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Sinapses e transmissão do impulso nervoso

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1 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
Sinapses 
2M1 –SINAPSES E TRANSMISSÃO DO IMPULSO NERVOSO 
OBJETIVOS DA AULA: 
Geral: aprender como se dá a transmissão da 
informação de um neurônio para o outro. 
(neurotransmissores – base de medicamentos) 
Específicos: 
1) Compreender como funciona a membrana 
neuronal em repouso e os fatores que podem 
modificá-la. 
2) Explicar como ocorre o potencial de ação 
3) Entender como são formados e liberados os 
neurotransmissores 
4) Citar e explicar a importância dos principais 
neurotransmissores. 
Livro: Tortora, Capítulo 12. 
Leitura complementar: 
Neurociências (Mark F. Bear): capítulos 5 e 6 
(principalmente). Complementação com capítulos 3 e 4. 
 
Os neurônios se comunicam usando dois tipos de sinais 
elétricos: 
• Potenciais graduados – para curtas distâncias 
• Potenciais de ação (impulso nervoso) – por 
grandes distâncias. 
A produção dos potenciais graduados e dos potenciais 
de ação depende de duas características básicas da 
membrana plasmática de células excitáveis: 
• a existência de um potencial de membrana de 
repouso e 
• a presença de tipos específicos de canais iônicos. 
A membrana plasmática de células excitáveis 
apresenta: 
• um potencial de membrana, 
• uma diferença de potencial elétrico (voltagem) 
através da membrana – essa voltagem é conhecida 
como potencial de membrana em repouso. 
Os potenciais graduados e os potenciais de ação 
ocorrem porque as membranas neuronais contêm 
muitos tipos diferentes de canais iônicos que se abrem 
ou se fecham em resposta a um estímulo específico. 
Como a bicamada lipídica da membrana plasmática é 
um bom isolante térmico, as principais vias nas quais a 
corrente pode atravessar a membrana são os canais 
iônicos. O fluxo de íons forma a corrente elétrica. 
 
Um distúrbio do potencial de ação que gera uma 
convulsão, por exemplo. 
 
MEMBRANA EM REPOUSO: 
 
Propriedades da matéria que permitem o potencial de 
ação. 
A água tem propriedade bipolar: oxigênio é mais 
negativo e os dois hidrogênios que se ligam são mais 
positivos – quando coloca um íon (sal de cozinha por 
exemplo), o sódio positivo vai se atrair pelo oxigênio 
que é mais negativo. E o cloreto, bem negativo, vai se 
atrair pelas moléculas de hidrogênio. Essa propriedade 
é a que permite a perfusão dos ions. 
Tem ainda a bicamada fosfolipídica que consegue fazer 
um isolamento tanto químico, quanto elétrico entre o 
que está dentro e fora da célula. 
 
O corante vai se difundindo até ocupar a água toda de 
maneira homogênea. Isso varia com a temperatura – se 
for fria, leva mais tempo para acontecer; se for quente, 
as moléculas se movem com mais rapidez. 
 
O potencial de membrana em repouso existe devido 
a um pequeno acúmulo de íons negativos no citosol, ao 
longo da parte interna da membrana plasmática, e a um 
acúmulo igual de íons positivos no líquido extracelular 
(LEC) em toda a superfície externa da membrana. 
O acúmulo de cargas ocorre apenas em uma área muito 
próxima da membrana. O citosol ou o líquido 
extracelular em qualquer outra parte da célula 
apresentam números iguais de cargas positivas e 
negativas, e são eletricamente neutros. 
Quanto maior for a diferença de carga na membrana, 
maior será o potencial de membrana (voltagem). 
Nos neurônios, o potencial de membrana em repouso 
varia entre −40 e −90 mV. Um valor comum é de −70 
mV. O sinal negativo indica que a parte interna da célula 
 
2 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
está mais negativa do que a externa. Uma célula que 
apresenta um potencial de membrana é considerada 
polarizada. A maioria das células do corpo é polarizada; 
o potencial de membrana varia entre +5 e −100 mV nos 
diferentes tipos de células. 
O potencial de membrana de repouso é gerado devido 
a 3 importantes fatores: 
• Distribuição heterogênea de íons no LEC e no 
citosol - O líquido extracelular é rico em Na+ e em 
íons cloreto (Cl-). No citosol, entretanto, o principal 
cátion é o K+, e os dois ânions dominantes são os 
fosfatos ligados a moléculas, como os três fosfatos 
no ATP, e os aminoácidos das proteínas. Como a 
membrana plasmática geralmente tem mais canais 
de vazamento de K+ do que de Na+, o número de 
íons potássio que se difundem, ao longo do seu 
gradiente de concentração, de dentro da célula 
para o líquido extracelular é maior que o número de 
íons sódio que se difunde, ao longo do seu 
gradiente de concentração, do líquido extracelular 
para dentro da célula. À medida que cada vez mais 
íons potássio saem, a parte interna da membrana 
plasmática se torna mais negativa, e a parte externa, 
mais positiva. 
• Incapacidade da maioria dos ânions em sair da 
célula – a maior parte dos ânions de dentro da 
célula não consegue sair dela – eles não seguem o 
K+ porque estão ligados a moléculas que não se 
difundem, como o ATP e grandes proteínas. 
• Natureza eletrogênica das Na+-K+ ATPases - A 
permeabilidade da membrana ao Na+ é muito 
baixa, pois existem poucos canais de vazamento de 
sódio. No entanto, os íons sódio de fato se 
difundem lentamente para dentro da célula devido 
ao seu gradiente de concentração. Caso este 
fenômeno persistisse, a entrada de Na+ certamente 
acabaria com o potencial de membrana. Esta 
pequena entrada de Na+ e a saída de K+ são 
compensadas pelas Na+-K+ ATPases (bombas de 
sódio-potássio). Estas bombas ajudam a manter o 
potencial de membrana por meio da retirada de 
Na+ tão logo ele entre na célula. Simultaneamente, 
as Na+-K+ ATPases captam K+. Entretanto, os íons 
potássio invariavelmente sairão da célula devido ao 
seu gradiente de concentração. Lembre-se de que 
as Na+-K+ ATPases retiram três Na+ para cada dois 
K+ captados 
 
 
Representação dos canais iônicos – ponte que permite 
a passagem de íons de um lado para o outro. 
 
CANAIS IÔNICOS: 
 
Canal iônico é uma proteína, juntando essas proteínas 
todas formam-se lados mais positivos e lados menos 
positivos. Desse jeito, consegue uma estrutura que só 
passa substancias específicas. 
De maneira geral, os canais iônicos são permeáveis a 
um tipo específico de molécula, de proteína ou de íon. 
 
3 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
 
 
Canais iônicos abertos: permitem a passagem de íons 
específicos pela membrana plasmática ao longo de 
seus gradientes eletroquímicos (diferença de 
concentração (química) + a diferença elétrica). 
• Os íons se deslocam de áreas de maior 
concentração para áreas de menor concentração. 
• Cátions (+) se movem em direção a áreas 
carregadas negativamente. 
• Ânios (-) se movem em direção a uma área 
carregada positivamente. 
À medida que os íons se deslocam, eles criam um fluxo 
de corrente elétrica que pode mudar o potencial de 
membrana. 
 
Adaptações para condutividade elétrica: 
• Seletividade da membrana (permeabilidade 
variável) 
• Estabilização do meio extracelular (mielina, 
astrócitos) 
• Estabilização do meio intracelular (Na/K ATPase) 
O que permite que a membrana celular (sirve como 
isolante elétrico) passe a conduzir a energia elétrica são 
os canais iônicos. 
A seletividade da membrana é feita por meio desses 
canais. Por exemplo, é uma membrana para passar só 
sódio e potássio, então a célula vai produzir só um canal 
iônico de sódio e só um de potássio – permeabilidade 
seletiva. 
A estabilização do meio extracelular é feita por meio 
dos astrócitos - se tem muito potássio de um lado ele 
tenta deixar tudo constante. 
No meio intracelular há a bomba de sódio e potássio. 
 
 
As bolinhas vermelhas são canais iônicos que permitem 
a passagem dos íons. A de cima é uma membrana 
celular com mielina e a de baixo sem. 
Onde tem o nódulo de ranvier – onde não é mielinizado 
– há concentração de canais iônicos que é bem maior 
do que se fosse tudo uniforme. 
 
 
 
 
Tipos de canais: 
 
4 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
Mecanorreceptores – estira a membrana e abre o canal, 
ex: estimulo tátil. 
Controlados por ligante – sempre fechado, mas alguma 
coisa mudaa conformação dele e se liga e passa a 
conduzir íons. 
Existem outros, controlados por voltagem – compara o 
lado de dentro da célula e o de fora gerando uma 
diferença de potencial elétrico – o que faz os eletrodos 
funcionarem é essa diferença de potencial elétrico. 
Esses receptores controlados por voltagem tem uma 
extremidade atraída por carga negativa que abre o 
canal. Se enche de carga positiva ela é repelida e fecha 
o canal. 
 
 
 
Bombas: 
 
Funcionam de maneira semelhante. O que modifica o 
canal não é mais uma interação apolar ou polar. Envolve 
energia – quebra ATP e com essa energia gera a 
mudança de conformação. 
Ex da imagem: bomba de cálcio – ele parado, o cálcio 
fica lá dentro; quebra um ATP, manda o cálcio para 
dentro da célula. A medida que quebra o ATP, muda 
sua conformação. 
Como o receptor funciona? #R: ele muda sua 
conformação. 
 
POTENCIAL DE EQUILÍBRIO: 
 
A membrana celular tem um potencial de repouso 
diferente, como tem uma bomba de sódio potássio que 
está sempre mandando 3 sódio para fora e 2 potássio 
para dentro, o que acontece é que do lado de fora fica 
cheio de sódio e do lado de dentro quase nada de 
sódio, mas um monte de potássio. Ela manda 3 sódio 
para fora e 2 potássio para dentro – isso significa que 
apesar de ter bastante sódio, do lado de fora tem um 
monte de carga positiva e do lado de dentro tem menos 
carga positiva. 
Existem duas coisas que geram equilíbrio: 
• Tem muito potássio querendo ir para o outro lado e 
tornar o meio cheio de potássio. 
• Tem muito sódio querendo passar para o outro 
lado. 
Existe então, um gradiente químico, mas se for olhar 
para a parte elétrica, tem muita parte positiva querendo 
entrar. Vai ter uma hora que essas duas forças vão 
brigar. O equilíbrio entre elas é tudo ficar mais ou 
menos homogêneo, porém fica o potencial elétrico de 
menos 65mW. 
Isso é o neurônio funcionando sem fazer nenhum 
potencial de ação – funcionando paradinho. 
 
5 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
São essas propriedades que permitem que ele 
trabalhando quieto consiga um potencial de ação de -
65mW. 
 
Na prática: 
 
A temperatura muda as propriedades do potencial – se 
mais quente, conduz mais. Quem mexe na temperatura 
é o hipotálamo. 
A concentração de íons fora da célula faz com que tenha 
o potencial diferente – na prática quem mexe nessa 
concentração de íons fora é o exame de sangue. 
Quando tem diarreia, o potássio pode cair muito, 
diuréticos mexe nisso também. 
Quem deixa as concentrações de íons de dentro 
constante: 
• Hormônio tireoidiano – facilita a formação de ATP e 
o funcionamento da bomba de sódio. 
Quem mexe fora são os remédios, por exemplo os 
betabloqueadores (baixa a pressão mais devagar) – o 
metabolismo é semelhante. 
Aqui dá para tirar o que causa arritmia cardíaca e 
convulsão: 
Por exemplo, pouca temperatura impede a difusão dos 
íons; o coração também funciona por meio de potencial 
elétrico, o pct pode parar por hipotermia. 
Convulsão é a mesma coisa: o potencial de ação pode 
ficar louco/descontrolado e aí o pct tem convulsão por 
hipo ou por hipertermia. 
Pode ter parada cardíaca por intoxicação ou por falta de 
potássio. 
 
Canalopatias: 
• Epilepsia generalizada com convulsões febris 
• Migrânea hemiplégica familiar 
• Síndrome de Dravet 
 
POTENCIAL DE AÇÃO : 
 
Os canais iônicos controlados por voltagem mudam sua 
conformação conforme a voltagem da membrana. Tem 
o potencial de repouso que dura 65mW. 
Quando se tem algum estímulo de fora, levou um 
choque ou etc, ao fazer com que entre íons para dentro 
da célula, você muda o potencial de ação de -65 para -
60 ou -40 e aí essa voltagem que vai mudando, ativa um 
canal de sódio que é controlado por voltagem. Quando 
a voltagem sobe muito, o canal de sódio se fecha. 
Porém, existe o canal do potássio que se abre 
justamente com essa voltagem muito alta. E esse canal 
de potássio faz com que saia potássio e a medida que 
vai perdendo cargas positivas, o potencial elétrico vai 
caindo até fechar e volta ao estado de repouso. 
Bomba de sódio e potássio faz com que tenha potencial 
de repouso; potencial de ação faz com que a 
informação vá caminhando; mas quando chega no fim, 
precisa comunicar essa informação com outro. Ao 
chegar no fim, você não passa isso de maneira leve (só 
quando tem a gap junction) e aí é necessário a sinapse. 
 
Um potencial de ação ou impulso é uma sequência 
rápida de eventos que diminui e reverte o potencial de 
membrana e posteriormente o leva novamente para seu 
estado de repouso. Tem duas fases: 
• Fase de despolarização: o potencial de membrana 
se torna menos negativo, atinge o zero, e então se 
torna positivo. 
• Fase de repolarização (hiperpolarização): 
potencial de membrana volta ao padrão de 
repouso de -70mV. 
Após a fase de repolarização pode acontecer uma fase 
de pós-hiperpolarização, durante a qual o potencial de 
membrana se torna temporariamente mais negativo 
que no repouso. 
Dois tipos de canais dependentes de voltagem se 
abrem e se fecham durante um potencial de ação. Estes 
canais estão presentes principalmente na membrana 
plasmática do axônio (axolema) e nos terminais 
axônicos. Os primeiros canais que se abrem, os canais 
de Na+ dependentes de voltagem, permitem a 
passagem de Na+ para dentro da célula, o que gera a 
fase de despolarização. Depois são os canais de K+ 
dependentes de voltagem que se abrem, permitindo a 
saída de K+ e produzindo a fase de 
hiperpolarização. A fase de pós-hiperpolarização 
ocorre quando os canais de K+ dependentes de 
voltagem permanecem abertos após o término da fase 
de repolarização. 
 
Um potencial de ação ocorre quando a despolarização 
atinge um limiar (acima de -55mV na maioria dos 
neurônios). Então, a formação de um potencial de ação 
depende da capacidade de um estímulo específico em 
elevar o potencial de ação até o seu limiar. Porém, uma 
vez que seja gerado um potencial de ação, sua 
amplitude será sempre a mesma e ela não depende 
da intensidade do estimulo (se é estímulo limiar ou 
 
6 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
supralimiar). Por outro lado, quanto maior for a 
intensidade do estímulo acima do limiar, maior será a 
frequência dos potenciais de ação, até que seja 
atingida uma frequência máxima de acordo com o 
período refratário absoluto. 
Em suma: quando a despolarização atinge seu limiar, 
acontece um potencial de ação – princípio do tudo ou 
nada. 
 
Fase de despolarização: 
Quando um potencial graduado despolarizante ou 
algum outro estímulo faz com que a membrana de um 
axônio se despolarize até seu limiar, os canais de Na+ 
dependentes de voltagem se abrem rapidamente. 
O influxo de Na+ muda o potencial de ação de −55 para 
+30 mV. No pico do potencial de ação, a parte 
interna da membrana é 30 mV mais positiva que a 
externa. 
Fase de repolarização: 
Logo após a abertura das comportas de ativação dos 
canais de Na+ dependentes de voltagem, os canais de 
inativação se fecham. Agora o canal de Na+ está em 
seu estado inativo. Além da abertura dos canais de 
Na+ dependentes de voltagem, uma despolarização 
limiar também abre os canais de K+ dependentes de 
voltagem. Como estes canais se abrem mais 
lentamente, sua abertura ocorre aproximadamente no 
mesmo momento em que os canais de Na+ estão se 
fechando. A abertura mais lenta dos canais de K+ 
dependentes de voltagem e o fechamento dos canais 
de Na+ dependentes de voltagem previamente abertos 
geram a fase de repolarização do potencial de ação. 
Como os canais de Na+ estão inativos, o influxo de Na+ 
se torna mais lento. Ao mesmo tempo, os canais de K+ 
estão se abrindo, acelerando a saída de K+. A 
diminuição do ritmo do influxo de Na+ e a 
aceleração da saída de K+ fazem com que o 
potencial de membrana passe de +30 para −70 mV. 
A repolarização também permite que os canais de Na+ 
inativos voltem ao seu estado de repouso. 
Fase de pós-hiperpolarização: 
Enquanto os canais de K+ dependentes de voltagem 
estão abertos,a saída de K+ pode ser grande o 
suficiente para causar uma fase de pós-hiperpolarização 
do potencial de ação. Durante esta fase, os canais de K+ 
dependentes de voltagem permanecem abertos e o 
potencial de membrana se torna ainda mais negativo 
(cerca de −90 mV). Quando os canais de K+ se fecham, 
o potencial de membrana volta ao seu nível em repouso 
de −70 mV. Ao contrário dos canais de Na+ 
dependentes de voltagem, a maioria dos canais de K+ 
não tem um estado inativo. Em vez disso, eles se 
alternam entre os estados de fechamento (repouso) e 
abertura (ativação). 
Período refratário: 
O período de tempo após o início do potencial de ação 
durante o qual uma célula excitável não consegue gerar 
outro potencial de ação em resposta a um estímulo 
limiar normal é chamado período refratário. 
Durante o período refratário absoluto, mesmo um 
estímulo muito intenso não conseguirá gerar um 
segundo potencial de ação. Este período coincide com 
o período de ativação e inativação do canal de Na+. 
Os canais de Na+ inativos não conseguem se reabrir; 
eles primeiro devem voltar ao estado de repouso. 
Diferentemente dos potenciais de ação, os potenciais 
graduados não apresentam um período refratário. 
Axônios de maior diâmetro têm uma superfície maior e 
um período refratário absoluto curto, de cerca de 0,4 
ms. Como um segundo impulso nervoso pode surgir 
rapidamente, nestes axônios podem acontecer até 
1.000 impulsos por segundo. Axônios com diâmetro 
menor têm períodos refratários de até 4 ms, o que os 
permite transmitir um máximo de 250 impulsos por 
segundo. Em condições fisiológicas, a frequência 
máxima de impulsos nervosos nos axônios se situa entre 
10 e 1.000 por segundo. 
O período refratário relativo é o período de tempo 
durante o qual um segundo potencial de ação pode ser 
gerado, mas apenas por um estímulo maior que o usual. 
Ele coincide com o período no qual os canais de K+ 
dependentes de voltagem ainda estão abertos, após a 
volta dos canais de Na+ inativos para o repouso. 
 
SINAPSE: 
 
O local de comunicação entre dois neurônios ou entre 
um neurônio e uma célula efetora (célula muscular ou 
glandular) é chamado de sinapse. As extremidades de 
terminais axônicos (botões sinápticos ou varicosidades) 
contêm vesículas sinápticas que armazenam 
neurotransmissores. 
Neurotransmissor: molécula liberada de uma vesícula 
sináptica que excita ou inibe outro neurônio, uma fibra 
muscular ou uma célula glandular. 
Muitos neurônios contêm dois ou até três tipos de 
neurotransmissores, cada um com diferentes efeitos na 
célula pós-sináptica. 
O termo neurônio pré-sináptico se refere a uma célula 
nervosa que conduz o impulso nervoso em direção a 
uma sinapse. É a célula que leva o sinal. Uma célula pós-
sináptica é aquela que recebe o sinal. Ela pode ser um 
neurônio chamado neurônio pós-sináptico, que leva o 
impulso nervoso para longe de uma sinapse, ou uma 
célula efetora, que responde ao impulso da sinapse. 
A maioria das sinapses entre neurônios é axodendrítica 
(entre o axônio e um dendrito), enquanto outras são 
axossomáticas (entre um axônio e uma célula) ou 
axoaxônicas (entre dois axônios). 
As sinapses são importantes porque algumas doenças 
e distúrbios neurológicos são frutos de alterações na 
comunicação sináptica, e muitas substâncias 
terapêuticas e viciantes atuam no corpo por meio 
destas junções. 
 
7 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
 
 
Sinapse elétrica – gap junction, íons passam direto. 
A sinapse que não tem gap junction é a química. 
Tipos de sinapse: 
• Elétrica – mais rápida 
 
• Química – série de fases que a deixam lenta, mas é 
muito melhor de modular (tornar a interação mais 
forte ou mais fraco). 
 
 
 
 
SINAPSE ELÉTRICA: 
Propriedades: 
• Infalível 
• Transmite em ambos os sentidos 
 
Canos - um receptor ligou em outro formou um cano. 
 
Utilidade da sinapse elétrica: 
 
Movimentos muito rápidos, por exemplo: para poder 
jogar algo certinho e acertar o alvo não dá tempo de 
pensar e pensar, aí existe essa alça no tronco encefálico 
e cerebelo para isso. 
 
Retina: 
 
Visão – você tem que transmitir a informação 
praticamente em tempo real. Então o processamento 
visual, filtrar, tirar todo ruído (embaçado do óculos etc) 
é feito rápido na retina. 
 
Mielinização central e periférica: 
 
8 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
 
Relacionado a mielinização – também tem as pontes 
citoplasmáticas nos astrócitos. 
 
Sinapses elétricas: 
Os potenciais de ação são conduzidos diretamente 
entre as membranas plasmáticas de neurônios 
adjacentes por meio de junções comunicantes. 
Vantagens: 
• Comunicação mais rápida – devido a condução 
por meio de junções comunicantes, o potencial de 
ação passa diretamente da célula pré-sináptica para 
a pós-sináptica. 
• Sincronização – as sinapses elétricas podem 
sincronizar (coordenar) a atividade de um grupo de 
neurônios ou fibras musculares. Em outras palavras, 
um grande número de neurônios ou fibras 
musculares pode produzir potenciais de ação em 
uníssono, caso eles estejam conectados por 
junções comunicantes. A consequência dos 
potenciais de ação sincronizados no coração ou no 
músculo liso visceral é a contração coordenada 
destas fibras, o que possibilita a geração de um 
batimento cardíaco ou a passagem de alimentos 
pelo trato gastrintestinal. 
SINAPSE QUÍMICA: 
Quando o potencial de ação termina e chega na ponta, 
existe um mecanismo que libera as vesículas 
produzidas pelo corpo celular e transportadas até o fim 
do axônio e armazenadas ali – estão paradas ali sempre. 
Quando o potencial chega ali, um mecanismo libera 
essas vesículas e os neurotransmissores se ligam aos 
receptores da próxima célula e esses receptores são 
controlados por ligante – ou seja, quando se liga, ele 
muda sua conformação. 
 
Velocidade de transmissão variável 
 
• Vesículas: aminoácidos e aminas (glutamato, 
GABA e os mais comuns) 
• Grânulos densos: peptídeos (encefalinas, 
substância P e neuropeptídeos) 
Cada um tem tipos de neurtransmissores específicos. 
 
 
 
9 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
O DNA foi transcrito, traduzido, produziu proteína, essa 
proteína foi modificada no reticulo endoplasmático, 
chegou no complexo de golgi e foi ensacada e formou 
as vesículas sinápticas. E foi transportada até o terminal 
axonal. 
 
Sinapses químicas: 
As membranas plasmáticas dos neurônios pré e pós-
sinápticos estão próximas entre si, mas não se tocam. 
Elas são separadas pela fenda sináptica. 
Em resposta a um impulso nervoso, o neurônio pré-
sináptico libera um neurotransmissor que se difunde 
pelo líquido da fenda sináptica e se liga a receptores na 
membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. O 
neurônio pós-sináptico recebe o sinal químico e, na 
sequência, produz um potencial pós-sináptico, um tipo 
de potencial graduado. Desse modo, o neurônio pré-
sináptico converte o sinal elétrico (impulso nervoso) em 
um sinal químico (neurotransmissor liberado). O 
neurônio pós-sináptico recebe o sinal químico e, em 
contrapartida, gera um sinal elétrico (potencial pós-
sináptico). O tempo necessário para que isso ocorra em 
uma sinapse química, um retardo sináptico de cerca de 
0,5 ms, é o motivo pelo qual as sinapses químicas 
transmitem sinais mais lentamente que as sinapses 
elétricas. 
Uma sinapse química comum transmite um sinal da 
seguinte maneira: 
1. Um impulso nervoso chega a um botão sináptico de 
um neurônio pré-sináptico. 
2. A fase de espolarização do impulso nervoso abre 
canais de Ca2+ dependentes de voltagem, que 
estão presentes na membrana dos botões 
sinápticos. Como os íons cálcio estão mais 
concentrados no líquido extracelular, o Ca2+ entra 
no botão sináptico pelos canais abertos. 
3. O aumento na concentração de Ca2+ dentro do 
neurônio pré-sináptico serve como um sinal que 
dispara a exocitose das vesículas sinápticas. À 
medida que as membranas vesiculares se fundem 
com a membrana plasmática, as moléculas de 
neurotransmissoresque estão dentro das vesículas 
são liberadas na fenda sináptica. Cada vesícula 
sináptica contém milhares de moléculas de 
neurotransmissores. 
4. As moléculas de neurotransmissores se difundem 
pela fenda sináptica e se ligam a receptores na 
membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. 
5. A ligação dos neurotransmissores a seus receptores 
nos canais ativados por ligantes faz com que estes 
se abram, permitindo a passagem de íons 
específicos pela membrana. 
6. À medida que os íons passam pelos canais abertos, 
a voltagem da membrana se modifica. Esta 
mudança na voltagem é chamada potencial pós-
sináptico. Dependendo de quantos íons caibam no 
canal, o potencial pós-sináptico pode ser 
despolarizante (excitação) ou hiperpolarizante 
(inibição). Por exemplo, a abertura de canais de 
Na+ permite a entrada de Na+, causando uma 
despolarização. Entretanto, a abertura de canais de 
Cl– ou de K+ causa uma hiperpolarização. A 
abertura de canais de Cl– permite a entrada de Cl– 
na célula, enquanto a abertura de canais de K+ 
permite a saída de K+ – em ambos os eventos, a 
parte interna da célula torna-se mais negativa. 
7. Quando um potencial pós-sináptico despolarizante 
atinge o limiar, ele dispara um potencial de ação no 
axônio do neurônio pós-sináptico. 
Na maioria das sinapses químicas, acontece apenas a 
transferência de informações em via única – de um 
neurônio pré-sináptico para um neurônio pós-sináptico 
ou para um efetor, como uma fibra muscular ou uma 
célula glandular. Por exemplo, a transmissão sináptica 
na função neuromuscular (JNM) ocorre de um neurônio 
motor para uma fibra muscular esquelética (mas não na 
direção oposta). Somente os botões sinápticos dos 
neurônios pré-sinápticos podem liberar 
neurotransmissores, e apenas a membrana do neurônio 
pós-sináptico tem receptores proteicos que podem 
reconhecer e se ligar a um neurotransmissor. 
 
Liberação dos neurotransmissores: 
 
 
Quando chega no fim do axônio, lá tem um canal iônico 
controlado por voltagem especial – ele é permeável à 
 
10 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
cálcio, então chegou no fim ativou um canal iônico 
controlado por voltagem de cálcio e aí o cálcio se ligou 
a proteínas específicas da vesícula sináptica e da 
membrana celular do lado de fora. Na hora que o cálcio 
se ligou, as duas coisas se juntaram e mandou para fora. 
 
Aplicações práticas: 
 
Esse medicamento funciona mexendo no canal de 
cálcio evitando a neurotransmissão em excesso – usado 
para epilepsia principalmente. 
 
 
Botox – toxina que quebra as proteínas SNARES e 
impede a neurotransmissão. Isso em altas doses mata 
(botulismo) - impedindo a neurotransmissão em todos 
os cantos, em especial nos músculos. 
A contração muscular também é feita por potencial de 
ação e no fim, nas junções neuromusculares também há 
os mesmos canais de cálcio que se ligam no axônio e 
esse axônio libera vesículas de acetilcolina que fazem a 
contração muscular. Se joga a toxina nesses axônios 
que mandam informações para o músculo, o paciente 
não mexe mais os músculos – se for o músculo 
respiratório ele morrerá. 
MODELO TRIPARTITE DE SINAPSE: 
 
2 neurônios e o gliocito estabilizando a sinapse 
(mantem os níveis de potássio, mantem a nutrição, tem 
as gap junctions). Se tiver muito neurotransmissor dá 
epilepsia e dá o levetiracetam, mas o astrócito também 
mantem o equilíbrio dos neurotransmissores nessa 
região. 
 
 
O PAPEL DOS ASTRÓCITOS: 
 
O astrócito se ligando à vários neurônios – pintaram o 
astrócito inteiro e até onde ele vai (rico em 
prolongamentos e comunicações – vira um chumaço de 
cabelo quase). É uma célula muito importante. 
 
Funções dos astrócitos: 
 
11 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
• Suporte estrutural e nutricional (Barreira 
hematoencefálica) 
• Limpeza dos detritos metabólicos (sono REM) – 
sistema glinfático 
• Modulam as sinapses (gliotransmissão) 
• Controlam o fluxo sanguíneo cerebral – modulam o 
capilar (detectam onde tem muito metabolismo e 
precisa de mais sangue – faz vasoconstrição e 
vasodilatação) 
• Transporte de potássio, água e neurotransmissores 
 
Reciclagem e degradação dos neurotransmissores: 
 
Modelo de sinapse. 
 
O papel dos astrócitos: 
 
Sistema glinfático – mandando os resíduos em direção 
ao sangue venoso. 
 
Funcionamento sincicial: 
 
Funcionamento como um todo – mesma coisa da 
bexiga. 
 
PROCESSAMENTO PÓS-SINÁPTICO: 
 
Um neurotransmissor pode gerar um potencial 
graduado excitatório ou inibitório. 
O neurotransmissor que causa despolarização da 
membrana pós-sináptica é excitatório, pois ele deixa a 
membrana próximo de seu limiar. 
O potencial pós-sináptico despolarizante é chamado 
potencial pós-sináptico excitatório (PPSE). Embora 
um único PPSE não consiga gerar um impulso nervoso, 
a célula pós-sináptica se torna mais excitável. Como ela 
está parcialmente despolarizada, é mais provável que 
ela atinja seu limiar quando ocorrer um novo PPSE. 
O neurotransmissor que causa hiperpolarização da 
membrana pós-sináptica é inibitório. Durante a 
hiperpolarização, a formação de um potencial de ação 
se torna mais difícil que o habitual porque o potencial 
de membrana se torna mais negativo dentro da célula 
e, consequentemente, ainda mais longe de seu limiar 
do que no repouso. O potencial pós-sináptico 
hiperpolarizante é conhecido como potencial pós-
sináptico inibitório (PPSI). 
Receptores de neurotransmissores: 
Cada tipo de neurotransmissor tem um ou mais locais 
de ligação aos quais se acoplam. Quando um 
neurotransmissor se liga ao receptor correto, se abre 
um canal iônico e é gerado um potencial pós-sináptico 
(PPSE ou PPSI) na membrana da célula pós-sináptica. Os 
receptores são classificados como ionotrópicos ou 
metabotrópicos conforme o sítio de ligação do 
neurotransmissor e de acordo com os componentes do 
canal iônico – se eles são componentes da mesma 
proteína ou de proteínas diferentes. 
Receptores inotrópicos: contém um sítio de ligação 
para um neurotransmissor e um canal iônico – esses 
componentes fazem parte da mesma proteína. É 
ativado por ligante. Quando o neurotransmissor correto 
se liga a este receptor, o canal iônico se abre, e 
acontece um PPSE ou um PPSI na célula pós-sináptica. 
Receptores metabotrópicos: apresenta um sítio de 
ligação, mas não tem canal iônico como parte de sua 
estrutura. Está acoplado a um canal iônico separado por 
meio de uma proteína de membrana (proteína G). 
Quando um neurotransmissor se liga a um receptor 
metabotrópico, a proteína G abre (ou fecha) 
diretamente o canal iônico ou pode agir indiretamente 
por meio da ativação de outra molécula, um “segundo 
mensageiro” no citosol, o qual pode abrir (ou fechar) o 
canal iônico. Assim, o receptor metabotrópico é 
diferente do ionotrópico, pois o sítio de ligação do 
neurotransmissor e o canal iônico fazem parte de 
proteínas distintas. 
 
Junção neuromuscular: infalível 
 
12 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
 
Junção entre o neurônio e o músculo – infalível. Se 
chegou ali e ativou o sistema, vai ocorrer uma contração 
muscular. 
Quando tem dentro do cérebro, o que acontece é que 
não necessariamente vai ativar e contrair. 
 
Arranjos sinápticos no SNC: 
 
 
 
Uma sinapse vai ser considerada menos importante que 
outra – uma libera muito mais neurotransmissor que a 
outra. Modulação – tornar a sinapse mais forte ou mais 
fraca. 
 
Se você fez uma sinapse e essa sinapse foi com 
neurônios cerebrais, você vai fazer uma tomada de 
decisão ou uma integração de dados por exemplo, e aí 
pode ser, por exemplo, que você fez uma sinapse 
excitatória (estimula o neurônio) ou uma inibitória e a 
soma delas é que vai decidir se vai passar essa 
informação para frente ou não. Se o comportamento for 
considerado inapropriado, você vai inibir esse 
comportamento – ele chega ali e para. 
No caso do músculo, não – a junção neuromuscular faz 
esse principio de que se ativou uma sinapse no 
músculo, vai ter contração muscular.Um axônio pode se ligar no dendrito, no corpo celular 
ou em outro axônio – tem várias maneiras de fazer essa 
troca de informações. 
 
Modulação das sinapses: 
 
Modulação sem ser a nível estrutural, e sim a nível 
molecular. Conceito do segundo mensageiro. 
 
Segundo mensageiro: 
 
O receptor pode ser um canal iônico controlado por 
ligante, ou seja, liga-se um neurotransmissor, muda a 
conformação e passa íons. Nesse caso, o que acontece 
é o seguinte: liga o neurotransmissor, ele é 
acoplado/colado na proteína G e quando se liga ele não 
passa íons, mas sim ativa essa proteína que vai para 
outro canal iônico e muda sua conformação. Só que 
essa proteína também pode ativar uma enzima dentro 
 
13 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
da célula e essa enzima aumentar a quantidade de 
AMPc ou quantidade de ATP ou estimular a transcrição 
de uma nova proteína lá no núcleo. 
 
Amplificação do estimulo: 
 
Se for no coração – aumenta ATP, aumenta FC. 
Se for no cérebro – diminui a sensação dolorosa ou te 
dá a sensação de pânico/desespero. 
 
Outra propriedade: um único neurotransmissor pode 
se ligar ao receptor, esse ativa umas 3 proteínas G e 
essa proteína G ativa outros segundos mensageiros que 
ativam outras moléculas que ativam outros receptores – 
modulação da sinapse: um único neurotransmissor 
ativou uma reação em cadeia – essa sinapse é super 
forte. 
 
Desencadeamento de atividades intracelulares: 
 
Chegou ao núcleo e começou a produzir outras coisas – 
depende de cada área. 
 
Autorreceptores: cessam a liberação de 
neurotransmissores 
 
Fim do potencial de ação, ativou o canal de cálcio 
controlado por voltagem, o canal de cálcio ligou-se às 
proteínas SNERS que fundiram as duas membranas e 
liberou os neurotransmissores. Liberando os 
neurotransmissores eles se ligam ao receptor e põem 
fazer os diversos tipos de atividades baseados em 
segundos mensageiros. 
Se ocorre em excesso o pct pode ter convulsões, 
ataques de pânicos etc. Então para deixar a sinapse 
mais fraca é o seguinte: 
Liberou um monte de neurotransmissores e se a fenda 
começar a acumular neurotransmissor, uma hora vai 
escapar um e vai se ligar em um autorreceptor (receptor 
do neurônio que está mandando a informação) e vai 
inibir a entrada de cálcio. 
Há vários tipos de autorreceptores, um famoso é o 
canabinoide – é assim que o canabidiol funciona. 
 
NEUROTRANSMISSORES: 
 
 
Alguns neurotransmissores se ligam a seus receptores 
e agem rapidamente para abrir ou fechar canais iônicos 
de uma membrana. Outros atuam mais lentamente, por 
meio de sistemas de segundo mensageiro, para 
 
14 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
interferir em reações químicas intracelulares. O 
resultado de ambos os processos pode ser a excitação 
ou a inibição de neurônios pós-sinápticos. Muitos 
neurotransmissores também são hormônios liberados 
para a corrente sanguínea por células endócrinas de 
órgãos do corpo inteiro. No encéfalo, alguns neurônios, 
conhecidos como células neurossecretoras, também 
liberam hormônios. 
 
 
Tipos de neurotransmissores – pequenos, grandes. 
Substancia p – neurotransmissão da dor. 
 
Mecanismo real: 
 
Núcleo produzindo coisas que serão transportadas em 
direção ao axônio. 
 
Regulação e reciclagem: 
1) Autorreceptores e Canabinoides 
2) Enzimas de degradação 
3) Transportadores para recaptação 
4) Re-empacotamento 
5) Modulação pela glia 
 
Sinapse comum – como torna-la mais forte ou mais 
fraca? 
A primeira coisa: pode ter um autorreceptor (acumula 
neurotransmissor demais e sinaliza que está em 
excesso); pode ter um receptor canabinoide que 
também dá uma segurada. 
Outra maneira: as células estimuladas produzem 
enzimas de degradação e a medida que o 
neurotransmissor fica ali em excesso ele já é degradado 
– não fica muito tempo fazendo sua atividade. 
Outra maneira: transportar canabinoides que a célula ali 
embaixo produziu para regular ou também fazer com 
que transporte os detritos do neurotransmissor para 
poder reciclar eles (transportadores para recaptação). 
Modulação pela glia: torna o lado de fora estável. 
Toda a farmacologia é baseada nessas propriedades. 
 
Remoção de um neurotransmissor: 
A remoção de um neurotransmissor da fenda sináptica 
é essencial para o funcionamento normal da sinapse. Se 
um neurotransmissor permanece na fenda sináptica, ele 
pode influenciar um neurônio pós-sináptico, uma fibra 
muscular ou uma célula glandular indefinidamente. Um 
neurotransmissor é removido de três maneiras: 
• Difusão – se difundem para longe da fenda 
sináptica. 
• Degradação enzimática – são inativados. Ex: nzima 
acetilcolinesterase cliva a acetilcolina na fenda 
sináptica. 
• Captação celular – são transportados ativamente de 
volta ao neurônio que os liberou (recaptação). 
Outros são transportados para a neuróglia 
adjacente (captação). Os neurônios que liberam 
norepinefrina, por exemplo, rapidamente a captam 
e a reciclam para ser utilizada em novas vesículas 
sinápticas. As proteínas de membrana que 
desempenham tal tarefa são chamadas 
transportadores de neurotransmissores. 
 
Sistemas de neurotransmissores: 
 
Cada neurotransmissor tem um receptor específico – 
tem remédios que agem nesses receptores agonizando 
ou antagonizando. 
Atropina: impede a ativação do receptor de acetilcolina 
– usa atropina para dilatar o olho. 
 
Glutamato: 
 
15 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
 
Tem três receptores. Receptor excitatório – estimula o 
potencial de ação. 
 
Acetilcolina: 
 
 
 
ACh – tem dois receptores. Quando tem deficiência de 
acetilcolina, falta contração muscular e o pct cai o olho 
– miastenia graves. Mas se colocar gelo melhora pq: 
existem enzimas em degradação que estão destruindo 
o neurotransmissor – se diminui a temperatura na 
região, a atividade da enzima também diminui e sobra 
mais acetilcolina na região. 
A acetilcolina depende do neurotransmissor, mas de 
maneira geral é excitatória. 
Se tem falta de acetilcolina no SNP pode ter problema 
cardíaco ou miastenia graves. Se faltar no SNC tem 
demência – doença de Alzheimer. 
De maneira geral, os neurônios só produzem um 
neurotransmissor (cada um específico de um) e aí tem 
em regiões específicas do cérebro polos de produção 
dos neurotransmissores. 
 
• Nicotínico: músculo esquelético 
• Muscarínico: coração 
• Ambos no encéfalo 
 
 
 
É um excitatório em algumas sinapses – se liga a 
receptores ionotrópicos e abre canais catiônicos. 
 
16 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
É inibitória em outras sinapses – se liga a receptores 
metabotrópicos acoplados a proteínas G que abrem 
canais de K+. 
Ex: 
ACh diminui a frequência cardíaca por meio das 
sinapses inibitórias de neurônios parassimpáticos do 
nervo vago (X). A enzima acetilcolinesterase (AChE) 
inativa a ACh, clivando-a em acetato e colina. 
 
Serotonina: 
 
Núcleos mandam serotonina para o cérebro todo. Se 
tem um déficit, faz com que essas áreas produzem 
menos serotonina e aí reequilibra isso e volta ao normal 
– mecanismo da depressão. 
 
A 5-hidroxitriptamina (5-HT), se concentra em 
neurônios de uma parte do encéfalo conhecida como 
núcleos da rafe. Acredita-se que esteja envolvida nos 
processos de percepção sensorial, regulação de 
temperatura corporal, controle do humor, apetite e 
indução do sono. 
 
Catecolaminas: 
 
A gente tem o aminoácido tirosina e modificamos ele – 
pode virar dopamina, adrenalina ou noradrenalina. 
Lembrando: os neurônios são neurônios 
dopaminérgicos, adrenérgicos e noradrenergicos, 
porem se der bastante tirosina pro pct ele vai produzir 
cada uma dessas coisas. 
A levodopa (medicamento p Parkinson) é um 
subproduto da tirosina que faz com que o pct produza 
mais de dopamina. 
 
Noradrenalina: 
 
A nível de SNP, o pct tem a parte de ativação do sistema 
simpático – taquicardia, aumento de PA, luta e fuga. 
A nível do SNC depende do receptor – na coluna 
vertebral pode diminuir a sensação de dor. 
 
Dopamina:SNP – diminui PA, vasodilatação. Em altas doses 
aumenta FC e PA. 
SNC – depende, facilita movimento, excesso de 
dopamina dá coreia; pode causar alucinação. 
 
Certos aminoácidos são modificados e descarboxilados 
(remoção do grupo carboxila) para que sejam 
produzidas as aminas biogênicas. As que são mais 
prevalentes no sistema nervoso incluem a 
norepinefrina, a epinefrina, a dopamina e a serotonina. 
A maioria das aminas biogênicas se liga a receptores 
metabotrópicos; existem muitos tipos diferentes de 
receptores metabotrópicos para cada amina biogênica. 
Elas podem ser excitatórias ou inibitórias, dependendo 
do tipo de receptor na sinapse. 
 
17 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
A norepinefrina, a dopamina e a epinefrina são 
quimicamente classificadas como catecolaminas. Todas 
apresentam um radical amino (–NH2) e um anel catecol, 
composto por seis carbonos e dois grupos hidroxila (–
OH) adjacentes. As catecolaminas são produzidas a 
partir do aminoácido tirosina. Sua inativação acontece 
por recaptação para os botões sinápticos. Após isso, as 
catecolaminas são recicladas de volta para as vesículas 
sinápticas ou destruídas por enzimas. As duas enzimas 
que participam da lise das catecolaminas são a catecol-
O-metiltransferase (COMT) e a monoamina oxidase 
(MAO). 
Norepinefrina: 
• Atua no despertar – acordar do sono profundo, nos 
sonhos e na regulação do humor. 
Epinefrina: 
• Um pequeno número de neurônios no encéfalo 
utiliza a epinefrina como neurotransmissor. 
Ambas também funcionam como hormônios. As células 
da medula da glândula suprarrenal, a porção interna da 
glândula, liberam a norepinefrina e a epinefrina na 
corrente sanguínea. 
Dopamina: 
• Neurônios encefálicos que contêm o 
neurotransmissor dopamina estão ativos durante 
respostas emocionais, comportamentos de adição 
e experiencias agradáveis. 
• Neurônios dopaminérgicos ajudam a regular o 
tônus dos músculos esqueléticos e alguns aspectos 
dos movimentos gerados por sua contração. 
• A rigidez muscular observada na doença de 
Parkinson é causada pela degeneração de 
neurônios que liberam dopamina. 
• Uma forma de esquizofrenia ocorre devido ao 
acúmulo excessivo de dopamina. 
 
Gaba – ácido gama-aminobutírico: 
 
Neurotransmissor que se liga a um canal iônico de 
cloreto – sempre entra uma carga negativa dentro da 
célula e o GABA é sempre inibitório – toda vez impede 
que ocorra o potencial de ação pq a membrana 
neuronal vai estar muito negativa e é cada vez mais 
difícil ativar o canal de sódio controlado por voltagem. 
 
 
O gaba é um aminoácido neurotransmissor inibitório. 
Em muitas sinapses, a ligação do GABA a receptores 
ionotrópicos abre canais de Cl– (ver a Figura 12.24B). O 
GABA é encontrado somente no SNC, onde é o 
neurotransmissor inibitório mais comum. Cerca de um 
terço de todas as sinapses encefálicas utiliza o GABA. 
Fármacos ansiolíticos como o diazepam potencializam 
a ação deste neurotransmissor. 
 
Opioides: 
 
18 Laís Flauzino | NEUROLOGIA | 7° MEDICINA 
 
São neurotransmissores – produzem opioides 
endógenos. Ativados pela morfina. Sensação de bem 
estar e redução da sensação dolorosa. 
 
Cientistas descobriram que alguns neurônios 
encefálicos têm receptores na membrana plasmática 
para opioides, como a morfina e a heroína. A busca para 
encontrar substâncias naturais que utilizem estes 
receptores descobriu os primeiros neuropeptídios: 
duas moléculas, cada uma composta por uma cadeia de 
cinco aminoácidos, chamadas encefalinas. Seu potente 
efeito analgésico é 200 vezes maior que o da morfina. 
Outros dos chamados peptídios opioides incluem as 
endorfinas e as dinorfinas. Acredita-se que os peptídios 
opioides sejam analgésicos naturais do corpo. A 
acupuntura pode causar analgesia (perda da sensação 
de dor) através do aumento da liberação de opioides. 
Estes neuropeptídios também têm sido relacionados 
com a melhora da memória e do aprendizado; com 
sensações de prazer ou de euforia; com o controle da 
temperatura corporal; com a regulação de hormônios 
que afetam o início da puberdade, do impulso sexual e 
da reprodução; e com doenças mentais, como a 
depressão e a esquizofrenia. 
 
Medicações antiepilépticas: 
 
Epilepsia é excesso de potencial de ação e 
neurotransmissão, todas as drogas antiepilépticas 
funcionam diminuindo a neurotransmissão.

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