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Fórum semana 02: Edição genética / Sistema Imunológico Bacteriano 1. Outubro de 2016 - Primeiro caso documentado de edição genética CRISPR (Sichuan - China). Qual proteína foi desabilitada neste estudo? Qual tipo de neoplasia? Nesse estudo, a proteína desabilitada foi a DP-1, a qual é responsável pela parada da resposta imunológica de determinada célula. Por esse motivo, esse tipo de proteína é utilizada em tratamentos que visam combater alguns tipos de neoplasia, como no caso em questão, o combate a um carcinoma pulmonar. Desta forma, o sistema pode ser utilizado tanto para reparar mutações (restaurando a função gênica) quanto para introduzir mutações novas (causando o "nocaute" gênico). Assim, conciliando sofisticadas técnicas moleculares e biotecnológicas, o sistema CRISPR/Cas9 foi proposto para aplicação em edição genômica e hoje já se encontra comercialmente disponível para milhares de alvos. Ambos, RNA guia e proteína Cas9,produzidos in vitro, podem ser entregues às células usando diferentes mecanismos, tais como uso de vetores ou agentes químicos. 2. As bactérias possuem sistema imunológico? Como isso ocorre? Qual o papel biotecnológico desta técnica? Desenvolvido a partir de mecanismos moleculares do sistema imunológico bacteriano, o sistema CRISPR possibilita a edição do genoma através de clivagem do DNA por uma endonuclease (Cas9), guiada a partir de uma sequência de RNA, que é capaz de se parear com as bases de uma sequência-alvo. A estrutura genética do CRISPR, no sistema bacteriano, é constituída de repetições palindrômicas curtas, agrupadas e regularmente inter espaçadas. As repetições e os espaçadores (que podem conter sequências virais intercalantes), quando transcritos, formam o RNA transativador (ou RNA guia), que serve para direcionar a enzima Cas9, uma nuclease, ao alvo (neste caso, a sequência do vírus parasita). Aproveitando-se desta estratégia, tanto a proteína Cas9 quanto o RNA guia, podem ser introduzidos in vitro em outras células e direcionados a locais específicos do genoma, para que provocam quebras na fita dupla. Após esta clivagem, a maquinaria molecular intrínseca do organismo, responsável pela correção de erros no genoma, é utilizada para alterar a sequência de DNA, adotando a modificação. Referências bibliográficas AREND, M. C.; PEREIRA, J. O.; MARKOSKI, M. M.. The CRISPR/Cas9 System and the Possibility of Genomic Edition for Cardiology. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 108, n. Arq. Bras. Cardiol., 2017 108(1), jan. 2017. CAETANO, G. C. G.; MATOS, H. O. S.; SIMÃO, P. C. R.; DUARTE, R. V.; BARRETO, S. A.; HENRIQUES, I. S. Técnica CRISPR-Cas9 e sua utilização na área laboratorial. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, v. 25, n. 2, p.96-99, 2019. Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20190103_214255.pdf. Acesso em: 20 Set. 2021.
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