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DESENVOLVIMENTO-MOTOR-DA-FALA-E-DA-LINGUAGEM-2

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DESENVOLVIMENTO MOTOR DA FALA E DA 
LINGUAGEM 
 
 
 
 
 
2 
Faculdade de Minas 
2 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3 
DESENVOLVIMENTO MOTOR DA FALA E DA LINGUAGEM ....................... 4 
1- DISTINÇÃO ENTRE FALA E LINGUAGEM ................................................ 4 
2- O CONTEXTO DA LINGUAGEM ................................................................ 5 
3- A LINGUAGEM............................................................................................ 6 
4- BASES BIOLÓGICAS DA LINGUAGEM ..................................................... 7 
5- OS SISTEMAS DA LINGUAGEM .............................................................. 10 
6- DESENVOLVIMENTO DA FALA E DA COMUNICAÇÃO ......................... 14 
7- ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA FALA ............................... 16 
8- FASES DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ............................... 18 
9- AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM .................................................................. 19 
10- INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO DA FALA E DA LINGUAGEM:
 ................................................................................................................................. 22 
11- O ESTADO LINGUÍSTICO E A FALA LINGUÍSTICA .............................. 24 
12- ESTRUTURA DA LINGUAGEM .............................................................. 25 
13- CAUSAS DOS ATRASOS NA FALA E NA LINGUAGEM ....................... 28 
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
3 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
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DESENVOLVIMENTO MOTOR DA FALA E DA 
LINGUAGEM 
 
1- DISTINÇÃO ENTRE FALA E LINGUAGEM 
 
A fala é a expressão verbal da linguagem e envolve a articulação dos sons 
para a produção de palavras. 
A linguagem é muito mais ampla e se refere a todo o sistema de expressão e 
recepção da informação. Consiste em compreender e ser compreendido por meio da 
comunicação verbal, não verbal e escrita. 
Apesar dos problemas de fala e de linguagem serem diferentes, com 
frequência eles se superpõem. 
Uma criança com dificuldades de linguagem pode pronunciar as palavras 
corretamente, mas não ser capaz de unir mais de duas palavras. 
Por outro lado, talvez seja difícil compreender a fala de uma outra criança, 
apesar dela utilizar palavras e frases para expressar suas ideias. 
É possível ainda encontrar uma terceira criança que fale corretamente, mas 
tenha dificuldades para seguir instruções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
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2- O CONTEXTO DA LINGUAGEM 
 
A linguagem é um exemplo de função cortical superior, e seu desenvolvimento 
se sustenta, por um lado, em uma estrutura anatomofuncional geneticamente 
determinada e, por outro, em um estímulo verbal que depende do ambiente. 
Serve de veículo para a comunicação, ou seja, constitui um instrumento social 
usado em interações visando à comunicação. Desta forma, deve ser considerada 
mais como uma força dinâmica ou processo do que como um produto. Pode ser 
definida como um sistema convencional de símbolos arbitrários que são combinados 
de modo sistemático e orientado para armazenar e trocar informações. 
A linguagem das crianças 
intriga linguistas e estudiosos do 
assunto. Sendo assim crianças do 
século XII, por exemplo, apesar de 
crianças como as de hoje não 
brincavam com os mesmos 
brinquedos, nem sentiam, nem 
pensavam, nem se vestiam como as 
crianças de hoje. E, certamente as crianças deste século terão características muito 
diferentes das de hoje. É interessante que assim surge um questionamento: se as 
crianças de antigamente eram diferentes das de hoje certamente as de amanhã 
também serão. 
Segundo Maingueneau “a aquisição da linguagem tenta explicar entre outras 
coisas o fato de as crianças, por volta dos 3 anos, serem capazes de fazer o uso 
produtivo - de suas línguas”. 
 
 
 
 
 
 
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3- A LINGUAGEM 
A linguagem é um exemplo de função cortical superior, e seu desenvolvimento 
se sustenta, por um lado, em uma estrutura anatomofuncional geneticamente 
determinada e, por outro, em um estímulo verbal que depende do ambiente. 
Isto é, a linguagem não pode ser atribuída inteiramente nem a uma estrutura 
inata, nem à aprendizagem. Qualquer criança vai adquirir qualquer linguagem a que 
for exposta, mas a aprendizagem não pode acontecer sem que exista algum 
mecanismo inato que a realize. Este, envolve as bases biológicas da linguagem, 
dependentes dos aspectos anatomofuncionais. Refere-se ao processo complexo 
mantido por uma rede de neurônios distribuída entre diferentes regiões cerebrais. 
Serve de veículo para a comunicação, ou seja, constitui um instrumento social 
usado em interações visando à comunicação. Desta forma, deve ser considerada 
mais como uma força dinâmica ou processo do que como um produto. Pode ser 
definida como um sistema convencional de símbolos arbitrários que são combinados 
de modo sistemático e orientado para armazenar e trocar informações. 
Desde pequenos já existe a comunicação, mas esta não é feita por meio oral. 
A linguagem é um sistema de símbolos culturais internalizados, e é utilizada com o 
fim último de comunicação social. Assim como no caso da inteligência e do 
pensamento, o seu desenvolvimento passa também por períodos até que a criança 
chegue a utilização de frases e múltiplas palavras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4- BASES BIOLÓGICAS DA LINGUAGEM 
 
O processo da linguagem é bastante complexo e envolve uma rede de 
neurônios distribuída entre diferentes regiões cerebrais. Em contato com os sons do 
ambiente, a fala engloba múltiplos sons que ocorrem simultaneamente, em várias 
frequências e com rápidas transições entre estas. 
 O ouvido tem de sintonizar este sinal auditivo complexo, decodificá-lo e 
transformá-lo em impulsos elétricos, os quais são conduzidos por células nervosas à 
área auditiva do córtex cerebral, no lobo temporal. O logo, então, reprocessa os 
impulsos, transmite-os às áreas da linguagem e provavelmente armazena a versão 
do sinal acústico por um certo período de tempo. 
 
A área de Wernicke, situada no lobo temporal, reconhece o padrão de sinais 
auditivos e interpreta-os até obter conceitos ou pensamentos, ativando um grupo 
distinto de neurônios para diferentes sinais. 
 
 
 
 
 
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Ao mesmo tempo, são ativados neurônios na porção inferior do lobo temporal, 
os quais formam uma imagem do que se ouviu, e outros no lobo parietal, que 
armazenam conceitos relacionados. De acordo com este modelo, a rede neuronal 
envolvida forma uma complexa central de processamento.Para verbalizar um pensamento, acontece o inverso. Inicialmente, é ativada 
uma representação interna do assunto, que é canalizada para a área de Broca, na 
porção inferior do lobo frontal, e convertida nos padrões de ativação neuronal 
necessários à produção da fala. 
Também estão envolvidas na linguagem áreas de controle motor e as 
responsáveis pela memória. 
O cérebro é um órgão dinâmico que se adapta constantemente a novas 
informações. Como resultado, as áreas envolvidas na linguagem de um adulto podem 
não ser as mesmas envolvidas na criança, e é possível que algumas zonas do cérebro 
sejam usadas apenas durante o período de desenvolvimento da linguagem. 
Acredita-se que o hemisfério esquerdo seja dominante para a linguagem em 
cerca de 90% da população; contudo, o hemisfério direito participa do processamento, 
principalmente nos aspectos da pragmática. 
 
4.1 ÁREA ASSOCIATIVA PRÉ-FRONTAL 
Funciona em estreita associação com o córtex motor para planejar padrões 
complexos e seqüências de movimentos. Para ajudar dessa função, é conectada por 
maciço feixe de fibras subcorticais à área associativa parieto-occipitotemporal, 
discutida a seguir. Em relação à linguagem, é nesta região que se encontra a área de 
Broca. 
 
 
 
 
 
 
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4.2 ÁREA DE BROCA 
Região especial no córtex pré-frontal que contém um circuito necessário para 
a formação da palavra. Esta área está localizada parcialmente no córtex pré-frontal 
postero-lateralmente e parcialmente na área pré-motora. É onde ocorre o 
planejamento dos padrões motores para a expressão de palavras individuais. 
 
4.3 ÁREA ASSOCIATIVA PARIETO-OCCIPITOTEMPORAL 
Essa área abrange 4 regiões: de análise das coordenadas espaciais do corpo, 
área para o processamento inicial da linguagem (leitura), área para compreensão da 
linguagem, e área para a nomeação de objetos. Estas 2 últimas são essenciais para 
a atividade linguística. 
Observação: A linguagem deve ser distinguida da leitura e da escrita. A 
linguagem escrita é uma invenção humana, e deve ser ensinada, com resultados 
irregulares. O domínio da linguagem não é o mesmo que reconhecimento de 
símbolos, mas se refere à comunicação oral, à capacidade de encadear pensamentos 
em sentenças corretamente. 
4.5 ÁREA DE WERNICKE 
A área de Wernicke, situada no lobo temporal, é um processador de sons que 
os reconhece para que sejam interpretados como palavras e sejam utilizados, 
posteriormente, para evocar conceitos. 
Em outras palavras, é a área de compreensão da linguagem, já que não é um 
selecionador de palavras, mas parte do sistema necessário para implementar os sons 
na forma de representações internas auditivas e sinestésicas que dão apoio às 
vocalizações. Por esse motivo, a área de Broca trabalha em associação estreita com 
o centro de Wernicke. 
 
 
 
 
 
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4.6 ÁREA PARA A NOMEAÇÃO DE OBJETOS 
 
Na parte mais lateral da 
região anterior do lobo occipital 
e da região posterior do lobo 
temporal está uma párea 
responsável pela nomeação 
dos objetos. 
Estes nomes são 
aprendidos principalmente 
através da audição, enquanto 
as naturezas físicas dos objetos 
são aprendidas principalmente através da visão. 
 Por sua vez, os nomes são essenciais para a compreensão da linguagem 
(funções realizadas pela área de Wernicke localizada imediatamente superior à região 
auditiva de “nomeação” e anteriormente à área de processamento da palavra visual). 
 
5- OS SISTEMAS DA LINGUAGEM 
 
O processo de aquisição da linguagem parece seguir o mesmo percurso global 
independente da cultura, se baseando no conhecimento adquirido em relação a 
objetos, ações, locais, propriedades, etc. 
Envolve o desenvolvimento de quatro sistemas interdependentes: o 
pragmático, que se refere ao uso comunicativo da linguagem num contexto social; o 
fonológico, envolvendo a percepção e a produção de sons para formar palavras; o 
 
 
 
 
 
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semântico, respeitando as palavras e seu significado; e o gramatical, compreendendo 
as regras sintáticas e morfológicas para combinar palavras em frases 
compreensíveis. 
Os sistemas fonológico e 
gramatical conferem à linguagem 
sua forma. 
 O sistema pragmático 
descreve o modo como a linguagem 
deve ser adaptada a situações 
sociais específicas, transmitindo 
emoções e enfatizando significados. 
No desenvolvimento da linguagem, duas fases distintas podem ser 
reconhecidas: a pré-lingüística, em que são vocalizados apenas fonemas (sem 
palavras) e a fase lingüística, quando a criança começa a falar palavras isoladas com 
compreensão. Posteriormente, a criança progride na escalada de complexidade da 
expressão. Este processo é contínuo e ocorre de forma ordenada e sequencial, com 
sobreposição considerável entre as diferentes etapas deste desenvolvimento. 
 Ao nascer, a criança não entende o que lhe é dito. Somente aos poucos 
começa a atribuir um sentido ao que escuta. Do mesmo modo acontece com a 
produção da linguagem falada. O entendimento e a produção da linguagem falada 
evoluem. 
 
 
 
 
 
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Existem diferentes tipos de linguagem: a corporal, a falada, a escrita e a 
gráfica. Para se comunicar a criança 
utiliza, tanto a linguagem corporal 
Historicamente, duas teorias 
antagônicas acerca de como as 
crianças adquirem a linguagem são a 
teoria da aprendizagem (a qual 
enfatiza o papel do reforço e a imitação) e o inatismo (o qual sustenta que as pessoas 
têm uma capacidade inata para adquirir a linguagem). 
Atualmente, a maioria dos psicólogos do desenvolvimento afirma que as 
crianças têm uma capacidade inata para aprender a linguagem e que ela é ativada e 
estimulada pela maturação, pelo desenvolvimento cognitivo e por certas experiências 
ambientais . 
Influências específicas no desenvolvimento da linguagem incluem fatores 
genéticos, temperamento e interação social. 
A comunicação entre cuidadores e crianças é essencial para o 
desenvolvimento da linguagem. O valor de ouvir uma linguagem direta e simples (fala 
dirigida à criança, ou “língua de mãe”) não está claro, embora os bebês mostrem 
preferência pela mesma. Perguntas e elaboração são mais eficazes do que a fala 
 
 
 
 
 
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diretiva, tanto na conversação quanto na leitura em voz alta. O desenvolvimento motor 
e de linguagem dos pequenos seguem margens de normalidades esperadas a cada 
fase, isto é, podem variar de 
criança para criança, mas existe 
um tempo máximo para cada 
situação ocorrer. 
O desenvolvimento 
infantil se inicia ainda na vida 
uterina, com o crescimento 
físico, a maturação neurológica, 
a construção de habilidades 
relacionadas ao comportamento 
e as esferas cognitiva, afetiva e 
social. A primeira infância, que abrange a idade entre zero a cinco anos, é a fase em 
que a criança se encontra mais receptiva aos estímulos vindo do ambiente e o 
desenvolvimento das habilidades motoras ocorre muito rapidamente. 
Neste período, principalmente no primeiro ano de vida, os primeiros marcos 
motores aparecem com o controle de cabeça, o rolar, o arrastar e mais tarde o sentar, 
o engatinhar e a marcha no final do primeiro ano. 
A primeira etapa motora que o bebê deve alcançar é o controle de cabeça até 
três meses de vida. O rolar deve aparecer por volta dos cinco meses e o sentar 
sozinho aos seis meses. 
 
 
 
 
 
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Aos oito meses, a criança deve 
assumir a postura sentada sozinha e 
aos nove meses deve engatinhar e se 
puxar para a postura de pé. Em torno 
dos 12 meses, a criança começa a 
andar livremente. 
É importante lembrar que essas etapas não devem ser seguidas como regra, 
pois é normal haver uma variação na idade dos aparecimentos de cada marco motor. 
Historicamente, duas teorias antagônicas acerca de como as crianças 
adquirem a linguagem são a teoria daaprendizagem (a qual enfatiza o papel do 
reforço e a imitação) e o inatismo (o qual sustenta que as pessoas têm uma 
capacidade inata para adquirir a linguagem). 
 
6- DESENVOLVIMENTO DA FALA E DA 
COMUNICAÇÃO 
 
Todas as formas de comunicação são manifestadas por meio de um 
instrumento de expressão significativa, que é a Linguagem. 
Para o uso deste instrumento são necessários vários componentes, entre os 
quais a capacidade do Sistema Nervoso Central (SNC), a utilização do aparelho 
sensóriomotor e o processo intelectual, que assimila, associa e organiza as 
experiências adquiridas com o meio. Nas atividades motoras desencadeadas pelo 
SNC, o aparelho motor oral desempenha a função de nutrição, respiração e 
articulação de sons, enquanto a motricidade global participa da comunicação por meio 
da expressão corporal. 
 
 
 
 
 
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A diversidade de funções executada pelo aparelho motor oral exige de seus 
músculos, com diferentes tamanhos, atividades específicas de forma dissociada e 
sincronizada. 
 A fala, como parte do 
processo de desenvolvimento da 
comunicação é a manifestação de 
som articulado e resultado de 
mobilidade dissociada dos 
elementos do complexo oral. 
A variabilidade de 
movimentos orais para a produção da fala se desenvolve com as diferentes fases de 
alimentação, em associação com a crescente capacidade respiratória e o 
desenvolvimento motor global. 
 A respiração, a fonação e o desenvolvimento motor global são ações 
coordenadas desde o Choro. 
Com o crescimento, o bebê muda sua 
qualidade vocal iniciado por um som exclusivamente 
nasal ao nascimento, devido a sua anatomia oral para 
uma respiração mista, por volta do segundo e terceiro 
mês de vida o bebê devido ao crescimento 
mandibular, aumentando o espaço vertical intra oral e 
maior mobilidade de língua e palato mole. 
Nesta fase, os sons do bebê podem ser 
observados tanto nasal como oral. Além do choro, 
podemos observar alguns sons articulados e os 
primeiros são os guturais: g;k;r gutural. A razão pela qual estes sons surgem em 
 
 
 
 
 
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primeiro lugar se deve ao fato do bebê, adotar uma postura, preferencialmente, em 
prono e brincar com a respiração e a saliva dentro da boca. 
 Em seguida, surgem produções sonoras envolvendo sons de p;m, devido a 
aproximação de mandíbula com maxila, a função bilabial e a respiração oral. 
Ainda por influência dos movimentos de lábio e língua em associação com a 
respiração, aparecem os sons sibilantes, linguo palatais e fricativos, s;x;f; e n. 
 Os sons de: b;d;v;z;j; sonoros, são produzidos pela ação das cordas vocais e 
se mostram mais sistemáticos quando o bebê desenvolve bom equilíbrio de cabeça 
e reação de retificação à mudança da cabeça no espaço. 
 Os demais sons como l; lh; r; rr; arquifonemas ,r; s, requerem maior 
dissociação de movimento da língua e por esta razão, podem aparecer mais 
tardiamente. 
Hoje, muitas crianças chegam a produzir grande variabilidade de sons, 
chamada de balbucio, durante os dois primeiro anos de vida e, até quatro anos ou 
menos, todos os sons que exigem maior dissociação de movimento. 
 
7- ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA FALA 
Ter adquirido um sistema fonêmico não significa ter habilidade fonológica, 
sendo está uma função bem posterior ao período de balbucio. Pouco antes de 
completar um ano surge o estágio de uma palavra, produzida de maneira diferente e 
com uma representação também diferente, podendo significar até mesmo um 
pensamento. 
É possível identificar dois componentes do distúrbio da fala, o Fonético: Uma 
inabilidade para articular os sons da fala, envolvendo o componente motor, ou seja o 
fonema é apresentado de forma distorcida e o Fonêmico (fonológica): afeta o modo 
 
 
 
 
 
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pelo qual a informação sonora é armazenada no SNC e como é acessada, afetando 
a linguística. 
Neste caso as crianças podem apresentar omissão de fonemas na palavra, 
inversão na ordem dos fonemas, substituição de fonemas na palavra. 
Também podemos identificar o Distúrbio Específico da linguagem – (DEL). A 
linguagem humana é uma representação simbólica linguística, gramatical e 
padronizada, destinada a transmitir uma mensagem, um pensamento, ao mundo 
exterior. 
 Segundo diversos autores, a linguagem oral receptiva e emissiva são bases 
para o desenvolvimento do pensamento e a compreensão da escrita, uma vez que a 
palavra é a forma mais usada para a transmissão de uma informação às crianças. 
O pensamento e a cognição dependem da maturação no sistema nervoso 
central e da oportunidade do homem experienciar o mundo, recebendo informações 
via aferente e respondendo ao meio por via eferente de maneira ativa. 
 Portanto, é a interação entre o biológico, neurológico e social que confere à 
criança um adequado desenvolvimento cognitivo. 
O DEL representa uma dificuldade em desenvolver linguagem na ausência de 
deficiência mental, física, sensorial, emocional, privação ambiental ou lesões. 
 Como “específica da linguagem”, os outros aspectos do desenvolvimento 
normalmente estão íntegros inclusive a comunicação não verbal. 
Podemos encontrar uma fala com pouca memória para uma sequência de sons 
onde a fala é basicamente de monossílabos; 
Dificuldade no planejamento motor da produção dos fonemas com frases 
desestruturadas e/ou construídas na ordem inversa; vocabulário reduzido; trocas na 
fala; Dificuldades ou não na compreensão. 
 
 
 
 
 
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8- FASES DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 
Aprender a falar é uma das realizações mais importantes e mais visíveis da 
primeira infância. Em questão de meses, e sem ensino explícito, as crianças passam 
de palavras hesitantes para frases fluentes, e de um vocabulário reduzido para um 
vocabulário que aumenta em seis novas palavras por dia. 
As novas ferramentas da linguagem significam novas oportunidades para a 
compreensão social, para aprender a respeito do mundo, e para compartilhar 
experiências, prazeres e necessidades. 
Em linhas gerais, os “fatos” 
observáveis sobre o desenvolvimento 
da linguagem não são controvertidos. A 
maioria das crianças começa a falar no 
decorrer do segundo ano de vida; por 
volta dos dois anos de idade conhece, 
pelo menos, 50 palavras e as combina em frases curtas. 
 Quando o tamanho do vocabulário atinge cerca de 200 palavras, a taxa de 
aprendizagem de palavras aumenta dramaticamente, e começam a aparecer, com 
alguma consistência, palavras com funções gramaticais, como artigos e preposições. 
 Durante os anos pré-escolares, o 
padrão das sentenças torna-se cada vez 
mais complexo e o vocabulário 
diversifica-se, passando a incluir termos 
relacionais que expressam noções de 
tamanho, localização, quantidade e 
tempo. 
 
 
 
 
 
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 Por volta dos quatro aos seis anos de idade, a maioria das crianças já adquiriu 
a gramática básica da sentença. 
 A partir daí, a criança aprende a utilizar a linguagem de forma mais eficiente e 
eficaz. Aprende, também, a criar e a 
conservar unidades maiores de linguagem, 
tais como conversas ou narrativas. 
 Embora haja diferenças individuais 
na taxa de desenvolvimento, a sequência 
em que as várias formas aparecem é 
altamente previsível, tanto dentro de cada 
estágio quanto entre eles. 
 
9- AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM 
 
Na tentativa de responder a essa questão surgiram muitas teorias. Segundo 
Maingueneau “a aquisição da linguagem tenta explicar entre outras coisas o fato de 
as crianças, por volta dos 3 anos, serem capazes de fazer o uso produtivo de suas 
línguas. 
Desde pequenos já existe a comunicação, mas esta não é feita por meio oral. 
A linguagem é um sistema de símbolos culturais internalizados, e é utilizada com o 
fim último de comunicação social. 
Assim como no caso da inteligência e do pensamento, o seu desenvolvimentopassa também por períodos até que a criança chegue à utilização de frases e 
múltiplas palavras. 
 
 
 
 
 
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Ao nascer, a criança não entende o que lhe é dito. Somente aos poucos começa a 
atribuir um sentido ao que escuta. Do mesmo modo acontece com a produção da 
linguagem falada. O entendimento e a produção da linguagem falada evoluem. 
Existem diferentes tipos de 
linguagem: a corporal, a 
falada, a escrita e a gráfica. 
Para se comunicar a 
criança utiliza, tanto a 
linguagem corporal 
(mímica, gestos, etc.) como 
a linguagem falada. Ainda nesta fase ela ainda não fala, mas já produz linguagem. 
 
O desenvolvimento da linguagem se divide em dois estádios: pré – lingüístico, 
quando o bebê usa de modo comunicativo os sons, sem palavras ou gramática; e 
o lingüístico, quando usa palavras. 
 
No estádio pré – lingüístico a 
criança, de princípio, usa o choro para se 
comunicar, podendo ser rica em 
expressão emocional. 
Logo ao nascer este choro ainda é 
indiferenciado, porque nem a mãe sabe o 
que ele significa, mas aos poucos começa 
a ficar cheio de significados e é possível, pelo menos para a mãe, saber se o bebê 
está chorando de fome, de cólica, por estar se sentindo desconfortável, por querer 
colo etc. 
 
 
 
 
 
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É importante ressaltar que é a relação do bebê com sua mãe, ou com a pessoa 
que cuida dele, que lhe dá elementos para compreender seu choro. 
Além do choro, a criança começa a produzir o arrulho, que é a emissão de um 
som gutural, que sai da garganta, que se assemelha ao arrulho dos pombos. 
Balbucio ocorre de repente, 
por volta dos 6-10 meses, e 
caracteriza – se pela produção e 
repetição de sons de consoantes e 
vogais como “ma – ma – ma – ma”, 
que muitas vezes é confundido com a 
primeira palavra do bebê. 
No desenvolvimento da 
linguagem, os bebês começam 
imitando casualmente os sons que 
ouvem, através da ecolalia. Por 
exemplo: os bebês repetem repetidas 
vezes os sons como o “da – da – da”, 
ou “ma – ma – ma – ma”. Por isso as 
crianças que tem problema de 
audição, não evoluem para além do balbucio, já que não são capazes de escutar. 
Por volta dos 10 meses, os bebês imitam deliberadamente os sons que ouvem, 
deixando clara a importância da estimulação externa para o desenvolvimento da 
linguagem. 
Ao final do primeiro ano, o bebê já tem certa noção de comunicação, uma idéia 
de referência e um conjunto de sinais para se comunicar com aqueles que cuidam 
dele. 
 
 
 
 
 
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10- INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO DA FALA 
E DA LINGUAGEM: 
Até 1 ano: 
Nos primeiros 6 meses o bebê emite vocalizações e sons guturais. 
Dos 6 aos 8 meses o bebê apresenta balbucio repetitivo e a imitação da 
entonação. 
Em torno dos 12 meses iniciam-se as primeiras verbalizações com significado. 
Com 1 ano: 
A criança conhece seu nome; Diz 2 a 3 palavras além de “mama” e “papa”; 
Imita palavras familiares; Compreende ordens simples; Reconhece as palavras como 
símbolos para objetos. 
Entre 1 e 2 anos: 
Aos 18 meses a criança pode apresentar um vocabulário com 50 palavras. 
Entre 18 e 24 meses seu vocabulário se amplia e se aproxima de 200 palavras. 
Compreende a palavra “não”; Combina duas palavras; Reproduz o som de 
animais conhecidos; Aponta figuras de um livro quando nomeadas; Segue comandos 
simples. 
Entre 2 e 3 anos: 
Usa sentenças curtas, de 3 a 4 vocábulos; nomeia figuras e objetos comuns; 
Identifica partes do corpo; Apresenta um vocabulário de 450 palavras; Combina 
nomes e verbos; Conversa com outras crianças assim como com adultos; Aprecia 
ouvir a mesma história várias vezes. 
 
 
 
 
 
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Entre 3 e 4 anos: 
Nessa fase a criança possui um vocabulário de aproximadamente 1.000 
palavras; já compreende ordens mais longas, conversas, histórias e músicas; sua fala 
é mais fácil de ser compreendida por pessoas de fora de sua convivência; se 
comunica por sentenças simples de 4 a 5 palavras; relata experiências pessoais, 
ainda sem muitos detalhes. 
 
 
Entre 4 e 5 anos: 
Seu vocabulário aumenta para 1.500 palavras; compreende questões mais 
complexas; consegue usar o tempo verbal no passado; é capaz de definir algumas 
palavras; sabe listar ítens que pertençam a mesma categoria, tais como animais, 
carros etc; explica como realizar algumas atividades, tais como pintar. 
Entre 5 e 6 anos: 
A criança nessa idade apresenta as habilidades de linguagem bem 
desenvolvidas; aprende palavras mais especializadas de seu centro de interesse; 
expande sua habilidade em compreender fenômenos explicados verbalmente; 
pronuncia todos os sons da língua com clareza; elabora sentenças mais complexas 
e gramaticalmente corretas; apresenta um bom vocabulário que está em contínuo 
crescimento; é capaz de iniciar conversação e sabe esperar sua vez de falar quando 
em grupo. 
 
 
 
 
 
 
 
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11- O ESTADO LINGUÍSTICO E A FALA LINGUÍSTICA 
 
O estádio lingüístico está pronto para se estabelecer. Sendo assim, contando 
com a maturação do aparelho fonador da criança e da sua aprendizagem anterior, ela 
começa a dizer suas primeiras palavras. 
 
A fala lingüística se inicia geralmente no final do segundo ano, quando a criança 
pronuncia a mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objeto, um 
animal ou um acontecimento. 
 Por exemplo, se a criança disser apo quando vir a água na mamadeira, no copo, na 
torneira, no banheiro etc., podemos afirmar que ela já está falando por meio de 
palavras. 
Espera – se que aos 18 meses a criança já tenha um vocabulário de 
aproximadamente 50 palavras, no entanto ainda apresenta características da fala pré 
– lingüística e não revela frustração se não for compreendida. 
 
Na fase inicial da fala lingüística a criança costuma dizer uma única palavra, 
atribuindo a ela no entanto o valor de frase. Por exemplo, diz ua, apontando para 
porta de casa, expressando um pensamento completo; eu quero ir pra rua. Essas 
palavras com valor de frases são chamadas holófrases. 
 
 
 
 
 
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A partir daqui acontece uma 
“explosão de nomes”, e o vocabulário 
cresce muito. Aos 2 anos espera – se 
que as crianças sejam capazes de 
utilizar um vocabulário de mais de cem 
palavras. 
Entre os 2 e 3 anos as crianças 
começam a adquirir os primeiros 
fundamentos de sintaxe, começando assim a se preocupar com as regras 
gramaticais. Usam, para tanto, o que chamamos de super – regularização, que é uma 
aplicação das regras gramaticais a todos os casos, sem considerar as exceções. 
É por isso que a criança quer comprar “pães”, traze – los nas “mães”. Aos 6 
anos a criança fala utilizando frases longas, tentando utilizar corretamente as normas 
gramaticais. 
12- ESTRUTURA DA LINGUAGEM 
Chomsky defende a idéia de que a estrutura da linguagem é, em grande parte, 
especificada biologicamente (nativista). Skinner afirma que a linguagem é aprendida 
inteiramente por meio de 
experiência (empirista). 
Piaget consegue chegar 
mais perto de uma 
compreensão do 
desenvolvimento da 
linguagem que atenda 
melhor a realidade 
observada. 
 
 
 
 
 
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Segundo ele tanto o biológico quanto as interações com o mundo social são 
importantes para o desenvolvimento da linguagem (interacionista). 
Dentro da óptica interacionista, da qual Piaget é adepto, o aparecimento da linguagem 
seria decorrência de algumas das aquisições do período sensório – motor, já que ela 
adquiriu a capacidade de simbolizar ao final daquele estádio de desenvolvimento da 
inteligência. Soma - se a isso a capacidade imitativa da criança. 
As primeiras palavras são intimamente relacionadas com os desejos me ações da 
criança. 
O egocentrismo da criança pré – operatório também se faz presente na 
linguagem que ela exibi. Desse modo, ela usa frequentementea fala egocêntrica, 
ou privada, na qual fala sem nenhuma intenção muita clara de realmente se 
comunicar com o outro, centrada em sua própria atividade. 
 
É como se a criança falasse em voz alta para si mesma. Contudo ela também 
usa a linguagem socializada, que tem como objetivo se fazer entendida pelo 
interlocutor. 
 
Já de acordo com Vygostisky “não basta apenas que a criança esteja ‘exposta’ 
à interação social, ela deve estar ‘pronta’, no que se refere à maturação, desenvolver 
o (s) estágio (s) para compreender o que a sociedade tem para lhe transmitir: 
 
 Sensório – motor, de 0 a 18/24 meses, que precede a linguagem; 
 Pré – operatório, de 1;6/2 anos a 7/8 anos, fase das representações, dos símbolos; 
 Operatório – concreto, de 7/8 a 11/12 anos, estágio da construção da lógica; 
 
 
 
 
 
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 Operatório – formal, de 11/12 anos em diante, fase em que a criança raciocina, deduz, 
etc. “ 
Para fazer uma síntese do que torna fácil ou difícil de aprender para a criança, 
apresentamos o quadro abaixo: 
A LÍNGUA É FÁCIL QUANDO 
A LÍNGUA É 
DIFÍCIL 
QUANDO 
É real e natura É artificial 
É integral 
É dividida em 
pedaços 
Faz sentido Não faz sentido 
É interessante 
É chata e 
desinteressante 
Faz parte de um acontecimento social 
Esta fora de um 
contexto 
Tem utilidade social 
Não possui 
valor social 
Tem propósito para a criança 
Não tem 
finalidade para 
a criança 
A criança a utiliza por opção 
É imposta por 
outra pessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13- CAUSAS DOS ATRASOS NA FALA E NA 
LINGUAGEM 
 
Os atrasos no desenvolvimento da fala e da linguagem podem ser atribuídos a muitas 
causas: 
Orgânicas e/ou corticais: alterações nos órgãos fonadores, da audição e no 
processamento da linguagem no córtex cerebral; 
Cognitivas: dificuldades intelectuais que podem dificultar a comunicação oral; 
Psicológicas: problemas emocionais não favorecem o desenvolvimento da 
linguagem; 
Sócio-culturais: ambiente pouco estimulante e sem bons exemplos de fala. 
 
De acordo com a "American Speech, Language and Hearing Association", os 
distúrbios da comunicação podem ser conceituados como impedimentos na 
habilidade para receber e/ou processar um sistema simbólico, observáveis em nível 
de audição (sensibilidade, função, processamento e fisiologia); linguagem (forma, 
conteúdo e função comunicativa); e processos de fala (articulação, voz e fluência). 
 Esses distúrbios podem variar em gravidade; ser de origem desenvolvimental 
ou adquirida; resultar numa condição de déficit primário (doenças de manifestação 
primária ou idiopáticas) ou secundário (doenças de manifestação secundária, 
decorrentes de manifestação maior) e, ainda, ocorrer isolados ou combinados. 
A avaliação do fonoaudiólogo visa observar as habilidades de fala e de 
linguagem da criança dentro de um contexto do desenvolvimento global. obre as 
 
 
 
 
 
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alterações no desenvolvimento da fala e da linguagem apresentados pela criança, 
tais como: 
o que a criança compreende (denominado “linguagem receptiva”); 
o que a criança consegue expressar (denominado “linguagem expressiva”); 
se a criança tenta se comunicar de outras maneiras, como apontar, mover a cabeça, 
realizar gestos, etc; 
a motricidade orofacial da criança (de que maneira os órgãos orofaciais funcionam 
para falar, respirar, mastigar e engolir). Então será determinado se a criança necessita 
de terapia. 
Alguns sinais de possíveis alterações podem ser detectados na criança ainda muito 
pequena, como ausência de contato de olhos; não reação a sons como telefone e 
campainha; não reação quando chamada pelo nome; volume de televisão muito alto; 
ausência de fala ou fala incompreensível; vocabulário restrito; dificuldade de interação 
social e agressividade. alguns sinais de alerta para desordens da linguagem na 
criança, tais como: nenhuma palavra emitida até os 18 meses; não colocação de duas 
palavras juntas aos dois anos; ausência de desempenho imitativo e simbólico aos 
dois anos; não formação de sentenças aos três anos; discurso incompreensível aos 
três anos). O balbuciar que normalmente é produzido por volta dos 10 meses de 
idade, quando atrasado, pode prognosticar desordens da fala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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