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CIV 275 – Tratamento de resíduos sólidos urbanos (RSU) Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil Objetivos da aula 6 Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil üAo final da aula o aluno deverá reconhecer o processo de compostagem. Coleta e transporte para destinação final ambientalmente adequanda Redução dos impactos negativos... Impactos proveniente da... Produção de chorume, gases (poluição da água, solo e ar); Proliferação de vetores Compostagem • Segundo Pereira Neto (1996): “... é o processo biológico aeróbio e controlado de tratamento e estabilização de resíduos orgânicos para a produção húmus.” Compostagem • Redução do volume • Produção de composto • CH4 por CO2 Compostagem • RSU (fração orgânica) • Restos de feiras • Podas de jardins • Lodo de estações de tratamento de esgoto • etc Compostagem • Preparação • Decomposição ativa • Maturação • Venda Classificação • Aeróbia x anaeróbia • Mesofílica x termofílica 45 a 65 oC20 a 45 oC Fases da compostagem 70 100 Compostagem – montes em forma de: Fatores que afetam o processo • Umidade • Oxigenação • Temperatura • Concentração de nutrientes • Tamanho das partículas • pH Umidade – teor de umidade Seria o ideal Incompatível com: •Necessidade de se obter um configuração geométrica definida; •Manter porosidade para passagem de ar para oxigenação Máximo Mínimo Menor que isso restringe a atividade microbiológica 55% Como é corrigida a umidade? • Distribuição de água na leira. • Reviramento • Adição de material com menor teor de umidade Teor de umidade Oxigenação • Finalidade: – Suprir demanda de oxigênio requerida pela atividade microbiológica – Atuar como agente de controle de temperatura • Efetuada por processos artificiais : – Mecânicos – Manual Oxigenação • Para fins de dimensionamento de equipamentos mecânicos de aeração = 0,3 a 0,6 m³ de ar por kg de SV por dia (Pereira Neto, 1996) • Processos simplificados: ciclo de reviramento! Dois reviramentos por semana para RSU (fração orgânica) Liberação de calor Característica isotermicas Oxigenação Equipamentos mecânicos para reviramento Oxigenação Equipamentos mecânicos para reviramento Oxigenação • Equipamento para reviramento manual Oxigenação Túnel para ventilação natura Oxigenação e umidade • 45 % de umidade – 263 mm³/g hora • 60 % de umidade – 306 mm³/g hora Temperatura • Fator importante para indicar a eficiência do processo; • Para compostagem termofílica – 55 oC (na fase de degradação ativa) Eficiência do processo de degradação Eliminação dos organismos patogênicos Controle adequado da temperatura Bactérias Helmintos Temperatura Fatores que influenciam na adequação da temperatura • As características da matéria prima; • O tipo de sistema utilizado; • O controle operacional; • A configuração geométrica das leiras. Concentração de nutrientes • Vários macro e micronutrientes garantem a atividade microbiológica do processo de compostagem; • Mais importância se dá ao carbono e nitrogênio; • Relação C:N Concentração de nutrientes • Carbono – fonte de energia e matéria orgânica • Nitrogênio – fonte de reprodução protoplasmática, proteínas e aminoácidos • C:N – 30:1 • Palhosos – ricos em carbono • Legumes frescos e resíduos fecais – ricos em nitrogênio • RSU e de outras fontes especiais já se encontra com relação C:N adequada Concentração de nutrientes Aumento do período de compostagem Perda de nitrogênio por volatilização - odores Tamanho da partícula • Tamanhos mais adequados: 10 a 50 mm • A correção do tamanho das partículas favorece: – Homogeneização da massa de compostagem; – Melhoria da porosidade; – Menor compactação; – Maior capacidade de aeração Tamanho da partícula Trituradores pH • Ótimo para compostagem – 6,5 – 8,0 • Pesquisas já demonstraram faixas mais amplas: 4,5 – 9,0 • Composto final com pH entre 7,0 – 9,0 é muito atrativo para correção de pH de solos ácidos Biologia • Bactérias • Actinomicetos • Fungo • Protozoários • Larvas • Organismo patogênicos Classificação de microrganismos • Em relação ao requerimento de O2 – Aeróbios – Anaeróbios – Facultativos • Em relação a variação de temperatura – Pscicrófilos – 10 a 20 oC – Mesófilos – 20 a 45 oC – Termófilos – 45 a 65 oC Bactérias • Quebra inicial da matéria orgânica • Degradação propriamente dita Fungos • Aeróbios • Preferem meios mais ácidos • No processo de compostagem são eficiêntes na fase termofílica • Também eficientes para degradação de compostos carbonáceos como celulose e lignina Actinomicetos • Grupo com características de fungos e bactérias • Ambientes com baixa umidade e alta temperatura Processo em si • Organismos oportunistas • Primeiro material de fácil degradação: amidos, aminoácidos, açucares etc; • Mais demoradamente: hemiceluloses, óleos etc. Substâncias húmicas • Biopolímeros cujo peso molecular varia de 30 a 30.000 u.m.a (unidade de massa atômica) • Considerado alto peso molecular • Alta resistência a decomposição microbiana Substâncias húmicas • Contem grupos fenólicos e carboxílicos e baixo número de grupos alinfáticos (OH). – Ácidos húmicos: solúveis em solução salina e ppt em meio ácido; – Ácidos fúlvicos: soluvel em meio ácido – Humina: não pode ser extraída nem em meio ácido, nem alcalino Substâncias húmicas Alguns dos principais componentes das substâncias húmicas Sólidos voláteis Operação da compostagem • Preparo da matéria prima – Ideal a mistura de vários resíduos; – RSU (fração orgânica) não há necessidade de aditivos – Lodo de esgotos, estercos (baixa C:N) – Materiais palhosos (alta C:N) Formação de uma leira balanceada Montagem das leiras • Pilhas de 1,6 m • Maior quantidade de material => leiras – 3,5 a 4,0 m de base – 1,6 m de altura • Comprimento em função da quantidade de material Leira nº... Material..... Dia de mantagem Ciclo de reviramento • Propiciar aeração • Dissipara altas temperaturas • É o momento também utilizado para correção de umidade (adição de água). • Compostagem aconselhado a cada 3 dias Ciclo de reviramento Possíveis formas de uma leira Uso de material não maturado • Liberação de amônia no solo (danifica raízes) • Aumento da C:N do solo • Toxinas Controle de impactos ambientais negativos • Mais preocupante em... – Unidades mal operadas – Capacidade de produção de composto maior que 50 t/dia – Processos duvidosos (anaeróbio) Controle de impactos ambientais negativos • Emanação de odores – Má definição do reviramento (ou aeração); – Excesso de umidade; – Tamanho das partículas maior que 50 mm – Configuração geométrica inadequada Controle de impactos ambientais negativos • Proliferação de vetores – Fração orgânica é meio propício para vetores Controle de impactos ambientais negativos • Produção de chorume – Líquido resultante da decomosição natural de resíduos orgânicos – Operação inadequada – Excesso de umidade Controle de impactos ambientais negativos • Produção de rejeitos Exemplo de dimensionamento • Pequena cidade com produção de 14000 kg/dia da fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos + 1000 kg de material palhoso. • Admitindo-se densidade de 570 kg/m³ Exemplo de dimensionamento • Adota-se – Leira de seção triangular – 1,7 m de altura – 4,0 de largura • Cálculo do comprimento da leira – (As) Área de seção reta = (4 x 1,7)/2=3,4m² – (V) Volume da leira = (14000+1000)/570=28m3 – (L) Comprimento da leira = V/As =28/3,4 = 7,7m – Adota-se L = 8,0 m Exemplo de dimensionamento • Calculo da área do pátio de compostagem – (Ab) área da base da leira = 4 x 8 = 32 m² – (Af) área de folga para reviramento = 32 m² – Cada leira ocupará = 64 m² – Considerando-se 100 dias para compostagem completa (fase ativa + maturação) – (Au) área útil do pátio de compostagem • Au = 100 x 64 m²= 6.400 m² – (At) = considera-se 10 % de coeficiente de segurança Visão geral de uma UTC • Usina de triagem e compostagem (UTC) de baixo custo Exemplo de dimensionamento • Cálculo para área total da unidade – Depósito de 50m² – Prédio administrativo 70m² – Baia para estocagem de material reciclável = 70m² • (Ac) Área total da unidade – 6400 + 640 + 50 + 70 + 70 = 7.230 m² = 0,723 ha UTC – Usina de triagem e compostagem de Goianá - MG Classificação quanto a técnica Windrow Windrow In-vessel – Fluxo em pistão vertical In-vessel – Tambor de rotação horizontal • Obrigado! • anibal@em.ufop.br
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