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Malária: causas, sintomas e tratamento

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Malária
Outros nomes:
Paludismo, febre palustre, febre intermitente.
De acordo com as formas 
clínicas:
Febre terçã benigna (P. vivax e P. ovale), febre 
terçã maligna (P. falciparum), febre quartã (P. 
malarie).
Principais agentes 
etiológicos:
Plasmodium vivax, Plasmodium ovale, Plasmoidum falciparum e Plasmodium 
malariae.
Principal vetor no Brasil: Anopheles darlingi.
Quadro clínico habitual: 
Período de incubação:
Variável.
P. falciparum: 9 a 14 dias.
P. vivax: 12 a 17 dias.
P. ovale: 16 a 18 dias.
P. malariae: 18 a 40 dias.
Início da doença:
Súbito. Principalmente P. falciparum e P. malariae.
Dores de cabeça, mal-estar, dores pelo corpo, elevação da temperatura. 
Acesso malárico:
(3 fases)
Fase 1:
Calafrios, tremores incontroláveis, naúseas e vômitos.
Duração entre 15 min a 1h.
Fase 2:
Calor e cefaleia intensa, febre (39° a 41°), delírio (alguns casos). 
Duração entre 2h a 4h.
Fase 3: Sudorese, dor de cabeça desaparece, sensação de alívio.
Repetição do ciclo.
Reaparecimento das 
manifestações clínicas:
Recrudescências — a curto prazo. P. falciparum.
Recaídas — a longo prazo. P. vivax e P. ovale.
Variações clinicas:
Não complicada:
Exame físico:
Pálido.
Baço palpável.
Febre.
Manifestações clínicas:
Acessos malários.
Intensa debilidade física.
Naúseas.
Vômitos.
Exame laboratorial: Anemia.
Grave e complicada:
Maiores registros:
Adultos não imunes (áreas não endêmicas).
Gestantes.
Crianças.
Anemia grave — 30% precisam de transfusão.
Presença de formas assexuadas de P. falciparum no sangue.
Hiperparasitemia — > 5% das hemácias parasitadas. 
Malária cerebral — 10% dos casos de P. falciparum — 80% dos óbitos. 
Icterícia — bilirrubina total > 2,9.
Distúrbios hidrelétricos e ácido-base.
Insuficiência renal: oligúria e Cr > 3,0.
Edema pulmonar.
Distúrbios de coagulação.
Hipertermia.
Hipoglicemia.
Tratamento:
Esquizonticidas teciduais ou hipnozoiticidas.
Esquizonticidas sanguíneos: Promovem a cura clínica.
Gametocitocidas: Bloqueiam a transmissão. 
Concentrada na faixa tropical, principalmente África.No Brasil: na Amazônia legal (69,4%).
Condições favoráveis:
Temperatura ambiente: 20° a 30°.
Alta umidade do ar.
Não ocorre transmissão:
Temperaturas inferiores a 16° ou superiores a 33°.
Em altitudes acima de 2 mil metros.
Em locais com chuvas intensas — leva a perda de larvas e pupas.
Imunidade natural:
Eritrócitos do tipo Duffy negativo:Resistentes a P. vivax.
Eritrócitos glicoforina A negativos:Resistentes a P. falciparum.
Pessoas hemoglobinas anormais.
Pessoas com deficiência da enzima glicose-6-fosfato-desisdrogenase (G-6-PD).
Mecanismos patogenéticos:
Anoxia: Rompimento das hemácias.
Fagocitose pelos macrófagos (restos celulares e hemácias infectadas ou 
não).
Perturbações circulatórias:
Aderência das hemácias às 
paredes vasculares.
Obstrução dos vasos 
sanguíneos.Necrose isquêmicas focais.
Aumento da glicólise 
anaeróbica:
Plasmodium — glicólise anaeróbica.
Tecidos — deficiência de oxigênio — glicólise anaeróbica.
Hipoglicemia (aumento do ácido 
lático).
Mecanismos imunológicos:
Mecanismos humorais:Produção de anticorpos:
Proteína circum-esporozoítica (CS) — invasão dos hepatócitos.
Antígeno 1 da membrana apical (AMA-1) — merozoíto.
Proteínas da superfície do merozoíto (MSPs).
Hipergamaglobulinemia (IgG 
e IgM).
Apenas 5 a 10% das IgG 
reagem com antígenos 
maláricos.
Mecanismos celulares:
Fagocitose - sistema fagocítico mononuclear (SFM).
Baço, fígado e medula óssea.
Alterações anátomo e 
fisiopatológicas:
Baço:Dilatado.Congesto;Tonalidade escura;
Fígado:Congesto.Ligeiramente aumentado;
Medula óssea:Congestão.Hiperplasia do SFM;
Grande produção de 
reticulócitos;
Cérebro: Congestão.Edema;Microembolias ou tromboses capilares;
Diagnóstico:
Teste rápido:Indireto.
Exame de sangue:
Direto.
Demonstrar a presença do Plasmodium.
Gota espessa e gota estirada.
Identificar a espécie de 
Plasmodium.
Escolher o tratamento.
PCR: 
Última alternativa (valor 
alto).Direto.
Clínico:
Febre com caráter intermitente 
(a cada 48 ou 72h).
Anemia.
Baço aumentado e doloroso.
Residência ou procedência 
de zona endêmica.
Visita curta ou turismo em 
zona endêmica.
Resposta favorável e rápida aos antimaláricos.
Profilaxia:
Proteção individual:
Rede de mosquito.
Uso de repelentes.
Janelas fechadas.
Proteção coletiva:
Combate ao vetor adulto.
Combate às larvas.
Saneamento básico.
Melhorar as condições de vida.
a
Maria Beatriz Amaro

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