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RESUMO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS

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RESUMO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS
O QUE SÃO DIREITOS FUNDAMENTAIS?
São direitos universais, imutáveis, que devem ser garantidos a todos. São aqueles direitos humanos alçados em específico território. 
· Visados através da cultura, para dessa forma serem construídos.
Os direitos fundamentais possuem diversas dimensões:
- Liberdade 
- Igualdade
- Solidariedade
C.F brasileira possui características de um multiculturalismo.
DEFINIÇÕES DE CULTURA
De acordo com Marilena Chauí, cultura é um elemento integrador de um povo, que deve ter um aspecto amplo, é essencial tanto para formação, quanto para o desenvolvimento. 
O setor cultural gera renda acima da média no mercado, visando aspectos como patrimônio, por exemplo. 
Cultura possui um termo muito abrangente. 
Edgar Morin, traz um sentido antropológico, ou seja, temos que extrair de nós. 
- Traz também uma definição histórica e social, que analisará através de uma contextualização de vivências. 
- Traz a definição das humanidades, que possui aspectos científicos, pois analisará letras e línguas. 
 
UNESCO – “Cultura pode ser entendida como conjunto de características distintas, espirituais, materiais, intelectuais e afetivas que caracterizam uma sociedade ou um grupo social.” 
*IREMOS FOCAR NOS ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIAIS.
Os direitos fundamentais partiram da revolução burguesa, referidos a liberdade, como ´podemos perceber trata-se de fatos históricos. Cada hábito cultural se trata de uma construção histórica/social. 
Patrimonialismo: Portugal se aliava ao poder local, para certas determinações de seu interesse particular, sendo assim torna-se um reflexo cultural no Brasil, como por exemplo: corrupção. 
Essa cultura brasileira está relacionada com os seguintes mecanismos:
a) MITOLÓGICO: Mito de não violência. Porém, sabemos que a ideia de sermos um povo cordial é a falsa, na realidade existe grandes fatores que mostram a existência de tal violência, e acabamos naturalizando algo que se tornou cultural. É importante distinguir algo natural x cultural, pois somente os fatos culturais podem ser mudados, para dessa maneira modificar o natural. 
b) IDEOLÓGICO: A sociedade possui uma essência de superioridade. Transformando um aspecto de desigualdade em inferioridade, ou até mesmo em monstruosidade, justificando assim que esses segmentos que são apenas diferentes, são tratados como desiguais, resultando, assim, em violência. Para desnaturalizar essa violência, preciso mostrar que as diferenças não tornam as pessoas inferiores em relação as outras. 
c) POLÍTICO: Neste aspecto, temos segmentos autoritários, excludentes e não-violento. 
Para que exista cidadania e que ela seja efetivada, deverá ter: 
Democracia -> atinja sua plenitude. 
TH MARSHALL – 1950 -> Obra: cidadania e classe social. 
CIDADANIA X CIDADANIA POLÍTICA 
CIDADANIA – Democracia, participação política
CIDADANIA POLÍTICA – Direito ao voto, ideia do gozo dos direitos políticos. 
a) Participação política – art. 1º - P. único – CF.
b) Participação jurídica jurídico moral – proteção da dignidade e realização da autonomia. 
c) Participação social e econômica 
Devemos ser sujeitos produtores e beneficiários das riquezas. 
· Cidadão é aquele titular dos direitos fundamentais, onde sua dignidade deverá ser respeitada por todos (pessoas e Estado);
· É necessário uma sociedade que não seja excludente;
· O que garante de fato a democracia, é o princípio da igualdade. 
REQUISITOS PARA ESTABELECER A IGUALDADE
I) Formal (abstrato)
II) Material – necessidades distintas
III) Diferença – garantia da diversidade (multiculturalismo) 
“Temos o direito de reivindicar a igualdade, sempre que a diferença nos inferioriza. E temos o direito de reivindicar a diferença, quando a igualdade nos descaracteriza.” 
- Boaventura de Souza
1- O que são ações afirmativas?
São medidas que tem por objetivo reverter a histórica situação de desigualdade e discriminação a que estão submetidos indivíduos de grupos específicos. Devem ter caráter temporário. Ex: Cotas raciais, criação de leis para inserção da mulher, ou combate a violência. 
2- E qual a importância para a redução das desigualdades?
São ações que procuram reparar os aspectos que dificultam o acesso dessas pessoas as mais diferentes oportunidades. 
RECONHECIMENTO DA IGUALDADE TEM DE VIR ACOMPANHADA DE:
- POLÍTICAS DE VALORIZAÇÃO 
- POLÍTICAS DE ACESSO A OPORTUNIDADES 
- POLÍTICAS DE ACESSO AO PODER 
“Antes de tudo, a cultura deve ser pensada como um direito do cidadão – isto é, algo que as classes populares não podem ser nem se sentir excluídas (como acontece na identificação popular entre cultura e instrução) e que a cultura não se reduz às belas-artes como julga a classe dominante.”
- Marilena Chauí
Direito à Cultura:
- O direito a diferença deve ser respeitado. 
RELAÇÃO DE ESTADO X CULTURA
- LIBERAL -> CULTURA E BELAS ARTES
O estado investirá para busca da convivência do meio cultural. 
- ESTADO AUTORITÁRIO -> PRODUTOR OFICIAL 
O Estado determina o que é cultura.
- A POPULISTA 
Manipula a ideia de cultura popular. Ex: Folclore.
- A NEOLIBERAL
Evento de massa.
HISTÓRIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
 
TEMOS O FOCO NO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O DIREITO É CIÊNCIA DA VIDA E DA JUSTIÇA. 
HISTÓRIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
- IGUALDADE ESSENCIAL
As origens dessa igualdade social são duas:
- FILOSOFIA – RACIONALIDADE (ABSTRATO) 
Faz parte da natureza humana, vem da filosofia, racionalidade, algo abstrato. 
- RELIGIÃO – CRISTIANISMO
Neste tópico, traz a ideia universal de amor, já que todos são dignos de respeito. 
ST. Aquino (1225 – 1274) 
DIREITO NATURAL
- LEI DIVINA 
- LEI NATURAL
- LEI HUMANA
CRISTIANIZAÇÃO DE ARISTÓTELES
A Igreja Católica, tenta de diversos meios “reprimir” as obras de Aristóteles, e com o fracasso, a única solução foi S.T. Aquino, que cristianizou as obras de Aristóteles.
· A consciência histórica dos direitos humanos, é de que as instituições dos governos, devem estar em benefício dos direitos dos governados e não dos governantes. 
KANT (1724 – 1804) 
Critica a Razão Política. É racional, metódico e sistemático. Menciona que a PESSOA, é sujeito de direitos universais, que são anteriores e superiores a toda unidade estatal. Isso refere a fatos IMPERATIVOS, que se dividem em duas categorias:
- CATEGÓRICOS, ou seja: DEVE SER A.
- HIPOTÉTICO, ou seja: SE FOR B, DEVE SER A. (pode ser tanto positivo, quanto negativo).
“Age de modo a tratar a humanidade, na sua como na pessoa de outrem, sempre como fim, jamais apenas como meio.”
“Age segundo uma máxima que possa valerão mesmo tempo como lei de sentido universal.” 
Ser humano – dignidade
Coisas – preço
· Qual a relação entre as grandes declarações de direitos e grandes descobertas científicas?
PERGUNTA SOLUCIONADA EM SALA, EM QUE SE REFLETE OS DIREITOS, EXEMPLOS: DELEGACIA DA MULHER, PROGRAMAS PARA COMBATE A CERTOS TIPOS DE COISAS, ETC.
MONTESQUIEU – SOLIDARIEDADE, deverá existir dentro de cada grupo social. 
“SE EU SOUBESSE DE ALGO QUE FOSSE ÚTIL A MIM, E NÃO FOSSE...”
MAGNA CARTA DE 1215
Surgiu para combater o sistema COMUM LAW, na Inglaterra. 
Não podemos considerar um documento propriamente de direitos humanos, ela não é universal. Porém, ela inspirou todo conteúdo dos direitos.
- POSITION OF RIGHTS – 1628
- HABEAS CORPUS – 1679
- BILL OF RIGHTS – 1689 – REVOLUÇÃO GLORIOSA – JOHN LOCKE
“Todos os seres humanos são, pela sua natureza, igualmente livres e indiferentes, e possuem certos inatos, dos quais ao entrarem no estado de sociedade, não podem, por nenhum tipo de pacto, privar ou despojar sua posterioridade, nomeadamente, a fruição da vida e a da liberdade, com os meios de adquirir e possuir a propriedade dos bens, bem como de procurar e obter a felicidade e a segurança.”
ART. I – DECLARAÇÃO DE DIREITOS DO BOM POVO DA VIRGÍNIA – 16/06/1776
DECLARAÇÃO DO DIREITO DO HOMEM E DO CIDADÃO
A finalidade dessa declaração é a de renovar o pacto social (direito).
NATUREZA – DECLARAÇÃO
CARACTERÍSTICAS:
- direitos naturais
- abstratos (para todos os seres humanos)
- imprescritíveis(não tem data de validade) 
- Inalienáveis (ninguém pode abrir mão da própria natureza)
AS LIBERDADES
- Liberdade em geral (arts.1º, 2º e 4º)
- Liberdade de locomoção (art. 7º)
- Legalidade criminal (art. 8º)
OS DIREITOS DO CIDADÃO
Esses direitos, possuem reflexos na Revolução Francesa.
 -LIBERDADE – individuais, civis e políticos
- IGUALDADE – econômicos, sociais e culturais. 
- SOLIDARIEDADE – interesses difusos e coletivos
PRIMEIRA FASE DA INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DHS. SÉCULO XIX
· Direito Humanitário (1880 – criação da cruz vermelha) – CONVENÇÃO DE GENEBRA DE 1864.
· Luta contra escravidão – ATO GERAL DA CONFERÊNCIA DE BRUXELAS (1890). 
· Direitos dos trabalhadores assalariados – CRIAÇÃO DA OIT (ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO – 1919)
SEGUNDA FASE
1945 – ONU
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS, CRIA 2 TAREFAS:
· DIVULGAÇÃO: 1948 – DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS.
· MECANISMOS: Formas para que os países respeitem os direitos humanos. Dentre esses mecanismos, temos dois pactos:
- DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS
- DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS. 
ORGANIZAÇÃO
- GLOBAL: ONU
- REGIONAL: OEA
PACTO SÃO JOSÉ DA COSTA RICA (1969) = CONVENÇÃO DE DIREITOS HUMANOS.
MAURICE CASTRON
LIVRO: WHAT ARE HUMAN RIGHTS?
“Um direito humano, por definição, é um direito moral universal, algo do qual todas as pessoas em toda a parte, em todos os tempos, devem ter, algo do qual ninguém pode ser privado sem uma grave ofensa à justiça, algo que é devido a todo ser humano simplesmente por se tratar de um ser humano.”
CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS – DHs
- Jusnaturalistas: anteriores e superiores as vontades do Estado.
- Positivistas: Traz os direitos como, sendo, portanto, necessários e essenciais a partir do reconhecimento do Estado, enfim, por meio da ordem jurídica positiva. Assim, os direitos só poderiam ser legitimados através do legislativo.
- Idealistas: fundamenta os direitos humanos na visão metafísica e abstrata como se fossem informações passadas por uma ordem superior, ou até mesmo na própria razão natural do homem. É a partir da concepção idealista que surge a ideia de que os direitos são indissociáveis ao homem. Os direitos existiriam independentes de o Estado reconhecê-los. 
- Realistas: Os direitos humanos são resultados das dúvidas sociais e políticas.
Universalidade: tendo em vista que os direitos e garantias fundamentais vinculam-se ao princípio da liberdade, conduzido pela dignidade da pessoa humana, os mesmos devem possuir como sujeito ativo, todos os indivíduos, independente da raça, credo, nacionalidade, convicção política, a coletividade jurídica em geral, podendo pleiteá-los em qualquer foro nacional ou internacional, conforme devidamente expresso no parágrafo 5 na Declaração e Programa de Ação de Viena de 1993.
Conforme ressaltado por Manoel Gonçalves Ferreira Filho[1], “a idéia de se estabelecer por escrito um rol de direitos em favor de indivíduos, de direitos que seriam superiores ao próprio poder que os concedeu ou reconheceu, não é nova. Os forais, as cartas de franquia continham enumeração de direitos com esse caráter já na Idade Média...”
Vale a pena esclarecer que nem todos os direitos fundamentais adequam-se plenamente a estas características, o que pode nos ser lembrado por Gilmar Ferreira Mendes[2] e demais autores do manual: “não é impróprio afirmar que todas as pessoas são titulares de direitos fundamentais e que a qualidade de ser humano constitui condição suficiente para a titularidade de tantos desses direitos. Alguns direitos fundamentais específicos, porém, não se ligam a toda e qualquer pessoa. Na lista brasileira dos direitos fundamentais, há direitos de todos os homens – como o direito à vida – mas há também posições que não interessam a todos os indivíduos, referindo-se apenas a alguns – aos trabalhadores, por exemplo.”
2. Indivisibilidade: sob este prima podemos afirmar que tais direitos compõem um único conjunto de direitos, uma vez que não podem ser analisados de maneira isolada, separada. Afirma-se que o desrespeito a um deles constitui a violação de todos ao mesmo tempo, ou seja, caso seja descumprido seria com relação a todos.
3. Interdependência: os direitos fundamentais estão vinculados uns aos outros, não podendo ser vistos como elementos isolados, mas sim como um todo, um bloco que apresenta interpenetrações; as várias previsões constitucionais, apesar de autônomas, possuem diversas intersecções para atingirem suas principais finalidades. No intuito de exemplificarmos a característica relacionada neste comando, podemos dizer que a liberdade de locomoção está relacionada à garantia do habeas corpus e ao devido processo legal.
4. Interrelacionaridade: com a evolução da proteção nacional e internacional dos direitos fundamentais, após as grandes guerras e revoluções, afirma-se que hodiernamente os mecanismos para assegurar a inviolabilidade dos direitos e garantias fundamentais passaram a ter abrangência regional e mundial. Por meio de tal característica, a pessoa poderá optar por qual âmbito de proteção deseja para assegurar a inviolabilidade do seu direito fundamental, o global ou regional;
5. Imprescritibilidade: podemos afirmar que os direitos fundamentais não se perdem com o tempo, não prescrevem, uma vez que são sempre exercíveis e exercidos, não sendo perdidos pela falta de uso (prescrição); tal regra não é absoluta, existindo direitos que, eventualmente podem ser atingidos pela prescrição, como é o caso da propriedade, que não sendo exercida, poderá ser atingida pela usucapião.
Vale a pena transcrever a lição deixada por José Afonso da Silva[3] quando explicou em seu curso sobre as características dos direitos fundamentais, nos seguintes termos: “prescrição é um instituto jurídico que somente atinge coarctando, a exigibilidade dos direitos de caráter patrimonial, não a exigibilidade dos direitos personalíssimos, ainda que não individualistas, como é o caso. Se são sempre exercíveis e exercidos, não há intercorrência temporal de não exercício que fundamente a perda da exigibilidade pela prescrição.”
De acordo com a imprescritibilidade, os direitos fundamentais, apesar de serem usados simultaneamente, não implicam no desaparecimento pelo lapso temporal, uma vez que os mesmos estão em constante processo de agregação avançando no sentido de aumentar seu núcleo, sendo que, além de incorporar novos direitos, aumentam o âmbito de incidência entre os seres humanos, mas nunca permitindo a regressão ou eliminação dos direitos já devidamente adquiridos.
6. Inalienabilidade: tais direitos, por não possuírem conteúdo econômico-patrimonial, são intransferíveis, inegociáveis e indisponíveis, estando fora do comércio, limitando o princípio da autonomia privada. Tal inalienabilidade resulta da dignidade da pessoa humana, sendo que o homem jamais poderá deixar de ser homem, tendo sempre os direitos fundamentais como alicerce para garantia de tal condição.
Ao conectarmos a inalienabilidade à dignidade da pessoa humana, podemos afirmar que nem todos os direitos fundamentais seriam inalienáveis, sendo que possuiriam esta característica somente aqueles que objetivariam resguardar a potencialidade do homem e de sua autodeterminação. Os inalienáveis seriam os direitos que visavam proteger a vida biológica e os que intentassem para a preservação das condições normais de saúde física e mental, bem como a liberdade de tomar decisões sem coerção externa.
7. Historicidade: os direitos fundamentais não nasceram de uma única vez, sendo fruto de uma evolução e desenvolvimento histórico e cultural, nascendo com o Cristianismo, passando pelas diversas revoluções e chegando aos dias atuais. Como afirmava o saudoso professor Norberto Bobbio[4]:
“os direitos do homem, por mais fundamentais que sejam, são direitos históricos, ou seja, nascidos em certas circunstâncias, caracterizadas por lutas em defesa de novas liberdades contra velhos poderes, e nascidos de modo gradual, não todos de uma vez e nem de uma vez por todas. (...) o que parece fundamental numa épocahistórica e numa determinada civilização não é fundamental em outras épocas e em outras cultuas”
Gilmar Ferreira Mendes[5] afirma que “a ilustração de interesse prático acerca do aspecto da historicidade dos direitos fundamentais é dada pela evolução que se observa no direito a não receber pena de caráter perpétuo. Tanto a Constituição atual quanto a anterior estabeleceu vedação à pena de caráter perpétuo. Esse direito, que antes de 1988 se circunscrevia à esfera das reprimendas penais, passou a ser também aplicável a outras espécies de sanções. Em fins de 1988, o STF, confirmando acórdão do STJ, estendeu a garantia ao âmbito das sanções administrativas. A confirmar o caráter histórico-evolutivo – e, portanto, não necessariamente uniforme – da proteção aos direitos fundamentais, nota-se, às vezes, descompasso na compreensão de um mesmo direito diante de casos concretos diversos. Assim, não obstante o entendimento do STF acima mencionado, a Corte durante bom tempo continuou a admitir a extradição para o cumprimento de penas de caráter perpétuo, jurisprudência somente revista em 2004.”
 8. Irrenunciabilidade: tal característica nos apresenta a situação em que, regra geral, os direitos fundamentais não podem ser renunciados pelo seu titular, sendo esta afirmação emanada da fundamentalidade material dos referidos direitos na dignidade da pessoa humana; o titular de tais direitos não pode fazer com eles o que quiser, uma vez que os mesmos possuem uma eficácia objetiva no sentido que não importa apenas ao sujeito ativo, mas interessam a toda coletividade. Vale ressaltar que o STF vem admitindo a renúncia, ainda que excepcional, de certos direitos, como é o caso da intimidade e da privacidade.
Portanto, ainda que de forma temporária, admite-se a renúncia temporária e excepcional de um direito fundamental, desde que decorrente de um caso em concreto de conflito de direito efetivamente instalado, aplicando-se o princípio da proporcionalidade entre o direito fundamental e o direito que se pretende proteger.
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo[6], exemplificam um caso muito interessante de renúncia temporária e específica, qual seja , "...o que ocorre nos programas de televisão conhecidos como reality shows (Big Brothrer Brasil, por exemplo), em que as pessoas participantes, por desejarem receber o prêmio oferecido, renunciam, durante a exibição do programa, à inviolabilidade da imagem, da privacidade e da intimidade (art. 5º , X , CF)."
9. Vedação ao retrocesso: a aquisição dos direitos fundamentais não pode ser objeto de um retrocesso, ou seja, uma vez estabelecidos os direitos fundamentais não se admite o retrocesso visando a sua limitação ou diminuição, existindo parte da doutrina afirmando que tais direitos constituem uma limitação metajurídica ao poder constituinte originário, atuando como critério de aferição da legitimidade do conteúdo constitucional. Vale ressaltar que tal característica impede a revogação de normas garantidoras de direitos fundamentais e impede a implementação de políticas públicas de enfraquecimento de direitos fundamentais. Podemos citar como exemplo jurídico de concretização deste comando, o art. 4º, inciso 3 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, que veda o restabelecimento da pena de morte.
Por meio de tal característica, fica assegurada a proteção do núcleo essencial e intangível dos direitos fundamentais, tendo origem no próprio Estado Democrático de Direito que se define pela proteção extremada da dignidade do Homem e plena eficácia das normas implementadas, sendo que os direitos sociais já realizados e efetivados pela legislação devem ser tidos como constitucionalmente garantido, tendo como conseqüência a invalidade das medidas que visam anular ou cancelar o núcleo dos direitos fundamentais, devendo as mesmas ser consideradas inconstitucionais.
Digna de nota é a lição de J.J. Gomes Canotilho[7] demonstra que “a idéia aqui expressa também tem sido designada como proibição de contra-revolução social ou da evolução reacionária. Com isto quer dizer-se que os direitos sociais e econômicos (ex: direito dos trabalhadores, direito à assistência, direito à educação), uma vez obtido um determinado grau de realização, passam a constituir, simultaneamente, uma garantia institucional e um direito subjectivo. (...) O princípio da proibição do retrocesso social pode formular-se assim: o núcleo essencial dos direitos sociais já realizado e efectivado através de medidas legislativas (...) deve considerar-se constitucionalmente garantido sendo inconstitucionais quaisquer medidas estaduais que, sem a criação de outros esquemas alternativos ou compensatórios, se traduzam na prática numa ´anulação` pura e simples desse núcleo essencial. A liberdade de conformação do legislador e inerente auto-reversibilidade têm como limite o núcleo essencial já realizado.”
Em nível de Brasil, podemos dizer que Canotilho possui alguns constitucionalistas como seus seguidores, como é ocaso de Ingo Wolfgang Sarlet e Luís Roberto Barroso, entre outros.
Para Luís Roberto Barroso[8] “apesar de o princípio do não-retrocesso social não estar explícito, assim como o direito de resistência e o princípio da dignidade da pessoa humana (para alguns, questão controvertida), tem plena aplicabilidade, uma vez que é decorrente do sistema jurídico-constitucional, entende-se que se uma lei, ao regulamentar um mandamento constitucional, instituir determinado direito, ele se incorpora ao patrimônio jurídico da cidadania e não pode ser absolutamente suprimido.”
Caminhando no mesmo sentido acima relatado, Flávia Piovesan[9] esclarece que: “o movimento de esfacelamento de direitos sociais simboliza uma flagrante violação à ordem constitucional, que inclui dentre suas cláusulas pétreas os direitos e garantias individuais. Na qualidade de direitos constitucionais fundamentais, os direitos sociais são direitos intangíveis e irredutíveis, sendo providos da garantia da suprema rigidez, o que torna inconstitucional qualquer ato que tenda a restringi-los ou aboli-los.”
Vale ressaltar que o Supremo Tribunal Federal já reconheceu a presença desta característica no âmbito do nosso ordenamento jurídico constitucional, conforme mostrado logo em seguida:
“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DANOS MORAIS DECORRENTES DE ATRASO OCORRIDO EM VOO INTERNACIONAL. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. NÃO CONHECIMENTO. 1. O princípio da defesa do consumidor se aplica a todo o capítulo constitucional da atividade econômica. 2. Afastam-se as normas especiais do Código Brasileiro da Aeronáutica e da Convenção de Varsóvia quando implicarem retrocesso social ou vilipêndio aos direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor. 3. Não cabe discutir, na instância extraordinária, sobre a correta aplicação do Código de Defesa do Consumidor ou sobre a incidência, no caso concreto, de específicas normas de consumo veiculadas em legislação especial sobre o transporte aéreo internacional. Ofensa indireta à Constituição de República. 4. Recurso não conhecido.” (RE 351750 / RJ - RIO DE JANEIRO,Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO Relator(a) p/ Acórdão: Min. CARLOS BRITTO, Julgamento: 17/03/2009 Órgão Julgador: Primeira Turma)
10. Efetividade: ao desenvolver seu papel de agente garantir das políticas sociais, o Estado deve garantir o máximo de efetivação dos direitos fundamentais.
No que tange à efetividade dos direitos fundamentais, vale a pena transcrever o posicionamento de Bernardo Fernandes Gonçalves[10], quando fala que: “em termos teóricos temos que o Poder Público em suas ações deve sempre se voltar para o cumprimento dos direitos fundamentais. Todavia, aqui cabe pontuar que uma vez assumindo uma ou outra teoria sobre os direitos fundamentais, as conseqüências práticas serão radicalmente opostas: na perspectiva liberal, por serem os direitos fundamentais direitos subjetivos de todos os indivíduos de uma sociedade que se reconhece livre e igual, devem ser efetivados na mesma medida para todos,sem exceção. Além do mais, sua condição de norma pré-estatal não transmite o dever de efetivação ao Poder Público, garantindo-se desde o início, o mesmo catálogo de direitos fundamentais aos seus cidadãos; por outro lado, na perspectiva do comunitarismo, a tese dos direitos fundamentais como ordens de valores, delega ao Poder Público a sua implementação na sociedade, que se pode dar em graus, ou seja, de modo não efetivo para todos, mas sempre buscando um resultado otimizado.”
11. Limitabilidade ou relatividade: afirma-se que nenhum direito fundamental poderá ser considerado absoluto, sendo que tais direitos deverão ser interpretados e aplicados levando-se em consideração os limites fáticos e jurídicos existentes, sendo que referidos limites são impostos pelos outros direitos fundamentais. Conforme nos ressalta Paulo Gustavo Gonet Branco[11]:
“(...) os direitos fundamentais podem ser objeto de limitações, não sendo, pois, absolutos. (...) Até o elementar direito à vida tem limitação explícita no inciso XLVII, a, do art. 5º, em que se contempla a pena de morte em caso de guerra formalmente declarada”
As limitações aos direitos fundamentais não são ilimitadas, só podendo ser limitado o estritamente necessário, sendo que tal também deverá ser compatível com os preceitos constitucionais e respeitar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Segundo Konrad Hesse[12]:
“A limitação de direitos fundamentais deve, por conseguinte, ser adequada para produzir a proteção do bem jurídico, por cujo motivo ela é efetuada. Ela deve ser necessária para isso, o que não é o caso, quando um meio mais ameno bastaria. Ela deve, finalmente, ser proporcional em sentido restrito, isto é, guardar relação adequada com o peso e o significado do direito fundamental.” 
No mesmo sentido vem se firmando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RMS 23.452/RJ, Relator Ministro Celso de Mello, DJ de 12.05.2000, p.20:
“OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO TÊM CARÁTER ABSOLUTO.
Não há, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de caráter absoluto, mesmo porque razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do princípio de convivência das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela própria Constituição. O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas - e considerado o substrato ético que as informa - permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros.”
No âmbito da proteção internacional, também temos a ratificação desta característica dos direitos fundamentais, uma vez que a Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas, prever expressamente, em seu artigo 29 a relatividade destes direitos:
‘Todo o homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
 
No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
 
Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas. Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer direitos e liberdades aqui estabelecidos.”
12. Inviolabilidade: ressalta a impossibilidade dos direitos fundamentais não serem observados por disposições infraconstitucionais ou por atos das autoridades públicas, sob pena de nulidades dos mesmos, bem como da responsabilização civil, penal ou administrativa.
13. Complementaridade: os direitos fundamentais devem ser interpretados em conjunto, e não de forma isolada, não havendo hierarquia entre eles, com a finalidade de se alcançar os objetivos previstos pelo legislados constituinte. 
14. Concorrência: podem ser exercidos cumuladamente por um mesmo sujeito ativo.
15. Aplicabilidade imediata: o artigo 5º, §1º da Constituição Federal determina que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata, cabendo aos poderes públicos (Judiciário, Legislativo e Executivo) promover o desenvolvimento desses direitos.
Avançando nos estudos doutrinários podemos perceber que os juristas ainda divergem um pouco quanto à aplicabilidade dos direitos fundamentais, uns firmando que tal efeito de aplicação seria imediato e outros discordam, sendo no mínimo três correntes que procuram entender melhor sobre o tema: a primeira corrente, possivelmente liderada por Manoel Gonçalves Ferreira Filho afirma que os direitos fundamentais só têm aplicação direta se as normas que os definem são completas na sua hipótese e no seu dispositivo; já a segunda, encabeçada por Eros Grau, Flávia Piovesan, Dirley da Cunha, Luís Roberto Barroso, entre outros, afirma que referidos direitos são dotados de aplicabilidade imediata ainda que a norma que os prescreve é de índole programática; por último, a terceira corrente, liderada por Ingo Sarlet, Celso Bastos, José Afonso, Gilmar Mendes, entre outros, defende que há situações em que não há como dispensar uma concretização pelo legislador, como seriam casos de alguns direitos sociais, sendo que a norma descrita no art.5º, §1º da CF constituiria um mandado de otimização, impondo ao poder público em geral o dever de reconhecer a maior eficácia possível aos direitos fundamentais.
Vale a pena transcrever a citação da obra de Ingo Sarlet Wolfgang[13]:
“Ao artigo 5º, § 1º, da Constituição de 1988 é possível atribuir, sem sombra de duvidas, o mesmo sentido outorgado ao art. 18/1 da Constituição da Republica Portuguesa e ao art. 1º, inc. III, da Lei Fundamental da Alemanha, o que, em ultima análise, significa, de acordo com a lição de Jorge Miranda- que cada ato (qualquer ato) dos poderes públicos devem tomar os direitos fundamentais como “baliza e referencial”. Importante ainda, é a constatação de que o preceito em exame fundamenta uma vinculação isenta de lacunas dos órgãos e funções estatais aos direitos fundamentais, independentemente de forma jurídica mediante a qual são exercidas estas funções, razão pela qual- como assevera Gomes Canotilho inexiste ato de entidade publica que seja livre dos direitos fundamentais”.
Portanto, a previsão de aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais não é absoluta, uma vez que nem todas as normas são de eficácia plena ou contida, sendo que quando se tratar de comandos que definem direitos que necessitam de regulamentação, a norma passa a ter um conteúdo limitado, necessitando de regulamentação infraconstitucional.
16. Constitucionalização: outra característica dos direitos fundamentais que merece comentário diz respeito à constitucionalização dos mesmos. Ressalte-se que por meio dela, faz-se a divisão entre as expressões direitos fundamentais e direitos humanos.
Quando nos referimos ao ordenamento jurídico interno, principalmente no que tange aos direitos fundamentais, dizemos que são aqueles previstos na Constituição de um país, ou seja, os mesmos possuem esta característica da constitucionalização.
Conforme nos relata KONRAD HESSE[14], “os direitos fundamentais influem em todo o Direito – inclusive o Direito Administrativo e o Direito Processual – não só quando tem por objeto as relações jurídicas dos cidadãos com os poderespúblicos mas também quando regulam as relações jurídicas entre os particulares. Em tal medida servem de pauta tanto para o legislador como para as demais instâncias que aplicam o Direito, as quais, ao estabelecer, interpretar e pôr em prática normas jurídicas, deverão ter em conta o efeito dos direitos fundamentais.”
ARTS. 1º AO 4º 
FUNÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
1- DIREITO DE DEFESA – O Estado é o principal criador dos D.H e ele para que o governador cumpra, coloca as normas no principal ordenamento.
DEVER DE ABSTENÇÃO: DEVER DO ESTADO SE ABSTER
· Limitação de ação para o Estado
· Liberdade – 1ª dimensão. Como garantir a eficácia, os direitos? Torná-los em direitos fundamentais. Função do Estado é garantir os direitos naturais e imprescritíveis (sem validade) art. 16. 
O Estado deve estar organizado para garantir nossos direitos. Se não é para proteger os direitos, não é Estado.
Espécies de garantias
- proibição da prisão – 2 exceções para garantir nossa liberdade pessoal e de locomoção. 
- proibição do confisco
- proibição de censura prévia
Direitos a prestações
Igualdade: 2ª dimensão
Reduzir/destruir desigualdades
O Estado deve agir para libertar os indivíduos de suas necessidades mais básicas. Buscar e garantir os bens materiais. 
Só em 1996 – primeiro plano de DIREITOS HUMANOS.
Prestação jurídica do Estado de Defesa
Art. 7° e 229 
Regras processuais, para própria resolução refere os conflitos e não da insegurança. Teremos a exigência da análise. Ex. Pai possui o dever com o filho e assim vice e versa.
Direitos fundamentais de participação 
· Política
· Programáticas – quando deve ter condição e objeto.
CIDADANIA – Vínculo político com o Estado que gera para o nacional direitos e deveres. Vinculado ao gozo dos direitos, determinada sociedade muito maior que votar. A CF traz mecanismos para que participemos. 
Art. 58, IV, as comissões tem obrigações de receber petições contra atos ou contratos das autoridades públicas. 
A. Participação Política 
Art. 1°, Parágrafo 1° Todo poder emana do povo. 
B. Participação jurídico moral 
 Nós somos sujeitos de direitos voltados à proteção da dignidade e da realização da autonomia. Os direitos estão voltados a isso.
Produtos de riqueza e beneficiários da empresa.
Na teoria, os direitos fundamentais não são superiores que os outros. Não há hierarquia entre os direitos fundamentais. 
Na prática, não é respeitada esta questão, por exemplo: 
Propriedade x Moradia 
Princípios estruturais dos direitos humanos
IRREVOCABILIDADE – O Estado não pode renunciar os direitos humanos dos tratados (não pode sair/desacordar um acordo com tratados internacionais).
COMPLEMENTARIDADE SOLIDÁRIA – É a junção de direitos fundamentais, são universais, interdependentes. Eles se complementam de maneira solidária.
Cidadão é aquele que participa ativamente no Estado. 
Dos princípios fundamentais da Constituição – arts. 1 ao 4 cf/88
Estado democrático – O povo governa soberania popular. 
Democracia DIRETA: Menos povos (pequena população) + economia voltada na guerra. 
Democracia INDIRETA: Grande quantidade de pessoas + economia voltada ao comércio. 
A democracia é um direito humano (formalmente).
· Democracia e suas bases:
· Supremacia de vontade popular
· Preservação da liberdade. - princípio da reserva legal (limita os direitos).
· Igualdade de direitos
3 tipos ou formas de democracia
Direta – Atenas e Suíça 
Semi direta
Representativa ou indireta
Mecanismos de democracia direta ou semi direta
· Plebiscito
· Referendo Brasil usa somente esses três
· Iniciativa popular
· Veto popular - quando a lei aprovada e a população tem um prazo para vetar
· Recall - é a possibilidade de a população reaver seu dinheiro e o candidato não está cumprindo o que foi eleito para fazer.
Características fundamentais da república: governo
· Temporaridade: alternância de poder
· Eleiteiridade: deve ser eleito
· Responsabilidade: o governante deve ser responsável, prestar contas à população: crime de responsabilidade.
· Separação dos poderes
Bases da federação
Princípio da indissolubilidade: união indissolúvel dos Estados e Municípios. 
Autonomia: Toda federação deve ter cláusulas pétreas. Art. 34, inciso VII CF/88.
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO 
ESTADO DE DIREITO E DEMOCRACIA – SÃO OS 2 PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DA NOSSA CF. 
ESTADO DE DIREITO - foco não princípio da legalidade
Todos devem ser submetidos a lei, até o próprio ESTADO. 
DEMOCRACIA – foco na legitimidade, soberania, popular, defesa dos direitos sociais (CIDADANIA), pluralidade partidária.
“a vontade da maioria com a defesa dos direitos da minorias”.
I. Soberania e suas características: uma, indivisível, inalienável, imprescritível. 
II. CIDADANIA
III. Dignidade da pessoa humana
IV. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
V. O pluralismo político. – Permite que várias ideologias partidárias convivam juntas. Não me proíbe a criação de novos partidos. 
Tripartição dos poderes
· DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (TÍTULO I) – É o título que melhor representa os direitos fundamentais. 
ART. 2º DA CF/88 – São poderes da União independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Essa definição vem de MONTESQUIEU
- A busca da paz
- Necessidades básicas dos indivíduos
 Que contrapõe com o Estado de Natureza.
1215 – MAGNA CARTA
Para gerar a paz e evitar o estado de natureza, Montesquieu diz que o poder controla poder, por isso, devem os poderes do governante serem divididos em:
- Legislativo
- Executivo
- Judiciário
O Estado que adota a tripartição, estabelece os direitos da 1ª Dimensão.
Rosseau, substitui a “ideia” de rei em “nação”. Na República o poder emana do povo. Um Estado – nação tem a tripartição, uma vez que a separação é somente administrativa. 
O Direito passa a ser considerado como ciência (de forma neutra), após o surgimento da separação de poderes. O surgimento do juspositivismo e a ideia do “legalismo” = Princípio da Legalidade.
LEGISLATIVO – Funções típicas: legisla
		 Funções atípicas: administra/julga
EXECUTIVO – Funções típicas: administra
		 Funções atípicas: legisla
JUDICIÁRIO - Funções típicas: julga
		 Funções atípicas: legisla, administra
Chegando no art. 3º:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
LIMITAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
São dimensões dos direitos fundamentais:
SUBJETIVA – Tudo aquilo que nos beneficia, podendo ser uma ação positiva ou uma ação negativa, de outrem.
OBJETIVA – Está ligada aos princípios básicos da ordem constitucional, que funcionam como uma diretriz para a atuação do Estado. É a base do juspositivismo, com normas postas e que limitam a atuação do Estado e também entre os particulares. Atuam a favor dos titulares de direitos. 
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL – PRINCÍPIO QUE LIMITA OS DIREITOS DOS PRÓPRIOS INDIVÍDUOS (LIMITA OS PRINCÍPIOS).
DIREITOS E GARANTIAS
- O legislador equiparou ambos, mas os doutrinadores separam esses conceitos.
· Direitos – são proteções
· Garantias – São normas genéricas que defendem os direitos através das sanções.
Garantias
São individuais e institucionais (garantem as instituições, exemplo: família, universidade, etc).
Artigo 22 CF/88: A família tem proteção do Estado. Todas as normas do direito civil que tratam de assuntos de família são protegidas pela CF/88 (Estado).
Artigo 207 CF/88: Proteção a Universidade.
TITULARIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
- FICÇÃO JURÍDICA
- O TITULAR DE DIREITOS FUNDAMENTAIS É TANTO PESSOA FÍSICA, COMO PESSOA JURÍDICA.
- AS CONSEQUÊNCIAS DA IGUALDADE, DIREITO DE PROPRIEDADE,INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO, E OUTROS TAMBÉM VALEM PARA A PESSOA JURÍDICA. 
DIREITO À HONRA PARA PESSOA JURÍDICA: SÚMULA 227 DO STJ. -> “A PESSOA JURÍDICA TEM DIREITO AO DANO MORAL.”
ARTIGO 5º, INCISO IX – DIREITO DE ASSOCIAÇÃO. 
SUJEITO PASSIVO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
- É o Poder Político, Poder Político e Grupos Econômicos
Antes o Estado deveria respeitar os indivíduos, hoje:
 			ESTADO
 GRUPOS ECONÔMICOS 																												INDIVÍDUO 			INDIVÍDUO
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE X OUTROS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Estamos diante de uma colisão de direitos fundamentais, e para solucionar essa colisão, deverá ponderar a razoabilidade a proporcionalidade.
Pessoa: Ser autenticamente ele mesmo (identidade).
Base principiológica do conceito de “Pessoa”, possui raízes filosóficas, jurídicas, religiosas e antropológicas. 
O ser humano é um animal teleológico, ideológico e simbólico. Buscamos a vida digna, não qualquer vida.
CAPACIDADE DE TRANSCENDÊNCIA – Se deparar com o desconhecido, que causa angústia, medo. 
Se não há viabilidade de vida fora do útero, prioriza a vida dos pais. 
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
EUGENIA – Elimina o acaso
O direito limita a ciência para evitar ferir esse princípio.
TERAPIA GENÉTICA GERMINAL – ALTERA AS GERAÇÕES FUTURAS
TERAPIA GENÉTICA SOMÁTICA – NÃO AFETA AS GERAÇÕES FUTURAS.
Mesmo antes do nascimento, já temos direitos e deveres. 
A mulher antigamente, não era alcançada à condição de cidadão.
Deve-se atingir a igualdade essencial, ou seja, somos todos semelhantes, assim com, completude, comunicabilidade, especialidade e racionalidade.
KANT, diferencia “pessoa” de “indivíduo”. 
Ainda que pessoa seja um indivíduo, nossa condição psíquica é única, “pessoa ser um fim em si mesmo”, ou não posso tratar a pessoa como meio (coisa). 
· Da concepção, surge o ser que é ontofológico (ser mortal) e espiritual (ser imortal).
A igreja protegerá ao máximo a pessoa, por causa do ser espiritual – divino que consta no conceito de pessoa. 
Busca proteger:
- exigência de consentimento da pessoa para realizar ato.
- proibição de manipulação de material genético.
Pessoa – aspecto jurídico
Ente físico ou coletivo, Pessoa física e jurídica suscetível de direitos e obrigações.
Ficção jurídica – nascituro – expectativas de direito só surge o conceito de pessoa quando nasce com vida.
Qual a diferença entre ser humano e vida biológica humana? 
R: Ser humano é autoconsciente, racional, livre em opções morais e éticas.
Já vida biológica humana, refere ao feto, animal, etc.
Pessoa – sentido antropológico:
Algo científico, um personagem/pessoa.
Ciências Humanas – mantiveram o conceito de pessoa com viés psicossológico. A pessoa é uma elaboração social progressiva e mutável. O que nos humaniza é a sociabilidade (relação entre os seres humanos). 
DIREITOS FUNDAMENTAIS
- VIDA
- LIBERDADE
- IGUALDADE
- SEGURANÇA
- PROPRIEDADE
“O DIREITO AO RESPEITO DA VIDA NÃO É UM DIREITO À VIDA,” (MHO)
O artigo 5º, trata-se de direitos individuais e coletivos. As cláusulas pétreas se referem aos direitos individuais.
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
A vida não é uma concessão do Estado.
- HOBBES – Posso me opor ao soberano que quando ele não protege/garante a vida de seus súditos. 
* O respeito à vida antecede a conduta estatal de proteger a vida. A vida relacionada a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA é matriz dos direitos fundamentais. 
VIDAS: 
- direitos à integridade física e moral (honra, nome, imagem, intimidade – direitos da personalidade)
- proibição da tortura e do tratamento desumano ou degradante (inciso III do artigo 5º, CF/88), é absoluto/rígido/imutável. 
- proibição da pena de morte, salvo exceções. 
- proibição da eutanásia e do aborto, salvo exceções. 
Liberdade – relaciona-se com o Princípio da legalidade (inciso II, do artigo 5º, CF.).
Podendo ser uma liberdade negativa: Pode fazer tudo o que não for proibido por lei. 
Características:
· LIBERDADE DE PESSOA FÍSICA:
- locomoção
- circulação
· LIBERDADE DE PENSAMENTO:
- expressar aquilo que pensou de opinião. 
- crença 
- convicção política e filosófica
- direito de informar e de ser informado
- transmissão e receber conhecimento
· LIBERDADE DE EXPRESSÃO COLETIVA
- direito de reunião
- direito de associação
· LIBERDADE DE AÇÃO PROFISSIONAL ( INCISO XIII, DO ART. 5º, CF)
- permite que todos escolham suas profissões
· LIBERDADE DE CUNHO ECONÔMICO SOCIAL
- livre iniciativa
- liberdade contratual
- liberdade de trabalho
IGUALDADE
FORMAL: igualdade essencial – somos todos iguais, pois somos seres humanos.
MATERIAL: materialmente somos desiguais.
· Direito à diferença – Respeito à Diversidade. 
- Ações afirmativas aplicadas na sociedade para igualar as minorias com a maioria. 
SEGURANÇA
- do domicílio – asilo inviolável
- das comunicações pessoais – sigilo de correspondência
- em matéria penal – tribunal do júri
- em matéria tributária – proibição de confisco a anterioridade do tributo.
- privada
- alimentar
 
A segurança da propriedade, tem origem do Liberalismo, na Revolução Francesa. 
PROPRIEDADE
Art. 5º caput, XXII A XXIV, ART. 182, 184 E 243.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA
PRINCIPIO DA LEGALIDADE
DIREITOS SOCIAIS
- Reunião – temporária
- Associação – permanente 
As associações não podem ser suspensas, apenas por ordem judicial. E só pode ser dissolvida, após ordem judicial, e trânsito em julgado.
Ex de associação: sindicatos.
· DIREITO AUTORAL
· PRINCIPIO DO JUIZ NATURAL – INCISOS: XXXVII, XXXIX E XL (SÓ REALIZAR LEITURA PARA ESCLARECIMENTO).
ART. 7º - São direitos constitucionais (a reforma foi somente na CLT)
DIREITOS SINDICAIS: ART. 8º AO 11 - Embora sejam ramos próximos, devem ser entendidos como distinto o Direito Sindical do Direito Coletivo do Trabalho. Esta distinção muitas vezes não é feita por parte da doutrina menos cuidadosa. Este é mais abrangente que o direito sindical.
O professor Amauri Mascaro nascimento entende que o direito coletivo do trabalho por ser um ramo de maior amplitude engloba todo direito sindical, tratando este tão somente das relações estritamente ligadas aos sindicatos e suas relações. O direito coletivo regularia, por exemplo, a representação de trabalhador dentro da própria empresa, fato que não é acobertado pelo direito sindical.
NACIONALIDADE: ARTS 12 E 13
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente, ou venham a residir na República Federativa do Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;
* c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;
* Nova redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 7.6.1994.
* c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãebrasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
* Nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 20.09.2007.
·	Ver art. 32 da Lei nº 6015, de 31.12.1979 – autenticidade dos assentos de nascimento de brasileiros no exterior (Registros Públicos).
II - naturalizados:
·	Ver arts. 111 e seguintes da Lei nº 6815, de 19.8.1980, que definea situação jurídica do estrangeiro no brasil e cria o conselho nacional de imigração. (Estatuto dos Estrangeiros).
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de trinta anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
* b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro nato, salvo os casos previstos nesta Constituição.
* § 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
* Nova redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 7.6.1994.
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
* VII - de Ministro de Estado da Defesa.
* Nova Redação dada pelo art. 1º da Emenda Constitucional nº 23, de 2.9.1999.
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade por naturalização voluntária.
* II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
* a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
* b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
* Nova redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 7.6.1994.
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
DIREITOS POLÍTICOS – ARTS. 14 A 16
Representação política
O maior problema é que muitos partidos políticos têm representatividade. Se houvessem menos, a facilidade de mudança seria melhor.
Governamos por meio de representantes.
PARTIDO POLÍTICO (SÉC. XVIII): representa uma parte da sociedade, é a parte escolhida.
- Estamos vivendo uma crise de representatividade. 
CLASSIFICAR OS SISTEMAS PARTIDÁRIOS
· Quanto à organização interna:
- partido de quadros – tenha os mais capazes, mais ricos
- partido de massa – maior número de filiados, não há financiamento de fora, mas, sim os próprios filiados. 
· Quanto à organização externa:
- partido único
- catalismo democrático – Comitê Central, 120
SISTEMAS BIPARTIDÁRIOS
(EX: REPUBLICANOS X DEMOCRÁTAS)
O Brasil teve esse sistema no período da ditadura.
ARENA (a favor do sistema) X MDB (oposição)
SISTEMAS PLURIPARTIDÁRIOS
O Brasil adota esse sistema atualmente.
ART. 17, EMENDA CONSTITUCIONAL 97/2017
· Se o partido não atingir um número significativo, não haverá espaço para sua representatividade. O parágrafo 1º, menciona que não poderá haver coligação, porém a E.C, diz que só terá aplicabilidade em 2020. Cada partido terá que preencher sua chapa completa, ou não terá espaço. 
ESTADO DE EXCEÇÃO – 
Legitimidade ordinária – extraordinária
Ter dois requisitos:
- necessidade: caso não tenha, é golpe de Estado
- temporariedade
INTERVENÇÃO FEDERAL, NÃO SUSPENDE OS DIREITOS FUNDAMENTAIS.
ESTADO DE DEFESA
ART. 132
- O presidente é quem controla a decretação, encaminha para o Congresso Nacional, tem que estipular um período.
- O presidente pode, ouvido os conselhos (não está obrigado a seguir os pareceres), decretar o ESTADO de DEFESA para preservar OU prontamente estabelecer os locais restritos e determinados (ESTADOS LOCAIS).
USADO QUANDO AMEAÇAR A:
- Ordem pública
- Paz social
LIMITE MATERIAL:
- grave iminente instabilidade institucional
- ou atingidas por calamidade de grandes proporções NA natureza.
Ex: Mariana (desastre).
LIMITAÇÕES FORMAIS:
Opção 1. Presidente decide decretar o Estado de Defesa, houve os conselhos, e decide não decretar, encerra. 
Opção 2. Presidente decide decretar o Estado de Defesa, em 24 horas submete o ato ao CONGRESSO NACIONAL, que decide por maioria absoluta (tem o prazo de 10 dias, caso se quedar inerte, ocorre aceitação tácita, isso de acordo com a doutrina, muitas vezes aceita pela jurisprudência). 
- Caso rejeite, cessa o Estado de Defesa.
- Caso decida manter, o Estado de Defesa terá vigência não superior a 30 dias, prorrogável por apenas mais 30. 
- Há obrigatoriedade de consulta aos conselhos, mas não de seguir o conselho. 
- O presidente traz o Estado de Defesa através do ato normativo DECRETO.
- O Congresso (a partir do recebimento) tem o prazo de 10 dias para apreciação.
- Enquanto vigorar o ESTADO DE DEFESA, o Congresso Nacional não poderá entrar em recesso.
- Especificar as áreas abrangidas.
- Poderá trazer medidas coercitivas, ou seja, reprimir os direitos fundamentais (art. 136, incisos e alíneas, parágrafo 1 e 3, apresentam medidas coercitivas).
ESTADO DE SÍTIO
ART. 137
INC. I: Quando o Estado de Defesa não da conta ou já comoção social.
É no máximo 30 dias, porém prorrogável por 30+30+30+30...
Se o motivo for o do INC. I, AS MEDIDAS COERCITIVAS: ART. 139, CF.
INC. II: Quando houver GUERRA.
- O tempo é indeterminado. 
Caso houver guerra estrangeira, não haverá limitação em suprimir os direitos fundamentais.
- Via normativa é o decreto
- deve ouvir obrigatoriamente os conselhos
- autorização do Congresso Nacional e obter essa autorização (5 dias para apreciar) (se o Congresso não se pronunciar, não poderá seguir, diferentemente do Est. De Sítio).
CONTROLES: ESTADO DE DEFESA E DE SÍTIO
Controle político: Congresso Nacional
(quando termina, o presidente terá que fazer um relatório.
Art. 141 – Se houver excessos, haverá punição. 
Estado de Defesa: (priore) – ANTES
Estado de Sítio: (priore e posteiore) – ANTES, DURANTE E DEPOIS. 
Da ordem social – arts. 193 à 232.
Estado Social = ele vem substituindo o estado libera que surge com a rev. Francesa e ele n da muito certo porque tem pessoas q ficam a margem desse estado e temos que trazer elas para democracia. Inicio do sec 20 para ideia de um estado mais intervencionista para vivermos em liberdade. Ex o trabalhador do passado trabalhava varias horas com poucas remunerações o estado no sec 20 vem para intervir o particular e regulamentar as relações de trabalho. O estado social vem para disciplinara ordem econômica e social. Ele presta serviços para a população, na área da saúde, educação, previdência. Mo inicio do sec 20 que ele surge e surge devido a alguns fatores:
a) Crises econômicas devido ao processo de industrialização 
b) 1º Guerra mundial
Partido socialista e cristão busca a igualdade material.
No estado liberal, temos foco na liberdade e a questão da igualdade (igualdade formal/igualdade abstrata) todos somos iguais perante a lei. Ideia de somos livres e iguais, o estado não interfere nas relações privadas ele está aqui so para garantir meus direitos individuais e políticos. Eu que tenho que correr atrás da saúde, educação e etc
No sec 20 quero ampliar as funções do estado. Você perde um pouco a ideia do estado liberal. 
Estado social garante a liberdade e a igualdade formal e trazer a igualdadematerial. Tem que ter o estado mais intervencionista, e realizador da justiça distributiva 
Igualdade material = é entender que as pessoas têm condições e necessidades diferentes. Cada um de acordo com sua necessidade e capacidade, ou seja, se você ganhar mais você paga mais impostos. O estado faz uma redistribuição de renda.
O Brasil só começa a perceber essas políticas com a chegada de Getúlio Vargas 
Em 1934 a constituição brasileira começa a ter essa concepção.
Um exemplo é o SUS que é em todo Brasil para todos até estrangeiros. É um estado social.
Constituição social = Conjunto de normas superiores e além de trazer os direitos individuais, também disciplina a ordem econômica, social e traz também os direitos sociais. Ela traz os direitos de 1 dimensão e traz também os direitos ligados a igualdade recuando a ordem econômica social.
Art. 170 = a base da ordem econômica esta na ideia do estado social. 
Direitos sociais são os direitos de segunda dimensão. Eles exigem do estado uma atuação positiva, ou seja, que o estado tem a obrigação de implementar politicas que atendam os hipossuficientes.
Quais são os direitos sociais: saúde, educação, lazer, trabalho, assistência aos desamparados etc.
Espécies de direitos sociais de acordo com Jose Afonso da Silva:
- direitos sociais dos trabalhadores art. 7 ao 11: eles são classificados como direitos sociais individuais e coletivos.
- direitos sociais da seguidade social arts. 194 à 204 CF:
 - saúde = arts. 196 à 200: independe de contribuição, basta o indivíduo ser necessitado que ele será assistido
 - previdência social = arts. 203 e 204: preencher certos requisitos; tem que ter contribuição. Pessoa vulnerável ( LOAS ) que não tem como contribuir ele entra na assistência social onde ela ofertará cerca de 500 reais para ele sobreviver 
 - Assistência social = arts. 201 e 202: independe de contribuição, basta o indivíduo ser necessitado que ele será assistido
- direitos sociais de natureza econômica = busca ao primeiro emprego. Redução das desigualdades sociais.
- direitos sociais da cultura= art. 215,216 e 216A
Direito à educação = arts. 205 à 214: A partir do que prevê o art 205, 206 teremos uma serie de mecanismos onde diz que o estado diz que terá educação gratuita até 17 anos. O estado tem obrigação mesmo depois que ele torna maior de idade de ofertar isso. Tem que buscar universalização do ensino médio. Garantir a todos o termino do ensino médio garante menos criminalização. O estado tem obrigação de oferecer creche 
- direitos sócias da segurança 
Art. 193 CF = nosso estado deve buscar a justiça social. As injustiças para serem superadas precisam das lutas sociais e uma parte dos brasileiros querem criminalizar essas lutas sociais
Quem tem dir. a previdência? todas pessoas têm que contribuir.
Alguns assuntos o legislador “forçou” para que entrasse como ordem social e são esses:
Art. 217 não faz parte da ordem social mas o legislador forcou para que fosse
Art. 233 mesmas coisas
Art. 225
Questão indígena
Família, adolescente, jovem e idoso. A família porque ela já esta protegida e por sinal muito bem protegida pela CF. adolescente ele é pelo ECA.
Características dos direitos sociais
- clausula aberta = os direitos sociais previstos no cf, eles não excluem outros direitos que são adicionar no ordenamento brasileiro. Eles não são taxativos, eles são exemplificativos, ou seja, há a possibilidade de você acrescentar mais direitos sociais. Eles podem ser aprovados dentro do art 3 §5 como podem entrar com norma supra legal.
- Principio irrenunciabilidade – eles se caracterizam por ser normas cogentes de ordem públicas. Norma cogente é aquela que está numa situação de subordinação, ou seja, não posso criar uma norma que contrarie a norma de ordem pública. Eles protegem partes de hipossuficiente. Ela se opõe a norma de caráter dispositiva que é aquela que vale o que as partes acordarem e não o que o estado estabelece.
- implementação progressiva = aqui temos que respeitar os limites financeiros e orçamentários do estado. O brasil tem um déficit social absurdo, é um país rico de pessoas pobres. 
- reserva do possível = os direitos sociais entram como normas programáticas, são objetivos que devem ser atingidos. O que fica fora dela é o mínimo existencial que o juiz ira determinar no julgamento. Como exemplo se eu entrasse com uma ação contra o estado sobre o salário mínimo ele alegaria a reserva do possível. Quando se trata do mínimo existencial eu não uso a reserva a aplicação será imediata
Princípio da proibição do retrocesso = você não pode permitir que o legislador ordinário retire direitos sociais alcançados, porém, tem direitos que estão sendo reduzidos e o legislador deveria verificar isso.
Princípio da inafastabilidade da jurisdição= qualquer ameaça ou lesão ao direito você pode acionar o estado. 
Não caracteriza interferência de um poder no outro quando se trata da matéria constitucional, quando o STF exige do Judiciário que interfira para a aplicação de direitos sociais com base no ins 35 art 5

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