Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APOSTILA DE MATEMÁTICA BÁSICA PROF. GEORGE MOURÃO 1. CONJUNTOS NUMÉRICOS a) Números Naturais: N = { 0, 1, 2, 3, ....} b) Números Inteiros: Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...} c) Números Racionais: Q = {x/y, com x, y Z e y 0} d) Números Irracionais: I, são todos os números que não podem ser escritos como uma fração de dois números inteiros. e) Números Reais: R = {x, x é racional ou x é irracional}. Exemplos 1) Diga se cada uma das sentenças é verdadeira ou falsa. a) √ √ e) – 3 2. FUNÇÃO DO 1º GRAU Toda função do tipo f(x) = ax +b com {a, b} R e a ≠ 0 é denominada função do 1º grau ou função afim. Exemplos: a) y = 3x + 1 b) g(x) = x – 5 c) y = 5x d) f(x) = + 1 3. GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO DO 1º GRAU Um importante postulado da geometria diz: “ Dois pontos distintos determinam uma reta”. De acordo com esse postulado, a construção do gráfico a função do 1º grau é feita obtendo-se dois de seus pontos distintos e traçando-se a reta determinada por eles. Exemplo: Construir o gráfico da função y = 2x – 5 1 EXERCÍCIOS 1. Construa o gráfico de cada uma das funções: a) y = 3x – 6 b) y = 4x c) y = - 3x – 6 d) y = - 3x e) y = + 2 2. Determine o domínio e a imagem de cada uma das funções:7 a) y = 4x + 8 b) y = 5x c) y = + 2 3.Discuta , algebricamente, a variação de sinal de cada uma das funções: a) y = 4x + 8 b) y = - 3x – 6 c) y = + 3 d) y = – 2 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA OU DO 2º GRAU Toda função do tipo y = a + bx + c, com {a, b, c} R e a ≠ 0, é chamada de função quadrática ou função do 2º grau. Exemplos: a) y = 2 + 3x – 7 b) y = 5 – 8 c) y = 7 d) y = + 5. GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO DO 2º GRAU Demonstra-se que o gráfico de uma função do tipo y = a + bx + c, com {a, b, c} R e a ≠ 0, é uma parábola. Essa parábola tem o eixo de simetria perpendicular ao eixo Ox e sua concavidade é voltada para o sentido do eixo Ou, se a > 0, ou voltada para o sentido negativo do eixo Ou, se a < 0. Exemplo Esboçar o gráfico da função y = . 2 6. O VÉRTICE DA PARÁBOLA O vértice V( , ) da parábola de equação y = a + bx + c, com {a, b, c} R e a ≠ 0, é o ponto V( ), em que = – 4ac . É fácil notar que: Se > 0, a equação terá duas raízes reais e distintas. Se = 0 , a equação terá duas raízes reais e iguais. Se < 0, a equação não terá raízes reais, pois não existe raiz quadrada real de número negativo. Exemplo Esboçar o gráfico da função y = – 6x + 8, dando seu domínio e conjunto imagem. EXERCÍCIOS Esboce o gráfico de cada uma das funções, dando seu domínio e conjunto imagem: 1) y = 2) y = 3) y = 5) y = 6) y = 7) y = 8) y = 9) y = 10) y = 7. FUNÇÃO MODULAR Seja f uma função de R em R que é denominada modular quando pode ser escrita na forma: ( | | { 3 Exemplo: Construir o gráfico da função f(x) = | | e determinar seu domínio e conjunto imagem. EXERCÍCIOS Construa o gráfico de cada uma das funções e determine seu domínio e conjunto imagem: 1) y = | | 2) y = | | 3) y = | | 4) y = - | | 5) y = | | 6) y = - | | 7) y = | | 8) y = - | | 8. FUNÇÃO EXPONENCIAL Chama-se função exponencial toda função f: R , tal que f (x) = , em que a é uma constante real positiva e diferente de 1. Exemplos: f(x) = g(x) = ( ) h(x) = w(x) = ( 9. PROPRIEDADES DA FUNÇÃO EXPONENCIAL 1ª) Sendo a 0 e a 1, tem-se que: = x = y 2ª) A função exponencial f(x) = é crescente em todo seu domínio se, e somente se, a >1 Tem-se então: > > , a, a R e a > 1. 3ª) A função exponencial f(x) = é decrescente em todo seu domínio se, e somente se, 0 < a < 1. Tem-se então: : > < , a, a R e 0 < a < 1. 10) EQUAÇÃO EXPONENCIAL É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoente de uma ou mais potências de bases positivas e diferentes de 1. a) = 9 b) = 30 c) = 2. 4 11) RESOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO EXPONENCIAL A resolução de uma equação exponencial baseia-se na primeira propriedade, isto é, sendo a > 0 e a 1, tem – se que: = x = y EXERCÍCIOS 1 . Resolva em R as equações: 1) 2) = 1 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) 13) 14) 2. Determine, em R, o conjunto solução de cada uma das equações: 1) ( ) 2) ( ) ( ) 3) (√ ) √ 4) √ = (√ ) 5) ( ) ( ) 6) ( ) 7)√ √ 8) (√ ) √ 3) Determine o conjunto dos valores x, x R, que satisfazem cada uma das equações: 1) 2) 3) 4) 5) 2. 4) Resolva em R as equações: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 5 5) Resolver em R as inequações: 1) 2) 3) ( ) ( ) 4) ( ( 5) (√ ) √ 6) (√ ) 7) ( ) 8) 12. LOGARITMOS Sejam a e b números reais positivos e b . Chama-se logaritmo de a na base b o expoente x tal que = a. Em símbolos: 13. PROPRIEDADES 1ª) 2ª) 3ª) 4ª) 5ª) 6ª) 7ª) 8ª) EXERCÍCIOS 1) Calcular os logaritmos: a) b) c) √ d) 2) Calcule os logaritmos: a) b) c) d) e) √ f) g) h) 6 i) j) √ k) √ √ l) m) n) o) p) 3) Determine x em cada igualdade: a) b)c) d) e) f) = g) h) √ 4) Sabendo que , calcule: a) b) c) d) e) f) g) h) i) √ j) √ k) √ 5) Sabendo que = 0,69 e = 0,47, calcule: a) b) c) d) e) f) g) h) √ i) j) 14) TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO Seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo. sen cos tg EXERCÍCIOS 1) Sabendo que sen calcular o valor de x em cada figura. 7 2) Sabendo que sen calcular o valor de x em cada figura. 15) RELAÇÃO ENTRE O SENO, O COSSENO E A TANGENTE DE UM ÂNGULO AGUDO. Dado um ângulo agudo de medida tem-se que: tg = EXERCÍCIOS 1) Dados sen determinar o valor de x na figura: 16) A FUNÇÃO SENO Consideremos a função f: R ao que associa cada número real x ao sen x. D = R e o conjunto imagem; Im = { y R/ - 1 } 17) GRÁFICO DA FUNÇÃO y = sen x 8 EXERCÍCIOS 1) Esboce o gráfico da função y = 2 sen x 2) Esboce o gráfico da função y = 3 + 2 sen x. 3) Esboce o gráfico da função y = - 2 sen x. 4) Esboce o gráfico de cada uma das funções: a) y = 3 sen x b) y = 4 sen x c) y = - 4 sen x d) y = e) y = 4 + 2 sen x f) y = 3 - 2 sen x g) y = - 3 + sen x 17) A FUNÇÃO COSSENO Considerando a função g: R R que associa cada número real a ao cos x. O domínio e a imagem de g são, respectivamente, os conjuntos: D = R; Im = { y R/ - 1 } 18) GRÁFICO DA FUNÇÃO Y = COS X EXERCÍCIOS 1) Esboçe o gráfico de cada uma das funções: a) y = 3 cos x b ) y = 4 cos x c) y = - 4 cos x d) y = e) y = 4 + 2 cos x f) y = 3 – 2 cos x g) y = -3 + cos x h) y = 2 cos x 9 19) LIMITES Dada uma função f: R R e um número R, se, quando x tende a , os valores de f(x) tendem a um número b, dizemos que ( = b. Sendo f : R R uma função contínua, quando x tende a temos que f(x) tende a f( . Portanto: Se f: R R é contínua, ( = f( ). Intuitivamente, f: R R é contínua quando podemos fazer o seu gráfico sem tirar o lápis do papel. Neste caso, para calcular o limite quando x tende a basta substituir x por em f(x). Exemplos: 1) Como se comportam os valores da função y = 3x +5 quando x se aproxima do ponto p = 4? À medida que x se aproxima de 4, o valor 3x + 5 aproxima-se de 17. O limite é portanto L = 17 e indicaremos: ( 2) Como se comportam os valores da função y = quando x se aproxima do ponto p = 3? À medida que x se aproxima de 3, o valor aproxima-se de 9 – 6 + 1 = 4. O limite é portanto L = 4 e indicaremos: ( 3) Como se comportam os valores da função y = quando x se aproxima do ponto p = 2? À medida que x se aproxima de 2, o valor aproxima-se de O limite é portanto L = 0 e indicaremos: ( ) 4) Como se comportam os valores da função y = quando x se aproxima do ponto p = 2? À medida que x se aproxima de 2, o valor aproxima-se de , que é uma indeterminação e o raciocínio não pode ser aplicado. 10 Para resolver essa questão, construímos duas tabelas de valores que se aproximam à esquerda e à direita do ponto p = 2, e procuramos concluir para que valor a expressão realmente converge. x 1 1,9 1,99 1,999 y = 3 3,9 3,99 3,999 x 3 2,1 2,01 2,001 y = 5 4,1 4,01 4,001 Não é difícil concluir que, à medida que x se aproxima de 2, os valores de y = aproximam-se do valor L = 4 O limite é portanto L = 4 e indicaremos: ( ) OBSERVAÇÃO: Pode ocorrer que as tabelas de valores à esquerda indicada por e à direita indicada por forneçam valores distintos. Nesse caso, dizemos que esses valores são os limites laterais, à esquerda e à direita do ponto. Entretanto, o limite no ponto não existe. Pode ocorrer também que a função nem possa ser calculada em um dos lados do ponto. O limite nesse caso não existe. O que existe é o limite lateral que pode ser calculado. EXERCÍCIOS 1) Para cada função abaixo f(x) e para cada a, calcule ( quando existir ): ( ( ( a) f(x) = b) y = 2x + 1, a = 3 c) y = d) ) y = e) f(x) ={ f) y = { g) f(x) = { h) y = √ , a = 7 i) y = a = 2 11 OBS: Convém lembrarmos algumas formas de fatoração: a) ( = ( a + b) ( a – b ) b) ( ( c) ( ( d) a ( ( onde são raízes da equação a e) ( = ( a + b) ( f) ( – = ( a - b) ( 20) FORMAS INDETERMINADAS Consideremos a função y = e vejamos qual o limite quando x tende a 2; se x tender a 2 pela esquerda ou pela direita, notamos que o numerador tende a 0, bem como o denominador. Teríamos então uma fração impossível de ser calculada ( ) e que é chamada de forma indeterminada. Todavia, observamos que a expressão de f(x) pode ser simplificada ao fatorarmos o denominador, ou seja: f(x) = ( ( ( . Assim sendo, as funções f(x) = e h(x) = têm um comportamento idêntico (exceto para x = 2, em que a 1ª não é definida). Portanto, no cálculo do limite de f(x), quando x tende a 2, não interessa o que acontece quando x = 2 ( pois quando x tende a 2 ele é diferente de 2). Assim, no cálculo do limite f(x) e h(x) têm o mesmo comportamento. Então: = = EXERCÍCIOS 1. Dada f(x) = 3x – 11, x R, calcule os limites: a) ( b) ( c) ( 2. Dada f(x) = – 7x + 6, x R, calcule os limites: a) ( b) (c) ( 12 3. Calcule os limites indicados. a) b) c) 4. Obtenha os limites: a) b) 5. Calcule os limites indicados. b) c) d) e) f) g) h) i) j) l) m) n) o) p) q) r) s) t) 21) LIMITES INFINITOS Consideremos a função f(x) = definida para todos os reais diferentes de 3. Vejamos o que acontece com f(x) nas vizinhanças de 3. Calculemos o limite de f(x) quando x tende a 3 pela direita: vamos atribuir a x os valores de uma sucessão que convirja para 3 pela direita, por exemplo: (3,1; 3,01; 3,001; 3,0001; ...) As correspondentes imagens são: f(3,1) = ( ( Observamos que as imagens vão ficando cada vez maiores, superando qualquer valor fixado. Dizemos, neste caso, que o limite de f(x), quando x tende a 3 pela direita, é infinito, e escrevemos: ( 13 Analogamente, para calcularmos o limite de f(x) pela esquerda, vamos atribuir a x, por exemplo, os valores: ( 2,9; 2,99; 2,999; 2,9999; .....). As correspondentes imagens são: f(2,99) = ( ( Observamos que as imagens vão ficando cada vez menores, ficando abaixo de qualquer valor fixado. Dizemos que o limite de f(x) é menos infinito, quando x tende a 3 pela esquerda, e escrevemos: ( De um modo geral, o limite de uma função é mais infinito quando os valores de f(x) vão ficando cada vez maiores, superando qualquer valor fixado; da mesma forma, dizemos que o limite de uma função é menos infinito quando os valores de f(x) vão ficando cada vez menores, de modo a se situarem abaixo de qualquer valor fixado. EXERCÍCIOS 1) Para cada função f(x) abaixo, calcule ( ( , quando existirem: a) f(x) = b) f(x) = c) f(x) = | | d) f(x) = e) f(x) = f) f(x) = g) f(x) = h) f(x) = i) f(x) = j) f(x) = k) f(x) = l) f(x) = 5x + m) f(x) = ( n) f(x) = ( o) f(x) = ( 22) LIMITES NOS EXTREMOS DO DOMÍNIO Quando fizemos o estudo das funções no item anterior, vimos a importância de conhecermos o comportamento de uma função quando x era muito grande ( tendendo para infinito) ou muito pequeno ( tendendo para menos infinito). Na verdade, o que queríamos era determinar os valores dos limites, chamados limites nos extremos: ( ( 14 A maneira de obtermos esses limites consiste em escolhermos uma sucessão que divirja para mais infinito, ou simplesmente para infinito ( , ou menos infinito ( - ), e determinarmos o comportamento da nova sucessão gerada por f(x). Consideremos a função f(x) = e tomemos uma sequência que divirja para infinito, por exemplo ( 10, 100, 1.000,......). As correspondentes imagens são: f(10) = ( ( Intuitivamente, percebemos que as correspondentes imagens convergem para 0. Dizemos que o limite de f(x) quando x tende para infinito é 0 e escrevemos: ( Analogamente, para determinarmos o limite de f(x) quando x tende para menos infinito, tomemos uma sequência que divirja para menos infinito, por exemplo (- 10, - 100, - 1.000, .....). As correspondentes imagens são: f(- 10) = ( ( Percebemos intuitivamente que as imagens também convergem para 0. Dizemos então que o limite de f(x) é 0 quando x tende a menos infinito, e escrevemos: ( Consideremos a função f(x) = . Se considerarmos as mesmas sucessões divergentes para mais e menos infinito dadas no exemplo anterior, poderemos concluir que: ( ( OBSERVAÇÕES 1) Os limites nos extremos ( x tendendo a mais ou menos infinito ) podem ser um número real, ou ainda podem dar mais ou menos infinito, conforme os exemplos anteriores mostraram. 2) O limite nos extremos de uma função polinomial é igual ao limite de seu termo de maior expoente, pois, colocando-se esse termo em evidência, todos os outros termos tendem a 0. Veja o exemplo: 15 ( ( )= Pois todos os termos (exceto o 1º) entre parênteses tem limite igual a 0 quando x tende a infinito. 3) Como consequência da observação anterior, quando tivermos o limite nos extremos de um quociente de dois polinômios, ele será igual ao limite do quociente dos termos do maior expoente do numerador e denominador. Assim, temos: EXERCÍCIOS 1) Calcule os seguintes limites: a) b) c) d) e) f) g) ( h) ( i) ) ( j) ( l) m) n) o) p) q) r) s) t) u) v) 23. LIMITE DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS a) b) c) se a com k . 16 NOTE: 24. LIMITE DA FUNÇÃO EXPONENCIAL Sejam . Temos: 25. LIMITE DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA Seja , a > 0 e . E a função y = . Então: se b > 0.17
Compartilhar