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HK B Patologia� d� Ane� Linfátic� d� Waldeyer Profª. Ied� Milla� Ane� Linfátic� d� Waldeyer (NALT) “Nasal-associeted lymphoid tissue”, é um conjunto de tonsilas palatinas, linguais, faríngeas e tubárias, formado por tecido linfático. ➺ Nasofaringe: tonsila faríngea em contiguidade com a adenóide, em crianças, e com as tonsilas tubárias ➺ Hipofaringe: tonsilas palatina e linguais • Loja amigdaliana: entre o palato grosso e o palato faríngeo, onde está a tonsila palatina • Adenóide: agrupamento de tecido linfóide localizado na região póstero-superior da nasofaringe, que após os 7 anos sofre atrofia, associada ao aumento do diâmetro na nasofaringe. HK B ❤ Classificação de Brodsky Proporção das tonsilas em relação a cavidade oral, utilizada para avaliar ronco e apnéia do sono ➺ Grau 1: permite a visualização do palato faríngeo ➺ Grau 2: não permite a visualização do palato faríngeo ➺ Grau 3: aproxima-se da úvula ➺ Grau 4: encosta na úvula • Considerado normal apenas 1 e 2, 3 e 4 são considerados grandes e devem ser operadas pois causam desconforto e ronco ❤ Classificação de Mallampati Proporção do tamanho da língua em relação a cavidade oral, utilizada para avaliar ronco e apnéia do sono, e também, prognóstico de intubação orotraqueal. ➺ Classe 1: tonsilas, úvula e palato mole totalmente visíveis. ➺ Classe 2: palato duro e mole, parte superior das tonsilas e úvula visíveis. ➺ Classe 3: palato mole e duro e base da úvula visíveis. ➺ Classe 4: apenas o palato duro visível HK B ❤ Adenóide: apenas na tonsila faríngea de crianças O aumento da adenóide pode levar a obstrução nasal e diminuição do fluxo de ar ➺ Nasofibroscopia: analisa o quanto de volume da coana que a adenóide ocupa, sendo o normal < 50%. ➺ Radiografia de cavum: quando o conduto do ar (corredor radiotransparente) está livre e do tamanho adequado, indica normalidade. Em crianças com hiperplasia adenóide, estará presente uma massa mais acinzentada no conduto. Faringotonsilite� aguda� Inflamação das tonsilas ❤ Etiologia ➺ Viral (maioria): adenovírus; influenza; parainfluenza; rinovírus; vírus sincicial respiratório; coronavírus; ➺ Bacteriana: Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (pyogenes); H. Influenza; S. aureus; M. Catarrhalis; N. Gonorrhoeae; Fusobacterium sp; Pneumococo • Todas são sensíveis a penicilina, só utiliza-se outro antibiótico quando em caso de alergia ou recorrência Obs: Benzetacil x Amoxicilina - ambas têm o mesmo efeito, se o paciente não sabe se tem alergia a penicilina, opta-se pela amoxicilina pois via oral é mais fácil de desintoxicar o paciente. HK B ❤ Quadro clínico ➺ Sintomas • Viral: disfagia e odinofagias moderadas e sintomas gripais (febre baixa, coriza hialina, espirros e mialgia) • Bacteriana: febre, disfagia e odinogafia intensas, adinamia e indisposição geral ➺ Sinais • 1. Eritematosa: apenas vermelhidão - Viral - Duração de até 7 dias • 2. Eritêmato-pultácea: vermelhidão com presença de pus - Bacteriana: Pyogenes e semelhantes • 3. Pseudomembranosa: aspecto esbranquiçado, formado uma “camada” semelhante a pele - Mais comum: Mononucleose e Difteria (grave) - Raras: SBHGA e pneumococo HK B • 4. Ulcerosas: presença de lesões com bordo hiperêmicos elevados, bem limitados e de fundo escavado fibrinoso (afta) - Vírus: Herpes hominis (muito dolorosa) e Coxsackie A - Bacteriana: Plaut-vincent Obs: oportunista, afeta pessoas com higiene dental precária e desnutrição ❤ Diagnóstico O diagnóstico é primordialmente clínico, associando sintomas à sinais, entretanto, pode-se realizar testes confirmatórios ➺ Teste de detecção rápida de SBHGA ➺ Hemograma: para identificar se a infecção tem caráter bacteriano ou não ➺ PCR: + elevado em bacterianas ➺ Cultura: realizada quando não há melhora com os antibióticos comuns ❤ Tratamento ➺ Viral: sintomático Obs: em crianças, o risco de desidratação é alto ➺ Bacteriana • 1ª escolha: penicilina ❤ Complicações não supurativas ➺ Febre reumática: em crianças e adolescentes com hiperreatividade imune ao SBHGA ➺ Glomerulonefrite aguda: crianças com infecções recorrentes não tratadas, costuma aparecer 1 a 2 semanas pós infecção, por formação de imunocomplexos nos glomérulos renais Obs: em casos graves, pode afetar a função renal HK B ➺ Abscesso periamigdaliano: febre, trismo e odinofagia ➺ Abscesso parafaríngeo (espaços cervicais profundos) Obs: todo abscesso deve ser drenado, em caráter imediato ❤ Faringotonsilites crônicas ➺ Hiperplasia adenoideana: aumento da adenoide ➺ Hiperplasia amigdaliana: aumento da amígdala ➺ Hiperplasia adenoamigdalina: aumento da adenoide e da amígdala ➺ Amigdalite crônica caseosa: presença de “cavidades” na amígdala, que resultam em acúmulo de alimentos e cheiro forte no hálito ➺ Amigdalite recorrente: 5 infecções em um ano ou 3 infecções por ano por 3 anos seguido - indicação cirúrgica Roncopati� primári� Roncos são ruídos provenientes da vibração de tecidos moles (palato, faringe e língua), associados a algum sítio de obstrução anatômica de via aérea superior ou resistência respiratória. ❤ Etiologias ➺ Anatômicas • Cavidade nasal: desvio de septo; polipose nasal; hiperplasia de conchas nasais • Nasofaringe: úvula alongada; palato redundante • Orofaringe: tonsilas palatinas aumentadas • Crianças: adenoides e amígdalas hipertrofiadas ➺ Metabólicas • Obesidade: ao deitar a gordura “aperta” os condutos • Medicamentos que alteram a contratilidade muscular: relaxamento muscular, sedativos e psiquiátricos • Alterações no ritmo circadiano ➺ Hábitos e vícios • Refeições pesadas ao deitar • Alcoolismo: causa relaxamento dessincronizado HK B ❤ Diagnóstico ➺ Avaliação clínica: oroscopia, hábitos, IMC, circunferência cervical e abdominal ➺ Tomografia dos seios paranasais ➺ Exame de sangue para síndrome metabólica: colesterol, triglicérides, avaliação de tireóide e cortisol ➺ Complementares: nasofibrolaringoscopia ➺ Exame gold standard: polissonografia ❤ Tratamento Correção da causa Síndrom� d� Apnéi� O�trutiv� d� Son� Paradas respiratórias de até 10 segundos durante o sono, associada a roncopatia. ❤ Polissonografia Exame utilizado para diagnosticar a SAOS a partir da avaliação do sono do paciente, medindo, entre outros fatores, a quantidade de apnéia (parada respiratória) e hipopnéia (redução da respiração). • Índice de apneia e hipopneia por hora de sono (IAH) - Adultos: - até 5: normal - 5 a 15: leve - 15 a 30: moderado - > 30: grave - Crianças: fisiologicamente, não devem roncar ou ter apnéia - até 5: leve - 5 a 10: moderado - > 10: grave ❤ Diagnóstico etiológico em crianças ➺ Adenoide • Diagnóstico por exame físico, raio-x de cavum e nasofibroscopia ➺ Hiperplasia adenoamigdaliana • Obstrução nasal crônica • Despertares noturnos • Sono agitado, enurese e terror noturno HK B • Distúrbios comportamentais • Alterações no crescimento orofacial • Déficit de crescimento ➺ Outras causas na infância • Sd. genéticas diversas • Sd. metabólica • Sd. de Down • Sd. de Prader-Wili • Doenças neurológicos • Fenda palatina ❤ Diagnóstico etiológico em adultos ➺ Cavidades nasais: desvio septal; polipose nasal; hiperplasia das conchas nasais ➺ Nasofaringe: palato redundante; úvula alongada ➺ Orofaringe: tonsilas palatina III e IV ➺ Hipofaringe: tonsilas linguais; índice de mallampati 3 e 4; deformidade de epiglote ❤ Exames complementares ➺ Nasofibrolaringoscopia ➺ Nasofibrolaringoscopia com sono induzido por sedação ➺ Tomografia computadorizada de seios paranasais e região cervical ➺ Perfil hormonal e metabólico ❤ Tratamento clínico ➺ Emagrecimento: orientações nutricionais e atividade física ➺ Higiene do sono ➺ Avaliar o uso de medicações que causem AOS ➺ Avaliação endocrinológica ➺ Tratamento de rinites e rinossinusites ➺ Tratamento ortodôntico ou ortopédico maxilo-mandibular ➺ Fonoterapia ➺ CPAP: Continuous Positive Airway Pressure: máscara nasal com titulação da pressão adequada a partirda polissonografia. Obs: para SAOS grave ou falha nos tratamentos anteriores, mas com contraindicação cirúrgica. HK B ❤ Tratamento cirúrgico ➺ Cirurgias nasais • Septoplastia • Turbinectomia • Remoção de pólipos nasais • Adenoidectomia ➺ Cirurgias faríngeas • Uvulopalatofaringoplastia • Amigdalectomia • Supraglotoplastia ➺ Cirurgia ortognática • Avanço maxilo-mandibular HK B Referência� Bibliográfica� Tratado de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvicofacial da ABORL-CCF https://www.medway.com.br/conteudos/classificacao-de-mallampati-preditor-de -via-aerea-dificil/ https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5456906/mod_resource/content/0/A ULA%20RESPIRADOR%20BUCAL.pdf https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/multimedia/figure/pontua%C3 %A7%C3%A3o-modificada-de-mallampati#:~:text=Classifica%C3%A7%C3%A3o %20modificado%20de%20Mallampati%20%C3%A9,e%20base%20da%20%C3%B Avula%20vis%C3%ADveis. https://www.dentcare.odo.br/category/saude-bucal/page/120/ https://www.medway.com.br/conteudos/classificacao-de-mallampati-preditor-de-via-aerea-dificil/ https://www.medway.com.br/conteudos/classificacao-de-mallampati-preditor-de-via-aerea-dificil/ https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5456906/mod_resource/content/0/AULA%20RESPIRADOR%20BUCAL.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5456906/mod_resource/content/0/AULA%20RESPIRADOR%20BUCAL.pdf https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/multimedia/figure/pontua%C3%A7%C3%A3o-modificada-de-mallampati#:~:text=Classifica%C3%A7%C3%A3o%20modificado%20de%20Mallampati%20%C3%A9,e%20base%20da%20%C3%BAvula%20vis%C3%ADveis https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/multimedia/figure/pontua%C3%A7%C3%A3o-modificada-de-mallampati#:~:text=Classifica%C3%A7%C3%A3o%20modificado%20de%20Mallampati%20%C3%A9,e%20base%20da%20%C3%BAvula%20vis%C3%ADveis https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/multimedia/figure/pontua%C3%A7%C3%A3o-modificada-de-mallampati#:~:text=Classifica%C3%A7%C3%A3o%20modificado%20de%20Mallampati%20%C3%A9,e%20base%20da%20%C3%BAvula%20vis%C3%ADveis https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/multimedia/figure/pontua%C3%A7%C3%A3o-modificada-de-mallampati#:~:text=Classifica%C3%A7%C3%A3o%20modificado%20de%20Mallampati%20%C3%A9,e%20base%20da%20%C3%BAvula%20vis%C3%ADveis https://www.dentcare.odo.br/category/saude-bucal/page/120/
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