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ANEPS – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA EMPRESAS E PROFISSIONAIS PROMOTORES DE CRÉDITO E CORRESPONDENTES NO PAÍS MANIFESTO ANEPS Vimos, por meio deste documento, expressar o descontentamento pelos excessos promovidos pela FEBRABAN: a inexplicável autorregulação que, até o momento, não foi capaz de coibir ações de agentes inescrupulosos junto aos consumidores; as regras falhas do SRCC, para o qual a FEBRABAN não aceita sugestões de melhorias e que deixam de remunerar os correspondentes em operações completamente lícitas, visto que se utiliza somente o CPF e não os contratos como chave de consulta; e, agora, a adição de mais um anexo ao enganoso “Documento Correlato”, editado pelo seu Comitê Gestor. Nesse novo trecho adicionado ao Documento Correlato, a FEBRABAN estabelece uma carência de 180 dias após o desbloqueio na plataforma “Não Perturbe” pelos consumidores para remunerar operações encaminhadas pelos correspondentes. A nova regra estabelecida neste anexo, por si só, já seria abusiva, porém, piora ainda pelo fato de não excluir dela, as milhares de lojas por todo o país, onde são realizadas vendas presenciais em que a iniciativa parte do consumidor e em nada deveria envolver a plataforma “Não Perturbe” na imposição de restrições. Tão logo após a publicação do anexo editado, vários bancos passaram a praticá-lo sob o amparo de ser “Por Determinação do Comitê Gestor”, que, diga-se de passagem, é composto pelos próprios. Em paralelo a essa repudiável autorregulação, para a qual não se dispõe a discutir sugestões efetivas dos correspondentes sérios que já teriam corrigido muitos desvios, alguns bancos agora passaram a imputar débitos indevidos aos correspondentes que extrapolam a responsabilidade estabelecidas nos roteiros operacionais por eles elaborados, esquecendo-se de que a responsabilidade do correspondente termina ao entregar a operação ao banco rigorosamente dentro dos referidos roteiros operacionais. No que tange aos débitos indevidos, vale lembrar que os correspondentes não são sócios dos bancos, mas prestadores de serviços cuja remuneração, pré-determinada, é mera contrapartida pelos serviços prestados. Em outras palavras, se o CORBAN não é sócio dos bancos e não participa dos lucros das operações, ele não pode ser compelido a assumir os prejuízos naturais dos negócios bancários, uma vez que tenha cumprido com rigor os roteiros estabelecidos pelos bancos contratantes. Em conclusão, por essas regras absurdas que inibem remunerações devidas e pela imputação de débitos indevidos, manifestamos nosso veemente repúdio a esse conjunto de práticas, elaboradas nos moldes de cartel e que conferem abuso do poder econômico em tão desbalanceada relação. Somos centenas de milhares de empresas que geram mais de 1,7 milhão de postos de trabalho. Estamos em cada canto de nosso território, dando atenção e respeito a milhões brasileiros que muitos bancos só enxergam como contratos.
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