Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Monalisa Cirqueira - MEDUFOB Monalisa Cirqueira - MEDUFOB VIA AÉREA: MANEJO E DISPOSITIVOS ANATOMIA MASSETER: músculo mais forte da mastigação. Feito o BNM (succinilcolina), a percepção do relaxamento do masseter ocorre quando as fasciculações do músculo cessam. · A língua é uma alternativa para percepção da fasciculação FARINGE A faringe é dividida em: nasofaringe, orofaringe e hipofaringe · É um tubo muscular origem: base do crânio; término: na altura da cartilagem cricóidea · Conecta a cavidade nasal e oral com o esôfago e com a laringe IMPORTANTE: a musculatura faríngea é responsável por manter a patência da via aérea do paciente acordado e a perda desse tônus muscular é uma das principais causas de obstrução da via aérea superior em anestesia. LARINGE · É formada por cartilagens, músculos e ligamentos · Funções: fonação, proteção da VA (principalmente na deglutição) · Cartilagens ímpares: tireóidea, cricóidea e epiglote · Cartilagens pares: aritenóidea (4), corniculares e cuneiformes A cartilagem tireoidea é a maior e é representada pelo Pomo de Adão, um importante referencial no pescoço. A cartilagem cricóidea é o único anel cartilaginoso completo da via aérea Manobra de Sellick: aperta-se a cartilagem cricóidea para comprimir o esôfago proximal a fim de evitar a regurgitação de um paciente anestesiado durante uma intubação endotraqueal. A epiglote possui um ligamento na base da língua, na valécula ajuda na suspensão da epiglote durante a laringoscopia. Obs.: se o paciente não estiver relaxado as cordas vocais podem permanecer tensas, dificultando a passagem do tubo. BRÔNQUIOS: devido ao menor ângulo do brônquio direito, há tendência de intubação seletiva para esse local. Conteúdo aspirado também tem maior tendência de ir para o pulmão direito no lobo superior (primeira ramificação do brônquio direito). INTRODUÇÃO O manejo das vias aéreas tem o objetivo de ofertar uma adequada fração inspirada de oxigênio (FiO2) ao paciente. A inadequação da técnica ou agressões causadas pela hipóxia tecidual podem resultar em: · Lesão neurológica · Aspiração de conteúdo gástrico · Trauma de vias aéreas · PIC e intraocular elevadas · Intubação esofágica · Hipotensão ou hipertensão · Arritmia ou parada cardíaca Síndrome de Mendelson: pneumonite causada pela broncoaspiração volume > 25mL e pH < 2,5 OBS.: o risco de complicações aumenta diretamente com o número de tentativas de uso do laringoscópio. PARA EVITAR ERROS 1. Ter conhecimento da anatomia e fisiologia da VA 2. Conhecer e saber manipular os instrumentos para manejo das VA 3. Posicionamento adequado do paciente 4. Reconhecer preditivos de VA difícil 5. Treinamento AVALIAÇÃO VIA AÉREA DIFÍCIL É a dificuldade para: · Ventilar com máscara Fatores independentes p/ ventilação e intubação difíceis · Sexo masculino · Malampatti III ou IV · Radiação ou massa cervical · Pequena distância tireomento · Ausência de dentes · Limitada protusão mandibular · Pescoço largo · IMC > 30 · Idade > 46 anos · Presença de barba · Apneia do sono – STOP- BANG · Instabilidade da coluna cervical e limitada extensão do pescoço · Acoplar e ventilar com dispositivo supra-glótico · Intubar · Cricotireotomia difícil Cada um tem seus próprios preditores de dificuldade! DEFINIÇÃO DE INTUBAÇÃO DIFÍCIL Quando há necessidade de 3 ou mais tentativas OU duração superior a 10 minutos para intubar o paciente com profissional treinado, utilizando-se de laringoscopia convencional. TENTATIVA ÓTIMA DE LARINGOSCOPIA: · Médico experiente +2 anos de prática · Ausência de hipertonia muscular · Posição olfativa ótima “sniff position” · Material adequado tamanhos e tipos do laringoscópio · Laringoscopia difícil: incapacidade de visualizar as cordas vocais com a laringoscopia tradicional (Comarck IV) PARÂMETROS MAIS QUE IMPORTANTES · Distância entre incisivos · Distância tireomentoniana · Extensão cervical · Critérios de Mallampati Parâmetros Achados Aceitáveis Significado Comprimento dos incisivos superiores Incisivos curtos Incisivos longos: a lâmina entra com orientação cefálica Relação entre dentes maxilares e mandibulares (fechamento da mandíbula) Dentes maxilares não ultrapassam a linha dos mandibulares Dentes maxilares anteriores aos mandibulares: a lâmina entra com orientação cefálica (Protrusão voluntária da mandíbula) Dentes mandibulares ultrapassam a linha dos maxilares(avaliação em perfil) Mobilidade da ATM: capacidade de deslocamento anterior da mandíbula durante a laringoscopia. Distância interincisivos >3cm Há espaço para posicionar a lâmina entre os dentes superiores e inferiores. Classificação no teste de Mallampati Até classe II Relação língua / orofaringe favorável Distância tireomentoniana >5cm ou 3 polpas digitais A laringe não é anteriorizada Extensão do movimento de cabeça e pescoço Flexão do pescoço sobre o tórax de 35º + extensão da cabeça sobre o pescoço de 80º = a posição olfativa Capacidade de assumir a posição olfativa VENTILAÇÃO DIFÍCIL Impossibilidade de ventilar adequadamente devido a: · Vedação inadequada · Vazamento excessivo · Resistência aumentada à entrada ou saída do ar Inabilidade em manter a saturação > 92%. EXAME FÍSICO: buscar sinais e sintomas indicativos de dificuldade: · Mallampati · Teste da mordida do lábio superior · Extensão atlanto-axial · Distância tireo-mento e esterno-mento · Sinal da prece · Regra do 3-3-2 A - Avalia a abertura da boca para melhor inserção do laringo; B - avalia o tamanho do espaço submandibular para o deslocamento e acomodação da língua ao introduzir o laringo; C - avalia a localização da laringe em relação à língua (se menor que 2 dedos, laringe anterior; se maior, laringe distante, pode indicar o uso de uma lâmina maior. Qual a necessidade da pré-oxigenação? Para aumentar as reservas de oxigênio alveolar. Isso é feito com oxigênio a 100% por 3-5min antes da indução anestésica, para desnitrogenar o ar alveolar e substituí-lo por oxigênio. MANOBRAS DE ABERTURA DA VIA AÉREA Pacientes sedados ou inconscientes apresentam obstrução da VA superior pela perda do tônus da faringe e relaxamento da língua. Tração da mandíbula – Jaw-Thrust Tração do mento – Chin-Lift Sinais de obstrução da via aérea superior: · Voz abafada · Incapacidade de deglutir as secreções devido a dor ou obstrução · Estridor: quando inspiratório, sugere obstrução de VAS; quando expiratório, indica obstrução abaixo da glote, na VA inferior · Dispneia VENTILAÇÃO COM MÁSCARA FACIAL Técnica do C e do E (no osso mandibular) fazer uma leve tração do mento para melhorar a ventilação. USO DA CÂNULA OROFARÍNGEA – COF (GUEDEL) Inserir a COF com a concavidade voltada para o palato, até metade de sua extensão, depois girar em 180° de forma contínua e progredindo para baixo. ERROS COMUNS · Acoplamento inadequado · Baixo fluxo de O2 · Falta de prática · Equipamento inadequado Obs: sempre testar o equipamento antes!! FATORES DE RISCO – preditores de dificuldade de ventilação Radiação/restrição: tratamento com irradiação no pescoço é um dos maiores preditores de dificuldade ou falha na ventilação. A restrição diz respeito aos pacientes cujo pulmão e tórax são resistentes à ventilação e necessitam de altas pressões de ventilação. Ausência de dentes utilizar a parte superior da máscara acima do nariz, próximo às sobrancelhas e a base na parte superior da mandíbula. Retrognatismo: utilizar a cânula de guedel Outros: · Presença de barba · Obesidade · Idade > 55 anos · História de ronco MELHORANDO A VENTILAÇÃO Uso de guedel: aumenta em cerca de 30% do volume ofertado. Ventilação com duas pessoas, uma para acoplar a máscara e outra para apertar a bolsa. Se saturação > 90% não precisa ventilar Tentou intubar e não conseguiu? Paciente com estômago cheio? Ventilar e fazer a manobra de Selick. DISPOSITIVOS UTILIZADOS PARA MELHORAR A OXIGENAÇÃO DISPOSITIVOS SUPRAGLÓTICOS MÁSCARA LARÍNGEA É um meio termo entre a ventilação com MF e a Intubação, possibilitandotanto a ventilação espontânea como a ventilação com pressão positiva (VPP) A escolha do tamanho da ML é baseada no peso: Como colocar:
Compartilhar