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Trauma abdominal

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Trauma abdominal 
O trauma abdominal contuso é o principal tipo 
dé trauma abdominal (80% dos casos), séndo 
fréquéntés ém acidéntés automobilí sticos. Alé m 
disso, a principal fonté dé hémorragia no trauma 
é o trauma abdominal contuso. 
A ví scéra mais acométida no trauma abdominal 
contuso é o baço, énquanto a ví scéra mais 
acométida no trauma abdominal por arma 
branca é o fígado é por arma dé fogo é o 
intestino. 
OBS: lesões contusas de intestino géralménté 
sa o résultantés dé désacéléraça o brusca é uso 
incorréto do cinto dé ségurança. Assim, léso és 
intéstinais dévém sér pésquisadas frénté a 
équimosés linéarés é transvérsas na parédé 
abdominal (sinal do cinto dé ségurança). 
Em paciéntés ví timas dé trauma com 
mécanismos dé trauma importantés, mésmo 
qué na o haja éxamé fí sico sugéstivo dé lésa o 
abdominal, como dor no abdomé ou sinal dé 
péritonité, dévé-sé invéstigar por méio dé FAST, 
LPD é/ou TC. 
O FAST é a ultrassom usada no trauma a béira 
do léito qué idéntifica lí quido livré ém cavidadé 
abdominal, possuindo baixa éspécificidadé é 
alta sénsibilidadé, alé m dé na o sér invasivo. 
Como désvantagém é um éxamé opérador 
dépéndénté é na o conségué idéntificar lésa o ém 
rétropérito nio é diafragma. 
O FAST é feito a partir de 4 janelas: 
 
1. Janela pericárdica ou subxifoíde → 
localizada abaixo do procésso xifoidé é é 
importanté para a ana lisé dé 
tamponaménto cardí aco. 
 
2. Janela hepatorrenal → ésta localizada no 
éspaço dé Morison, éntré o fí gado é o rim. 
 
 
3. Janela esplenorrenal → localizada éntré o 
baço é o rim. 
 
4. Janela suprapúbica → ana lisé da béxiga é 
fundo dé saco dé Douglas. 
O LPD é um éxamé qué també m podé 
diagnosticar léso és abdominal qué podé sér 
usado quando o FAST na o ésta disponí vél. No 
éntanto é um procédiménto invasivo, séndo 
altaménté sénsí vél é pouco éspécí fico, téndo ém 
vista qué na o conségué idéntificar lésa o dé 
diafragma é rétropérito nio, alé m dé na o 
idéntificar dé qual ví scéra provém o lí quido 
éncontrado. 
 
LPD + → aspiraça o dé mais dé 10 ml dé lí quido 
(sangué, bilé, fézés). 
 
OBS: ém caso dé indicaça o dé laparotomia, a 
réalizaça o dé FAST é LPD é uma contraindicaça o 
absoluta. 
A tomografia (TC) é o mélhor éxamé para 
diagno stico dé léso és abdominais, séndo 
altaménté sénsí vél é éspécí fico, alé m dé na o 
invasivo. No éntanto, éssé éxamé démora é para 
a sua réalizaça o o paciénté précisa sér 
transportado, por isso, ém paciéntés 
hémodinamicaménté insta véis, na o sé faz TC. 
 
Em caso dé trauma penetrante em transição 
toracoabdominal, dévé-sé considérar 
possibilidadé dé lésa o diafragma tica é para o 
séu diagno stico dévé-sé réalizar a laparoscopia 
diagnóstica. 
O trauma pénétranté podé sér por arma dé fogo 
ou por arma branca (faca). 
No trauma por arma de fogo, ém 98% dos 
casos a conduta é ciru rgica. No trauma 
penetrantes de parede anterior por arma 
branca, apénas 50-75% dos casos violam a 
cavidadé abdominal é déssés apénas 50-75% 
apréséntam léso és qué nécéssitam dé réparo 
ciru rgico (aproximadaménté 25% do total). 
Assim, as indicações absolutas de 
laparotomia após trauma por arma branca 
sa o evisceração, instabilidade 
hemodinâmica e peritonite. No éntanto, nos 
casos ém qué na o a indicaça o dé laparotomia 
imédiata, dévé-sé réalizar uma éxploraça o 
digital com anéstésia local para analisar sé o 
fériménto pénétrou a cavidadé abdominal. Em 
caso dé éxploraça o digital négativa, dévé-sé 
lavar a férida, suturar é administrar antitéta nica. 
Em caso dé éxploraça o digital positiva, dévé-sé 
réalizar éxamé fí sico sériado, analisando 
hémoglobina dé 8 ém 8 horas é obsérvar sé o 
paciénté vai évoluir com éviscéraça o, péritonité 
ou instabilidadé hémodina mica, ou diminuiça o 
da hémoglobina é léucocitosé. 
 
No trauma penetrantes do flanco e dorso por 
arma branca, a éspéssura do flanco é dos 
mu sculos do dorso protégé as ví scéras 
subjacéntés contra éssé tipo dé lésa o. Séndo 
assim, para as léso és qué na o tém indicaça o dé 
laparotomia imédiata, as opço és dé diagno stico 
ménos invasivas incluém éxamé fí sico sériado, 
TC com duplo ou triplo contrasté (u til 
principalménté na idéntificaça o dé lésa o 
rétropéritonéal) é LPD. 
Trauma pélvico 
O trauma pé lvico é um trauma dé alta énérgia 
ciné tica é tém a capacidadé dé “éxsanguinar” o 
paciénté, séndo por isso, a sua élévada 
mortalidadé associada a hémorragia é choqué 
hipovolé mico. 
Cérca dé 50% dos paciéntés com fraturas 
abértas (compréssa o AP é cisalhaménto 
vértical) da pélvé va o a o bito. 
As fraturas pé lvicas sa o classificadas ém quatro 
tipos com basé nos padro és dé força da lésa o: 
compréssa o antéropostérior, compréssa o 
latéral, cisalhaménto vértical é mécanismos 
combinados. 
Compressão anteroposterior (AP) → 
fréquéntéménté associada com coliso és frontais 
dé automo véis é produz rotaça o éxtérna da 
hémipélvé com afastaménto da sí nfisé pu bica é 
ésgarçaménto do compléxo ligaméntar 
postérior. Assim, o anél pé lvico sé afasta 
rompéndo o pléxo vénoso postérior é os ramos 
do sistéma artérial ilí aco intérno, podéndo 
résultar ém uma hémorragia fatal. 
 
Compressão lateral → énvolvé a força latéral 
aplicada dirétaménté sobré a pélvé é produz a 
rotaça o intérna da pélvé, réduzindo o volumé 
pé lvico. Essa rotaça o intérna podé dirécionar o 
pu bis ao sistéma géniturina rio inférior 
résultando ém léso és na béxiga é/ou urétra. 
 
 Cisalhamento vertical → ocorré ém quédas > 
3,6 métros é énvolvé uma força dé cisalhaménto 
dé alta énérgia ao longo dé um plano vértical, 
déslocando a articulaça o sacroilí aca é 
rompéndo os ligaméntos sacrotubéroso é 
sacroéspinhoso, o qué podé résultar ém 
rompiménto da vascularizaça o ilí aca é 
hémorragia gravé. 
 
No éxamé fí sico do paciénté com suspéita dé 
trauma pé lvico, dévé-sé obsérvar évidé ncias dé 
ruptura dé urétra — hématomas no éscroto é 
sangué ém méato urétral (hématu ria) —, 
discrépa ncia dé compriménto éntré os 
mémbros é déformidadé rotacional da pérna 
sém fratura o bvia. Alé m disso, a palpaça o da 
pro stata é sénsí vél as léso és urétrais. 
OBS: na o sé dévé introduzir sonda vésical ém 
paciénté com suspéita dé lésa o urétral. Assim, o 
manéjo déssés paciéntés dévé sér a partir dé 
urétrocistografia rétrograda é, ém caso dé 
confirmaça o dé lésa o urétral, a sondagém dévé 
sér féita na régia o suprapu bica. 
 
Tratamento → éstabilizaça o méca nica pé lvica a 
partir da contrapréssa o éxtérna (cinta pé lvica 
ou lénçol) para réduzir a pélvé é réduzir 
hémorragia, é réposiça o volé mica 
corréspondém ao tratamento temporário. 
 
OBS: para paciéntés com cinta pé lvica é 
importanté na o apértar muito para na o causar 
lacéraço és é ulcéraço és ém proéminé ncias 
o sséas. 
Em C podémos obsérvar a pélvé antés da cinta 
pé lvica é ém D apo s a éstabilizaça o com a cinta 
pé lvica. 
 
Para o tratamento definitivo é nécéssa rio 
laparotomia, émpacotaménto pé lvico ou 
angiografia.

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