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_________Biossegurança ____________________________________________ Conceito: conjunto de normas e procedimen- tos seguros e adequados que reforçam a ma- nutenção da saúde em atividades de risco de ocorrerem doenças. OBS: preocupação mun- dial em todos os serviços da saúde. Importância: Proteger pacientes, profissio- nais e equipe contra infecções cruzadas. - Formas de contágio: Direto: diretamente de pessoa p/ pessoa ou de animal p/ pessoa. Indireto: indiretamente através do comparti- lhamento de fômites (objetos inanimados) ou à distância (poeira). - Infecção cruzada: Conceito: quando ocorre a passagem de mi- crorganismos entre pessoas. Odontologia: 1. Paciente CD e equipe; 2. CD Paciente e equipe; 3. Equipe Paciente ; 4. Fômites Paciente Paciente. - Classificação dos materiais: 1. Materiais críticos: alto risco de infecção. Contato: tecidos estéreis, sistema vascular, órgãos. Características: perfurocortantes; necessi- tam de esterilização. Ex: instrumentais cirúrgicos, curetas, limas de endo., fios de sutura, brocas. 2. Materiais semicríticos: risco moderado de in- fecção. Contato: mucosas íntegras ou pele NÃO in- tacta. Características: desinfecção de alto nível ou esterilização. Ex: pinça clínica, espelho bucal, condensado- res de amálgama, taças de borracha. 3. Materiais não-críticos: baixo risco de infec- ção. Contato: pele intacta. Características: não entram em contato com o paciente; desinfecção de baixo nível ou es- terilização. OBS: atentar p/ o risco de transmissão secundária. - Classificação dos procedimentos: Críticos: penetra o sistema vascular; Há pre- sença de sangue, pus e matérias contamina- das. (ex: raspagens subgengivais, exodon- tias) Semicríticos: presença de secreções orgâni- cas (saliva) s/ sangue. (ex: tratamento orto- dôntico, restaurações simples...) Não críticos: Não há penetração no sistema vascular e não há presença de secreção or- gânica (ex: exame físico). - Antissepsia: Conceito: Eliminação de microrganismos que contaminaram tecidos vivos. Antissépticos ou desinfetantes em pele e mu- cosas: 1. Clorexidina 0,12% -bochecho. 2. Clorexidina 2% e Iodopovidona (PVPI) – extra oral. 3. Álcool 70% -Desinfecção: Conceito: procedimento que redução dos mi- crorganismos (s/ eliminação completa) com exceção dos esporos. Instrumentos, móveis, superfícies, paredes... Níveis: alto, médio e baixo. -Degermação: Conceito: remoção parcial dos microrganis- mos da pele ou outros tecidos por meio de controle químico. Ex: lavagem de mãos com sabão, banhos, de- germação cirúrgica. - Protocolo de biossegurança: Requisitos: 1- Proteção individual: Imunização: carteira de vacinação em dia. Uso de EPI’s: Jaleco/avental, toucas, luvas, óculos, máscara e sapato fechado. 2- Conduta de atendimento: Bochecho com clorexidina 0,12%: diminui 95% de contágio na primeira hora de atendimento. 3- Desinfecção: Degermação: lavar as mãos c/ água e sabão antes de calçar as luvas.; friccionar as mãos com álcool gel 70%; secagem das mãos com papel toalha. Bancadas: passar álcool 70%. Cuspideiras: ácido peracético (PAA) 1% ou hi- poclorito 1%. Equipo e elementos: friccionar com PAA 1% ou álcool 70%. 4- Barreiras: são superfícies contaminadas que devem ser desinfetadas a cada paciente. 5- Colocação de barreiras: canudinho, saqui- nhos plásticos, filme pvc. - Esterilização: Conceito: eliminação completa de todos os mi- crorganismos patogênicos e não patogênicos. Tipos: física e química. Processo de esterilização: 1. Pré-lavagem: detergentes enzimáticos. 2. Lavagem: luvas de borracha, escovação na vertical com escovas ou ultrassom desin- crustante. 3. Secagem: jatos de ar ou compressa de gaze. 4. Embalagem: papel grau cirúrgico. 5. Esterilização. 6. Armazenamento dos materiais. - Esterilização física: Meios físicos: Calor úmido e calor seco. 1)- Calor úmido: Máquina: autoclave. Funcionamento: vapor sobre pressão. Método + eficaz. Necessita de empacotamento, Requisitos: Ciclos: temperatura, pressão e tempo. - 121ºC (1 atm) por 30 minutos. - 132ºC (1 atm) por 15 minutos. - 132ºC (2 atm) por 4 minutos. Proteção individual. Conduta de atendimento Desinfecção e degermação. Barreiras Colocação de barreiras. Embalagens: -Papel crepado; grau cirúrgico (+ utilizado), algodão cru (campo duplo) com textura de 40 fios por cm², papel kraft nº 80 monolúcido. Desvantagens: - Tirar o fio (corte) dos materiais. - Enferrujar os materiais caso não estejam secos. - Pacotes não devem tocar na lateral da má- quina. -Tempo de secagem. 2)- Calor seco: Máquina: estufa ou forno de Pasteur. Requer empacotamento; Vantagens: + barato, efetivo p/ instrumentos metálicos; não enferruja os materiais. Requisitos: Ciclos: -160º por 2 horas. -170º por 1 hora. Desvantagens: -Controle de temperatura (limitado) -Tempo necessário (demorado). -Abertura da porta durante os ciclos. - Esterilização química: Meios químicos: 1) – Óxido de etileno: Características: gás incolor, misturado com fréon, gás carbônico ou nitrogênio. Recomendação: nível industrial. Tempo: 8 a 12 horas. Materiais não são expostos ao calor ou agentes esterilizantes. 2)- Glutaraldéido 2%: Desinfecção: 30 minutos – nível alto de desin- fecção. Esterilização: 10 horas. Vantagens: não é corrosivo, possui ação rápida (desinfecção), possui atividade germicida mesmo em presença de matéria orgânica, não descolore os materiais e é estável em temp. ambiente. Desvantagens: são irritantes para pele e muco- sas, vida útil de 14 a 28 dias, não pode ser utili- zado para desinfetar superfícies. 3)- Ácido peracético (PAA) 2%: Tempo: 30 minutos. Nível de desinfecção: alto. Características: Degrada a matéria orgânica; Pode ser dispensado em superfícies; Boa compatibilidade com materiais; Não forma vapores irritantes; Odor levemente avina- grado. 4)- Álcool etílico: Concentração: 70%. Nível de desinfecção: médio. Indicação: superfícies. Vantagens: pode ser usado na pele; rápida atuação; fácil aplicação; compatível com ar- tigos metálicos. - Tipo de esterilização p/ alguns mate- riais: Autoclave: brocas, instrumentos de endodontia, moldeiras (alumínio ou inox), instrumentais, ban- dejas ou caixas de metal, discos e brocas de poli- mento (borracha ou pedra), placas ou potes de vi- dro. Agentes desinfetantes: Moldeiras (cera ou plás- tico- Não resistentes ao calor); potes e placas de vidro. - Agentes desinfetantes: 1)- Hipoclorito de sódio I: Não utilizar em materiais metálicos; apenas em superfícies. Superfícies com matéria orgânica: 2 a 5 minu- tos. Vantagens: Ação rápida, seu amplo espectro, econômico e efetivo em soluções diluídas. Desvantagens: irritante, corrosivo, preparo diá- rio. - Agentes antissépticos: 1)- Iodóforos: Antissépticos p/ aplicação em pele e mucosa Apresentação: PVPI (Polivinilpirrolidona). Vantagens: fácil manipulação, podendo ser usada em tecidos vivos. Desvantagens: instabilidade em altas tempera- turas e na presença de luz, corrosivo em certos materiais, pode causar manchas de pele, su- perfícies e reação de hipersensibilidade. - Monitoração da esterilização: Físicos: desenvolvimento do equipamento e ob- servação do parâmetro. Químicos: tira impregnadas com tinta termo- crômica. Biológicos: tiras de papel impregnadas com mi- lhões de esporos. Teste de Bowie e Dick: Presença de ar residual no interior da autoclave com bomba e vácuo. * (+ eficiente). - Armazenamento do material estéril: Deve serposto em caixas metálicas ou envelo- pes. Guardado em armário fechado. Controle e anotação das datas de esterilização e data de validade (ajuda a preservar a vida útil do material). Validade da esterilização: 7 a 14 dias. Materiais embalados não devem ser utilizados imediatamente. - Descarte de resíduos sólidos: Lixo comum: saco plástico preto. Lixo contaminado: saco branco (infectado). Perfurocortantes: caixa de papelão (descarpak ou similar). Resíduos mercuriais: recipientes com água/ descarte da embalagem em coleta de lixo hos- pitalar. - Acidentes com perfurocortantes: Risco de contaminação: HIV/AIDS, hepatites B e C. Emergências médicas: acidentes com sangue e fluidos. As intervenções devem ser iniciadas imediata- mente. Profilaxias simples não são tão eficazes. Prevenção é o método mais eficaz. 1)- Tipos de exposição: Percutâneas: acidentes com materiais perfu- rocortantes ou cortantes. Mucosas: respingos de matéria contaminada em face, olhos e nariz. Cutâneas (pele não íntegra): contato com pele, dermatite ou feridas abertas. Mordeduras humanas: observar se houve presença de sangue e avaliar o estado dos dois envolvidos. 2)- Recomendações: Muita atenção na realização do procedi- mento. Não utilizar os dedos como anteparo. Agulhas não devem ser reencapadas, dobra- das, entortadas, ou retiradas com as mãos. Material deve ser descartado em recipiente resistente à perfuração e com tampa. Coletores devem ser preenchidos até 2/3 da capacidade próximos a área de trabalho. 3)- Cuidados imediatos após acidente: Pele: Lavar com água corrente e sabão ou so- lução antisséptica (PVP- iodo ou clorexidina 2%). Mucosas: água ou solução fisiológica: Não aumentar a área exposta. Não utilizar soluções irritantes: éter, hipoclo- rito ou glutaraldeído. Informar o paciente sobre a necessidade de realização do teste rápido anti- HIV e fazer um relatório de ocorrência de acidente – TCLE. Dirigir-se com o paciente para a realização de exames. Protocolo em até 72 horas. As primeiras 24 horas são as mais eficazes.
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