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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE NUTRIÇÃO ESPORTIVA A obesidade é uma doença crônica multifatorial, sendo ainda um fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipos II. Ambas requerem um acompanhamento multiprofissional para amenizar os sintomas e aumentar a qualidade de vida. No caso exposto, a paciente S.M.V.L já possui o diagnóstico de obesidade e diabetes tipo II, ambas doenças crônicas fortemente associados a desfechos mais graves, como cânceres e doenças cardiovasculares. Sabe-se ainda que, o peso do indivíduo tem consequências diretas no controle glicêmico do mesmo. Logo, para o controle glicêmico da paciente, deve-se primordialmente, controlar o peso, conhecer as medicações em uso, se houver e solicitar exames laboratoriais para elaborar um plano alimentar adequado para o caso. Enquanto profissional da nutrição, deve-se prescrever um plano alimentar individualizado. Diante do resultado dos exames, pode-se recomendar uma dieta baseada nos valores de referência de ingestão diária. Pode-se dividir o valor energético diário em: 60% de carboidratos, preferindo os cereais integrais e fibras; 20% de lipídios, com prevalência de ácidos graxos insaturados; as proteínas podem corresponder a 20%, sendo as mesmas benéficas para o controle glicêmico segundo estudos. Em relação aos micronutrientes, a paciente não sugere deficiências, mas algumas literaturas apontam déficits nas vitaminas do complexo B e vitamina D, nos casos de diabetes melito tipo II. Os quais afetam no controle da doença, sistema nervoso, muscular e cardíaco. Cabe ao nutricionista solicitar exames bioquímicos para a avaliação de tais vitaminas, e caso necessário prescrever a suplementação. Ressalta-se ainda que, as refeições devem ser, preferencialmente, fracionadas ao longo do dia, priorizando as principais, café da manhã, almoço e jantar. Com ênfase na ingesta hídrica, a qual deve ser calculada pelo peso. Por ser professora em tempo integral, pode-se sugerir lanches de fácil preparo, incluindo frutas (morango, mamão, goiaba), cereais, iogurte natural. No almoço preferir as saladas cruas, brotos ou legumes cozidos, arroz integral, escolhendo uma fonte de proteína, seja filé de peixe, frango ou ovo, podendo variar com cortes magros de carne suína. Para adequar o plano alimentar a vida da paciente, a qual faz musculação no período da noite, deve-se recomendar uma maior ingesta hídrica a tarde, e para o pós o treino, um refeição completa, com mais ênfase nas proteínas, as quais ajudam na maior saciedade, colaborando para a perda de peso. É necessário ainda lembrar de manter dieta adequado ao estilo de vida da paciente, respeitando as tradições, incluindo suas preferencias, se possível, estabelecer uma dieta acessível e realista. REFERENCIAS CUPPARI, Lilian; Nutrição: Clínica no Adulto. 3 ed. São Paulo: Manole, 2014. CUPPARI, Lilian; Nutrição Clínica no Adulto. 4 ed. São Paulo: Manole, 2019. DO NASCIMENTO, Bárbara Raquel Cardoso, Joelma Araújo Barbosa Soares, and Luciana Tavares Toscano. "Dieta cetogênica e sua eficácia em indivíduos obesos." RBONE-Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento 14.86 (2020). CORRÊA, Vanessa Pereira, et al. "O impacto da obesidade infantil no Brasil: revisão sistemática." RBONE-Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento 14.85 (2020): 177-183. MAEYAMA, Marcos Aurélio, et al. "Aspectos relacionados à dificuldade do controle glicêmico em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 na Atenção Básica." Brazilian Journal of Development 6.7 (2020): 47352-47369. FERNANDES, Tatiana, Ana Faria, and Helena Loureiro. "Impacto da glicemia pós-prandial e otimização da dosagem de insulina em refeições ricas em proteína e gordura na diabetes tipo 1." Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo 16.3-4 (2022): 118-123.