O DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO

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-> O DIAGNÓSTICO CLÍNICO É ESSENCIAL PARA QUE O
TRATAMENTO DO PACIENTE SEJA REALIZADO DE FORMA
CORRETA E QUE NÃO O CAUSE DANOS ADICIONAIS. 
 -> ALÉM DE SEREM NECESSÁRIOS PARA ESTABELECER O
TRATAMENTO, O SEGUIMENTO E O PROGNÓSTICO SÃO
FUNDAMENTAIS EM VÁRIOS DOMÍNIOS, COMO: REALIZAÇÃO DE
PESQUISAS NA ÁREA DA SAÚDE, FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS
PÚBLICAS, NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E NO ÂMBITO
JUDICIAL, ENTRE OUTROS EXEMPLOS.
 -> POR VOLTA DO SÉCULO XVIII, NÃO EXISTIAM, AINDA,
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS NA PSIQUIATRIA. ASSIM, CASO UM
PACIENTE NÃO SE ENCAIXASSE TOTALMENTE EM UMA
DESCRIÇÃO, ELE NÃO RECEBERIA O DIAGNÓSTICO. ESSA FORMA
DE DIAGNÓSTICO É CONHECIDA COMO CATEGORIA
HOMOGÊNEA OU MONOTÉTICA. 
 -> APARTIR DO SÉCULO XIX, KAHLBAUM E KRAEPELIN
PASSARAM A ELABORAR OS PRIMEIROS CRITÉRIOS CLÍNICOS
DIAGNÓSTICOS EM PSIQUIATRIA, UTILIZADOS NA ATUALIDADE.
 -> NOS ESTADOS UNIDOS, EM 1980, FORAM CRIADOS, PELA
ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA AMERICANA, OS CRITÉRIOS DO
DSM-III, A PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO BASEADA EM CRITÉRIOS
DIAGNÓSTICOS, QUE FORAM BEM ACEITOS ENTRE PSIQUIATRAS
E CIENTISTAS DA ÉPOCA. APÓS ESSA VERSÃO, SUCEDEU-SE
OUTRAS QUATRO: DSM-III-R, DSM-IV, DSM-IV-TR E DSM-5 (ESSE
ÚLTIMO, O MAIS ATUALIZADO MANUAL, LANÇADO EM 2013). 
-> O DSM-5 TRAZ A SEGUINTE DEFINIÇÃO PARA TRANSTORNO
MENTAL:
- “UM TRANSTORNO MENTAL É UMA SÍNDROME CARACTERIZADA
POR PERTURBAÇÃO CLINICAMENTE SIGNIFICATIVA NA
COGNIÇÃO, NA REGULAÇÃO EMOCIONAL OU NO
COMPORTAMENTO DE UM INDIVÍDUO QUE REFLETE UMA
DISFUNÇÃO NOS PROCESSOS PSICOLÓGICOS, BIOLÓGICOS OU
DE DESENVOLVIMENTO SUBJACENTES AO FUNCIONAMENTO
MENTAL. TRANSTORNOS MENTAIS ESTÃO FREQUENTEMENTE
ASSOCIADOS A SOFRIMENTO OU INCAPACIDADE
SIGNIFICATIVOS QUE AFETAM ATIVIDADES SOCIAIS,
PROFISSIONAIS OU OUTRAS ATIVIDADES IMPORTANTES. UMA
RESPOSTA ESPERADA OU APROVADA CULTURALMENTE A UM
ESTRESSOR OU PERDA COMUM, COMO A MORTE DE UM ENTE
QUERIDO, NÃO CONSTITUI TRANSTORNO MENTAL. DESVIOS
SOCIAIS DE COMPORTAMENTO (EX., DE NATUREZA POLÍTICA,
RELIGIOSA OU SEXUAL) E CONFLITOS QUE SÃO BASICAMENTE
REFERENTES AO INDIVÍDUO E À SOCIEDADE NÃO SÃO
TRANSTORNOS MENTAIS, A MENOS QUE O DESVIO OU
CONFLITO SEJA O RESULTADO DE UMA DISFUNÇÃO NO
INDIVÍDUO, CONFORME DESCRITO.”
-> A DEPENDER DE PONTOS DE VISTA FILOSÓFICOS,
IDEOLÓGICOS OU MESMO PRAGMÁTICOS, OS CRITÉRIOS E OS
CONCEITOS DE NORMALIDADES SE MOSTRAM DE FORMAS
DISTINTAS.
 Tipos de Classificações (Cid-10)
O Diagnóstico PsiquiátricoO Diagnóstico Psiquiátrico
Introdução 
Transtorno Mental 
@iaraportelas
-> A CID-10, É UM INSTRUMENTO LANÇADO EM 1990,
ELABORADO PELA OMS, UTILIZADO EM TODO O MUNDO, E
ENGLOBA TODAS AS ÁREAS DA MEDICINA. A SUA FUNÇÃO É
MONITORAR A INCIDÊNCIA E A PREVALÊNCIA DE DOENÇAS. 
 -> NA PSIQUIATRIA, HÁ UM CAPÍTULO ESPECÍFICO, O “F”, NO
QUAL AS PATOLOGIAS PSIQUIÁTRICAS FORAM CLASSIFICADAS,
ASSIM COMO FORAM ESTABELECIDOS CRITÉRIOS PARA ESSAS
CLASSIFICAÇÕES. 
 "A CID-11 (APRESENTADA EM MAIO DE 2019), ENTRA EM VIGOR EM 2022. UMA DE
SUAS PRINCIPAIS MUDANÇAS FOI A RETIRADA DO “TRANSEXUALISMO” DA LISTA
DE TRANSTORNOS MENTAIS, QUE AGORA PASSA A SER CONSIDERADO
INCONGRUÊNCIA DE GÊNERO E PASSA A SER DESCRITO NO CAPÍTULO DE
CONDIÇÕES RELACIONADAS À DOENÇA SEXUAL. NA MESMA LINHA, O
TRANSTORNO DE IDENTIDADE SEXUAL NA INFÂNCIA, PASSOU A SER DESCRITO
COMO INCONGRUÊNCIA DE GÊNERO NA INFÂNCIA."
-> GUIA ELABORADO PELA AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION (APA) PARA AUXILIAR QUE O DIAGNÓSTICO SEJA
REALIZADO PRECISAMENTE, A FIM DE GUIAR O TRATAMENTO
CORRETO DAS MAIS DIVERSAS PATOLOGIAS PSIQUIÁTRICAS. ELE
SE LIMITA A DESCREVER AS MANIFESTAÇÕES, CLÍNICAS DOS
TRANSTORNOS, SEM ABORDAR A FISIOPATOLOGIA OU O
TRATAMENTO ESPECÍFICO. 
 -> IMPORTANTE FERRAMENTA, TANTO PARA CLÍNICOS, COMO
PARA ESTUDANTES E PESQUISADORES, POR SER UTILIZADA
PARA FACILITAR A COLETA DE INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS,
COM O OBJETIVO DE ESTABELECER TAXAS DE MORTALIDADE,
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA.
 -> DSM-I, FOI LANÇADA EM 1952.
 -> DSM-III, FOI LANÇADO EM 1980. CONTEMPLOU CRITÉRIOS
DIAGNÓSTICOS.
 -> DSM-IV, UTILIZAVA UM SISTEMA CLASSIFICATÓRIO
MULTIAXIAL, QUE CONSISTE NO REGISTRO DE 05 TIPOS DE
INFORMAÇÕES DIFERENTES.
 -> DSM-V, O SISTEMA MULTIAXIAL NÃO ERA ALGO NECESSÁRIO
PARA O DIAGNÓSTICO. ABORDA MAIS DE 150 DOENÇAS,
DIVIDIDOS EM 22 CATEGORIAS DIFERENTES.
O Diagnóstico PsiquiátricoO Diagnóstico Psiquiátrico
Dsm-5
Estratégias de Elaboração Diagnóstica 
@iaraportelas
-> COLETA DE UMA HISTÓRIA CLÍNICA COMPLETA. 
-> ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA: DEVE SER FEITA COM
PERGUNTAS ABERTAS, SEM MUITA INTERFERÊNCIA DO
ENTREVISTADOR, SEM JULGAMENTOS, HAVENDO A LIVRE
EXPRESSÃO PSICOPATOLÓGICA DO PACIENTE.
-> DIAGNÓSTICO: É REALIZADO AGRUPANDO CERTOS SINAIS E
SINTOMAS, OBJETIVANDO A FORMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
SINDRÔMICO, EM QUE NÃO É CONSIDERADO A DOENÇA
ESPECÍFICA, MAS PATOLOGIAS COM SINTOMAS AFINS. 
- APÓS ESSA CLASSIFICAÇÃO INICIAL, É IMPORTANTE SABER O
QUE DIFERENCIA, DENTRO DE UMA SÍNDROME, AS DIFERENTES
DOENÇAS QUE A COMPÕEM: FATORES COMO TEMPO E
GRAVIDADE DOS SINTOMAS, PREJUÍZO FUNCIONAL ASSOCIADO
AO QUADRO, POSSIBILIDADE DE QUADROS ORGÂNICOS NÃO
PSIQUIÁTRICOS OU OUTROS SINTOMAS ASSOCIADOS. 
-> DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: A POSSIBILIDADE DIAGNÓSTICA
SE REDUZ A UM NÚMERO LIMITADO DE DOENÇAS. ASSIM,
PODENDO PENSAR EM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL (OU EM
HIPÓTESES) DE FORMA CAUTELOSA, RAZOÁVEL E CRITERIOSA A
PARTIR DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM OUTROS
TRANSTORNOS DA MESMA SÍNDROME.
-> DIAGNÓSTICO NOSOLÓGICO: CONSISTE NA TAXONOMIA DE
FENÔMENOS PATOLÓGICOS, OU SEJA, TRANSTORNOS E
DOENÇAS.