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Texto 3. Propostas para o ensino da educação física

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Um estudo feito por Inácio Brandl Neto que revela algumas as propostas de ensino da educação física no âmbito escolar. Algumas destas propostas que ele cita não são postas em prática e outras são pouco utilizadas.
A primeira proposta é a proposta tradicional. Nela, o professor é um comandante e o aluno um submisso, tudo o que o professor fizer ou mandar o aluno obedece sem desenvolver a criatividade ou o cognitivo. Valoriza excessivamente o rendimento e privilegia os mais dotados. Prepara os alunos para serem atletas como uma espécie de adestramento, controlados por movimentos técnicos e não permitindo a criatividade. Tem ausência de ludicidade e exacerba o individualismo. O aluno é um corpo-objeto.
A segunda é a proposta desenvolvimentista. Nessa, o objetivo principal é não perder a condição de desenvolvimento da criança na educação física. É o aluno aprender a educação física adequada a sua idade e desenvolvimento motor. Para isso o professor deve estabelecer um conteúdo e método de ensino coerente, o que levará a observar e avaliar os comportamentos de cada criança. 
A terceira proposta é a proposta construtivista. Para essa proposta deve ser levada em conta a segunda proposta onde consta o desenvolvimento, mas, além disso, ela explora também a espontaneidade do individuo que está em desenvolvimento. O professor deve instigar o aluno a procurar, a descobrir. Quando o aluno é criança, devemos aproveitar a bagagem motora que ela leva, como as brincadeiras, e assim, desafiá-las em tarefas mais complexas tendo em consideração o que ela já conhece. Fazer a aula de educação física ter sentido para cada aluno.
A quarta proposta é a crítico-superadora. Nessa proposta o professor deve instigar o aluno descobrir a história do que ele faz hoje nas aulas como expressão corporal. Essa cultura corporal existe e não surgiu do nada, as atividades corporais foram construídas aos poucos através de estímulos, desafios ou necessidades que o homem encontrou. A educação física escolar deve ter o sentido lúdico, instigar a criatividade e fazer o aluno criar essa cultura corporal também. A intenção é fazer com que o aluno reflita sobre a realidade social. 
A quinta e ultima proposta apresentada é a crítico-emancipadora. Para essa proposta, o aluno deve ser instigado a perguntar, as ficar com dúvidas, a ter a necessidade de comunicação. Problematizar a aula e fazer com que os alunos achem a solução, e encontrem caminhos para por em prática. Pensar é tão corporal quanto correr, a mente faz parte do corpo e deve ser usada na aula de educação física também. Se o aluno sabe de onde surgiu o movimento e como ele é feito, ele terá curiosidade em fazê-lo corretamente. A participação do aluno na aula tem que trazer prazer e satisfazê-lo em suas condições. 
O autor também se mostra contra as aulas de educação física serem todas as aulas da semana em um mesmo dia. É necessária a intercalação entre os dias da semana para o sucesso fisiológico e mental, uma atividade moderada, pois estamos trabalhando com pessoas. E até por trabalharmos com pessoas ele chama atenção à questão das crianças, pois elas estão em desenvolvimento e precisam de certa atenção e cautela na hora do aprendizado.

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