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Colonialismo em Educação

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2
Índice
1.	Introdução	2
2.	Objectivo	3
2.1.	Geral	3
2.2.	Específico	3
3.	Metodologia	3
4.	Fundamentação Teórica	4
4.1.	Educação e Colonialismo	4
4.2.	Meios usados pelo colonizador para reforçar a subordinação por meio da Educação	5
4.3.	Objectivos da Educação Colonial	6
4.4.	Características do ensino colonial.	7
4.5.	A educação no Governo de Transição (1974-1975)	8
4.6.	Consequências da Educação colonial	8
5.	Considerações Finais	10
6. Referencias Bibliograficas	11
1. Introdução
O processo de educação tem em vista a preparação do homem para sua melhor inserção na sociedade. Esta preparação é guiada no sentido de alcançar determinados objectivos que variam com o tempo, de acordo com as exigências da sociedade, tornando deste modo os objectivos da educação dinâmicos. Portanto o presente trabalho com o tema Colonialismo em Educação busca trazer à tona o contexto histórico da Educação antes da independência subdividida em 2 fases a primeira foi a Educação colonial em Moçambique demostrando o início e o suposto fim da mesma caracterizando-a quanto aos tipos de ensino praticados durante o período colonial, em seguida veremos quais eram os objectivos pretendidos pelos colonizadores ao impor o seu modelo de Educação. Diferente do Sistema de ensino que vivenciamos hoje a Educação no período colonial devido aos seus objectivos e composição apresentavam características bem diferentes desde o acesso até ao controle do mesmo e a segunda fase foi no período de transição onde a Educação no governo da Frelimo que estava voltado a novo modelo da sociedade e a dotar princípios definidos na luta armada. No entanto como é natural para toda ação existe uma reação, apresentamos deste modo aquilo que são os efeitos da Educação colonial a curto medio e a longo prazo. 
2. Objectivo
Geral
· Compreender o colonialismo e Educação 
Específico
· Definir conceito colonialismo e Educação 
· Apresentar a estrutura do Sistema de Ensino Colonial;
· Descrever os objectivos da Educação Colonial;
· Mencionar as características da Educação colonial e
· Demostrar as consequências ou efeitos da Educação Colonial. 
3. Metodologia
Segundo FONSECA (2002), metodologia é o estudo da organização dos caminhos a serem percorridos para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.
O presente trabalho foi elaborado por meio de uma pesquisa bibliográfica, onde as mesmas bibliografias poderão ser encontradas no desenvolvimento do mesmo através de citações bem como na referência bibliográfica apresentada no final do trabalho.
4. Fundamentação Teórica
Conceitos Básicos
Apresentamos a seguir conceitos importantes ligados ao tema colonialismo em Educação que de certa forma contribuirão para uma melhor compreensão. 
Colonialismo é a política de exercer o controle ou a autoridade sobre um território ocupado e administrado por um grupo de indivíduos com poder militar, ou por representantes do governo de um país ao qual esse território não pertencia, contra a vontade dos seus habitantes que, muitas vezes, são desapossados de parte dos seus bens (como terra arável ou de pastagem) e de eventuais direitos políticos que detinham.
Para QUEIROZ (2014) o colonialismo em educação esta voltado para a adaptação, cuja finalidade principal é destruir ou pelo menos amenizar os processos de resistência ou de recusa. 
Segundo Brandão (2005) educação é uma prática social da qual cujo fim é o desenvolvimento do que na pessoa humana pode ser aprendido entre os tipos de saber existentes em uma cultura, para a formação de tipos de sujeitos, de acordo com as necessidades e exigências de sua sociedade.
Educação e Colonialismo
Segundo George Balandier mencionado por QUEIROZ (2014) a situação colonial apresenta-se quando relações de dominação político-econômica se estabelecem entre uma minoria estrangeira, materialmente superior, e uma maioria autóctone materialmente inferior, e também étnica e culturalmente diferente da minoria dominante; a partir desse momento, a história e a evolução da maioria autóctone ficam marcadas por esta e passam a se desenrolar em função dela.
De acordo com Lalande mencionado por Queiroz o colonizador e o colonizado formaram um sistema caracterizado por relações de dominação- Subordinação.
Desse modo o dominante busca formar uma infra-estrutura, introduzir novos equipamentos, visando explorar os recursos naturais e humanos e ao mesmo tempo procura desarmar quaisquer veleidades de resistência difunde também na elite local os seus próprios interesses de colonizadora, transformando-a em colaboradora interessada.
E então é aí onde já entra o último elemento onde o Balandier usou o termo Last but not least que significa último, mas não o menor referindo-se à Educação. O colonizador desenvolve e promove uma política educacional em sentido amplo que, utilizando tanto as escolas leigas quanto as missões religiosas, desenvolve nos colonizados o santo respeito pela indiscutível superioridade da metrópole e de seus representantes.
A educação, conscientemente dominada pela metrópole, passa a ser um instrumento voltado para a adaptação, cuja finalidade principal é destruir ou pelo menos amenizar os processos de resistência ou de recusa. O aprendizado de comportamentos autóctones ou de comportamentos contestatários não é considerado “educação”, e sim resistência do estado de barbárie, e é, portanto, reprimido.
Olhando por exemplo para a educação em Moçambique no período colonial aconteceu entre 1845-1974 a Educação esteve virada para a consecução dos objectivos económicos, uso dos recursos humanos e naturais para a produção da riqueza que era canalizada para a metrópole. Com base em escritos legais coloniais, não fica clara a intenção do poder colonial promover uma educação integral para os moçambicanos.
Meios usados pelo colonizador para reforçar a subordinação por meio da Educação
Visto que as imposições pela força por si só apresentavam limitações que não permitiam enquadrar totalmente a sociedade dominada a educação foi um grande aliado para a total dominação.
· Um destes meios é o estabelecimento de segregação entre dominantes e dominados, que dificulte a assimilação entre eles; a situação de superioridade, no entanto, é apresentada como desejável e estimula-se o nativo para ela, embora rodeando-a de barreiras praticamente intransponíveis;
· Outro meio de fortalecer a subordinação é a utilização das divisões materiais e espirituais da sociedade subordinada;
· A metrópole procura reforçar estes recortes internos, a eles acrescentando outros; passa, por exemplo, a separar os indivíduos “evoluídos” dos demais, dando aos primeiros um status de elite esse que são considerados evoluídos constituem outros tantos instrumentos de dominação;
· O nativo é considerado um atrasado um preguiçoso, é infantil e até mesmo “pouco inteligente
· O colonizador mantém e incentiva seus preconceitos de auto-supervalorização para com os colonizados, e esta atitude vai agravando cada vez mais o fosso que se cava entre eles, impedindo qualquer aproximação.
Freire mencionado por CHEMANE (2017) por sua vez apresentou os seguintes métodos:
· Através da conquista, diz Freire, o colonizador pretende legitimar a sua presença invasora no território valendo-se de um conjunto de mitos.
· Manipulação consiste não só em lançar os mitos que vimos na conquista como em a burguesia lançar o modelo de si mesmo como exemplo às massas para o sucesso.
Espelho disso foi a estrutura que o sistema de Ensino Colonial apresentou
Como aponta a MINEDH a educação neste período foi caracterizada pela dominação, alienação e cristianização. Foi o período em que surgiu a primeira regulamentação do ensino nas colónias, período da Monarquia em Portugal, a 2 de Abril de 1845. A 14 de Agosto do mesmo ano, foi estabelecido um decreto que diferenciava o ensino nas colónias e na Metrópole e criava as escolas públicas nas colónias.
A 30 de Novembro de 1869, foi reformado o EnsinoUltramar, onde se decretava o ensino primário obrigatório, dividido em dois graus, com duas classes cada, em que as escolas estavam sob tutela das missões católicas respectivamente.
O Sistema de Educação Colonial organizou-se em dois subsistemas de ensino nomeadamente:
Ensino Oficial: Destinado aos filhos dos colonos ou assimilados, nas vilas e cidades onde predominava o ensino oficial e estinava-se à transmissão de valores e padrões aristocráticos.
Ensino Rudimentar: Reservado aos indígenas e se desenvolvia nas zonas rurais este ensino era para o povo colonizado que praticamente estava reduzido apenas a aprender a ler, escrever e a domesticação, pois os colonizados eram tratados como selvagens então este ensino visava também torna-los civilizados..
Objectivos da Educação Colonial
Freire mencionado por CHEMANE (2017) aponta os seguintes objectivos:
· Desafricanizar que era um projecto com a intenção de tornar o povo colonizado em Portugueses deixando assim de serem Africanos.
· Nacionalizar e civilizar os indígenas, sob a alegação de que tais povos se encontravam em um nível inferior de civilização.
· Formação de intermediários entre o governo colonial e as massas africanas.
MOLIDE apresentou várias formas e estrategas de intervenção político-religiosa colocadas em prática com o objectivo de:
· Inculcar no indígena a ideologia colonial através das escolas
· Transmitir no indígena a consciência de cidadão português e difundir a língua e os costumes Portugueses;
· Enfraquecer e destruir as estruturas sociais, culturais e económicas indígenas;
· Moralizar os indígenas, ou seja prepara-los para futuramente tornarem-se trabalhadores rurais e artífices, contribuindo desse modo, para as receitas do colonizador e 
· Formar cidadãos capazes de prestar serviços relevantes na máquina administrativa Portuguesa. 
Características do ensino colonial.
Paulo Freire citado por CHEMANE (2017) apontou as seguintes características do ensino colonial:
· Carácter Discriminatório
As colônias portuguesas introduziram dois sistemas de educação, um para brancos e assimilados e outro para nativos. O primeiro sistema era considerado de primeira e destinava-se aos civilizados e o segundo era da segunda e destinava-se aos “selvagens” que deviam ser civilizados.
As escolas para indígenas eram mal equipadas.
· Carácter de Unidade entre a religião e o ensino
O Estado colonial num determinado momento teve que se aproximar da igreja católica através da Concordata onde a responsabilidade da igreja católica na educação era imperialista, “civilizador” e nacionalizador
A religião católica passou a religião oficial do Estado.
· Dominação e submissão dos nacionais e a preparação de quadros subalternos para a administração
 
A educação no Governo de Transição (1974-1975)
Este período é consequência dos acontecimentos destacados nos anos anteriores. Por exemplo, a fundação da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), em 1962, permitiu o desencadeamento da luta armada para a libertação nacional, na sequência da qual, com os Acordos de Luzaka em 1974, condicionou o surgimento do Governo de Transição. Assim, uma das razões que leva à consideração deste período prende-se com o facto de que grande parte das transformações no campo educacional aplicadas a nível nacional teve como origem as experiências levadas a cabo pela FRELIMO e resultam da visão deste movimento sobre o modelo de sociedade pretendido e os princípios defendidos durante a Luta Armada.
A FRELIMO implementou um tipo de escola ligada ao povo, às suas causas e interesses. A educação realizada nestas escolas era essencialmente política e ideológica, uma vez que estava condicionada pelos factores que têm a ver com a natureza revolucionária da luta conduzida pela FRELIMO.
Esse acontecimento histórico nos remete a um facto interessante na época após a Após a segunda Guerra Mundial o colonialismo parecia em declínio, pois os colonizadores começaram a perder o seu poder politico sobre as colonias. 
Mas na realidade ainda não se dava o fim total do colonialismo porque restava ainda uma das bases do colonialismo que passou a ser a base económica, alicerçada no poder cientifico e tecnológico.
Dessa forma apesar dos povos colonizados já estarem livres dos seus opressores era possível notar as consequências do colonialismo na educação.
Consequências da Educação colonial
QUEIROZ (2014) apontou como consequência do colonialismo o seguinte facto: A elite Nativa ainda é que passava a ocupar dentro dos seus países o lugar das minorias dominantes como resultado tornaram-se aliados dos colonizadores pois traziam ainda as ideologias dos colonizadores;
Conforme mencionou HUMBANE (2017:18) foi possível ver as consequências ou os efeitos da educação colonial mais tarde quando criadas leis do SNE pós-independência, visto que elite política, um grupo em grande parte escolarizado no período colonial trouxe tomou como referência para pensar e realizar a educação escolar, a partir de aspectos como:
· Optou-se pela língua Portuguesa como língua exclusiva de ensino.
· As línguas que deveriam servir de veículo de primeiro de circulação dos valores das várias culturas Moçambicanas, foram relegados para o segundo plano.
· Os nossos valores, as nossas concepções de mundo, a tecnologia e as nossas línguas não entraram para a escola formal.
5. Considerações Finais
Findo o trabalho podemos compreender que a Educação colonial desde o seu inicio em 1845 foi marcada pela formação do indígena voltada aos objectivos do colonizador e se destinava no aprender a ler e escrever estes frequentavam o ensino rudimentar, os que tinham privilégios de maior acesso a uma educação de qualidade eram os assimilados que usufruíam do ensino oficial. Dentre vários objetivos pretendidos pelo colonizador os que mais se destacaram foram inculcar no indígena a ideologia colonial através das escolas, enfraquecer e destruir as estruturas sociais, culturais e económicas indígenas, esse sistema de ensino foi caracterizado pelo caracter discriminatório, caracter urbano da rede escolar e caracter unidade entre religião e ensino isso acabou trazendo efeitos que se sentiram até mesmo no período de transição e talvez até mesmo no período pós indempendencia. 
6. Referencias Bibliograficas
· BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo. Brasiliense, Ed. 46º. 2005.
· CHEMANE, Orlando Daniel. Paulo Freire e África: colonialismo, libertação e educação em Moçambique. 2017
· HUMBANE, Eduardo Moises. Educação e diversidade: o caso de Moçambique. Sinais n.21/1. 2017.
· MINEDH. Psicopedagogiana formação dos professores: a historia de Moçambique. [Online] Disponível na Internet via http://ead.mined.gov.mz/psicopedagogia/aula1-4.html 22 de Abrril de 2022. 
· MOLIDE, S. Educação Colonial em Moçambique. [Online] Disponível na Internet via https://pt.slideshare.net/SaideMolide/educacao-colonial-em-mocambique-77788004 23 de Abril de 2022. 
· QUEIROZ, Maria Isaura Pereira. Educação como forma de colonialismo. Cadernos CERU, serie 2 vl.25 2014.

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