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INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL IMPORTANTE SABER: 1. Indicações 2. Anatomia 3. Técnica de intubação 4. Extubação 5. Complicações INTRODUÇÃO · Objetivo: · Permitir a livre passagem de ar e à aspiração de secreções que vem do pulmão, evitando também que secreções da orofaringe e do esôfago atinjam as vias aéreas inferiores. · MANTER O PACIENTE VENTILADO!!! A hipóxia é o principal fator adverso nessas situações risco de parada cardíaca e lesão cerebral irreversível · Avaliar risco de dificuldade de intubação INDICAÇÕES: 1. Insuficiência respiratória: · Gasometria arterial: · paO2 < 60 mmHg e/ou · paCO2 > 50 mmHg 2. ou Proteção da via aérea: casos de rebaixamento do nível de consciência · Incapacidade de manter a via aérea patente · Incapacidade de proteger as vias aéreas contra a aspiração · Incapacidade de ventilar · Incapacidade de oxigenar · Antecipação de uma deterioração clínica iminente não espere o paciente piorar ANATOMIA: · O conhecimento da anatomia das vias aéreas e suas alterações dinâmicas facilitam para desobstrução, abertura e acesso das vias aéreas e na ventilação por BVM (bolsa-válvula-máscara). · As habilidades dependem de uma compreensão da anatomia funcional das vias aéreas: Como os tecidos se comportam com o paciente no estado acordado ou obnubilado? · Reconhecimento de pontos de referência: · Uma avaliação tridimensional da abertura laríngea e das estruturas próximas é fundamental para a laringoscopia ideal. · Estruturas anatômicas próximas como a epiglote e cartilagens posteriores ajudam a fornecer um “roteiro” para as cordas vocais. · As variações anatômicas ou patológicas das vias aéreas, devem ser compreendidas e antecipadas (Ou seja, capacidade de pegar um caminho diferente e se manter orientado e ainda assim chegar ao objetivo final: Uma via aérea definitiva de sucesso!). · Orientação espacial: · Ao usar técnicas de intubação traqueal às cegas ou indireta, é necessária uma imagem mental clara da anatomia pela qual o tubo está passando. · E é necessário entender que sempre que uma nova tentativa de intubação for realizada algo precisa MUDAR na sua estratégia. · Oro e nasofaringe: · Em pacientes obnubilados, essas regiões ficam estreitas por conta da perda de tônus dos músculos, ocasionando o movimento posterior do palato mole, da língua e da epiglote · Mandíbula: · Em pacientes obnubilados, realizar o movimento para frente da mandíbula é crucial: 1. Como a porção inferior da língua é ligada à mandíbula, a translação anterior da mandíbula eleva a língua da parede posterior da faringe, ajudando a obter uma via aérea pérvia no paciente obnubilado. 2. Durante a laringoscopia, a lâmina do laringoscópio move a mandíbula para a frente, ajudando a deslocar a língua anteriormente e para longe da linha de visão da entrada da laringe. · CUIDADO: esôfago: · Posterior à entrada laríngea encontra-se o esôfago. · A entrada do esôfago superior não é mantida aberta por nenhuma estrutura rígida, e com a laringoscopia geralmente não é visto. Por outro lado, quando a entrada do esôfago é vista, pode parecer uma abertura escura (e às vezes convidativa) e com pressão de elevação suficiente durante a laringoscopia, as paredes laterais do esôfago podem parecer pálidas, imitando a aparência das cordas vocais. Essa assim chamada “representação glótica” é particularmente verdadeira no neonato. · Pontos de referência esperados da abertura laríngea: Cartilagens posteriores, Pregas ariepiglóticas (Cordas Falsas) e Epiglote que circundam a abertura glótica, e não o esôfago EPIGLOTE CORDAS FALSAS CORDAS FALSAS CARTILAGENS POSTERIORES CARTILAGENS POSTERIORES Esôfago TÉCNICA 1. PREPARAÇÃO: · Monitoramento do paciente: oximetria de pulso, PA, cardioscopia, capnografia · Acesso venoso · Material para intubação convencional: · Laringoscópio: montar e testar · Tubo orotraqueal: · H: 7,5 – 8,0 – 8,5 · M: 7,0 – 7,5 – 8,0 · RN: 2,5 – 3,0 · > 1 ano: 3,5 · > 2 anos: 4 + (idade/ 4) · Dispositivo bolsa-valva-mascara (ambu) · Luvas, seringa, fio guia metálico · Cânula orofaringe (guedel) tirar a obstrução, principalmente por língua · Material para intubação difícil: · Material convencional + · Mascara laríngea · Lâmina articulada · Bougie · Vídeo laringoscópio · Fibroscópia: padrão ouro · Seleciona as drogas/medicamentos Tubo endotraqueal A marcação insere até o 24 em homens e 20 em mulheres Criança: 12 + (idade/2) Tamanho: da boca até a orelha Manuseio: insere com a curva virada para o medico até metade da boca e depois gira Quando usar: principalmente queda de língua É provisória, anestesia – insere a cânula – ventilação com ambu – após 3 a 5 minutos do efeito do relaxante muscular – tira a guedel – intuba Introduzir até a orofaringe – insufla o cuff Lâmina articulada Bougie Empurra em Mulheres até 20 e homens ate 24 Fibroscópio 2. PRÉ-OXIGENAÇÃO: · Realizar oxigenação durante 3 minutos com 02 a 100%, com um fluxo de 100ml/kg/min criar um reservatório de oxigênio, afim de evitar que o paciente realize hipoxemia em caso de demora de intubação · Se for emergência não ventila · Proporciona tempo de apneia de até 8 minutos em adultos, porém em crianças e obesos não é tão eficaz pela menor capacidade residual funcional · Não precisa ventilar! Só coloca a mascara e fornece oxigênio · Se precisar ventilar é porque precisa urgentemente intubar! · Escolher a máscara de tamanho apropriado · Uma das mãos engloba a mascara que deve cobrir a boca e o nariz · Usa-se os 1° e 2° quirodáctilos de uma mão para fazer posicionamento da máscara e comprimindo a face contra a máscara, · 3° a 5° quirodáctilos promovem apoio e tração mandibular elevar o mento e hiperestender a cabeça CÂNULAS OROFARÍNGEAS OU NASOFARÍNGEAS · Facilita a ventilação · Cria um conduto livre entre a língua e a parede posterior da faringe · As manobras de tração do queixo e de elevação da mandíbula também ajudam a desobstruir 3. PRÉ-TRATAMENTO: · Objetiva reduzir a descarga adrenérgica, o aumento da pressão intracraniana (PIC) e resposta broncoespástica durante a intubação · São utilizados medicamentos: · Lidocaína: 1,5mg/kg · Fentanil: 3mcg/kg · Formas de propiciar anestesia: 1) ANESTESIA GERAL COM INDUÇÃO CLÁSSICA: · Bloqueio neuromuscular + analgesia · Procedimentos eletivos em pacientes em jejum 2) ANESTESIA GERAL COM INDUÇÃO RÁPIDA: · Bloqueio neuromuscular + analgesia · Procedimentos de urgência ou emergência em pacientes com estomago cheio, colaborativos ou não · Preocupação com o tempo · Bloqueio com succinilcolina ou rocuronio pela meia vida curta 4. PARALISIA COM INDUÇÃO · Objetiva intubar sem precisar ventilar · Uso de SEDATIVO para indução, seguido de BLOQUEADOR MUSCULAR! · Bloqueador muscular SEMPRE que for intubar 5. POSICIONAMENTO: · Dificuldades encontradas: posicionamento inadequado, macroglossia ou obeso obstrução das vias aéreas · É preciso alinhar os eixos da boca, laringe e faringe · Extensão do pescoço · Sniff Position · Coloca um coxim atrás da CABEÇA, e não do pescoço · Para confirmar o alinhamento: o trago deve estar alinhado com o esterno · Não tocar nos dentes superiores nem pressionar a lâmina nos lábios 6. PASSE O TUBO: · Há um protocolo de segurança que minimiza os riscos avaliar as vias aéreas procurando sinais de dificuldade de intubação e/ou ventilação · ESTAR ATENTO: intubação difícil ou regurgitação de conteúdo gástrico com risco de broncoaspiração · Critérios de avaliação: MALLAMPATI 1 Úvula, amigdalas, palato mole e duro VISÍVEIS 2 Base da úvula, parte das amigdalas, palato mole e duro VISÍVEIS 3 Palato mole e duro VISÍVEIS 4 Somente o palato duro VISÍVEL BENUMOF aumenta a sensibilidade de identificar uma via aérea difícil WILSON: São peso, abertura da boca, retrognatismo, mobilidade da nuca e protrusão dos incisivos superiores >4 pontos difícil intubação RESUMINDO: 1) Segure o laringoscópio com a mão esquerda 2) Abra a boca com a mão direita coloca a cabeça em extensão3) Introduza o laringoscópio no canto direito da boca 4) Empurre a língua para a esquerda 5) Avance e veja a epiglote 6) Levante a epiglote 7) Vejas as cordas vocais 8) Pegue o tubo com a mão direito; NUNCA tirar os olhos da via aérea 9) Passar o tubo sob visualização direta 10) Retirar a lâmina 11) Insuflar o balão 18 a 25 cmH2O ou suficiente para permitir o fim da fuga de ar 12) Confirmar o posicionamento capnografo e ausculta do epigástrio, bases e ápices pulmonares; Só soltar o tubo quando confirmar que está posicionado adequadamente 13) Fixação do tubo 7. PÓS-INTUBACAO · Fixação do tubo · Radiografia de tórax confirmar o adequado posicionamento o tubo deve estar 3 a 4 cm da carina · Ausculta: epigástrio, bases pulmonares D/E, ápices pulmonares D/E · Sedação se necessário · Ajustes da ventilação mecânica EXTUBAÇÃO · Mesmos riscos da intubação orotraqueal · Podem ocorrer também: 1. 1 2. edema de glote, 3. disfunção das cordas vocais, 4. bloqueio neuromuscular em casos pós-anestésicos, 5. hipotermia, 6. distúrbios hidroeletrolíticos 7. disfunção muscular · · O uso de um trocador de tubo oxigenado pode ser útil trocador de tubo tipo Patil COMPLICAÇÕES: · Devido à:2. Invasão da via área com o tubo traqueal · Lesão traqueal · Atelectasia · Infecção pulmonar · Rouquidão e dor local · Intubação seletiva 1. Técnica de laringoscopia: · Dificuldade na intubação · Intubação esofagiana · Demora para intubação · Regurgitações e broncoaspiração · Edema e sangramento de mucosa · Lesões das estruturas de espaço oral · Lesão de glote · Lesão cervical secundária à posição da cabeça · Aumento da PIC e da pressão intraocular · Arritmias cardíacas e isquemia do miocárdio COMENTÁRIOS EXTRAS: · Nem toda anestesia geral precisa de intubação · Avaliar se é uma intubação fácil ou difícil na prática não faz essa classificação · Aprender inicialmente o mais fácil · Mais difíceis: pcts com queixo para trás ou para frente; Pcts com língua grande e grossa · Cuidado ao realizar em idosos artrite cervical INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL INDICAÇÕES: · Técnica alternativa à via oral mais restrita · Devido a cirurgia (adeno-amigdalectomia) ou a dificuldade de utilização da via oral (anquilose da articulação têmporo mandibular) · Contra indicações: · Presença de fratura de ossos da base do crânio · Distúrbios da coagulação · Tumores nas fossas nasais TÉCNICA: 1. Uso de vasoconstritores nasais reduzir a epistaxe a. Nasoconstritores – fenilefrina, pseudoefedrina, efedrina b. Nasoconstritores imidazólicos – nafazolina, oximetazolina 2. Lubrifica as narinas com lidocaína gel reduz a passagem traumática 3. Introduz o tubo afastando dos cornetos até que não encontre resistência, ou seja, na orofaringe 4. Promove fluxo de ar e retira eventual corpo estranho 5. Avança o tubo até a traqueia sob visão direta ou laringoscopia COMPLICAÇÕES: · Epistaxe · Lesão do SNC fratura da base do crânio · Sinusite
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