relativamente alto.
Joan Enric Ricart, professor da IESE Business School e coautor do relatório, diz que “uma
cidade verdadeiramente inteligente é aquela que tem como objetivomelhorar a qualidade
de vida de seus moradores, o que significa garantir sustentabilidade econômica, social e
ambiental”.
Além dos desafios de longa data enfrentados pelas cidades, incluindo o envelhecimento
da população, heterogeneidade social, exclusão digital e problemas ambientais como a
ineficiência energética, gestão de resíduos e poluição, agora há novos desafios decorrentes
da recente pandemia e da crise econômica e social. Consequências da guerra na Ucrânia
(desemprego, inflação, segregação, migração e pobreza). A abrangência e a magnitude
dessas questões colocam novos desafios para a sustentabilidade das cidades. Nesse
contexto, o conceito de resiliência urbana (ou seja, a capacidade das cidades de superar
circunstâncias adversas) se tornaram muito importantes.
Conforme abordado no estudo, nesta edição, a reordenação de posições é explicada em
grande parte pela dimensão econômica. A pandemia teve um impacto significativo nos
níveis do PIB e nas perspectivas de crescimento do PIB e é o principal fator por trás das
mudanças na classificação de cidades individuais. Um exemplo é Dublin, que foi uma
das poucas cidades a experimentar crescimento econômico em 2020 e deve atingir um
crescimento de dois dígitos este ano. Isso explica porque a capital irlandesa subiu do 40º
lugar em 2019 para o 33º em 2020 e para o 18º em 2021.
A Europa se destaca nas 30 primeiras posições, embora a América do Norte, a
Ásia e a Oceania também estejam presentes.
1. Londres (Inglaterra)
Lidera o ranking neste ano graças a seus excelentes resultados em quase todas
as áreas analisadas pelo índice. Ele ocupa o 1º lugar em capital humano (alto
número de escolas de negócios e universidades de qualidade), assim como na
conexão internacional e no planejamento urbano, governança em 2º, na mobilidade
e transporte está em 4º e em 7º na economia. No entanto, a cidade não apresenta
um desempenho tão bom nas dimensões de coesão social 25º, meio ambiente
17º e tecnologia 18. Embora Londres não ocupe uma posição de destaque nestas
dimensões, apresenta uma melhoria acentuada relativamente à sua posição nas
edições anteriores do índice. Este progresso reflete o trabalho que está sendo feito
para torná-la uma cidade inteligente em todos os aspectos.
44
Figura 5.2: 1ª cidade do ranking
2. Nova York (EUA)
A Big Apple está em segundo lugar devido à sua posição de liderança na dimensão
econômica 1º, mobilidade e transporte 1º, planejamento urbano 2º, capital humano
3º e conexão internacional 3º. A cidade tem um desempenho ruim em coesão social
121º e meio ambiente 105º, áreas que os líderes da cidade estão trabalhando para
melhorar até 2050.
Figura 5.3: 2ª cidade do ranking.
3. Paris (França)
45
Paris é, assim como Londres, um dos centros financeiros mais importantes da
Europa. Está em terceiro lugar, a cidade tem um desempenho muito bom em
conexão internacional 2º, mobilidade e transporte 3 e capital humano 5º. Nas
dimensões de economia 9º, governança 17º, tendo um desempenho mediano em
tecnologia 27º e planejamento urbano 34º. Meio ambiente 49º e coesão social
tiveram um desempenho abaixo.
Figura 5.4: 3ª cidade do ranking.
4. Tóquio (Japão)
A próxima cidade do índice é a aglomeração urbana mais populosa do mundo:
Tóquio. No quarto lugar no ranking geral, Tóquio é uma das cidades com as
maiores taxas de produtividade e a mais bem classificada da Ásia. A cidade se
destaca particularmente nas dimensões econômicas 2º, de conexão internacional 6º,
governança 9º, tecnologia 9º e capital humano 10º. Além disso, está no Top 30 para
as dimensões de meio ambiente. Apresentando menores índices em coesão social
41º, mobilidade e transporte 62º e com baixo desempenho em planejamento urbano
112º.
46
Figura 5.5: 4ª cidade do ranking.
5. Berlim (Alemanha)
Berlim ocupa o quinto lugar no ranking geral, em grande parte graças à sua alta
pontuação nos quesitos governança 3º, capital humano 7º, planejamento urbano 5º
e mobilidade e transporte 7º. As posições mais baixas são nas dimensões de conexão
internacional 14º, meio ambiente 21º, tecnologia 39º, coesão social 40º e economia
94º.
Figura 5.6: 5ª cidade do ranking.
6. Washington (EUA)
47
Washington ocupa o sexto lugar no ranking geral, por manter boa média nos
quesitos capital humano 4º, tecnologia 7º, governança 8º, planejamento urbano
9º e economia 11º. As posições mais baixas são nas dimensões de mobilidade e
transporte 37º, meio ambiente 131º, coesão social 73º e conexão social 41º.
Figura 5.7: 6ª cidade do ranking.
7. Singapura
Singapura ocupa o sétimo lugar no ranking geral, por manter boa média nos
quesitos conexão internacional 4º, tecnologia 4º e economia 20º. Em Singapura,
tudo gira em torno da tecnologia. As posições mais baixas são nas de governança
24º, planejamento urbano 26º, coesão social 31º, capital humano 40º, mobilidade e
transporte 58º e meio ambiente 78º.
48
Figura 5.8: 7ª cidade do ranking.
8. Amsterdã (Holanda)
Amsterdã ocupa o oitavo lugar no ranking geral, por manter boa média nos quesitos
tecnologia 10º, planejamento urbano 13º e meio ambiente 14º. As posições mais
baixas são nas, conexão internacional 18º, mobilidade e transporte 20º, capital
humano 35º, economia 38º, governança 40º e coesão social 48º.
Figura 5.9: 8ª cidade do ranking.
9. Oslo (Noruega)
Oslo ocupa o nono lugar no ranking geral, em grande parte graças à sua alta
49
pontuação nos quesitos meio ambiente 2º, governança 11º e capital humano 18º.
As posições mais baixas são nas, coesão social 21º, economia 25º, tecnologia 28º,
planejamento urbano 33º, mobilidade e transporte 33º e conexão internacional 37º.
A cidade norueguesa está no Top 50 de todas as categorias.
Figura 5.10: 9ª cidade do ranking.
10. Copenhague (Dinamarca)
A cidade dinamarquesa conquista o décimo lugar no índice. Com o comprometi-
mento em reduzir a emissão de carbono até 2025, não é uma surpresa que a cidade
se destaque pelo seu bom desempenho em questões ambientais e chegue ao terceiro
lugar do ranking. Bons índices em coesão social 4º, governança 20º e tecnologia
22º. As posições mais baixas são nas, planejamento urbano 23º, conexão internaci-
onal 25º, mobilidade e transporte 31º, capital humano 45º e economia 46º.
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ranking 50
Figura 5.11: 10ª cidade do ranking.
A América Latina só aparece na 75ª posição, com Santiago, Chile (desempenho médio).
Já as cidades brasileiras listadas se encontram entre as 70 últimas posições do ranking,
apresentando um desempenho baixo.
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ran-
king
1. Londres
Dados Abertos - A capital britânica é o lar de mais startups e programadores do
que quase qualquer outra cidade do mundo e tem uma plataforma de dados aberto
(London Datastore) que é usada por mais de 50.000 cidadãos, empresas, pesquisa-
dores e desenvolvedores por mês, a iniciativa já gerou mais de 450 aplicativos para
o setor de transporte urbano.
- Taxas por congestionamentos - Cobrança de taxa diária de £11.50 para trafegar
em áreas de alta circulação, entre 07h e 18h, de 2ª a 6ª feira.
- Semáforos inteligentes - Controle dos semáforos de acordo com o fluxo dos
ônibus.
Sensores de tráfego - Controle de semáforos de acordo com o fluxo de automóveis
e bicicletas. Wifi - Disponibilizada no metrô.
- Pods de Heathrow - Sua inovação em transporte a levou a instalar os pods de
Heathrow, cápsulas que funcionam como transfers e interligam o aeroporto de
Heathrow, um dos mais movimentados do planeta.
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ranking 51
- Projeto Crossrail - Dez novas linhas ferroviárias na cidade para ligar trinta
estações existentes.
- Oyster Card - Pagamento integrado do transporte urbano.
- Estacionamento Inteligente - Informação em tempo real sobre vagas desocupadas
para estacionamento por meio do aplicativo ParkRight.
- Sistema de mensagens - Alerta em tempo real sobre congestionamentos.
- Aluguel de bicicletas - Informações em tempo real sobre onde alugar e devolver
bicicletas.
- Horáriosde ônibus - Informação em tempo real sobre mais de 19 mil ônibus em
Londres, via aplicativos, website, SMS e sinalização eletrônica na cidade.
- Tecnologia para evitar acidentes de trânsito - Sensores de proximidade para
diminuir a probabilidade de colisões entre ciclistas e ônibus ou automóveis
- Mapas Interativos - Acompanhamento em tempo real do atendimento de chamados
aos serviços de segurança e saúde.
- Dinheiro Digital - Foco em inovação para pagamentos digitais, que já permitiu o
surgimento de:
- ZipZap: Permite aos usuários comprarem online e concluírem o pagamento em
estações físicas Garante preços mais justos àqueles que não têm oportunidade de
concluir pagamentos online.
- Yoyo: Sistema de pagamento digital integrado a um sistema de pontuação por
fidelidade.
- Transferwise: Revolução em transferências ao exterior, com economia significa-
tiva ao cliente.
Gestão dos resíduos - Reutilização de calor gerado em poços subterrâneos e fo-
mento ao uso da energia do hidrogênio para o transporte urbano, prédios residen-
ciais e escritórios. Londres limpa - Aplicativos que permitem ao público reportar
às autoridades locais questões relacionadas à qualidade ambiental, tais como ruas
grafitadas e mau armazenamento de lixo. Redução de carbono - Geração de energia
a partir do lixo. Plataforma Talk London - Formulação de estratégias de governo a
partir da participação de cidadãos em debates públicos, eventos, reuniões temáticas,
e enquetes sobre os diferentes âmbitos da gestão urbana, por meio da Plataforma.
Cobrança de taxa para a circulação de veículos poluentes na região central - Auto-
móveis movidos à base de gasolina ou diesel não poderão mais circular livremente
pela região central, sob pena de pagar uma tarifa que vai de 12,5 até 100 euros,
a medida, uma tentativa de reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. A partir
de outubro de 2021, a cidade passará a aplicar as taxas de circulação permanente-
mente, 24 horas por dia, todos os dias da semana. Cerca de 100 mil automóveis, 35
mil vans e três mil caminhões devem ser diretamente afetados pelo novo programa,
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ranking 52
o que significaria uma queda de 28 por cento nas emissões de dióxido de nitrogênio
e de 45por cento nas emissões tóxicas de maneira geral.
2. Nova York
É uma das maiores e mais populosas aglomerações urbanas do mundo, é o centro
econômico mais importante do mundo e a cidade com maior PIB, conta com quase
7.000 empresas de alta tecnologia e se destaca por seus serviços de tecnologia
integrada, como o serviço gratuito LinkNYC Wi-Fi, Os postes de luz são utilizados
em alguns bairros para disseminarem informações pois são equipados de sensores
que reúnem dados sobre seu entorno e abastecem o sistema público. São capazes,
por exemplo, de identificar um incêndio e acionar os Bombeiros automaticamente.
Também contam com um sistema de voz que divulga mensagens sobre previsão do
tempo e outros assuntos.
• Projeto Midtown in Motion - Sistema que permite o monitoramento do trânsito
na cidade por meio de sensores e câmeras a fim de melhorar o fluxo com
estimativas de espera em rotas predeterminadas
• Sistema SnowPlow Tracking: Aplicativo que permite fazer um acompanha-
mento do trabalho que a prefeitura faz para tirar quantidades de neve que che-
gam a fechar algumas vias. O aplicativo mostra uma estimativa de tempo para
poder circular pelos lugares afetados.
• Prioridade no Trânsito: Veículos que pertencem ao sistema de transporte
público têm uma prioridade no trânsito para poder melhorar o fluxo nos
lugares com semáforos. Há sensores nas interseções que percebem quando
há um ônibus na fila e precisa passar rápido, dessa forma os semáforos são
configurados para darem preferência a esses veículos.
• Ciclovias: implementação de 30km de ciclovias na cidade, como alternativa
de transporte
• CompStat: Análise de dados a partir de sistemas de monitoramento da cidade
(câmeras e sensores), celulares, carros do departamento de polícia etc. Dispo-
nibilização de informações em tempo real para policiais em serviço, permi-
tindo acesso online à ficha criminal do suspeito.
• Câmeras escondidas: Acopladas ao corpo do policial, permitem redução de
custos com compensações pagas pela polícia em processos por condutas
equivocadas e aumentam a segurança do policial
• Monitoramento do Ar: Monitores capazes de transmitir a qualidade das partí-
culas do ar a cada 15 minutos, a fim de rastrear fatores poluentes.
• Monitoramento de Água: Detecção de anomalias no fluxo e qualidade de água
na cidade, por meio de sensores.
• Acústica Inteligente: Detecção de tiroteio em tempo real por meio de sistema
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ranking 53
de acústica inteligente integrado ao sistema de polícia da cidade.
• Lixeiras Inteligentes: Lixeiras que suportam cinco vezes mais lixo que os
modelos convencionais, transmitindo alertas para serem esvaziadas no tempo
adequado.
• Aplicativo 311: Disponibilizado ao público em geral para denúncias ou su-
gestões de aspectos a serem desenvolvidos ou otimizados na cidade, servindo
como estratégia de planejamento ao Governo.
3. Paris
Essa é uma cidade que está sempre aberta à inovação e por esse motivo, ofe-
rece uma rede de dados aberta para seus moradores, promovendo também um
transporte por meio de bikes e carros elétricos, otimizando o fluxo de pes-
soas. A cidade de Paris, sediadora do compromisso mundial ‘Acordo de Paris’
que busca reduzir a emissão de gases de efeito estufa, está desenvolvendo
projetos urbanos que buscam atingir os objetivos ambientais a longo prazo:
arranha-céus que integram diversas técnicas de produção de energia e incenti-
vos para que a população adote padrões de vida ecológicos, ao mesmo tempo
respeitando a história arquitetônica da cidade, são parte das novas políticas
de desenvolvendo de uma Paris inteligente e sustentável. Preocupado com a
crescente densidade populacional de Paris, a empresa francesa do arquiteto,
Vicent Callebaut Architectures, desenvolveu um projeto com vários arranha-
céus com produção de energia positiva. O plano é composto por oito estruturas
de multiuso localizadas em diferentes pontos da cidade com o objetivo de re-
solver os principais problemas acerca da poluição que afeta cada distrito, ao
mesmo tempo que fornecendo funções essenciais para a vida urbana.
4. Tóquio
Famosa por ser a capital da tecnologia e futurismo. Sociedade 5.0, quinto
plano Básico de Ciência e Tecnologia, que busca concretizar uma sociedade
baseada em dados, utilizando o cidadão como o centro de desenvolvimento
de soluções de inteligência artificial e IoT. E isso inclui o desenvolvimento de
inovações e medidas eficientes para controlar a quantidade de energia utilizada
em casas e edifícios comerciais, assim como o gerenciamento inteligente da
quantidade de eletricidade utilizada nesses locais. O projeto foi colocado em
prática graças à participação de empresas de tecnologia que assumiram a
responsabilidade de transformar a cidade. Tóquio conta também com uma
vasta rede de dados de smartphones, sensores e câmeras de vigilância que
permitem com que os governantes controlem com mais precisão a população.
5. Berlim
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ranking 54
Berlim é líder mundial em mobilidade urbana, segundo o estudo Mobility Fu-
tures, graças à extensa variedade de modais que permitem uma melhor infra-
estrutura para o transporte público e a mobilidade ativa. Com investimentos
extensos na área, a cidade também se tornou modelo em mobilidade elétrica
com o programa ‘BeMobilty’, contando com diversas estações de recarga. Ber-
lim também conta, desde julho de 2020, com o projeto de bairro inteligente
da Panasonic que tem como principal objetivo a descarbonização da cidade.
O bairro, que leva o nome “Future Living Berlin”, é constituído de 90 aparta-
mentos com painéis fotovoltaicos que possuem um sistema de gerenciamento
e economia de energia. Construído em uma área de 7.604m², o bairro aposta
naconexão entre a sustentabilidade e tecnologia para constituir um bairro hu-
mano, conectado e, principalmente, inteligente.
6. Washington
Washington, EUA com menos de 5 mil habitantes, criou um hub digital para
serviços municipais em agosto de 2017. Desde então, instalou iluminação
inteligente, lixeiras conectadas, monitores domésticos de saúde e análise de
vídeo para economizar dinheiro, aumentar a segurança no trânsito e reduzir a
criminalidade. Também se tornou a primeira cidade dos EUA a usar drones
para a segurança pública, incluindo planos de entrega de medicamentos de
emergência que salvam vidas.
7. Cingapura
Rede de fibra óptica em toda a ilha e até três celulares para cada dois
cidadãos, e tem hospitais robóticos (com pessoal humano e robôs), táxis
autônomos (sem motorista ) e fazendas e jardins verticais que regulam a
temperatura absorvendo e dispersando o calor enquanto coleta a água da
chuva. Considerada uma das cidades mais ricas do mundo, seu primeiro-
ministro, Lee Hsien, tem o propósito de transformar a nação no primeiro
país inteligente do mundo. O programa, que é chamado de Smart Nation,
transforma a cidade, que já é capaz de detectar fumantes em locais não
autorizados e se a população descarta o lixo em locais corretos. O governo está
implantando um sistema interconectado que controla situações como limpeza
de vias e localização de todos os veículos registrados no país. É possível, por
exemplo, verificar ocorrência de inundações, direcionar linhas de ônibus para
pontos com maior concentração de pessoas, acompanha a saúde de idosos em
estabelecimentos públicos (avisando automaticamente os familiares em tempo
real).
8. Amsterdã
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ranking 55
A capital holandesa desenvolveu uma iniciativa conhecida como Amsterdam Smart
City, uma parceria entre governo, comércio, estudantes e cidadãos, que visa trans-
formar a cidade em um espaço muito melhor para se viver, a combinação de fintech,
eficiência energética e cultura torna-o uma potência na Europa. 90 por cento de suas
residências possuem bicicletas e contam com um avançado sistema de uso público
automatizado de bicicletas compartilhadas. Além disso, apresentou um projeto para
proibir os carros a gasolina e a diesel a partir de 2025 e, assim, se tornar a primeira
cidade com emissão zero da Europa.
- Aplicativo Mobypark - Viabiliza o aluguel de vagas particulares com cobrança de
taxas, os dados gerados pelo aplicativo são utilizados pelo governo para definição
de estratégias de mobilidade.
- Trânsito Inteligente - Monitoramento do trânsito pelos órgãos responsáveis.
Geração de informações aos cidadãos sobre as melhores rotas em tempo real.
- Projeto City-Zen - Soluções inovadoras em rede elétrica, sistemas de aquecimento
e moradia sustentável.
- Rede Elétrica Inteligente - Medidores e sensores para controle do consumo de
energia pelos residentes. Redução de cortes e interrupções do fornecimento elétrico.
Retroalimentação do sistema de eletricidade produzida pelos moradores através de
suas placas solares.
- Sistemas de Aquecimento - prevê a otimização da Central Térmica e de Resíduos,
assim como a instalação dos inovadores coletores solares. Sua tecnologia de ponta
permite a extração da energia solar inclusive em dias nublados
- Reutilização de Energia - Geração de energia a partir do esgoto urbano Iluminação
Inteligente: Controle da Intensidade de iluminação nas ruas de acordo com o fluxo.
• Um projeto destaque - Barcelona
A cidade é pioneira na gestão de tráfego usando big data. O sistema de nave-
gação pode alertar se está chegando uma ambulância, polícia ou bombeiros,
se o semáforo vai ficar vermelho ou se há um pedestre na calçada que vai atra-
vessar. Esses sistemas foram projetados para enfrentar os desafios específicos
de mobilidade em oito cidades-piloto na Europa e Barcelona é uma delas. A
poluição sonora e do ar também é constantemente monitorada, aumentando
a qualidade de vida nos espaços públicos. Possui duas plataformas inteligen-
tes: CityOS e Sentilo. A primeira é uma plataforma de análise de dados da
cidade que coleta informações dos mais diferentes setores para a tomada de
decisões. A segunda é uma plataforma urbana de sensores e foi disponibili-
zada na internet em formato open-source no site GitHub. Isto permite com
que outras cidades e até pesquisadores usem e contribuam com ela. No seu
estudo Clarke (2013) considera a existência de três projetos fundamentais que
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ranking 56
contribuíram para o sucesso dos esforços da Câmara Municipal de Barcelona
a rede de comunicação de alta velocidade, composta por redes de fibra ótica
e Wi-Fi utilizadas como a plataforma para melhorar a prestação de serviços,
a plataforma de sensores utilizada para quebrar silos de informação entre de-
partamentos que tratam de assuntos como os transportes, a energia e água e a
plataforma CityOS.
- Pontos de ônibus inteligentes: Conectados à rede de fibra óptica oferecem aos
usuários previsões em tempo real da chegada do ônibus, informações turísticas
e anúncios digitais com plugues de carga USB para dispositivos móveis, além
de pontos gratuitos de Wi-Fi.
- Estacionamentos Inteligentes: Identificam a presença de carros por meio da
combinação de luzes e detectores de metais, através de uma rede de banda
larga sem fio, possibilitando ao cliente saber a disponibilidade de vagas e fazer
o pagamento online.
- Semáforos Inteligentes: Favorecem o fluxo de ônibus.
- Sensores de Monitoramento: Permitem o gerenciamento dinâmico do nível
de iluminação de acordo com as condições do entorno.
- Sensores de ruídos: identificando a necessidade de intervenção do governo
em certas regiões.
- Sensores de Poluição ambiental: Fornecem dados em tempo real sobre a
qualidade do ar.
- Sensores de Tráfego: Fornecem dados em tempo real sobre fluxo de cidadãos,
veículos, barulho e outras formas de poluição ambiental, assim como tráfego
e condições climáticas.
- Sensor de Irrigação: Implementado no Parc del Centre de Poblenou, onde
são transmitidos dados em tempo real sobre o nível de água requerido pela
vegetação. Energia: Utilização de energia solar para abastecimento elétrico.
- Administração pública: Conta com 22 programas de gestão inteligente,
integrados de modo a permitir que otimização das operações da cidade.
- Sentilo Platform: Frente a uma emergência, todos os semáforos localizados
na rota ficam verdes,permitindo que os serviços de cheguem ao local do
incidente com rapidez.
O que é fornecido no Sentilo?
- Um front-end para processamento de mensagens, com uma API REST
simples.
- Um console de administração para configurar o sistema e gerenciar o
catálogo.
- Um banco de dados de memória, destinado a atingir taxas de alto desempe-
5.1 Principais Projetos das Cidades Destaques do Ranking 57
nho.
- Um banco de dados não SQL, a fim de obter um sistema mais flexível e
escalável.
- Um visualizador universal, fornecido como uma demonstração pública que
pode ser usado como ponto de partida para visualizadores de negócios especí-
ficos.
- Um módulo de estatísticas básicas que registra e exibe indicadores básicos
de desempenho da plataforma.
- Uma arquitetura de componente extensível, para aumentar a funcionalidade
da plataforma sem modificar o sistema central.
- O Sentilo começa com um conjunto inicial de agentes: um para exportar
dados para bancos de dados relacionais e outro para processar alarmes internos
com base em regras básicas.
CAPÍTULO 6
Cidades inteligentes no Brasil
A América Latina só aparece na 75ª posição, com Santiago, Chile (desempenho
médio). Já as cidades brasileiras listadas se encontram entre as 70 últimas posições do
ranking, apresentando um desempenho baixo. As cidades brasileiras apresentam baixas
pontuações, especialmente em capital humano, governança e tecnologia. As principais
cidades que aparecem na lista do IESE Cities in Motion Index (CIMI) 2022 são:
130ª São Paulo;
136ª Rio de Janeiro;
153ª Curitiba;
159ª Brasília;
169ª Salvador;

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