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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI PRÁTICA PROFISSIONAL: A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DE LETRAS NO ENSINO FUNDAMENTAL II: REDES SOCIAIS TAINELE DOS SANTOS CORDEIRO CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI TAINELE DOS SANTOS CORDEIRO PRÁTICA PROFISSIONAL: A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DE LETRAS NO ENSINO FUNDAMENTAL II: REDES SOCIAIS MATO-GROSSO 2023 Trabalho apresentado a disciplina Prática Profissional, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de Letras, como pré-requisito para aprovação. A IMPORTANCIA DA DISCIPLINA DE LETRAS NO ENSINO FUNDAMENTAL II: REDES SOCIAIS 1. TÍTULO O ensino de Língua Portuguesa é de extrema importância no processo de desenvolvimento crítico do aluno. A importância da escrita está principalmente no desenvolvimento de novas habilidades, como redigir textos de diversos gêneros e dominar a ortografia da língua portuguesa. Isso irá permitir que o pequeno compreenda questões linguísticas mais complexas. A pergunta norteadora deste projeto é qual a importância da disciplina de Letras no ensino fundamental II? 2. APRESENTAÇÃO Esse projeto apresentará a importância da disciplina de Letras no ensino fundamental II, essa prática profissional abordará os objetivos gerais e específicos, a metodologia que será utilizada para aplicação da prática, o cronograma com todas as datas, os recursos necessários para que a prática seja realizada, os resultados esperados dessa prática e todas as referências que deram embasamento para o desenvolvimento desse projeto. Ao começar a escolaridade básica qualquer criança já tem um domínio da língua utilizada nos grupos de socialização com os quais elas convivem. Assim, elas já terão um conhecimento que as ajudará quando adentrarem na sala de aula, porque, apesar da Língua Portuguesa ter suas regras, um falante nativo já tem a capacidade de compreender a estrutura da língua. Como podemos perceber, esse conhecimento e domínio, que as crianças já trazem de sua convivência, ajudarão o processo da escola no ensino da Língua Portuguesa (LODI; LACERDA; SANTOS, 2013). Sabemos que é o dever da escola ensinar a língua padrão como aponta o estudioso GERALDI (2007, p.33) “o objetivo da escola é ensinar o português padrão, ou, talvez mais exatamente, o de criar condições para que ele seja aprendido. Qualquer outra hipótese é um equívoco, político e pedagógico”. Porém, sabemos que o ensino da Língua Portuguesa tem suas falhas, pois não vem sendo ensinado de forma correta, e nem mesmo valorizado o conhecimento prévio que o aluno carrega, muitas vezes, o aluno é interrogado por se expressar de forma inadequada e isso não pode acontecer, o professor tem que lidar com as variedades linguísticas existentes na sala de aula (LODI; LACERDA; SANTOS, 2013). A escola frente às diversidades sociolinguísticas é de suma importância, não podemos facilmente ignorar a variedade linguística cultural dos alunos e querer trocar pela língua da cultura institucionalizada. A gramática é fundamental como instrumentadora da língua culta mas não se deve deixar também de valorizar as vivencias e experiências linguísticas do aluno e sua gramática natural. Longe disso, a variedade linguística dos alunos precisa ser considerada e valorizada, sem que seja negada a chance de aprender as variantes de grande importância, visto como sabemos também a importância da Língua Portuguesa, uma vez que, é muito mais do que gravar regras e macetes (ANECLETO; MIRANDA, 2016). Na verdade são suas normas que nos ensinam a escrever e a nos comunicarmos melhor. Porque a língua é um dos bens culturais mais extraordinários para o meio social. Assim, deve haver uma interação entre o professor e aluno, uma vez que o ensino precisa despertar a criticidade no aluno, perante a sociedade. Como diz Antunes (2003, p.15) “o ensino da língua portuguesa também não pode afastar-se desses propósitos cívicos, de tornar as pessoas cada vez mais críticas, mais participativas e atuantes, política e socialmente.”. Dessa forma, as aulas de Língua Portuguesa ajudarão no desenvolvimento social do aluno, como aponta o PCN+ (2006, p.67) “cabe à escola incentivar nos alunos uma atitude vigilante e crítica diante dos diversos contextos, como forma de exercitar a cidadania”. Portanto, ensino da Língua Materna tem que ser trabalhado dentro da realidade do aluno, valorizando a bagagem de conhecimento que ele carrega, pois, assim, ele se desenvolverá e participará das discussões em sala de aula, proporcionando um aprendizado eficaz (ANECLETO; MIRANDA, 2016). O professor tem um papel fundamental no processo de aprendizagem do aluno e, falando de leitura e escrita, é ele que ajudará no caminho que os estudantes irão percorrer neste processo de ensino. O professor, contudo, não está no centro, ele é o mediador para compartilhar conhecimentos dentro da sala de aula, ajudando os alunos no ato da leitura e na produção de um bom texto. Para que haja uma formação do leitor é preciso realizar uma leitura estimulante, crítica e prazerosa. Cada aluno, ao chegar na escola, traz um conhecimento, e cabe à escola e ao professor proporcionar inúmeras interações de leitura e escrita (ANECLETO; MIRANDA, 2016). Como aponta o PCN+ (2006, p.87) “além de ensinar e mediar, cabe ao professor a missão de motivar os alunos para a aquisição de conhecimentos.” O acompanhamento do professor ao despertar e motivar o interesse do aluno com a leitura, não deve ser de forma obrigatória, mas, também cabe ao professor deixar claro o conhecimento que o aluno terá ao praticar o ato de ler. Assim, o aluno aprende que é capaz de dominar a leitura, mostrando toda sua disposição e criatividade. E cabe ao professor proporcionar atividades que envolvam seus alunos de forma espontânea, pois é notório quando o aluno tem interesse de ler, sempre que necessitar usar as suas capacidades na leitura e na escrita será visto como um período de aprendizagem significativa. Tal como aponta a BNCC: A participação dos estudantes em atividades de leitura com demandas crescentes possibilita uma ampliação de repertório de experiências, práticas, gêneros e conhecimentos que podem ser acessados diante de novos textos, configurando-se como conhecimentos prévios em novas situações de leitura BNCC (2017, p.75). A leitura e a escrita são indispensáveis para serem trabalhadas pelo professor na sala de aula, exigindo um pouco de cuidado quando forem distinguir as condições de leitura e escrita de cada aluno. Visto que promover a prática da leitura na totalidade escolar solicita condições favoráveis e anseio dos professores em aperfeiçoar seus alunos leitores, e não só passar atividades mecânicas de memorização de conceitos e procedimentos, limitados às cópias e repetições de conteúdos prontos, descontextualizados com as demandas culturais e sociais dos alunos (ALMEIDA; DE MACEDO REINALDO, 2020). Estamos inseridos em uma sociedade na qual, as informações são transmitidas em um ritmo acelerado envolvendo inovações correspondentes a conhecimentos que serão aplicados no dia-a-dia, principalmente das crianças, em diversos lugares e situações variadas. Sobre isso Outeiral (2002, p.119) enfatiza: Nossas crianças estão sendo expostas a um ritmo intenso. O enunciado básico é de que o tempo das crianças hoje é muito mais rápido do que o tempo dos adultos; refiro-me, evidentemente, ao tempo interno, tempo de elaboração das experiências, e não apenas ao tempo cronológico. Na maioria das vezes essas informações são repassadas através da leitura e da escrita. Sendo que, logo cedo as crianças começam a entrar em contato com um mundo letrado, os jogos, os brinquedos, os livros, os computadores, os celulares,os tablets, fazem parte da vida das crianças antes da mesma frequentar uma escola. Nas brincadeiras realizadas fora da escola, as crianças entram em contato com a leitura e a escrita de forma assistemática, e é nesse momento que surge o gosto pela leitura e a escrita, que aumentará cada vez mais à medida que a criança for incentivada e/ou acontecerá o inverso caso não exista o incentivo por parte das pessoas que estão em sua volta. Quando a criança é levada à escola todo o seu conhecimento anterior será organizado de forma sistemática. O espaço escolar passa a ser um cenário repleto de descobertas e conhecimentos, onde gestores, professores e funcionários atuam como despertadores e auxiliares nos trabalhos desenvolvidos pelos alunos. O letramento das crianças se tornará um verdadeiro espetáculo, nos quais o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita será responsabilidade de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem da escola. Começando pela entrada escolar até a chegada à sala de aula. Assim sendo, torna-se interessante que a criança tenha contatos com propagandas, cartazes, meios de comunicação, e outros materiais disponíveis na instituição escolar, que incentivem a lectoescrita (ALMEIDA; DE MACEDO REINALDO, 2020). A leitura e a escrita estão em toda parte, as crianças começam a entrar em contato com o mundo letrado muito cedo, haja vista a maioria dos objetos que estão a sua volta (embalagens, adesivos, jogos, brinquedos, televisores, placas comerciais, histórias infantis, dentre outras) tornarem-se fontes inesgotáveis de estímulos direcionados à alfabetização. Sendo assim, a alfabetização se tornará uma aventura experenciada pelo próprio educando, quando bem conduzida pelo professor (ALMEIDA; DE MACEDO REINALDO, 2020). As redes sociais estão cheias de erros: erros pequenos, erros simples, erros desculpáveis, erros compreensíveis, erros que nem são notados, erros graves, erros escandalosos, erros que deturpam a mensagem,… O principal problema do erro é constituir um entrave à comunicação. Erros podem tornar a mensagem pouco compreensível ou mesmo totalmente incompreensível em alguns casos (ALMEIDA; DE MACEDO REINALDO, 2020). Sem dúvida, as redes sociais estão cheias de erros sejam eles pequenos, simples, desculpáveis, compreensíveis, graves, escandalosos e imperdoáveis. No entanto, também existem aqueles que fazem parte de uma linguagem própria dos jovens da Geração Z, aqueles que nasceram na era da popularização da internet. Muitas pessoas escrevem abreviações para se comunicarem, como “pq” para “porque”, “vc” para “você”, “n” para “não”, “sla” para “sei lá” e tantos outros exemplos. Embora possa criar uma confusão na cabeça dos mais velhos, é completamente normal utilizar essas normas para comunicar na internet. É famoso “internetês” que não pode nunca ser confundido com erros de português (ALMEIDA; DE MACEDO REINALDO, 2020). A saber, o principal problema do erro na escrita é constituir um entrave à comunicação que estamos oferecendo. Afinal, erros podem tornar a mensagem pouco compreensível ou sequer fazer sentido o que impossibilita a chance de termos uma conversa. Por isso, é muito importante conhecer e evitar os principais erros de português cometidos nas redes sociais (ALMEIDA; DE MACEDO REINALDO, 2020). 3. OBJETIVOS O Objetivo geral é apresentar a importância da disciplina de Letras no ensino fundamental II. . Os objetivos específicos: • Descrever como a Língua Portuguesa contribui no desenvolvimento dos alunos no Ensino Fundamental II; • Avaliar como os professores tem trabalhado a Língua Portuguesa em sala de aula; • Analisar como os erros de escrita em redes sociais interfere no aprendizado dos alunos; • Descrever os achados da literatura científica. 4. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa baseados em referências como publicações e base de dados. A pesquisa qualitativa é classificada como uma metodologia de caráter exploratório. Seu foco está no caráter subjetivo do objeto analisado (FLICK, 2013). Ela busca o método de investigação científica que se foca no caráter subjetivo do objeto analisado, estudando as suas particularidades e experiências individuais. Esta pesquisa ocorreu através da seleção sistemática de artigos científicos pesquisados nas bases de dados do: SCIELO (Scientific Eletronic Labrary Online) e Google acadêmico. Os artigos foram selecionados utilizando-se os seguintes descritores: Redes Sociais e Língua Portuguesa; Ensino Fundamental II e Língua Portuguesa. Os critérios de inclusão foram artigos dos anos 2012 a 2022, livros e sites científicos. Os critérios de exclusão foram artigos e dados de outras áreas, bem como estudos que não são pertinentes a esta pesquisa. Os dados foram interpretados e posteriormente analisados em categorias para então categorizar a pesquisa (FLICK, 2013). Abaixo estarão algumas ferramentas que estarei usando na prática profissional e no meu campo de estágio. TABELA 1- PALESTRA SOBRE ERROS DE PORTUGUÊS EM REDES SOCIAIS Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/guiaenem/20-erros-de- portugues-mais-vergonhosos-nas-redes-sociais-22306127. Entre crianças e adolescentes no país, o uso de redes sociais é uma das atividades online que mais cresceram. Em 2021, 78% dos usuários de internet com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social, um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2019 (68%). Cada vez mais percebe-se os erros de português em redes sociais, entre os públicos infantil e adolescentes. Toda essa demanda despertou em mim o desejo de dar uma palestra sobre o assunto com o objetivo de explicitar a importância da norma culta da Língua Portuguesa em todos os ambientes, inclusive nas redes sociais. . 5. CRONOGRAMA O que fazer? Quando Fazer? Datas: Responsáveis: PALESTRA SOBRE ERROS DE PORTUGUÊS EM REDES SOCIAIS 21/10/2022. Tainele dos Santos Cordeiro e coordenadora de estágio. 6. RECURSOS NECESSÁRIOS Os recursos humanos serão a professora, eu e os alunos. Os recursos de materiais serão: televisão, notebook, pendrive. 7. RESULTADOS ESPERADOS A literatura científica demonstra que a importância da escrita está principalmente no desenvolvimento de novas habilidades, como redigir textos de diversos gêneros e dominar a ortografia da língua portuguesa. Isso irá permitir que o pequeno compreenda questões linguísticas mais complexas. O aluno saberá utilizar à escrita e a leitura da forma adequada em situações práticas da sua vida. Seja em casa ou na escola, o ato de ensinar o alfabeto é um marco, tanto na vida de quem ensina como na vida de quem aprende, por isso deve ser ensinado com dedicação e qualidade. 8. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Larissa Marcelly Farias; DE MACEDO REINALDO, Maria Augusta Gonçalves. ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO. fólio-Revista de Letras, v. 12, n. 1, 2020. ANECLETO, Úrsula Cunha; MIRANDA, Josimara Divino Oliveira. Multiletramentos e práticas de leitura, escrita e oralidade no ensino de Língua Portuguesa na Educação Básica. Pontos de Interrogação—Revista de Crítica Cultural, v. 6, n. 2, p. 67-80, 2016. ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. FLICK, Uwe. Introdução à metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes. Penso Editora, 2013. GERALDI, W. Portos de Passagem. São Paulo, Martins Fontes, 2007. LODI, Ana Cláudia Balieiro; LACERDA, C. B. F.; SANTOS, L. F. Ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos: impacto na Educação Básica. Coleção UAB-UFSCar, p. 81-99, 2013. OUTEIRAL, José. 2002 p. 119 apud BARBOSA, Laura Mont Serrat, p.63. In. Psicopedagogia:Um diálogo entre a psicopedagogia e a educação. 2ª ed. Curitiba: Bolsa Nacional do Livro, 2006. 9- RELATÓRIO FINAL DE INTERVENÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL A minha prática pedagógica foi muito rica, cheia de aprendizados e descobrimentos, tive uma ótima experiência, percebi que na teoria é uma coisa e na prática o funcionamento é bem diferente, o que estudamos em livros e artigos é bem diferente quando aplicamos no contexto prático. A prática pedagógica deu tudo certo, foi muito boa, aprendi muito com os adolescentes, eles não vem para escola apenas para aprender a matéria, também vem com intuito de aprender coisas novas que possam usar no seu cotidiano. Após minhas explicações sobre a importância de também utilizar a norma culta da língua portuguesa nas redes sociais, os alunos se conscientizaram o quanto escrevem errado, eles olharam suas redes sociais em uns momentos que deixei para reflexão e concordaram que escrevem bem errado dentro deste contexto. A palestra foi extremamente rica em troca. Foi uma experiência muito rica em conhecimento e aprendizado, não apenas ensinei algo a eles, mas também aprendi muito com os alunos, compreendi que muitas coisas podem ser feitas na escola, além de apenas passar no quadro, a escola não é apenas um espaço para os docentes passarem um monte de atividades no quadro ou entregar uma folhinha, vai muito, além disso, o processo de aprendizagem é uma troca entre professor e aluno, todos foram muito participativos e gostei bastante da minha experiência. A disciplina de Língua Portuguesa é fundamental para a comunicação entre a sociedade Brasileira, uma vez que é considerada a língua materna. Desenvolver as habilidades, que o ensino desta disciplina no âmbito escolar fornece aos indivíduos, é imprescindível para a formação do sujeito como cidadão. Percebi em minha prática que um dos maiores desafios do dia a dia do professor é transformar o aprendizado em uma tarefa que seja estimuladora para o aluno, especialmente no caso dos adolescentes no Ensino Fundamental II, precisa ser uma tarefa que chame a atenção deles. Atividades com palestras, sobre assuntos do dia a dia deles é fundamental. ANEXOS
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