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RESUMO DIGITAL DE DIREITOS FUNDAMENTAIS

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Apostila do curso de
Direito
Preparação OAB
BY JULIANE LIMA
@_JULIANESLIMA
RESUMO DIGITAL
 <<<<<<<<<<<<< Direitos Fundamentais >>>>>>>>>>>>>>> 
 
• 
↝ DIREITOS DO HOMEM: 
- Valores éticos (limitação do poder e dignidade da pessoa 
humana) 
- Não positivados 
- Fontes: textos sagrados, obras literárias, discursos políticos, 
etc. 
↝ DIREITOS HUMANOS: 
- Valores éticos (limitação do poder e dignidade da pessoa 
humana) 
- Positivadas no plano internacional 
- Fontes: Tratados Internacionais, Pactos, Convenções. 
↝ DIREITOS FUNDAMENTAIS: 
- Valores éticos (limitação do poder e dignidade da pessoa 
humana) 
- Positivadas no plano interno 
- Fontes: Constituição, tratados internacionais 
- A Constituição Federal prevê, no Título II, os direitos e 
garantias fundamentais, quais sejam: direitos e deveres 
individuais e coletivos (capítulo I); direitos sociais (capítulo II); 
direitos de nacionalidade (capítulo III); direitos políticos (capítulo 
IV) e partidos políticos (capítulo V). 
• 
↝ Definição Tradicional: Direitos fundamentais são direitos 
público- subjetivos de pessoas (físicas ou jurí-dicas), contidos 
em dispositivos constitucionais e, portanto, que encerram 
caráter normativo supremo dentro do Estado, tendo como 
finalidade limitar o exercício do poder estatal em face da 
liberdade individual. 
↝ Definição Moderna: Normas que estabelecem os direitos 
mais básicos dos indivíduos (pessoas físicas ou jurídicas) e 
estão consagradas em um dado ordenamento constitucional 
em um dado contexto histórico. 
DIREITOS FUNDAMENTAIS: Normas Jurídicas > Constituição 
> Estado Democrático de Direito > Dignidade Humana > 
Limitação do Poder Estatal 
↝ Cumpre ressaltar que há uma diferenciação entre direitos 
e garantias fundamentais: “direitos são bens e vantagens 
prescritos na norma constitucional, enquanto as garantias são 
os instrumentos através dos quais se assegura o exercício dos 
aludidos direitos (preventivamente) ou prontamente os repara, 
caso violados”, conforme explana Pedro Lenza. 
• 
- Historicidade: os direitos fundamentais são conquistados com 
o passar do tempo, pois existe um processo histórico; 
- São mutáveis: sujeitos a ampliações 
- Estão sempre prontos para ser exercidos pelo seu titular, 
ao contrário dos demais direitos 
- Inalienabilidade e irrenunciabilidade: não há possibilidade de 
renúncia por parte de seu titular e o estado deve estar 
sempre atento para garanti-los 
- Universais 
- São petrificados e imprescritíveis: no sentido de não 
poderem sofrer alteração de cunho restritivo, porque não 
admitem emendas tendentes a aboli-los 
- São fundamentais porque transcendem a CF/88, encontram 
fundamento na Declaração dos Direitos do Homem 
- Concorrência: podem ser exercidos cumulativamente 
• 
*Também chamadas de “dimensões” pela doutrina mais atual; 
↝ são os direitos ligados à ideia de 
liberdade. São direitos civis e políticos que implicam em um 
dever de abstenção do Estado, pois deixa de intervir (atuação 
negativa). Exemplos: liberdade de expressão, direito de 
propriedade, liberdade de locomoção. 
↝ são aqueles ligados à ideia de igualdade. 
São os direitos sociais, econômicos e culturais. Ao contrário 
dos direitos de primeira geração, estes implicam um dever de 
atuação do Estado (atuação positiva em prol dos indivíduos). 
Em função disso, também são chamados de liberdades 
positivas. Exemplos: o direito de ser empregado em condições 
justas e favoráveis, direitos à alimentação, moradia, educação 
e assistência médica, bem como seguridade social e proteção 
no desemprego. 
↝ são ligados à ideia de solidariedade, de 
fraternidade, direitos estes que não são titularizados por uma 
única pessoa. São os direitos difusos e coletivos. Exemplos: 
direito ao meio ambiente, direitos do consumidor. 
↝ São direitos relativos à manipulação 
genética, relacionados à biotecnologia e à bioengenharia, 
tratando de discussões sobre a vida e a morte, pressupondo 
sempre um debate ético prévio. Sua consolidação é 
irreversível, sendo certo que, através deles, se estabelecem 
os alicerces jurídicos dos avanços tecnológicos e seus limites 
constitucionais. Resultantes da globalização 
↝ é o direito à paz, axioma da democracia 
participativa e supremo direito da humanidade. 
*Crítica das gerações: 
- Uma geração não substitui a outra 
- Não há hierarquia 
- Não há prioridade de implementação: indivisibilidade e 
interdependência de direitos 
- Preferência pelo uso “dimensões” 
• 
↝As normas de direitos fundamentais referem-se tanto às 
normas estabelecidas diretamente pela Constituição como às 
normas atribuídas. Uma norma de direito fundamental atribuída, 
ou seja, uma norma que possui uma correta fundamentação 
nos direitos fundamentais pode ser resultado de 
sopesamentos (estabelecer o “peso concreto” = a relevância 
especifica) 
 <<<<<<<<<<<<< Direitos Fundamentais >>>>>>>>>>>>>>> 
 
↝ Em outras palavras, como resultado de todo sopesamento 
que seja correto do ponto de vista dos direitos fundamentais, 
pode ser formulada norma de direito fundamental atribuída, 
que tem estrutura de uma regra e à qual o caso pode ser 
subsumido, como se fosse uma norma positiva. 
• 
1. Função de defesa ou de liberdade 
2. Função de prestação social 
3. Função de proteção perante terceiros 
4. Função de não discriminação 
• 
↝ Deveres conexos ou correlatos são aqueles extraídos a 
partir de algum direito. Exemplo: dever de não poluir o meio 
ambiente, conexo ao direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado. 
↝ Os deveres autônomos não dependem de direitos para 
serem observados, vide o dever de pagar impostos. Tal dever 
existe porque a Constituição assim prevê para a manutenção 
do Estado e o cumprimento de outros deveres. 
↝ Deveres previstos na CF/88: Art. 5º 
1. Deveres de efetivação dos direitos fundamentais: 
necessidade de atuação positiva do Estado (Estado 
prestacionista); 
2. Deveres específicos do Estado em face dos indivíduos, 
como o dever de indenizar o condenado em erro 
judiciário; 
3. Deveres de criminalização do Estado: relaciona-se com o 
dever do Legislativo de editar atos que descrevem as 
condutas e suas punições (ex.: normatização do crime de 
tortura); 
4. Deveres dos cidadãos e da sociedade, como o serviço 
militar obrigatório e a educação por parte do Estado e da 
família; 
5. Dever de exercício do direito de forma solidária: utilizar-
se das prerrogativas levando em consideração os 
interesses da sociedade (ex.: função social da 
propriedade); 
6. Deveres implícitos: o direito de uma pessoa pressupõe o 
dever de todas as demais e das autoridades estatais. 
• 
↝ a justiciabilidade caracteriza-se como forma específica de 
exigibilidade em juízo. Uma vez que admitimos que é essencial 
à fundamentalidade dos direitos a possibilidade de que sua 
lesão seja conhecida pelos tribunais, então necessariamente 
fazemos referência à sua justiciabilidade. 
• 
↝ O do direito é quem figura como sujeito ativo da 
relação jurídico-subjetiva: 
- As pessoas físicas: brasileiros natos, brasileiros naturalizados 
e os estrangeiros, sejam eles residentes no Brasil ou não 
residentes no Brasil. Vale lembrar que o Supremo Tribunal 
Federal já reconheceu a possibilidade de um estrangeiro, que 
esteja em férias no país, impetrar habeas corpus para 
proteger o seu direito de locomoção. 
- As pessoas jurídicas; 
- Até mesmo o próprio Estado, representado pelas pessoas 
jurídicas de direito público e também pelas pessoas jurídicas 
de direito privado prestadoras de serviço público, além da 
possibilidade consagrada pela jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal de serem tais direitos igualmente oponíveis 
a particulares (pessoas físicas e jurídicas). 
↝ O é a pessoa em face da qual o titular pode 
exigir o respeito, proteção ou promoção do seu direito. 
 <<<<<<<<<< Direitos Fundamentais >>>>>>>>> 
 
o 
↝ São os sujeitos passivos da relação jurídica,ou seja, estão 
vinculados pelas normas de direitos fundamentais; 
Art. 5º, §1º. As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
↝ Assim, cada ato do poder público deve tomar os Direitos 
Fundamentais como baliza e referencial; 
↝ Os DF’s não se encontram na esfera de disponibilidade dos 
poderes públicos; 
↝ Os órgãos estatais se encontram na obrigação de tudo 
fazer no sentido de realizar os direitos fundamentais. 
- Poder Legislativo: 
*O legislador tem uma limitação na sua liberdade de 
conformação na sua tarefa de concretizar a Constituição. 
*Aspecto negativo: proibição de legislar de modo contrário às 
normas de direitos fundamentais. 
*Aspecto positivo: dever de concretização dos direitos 
fundamentais. 
*Omissão inconstitucional; 
ADO nº 26: Omissão inconstitucional do Congresso Nacional 
em legislar sobre o assunto, em face do disposto no artigo 5º, 
incisos XLI e XLII, da Constituição, segundo os quais “a lei 
punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e 
liberdades fundamentais” e “a prática do racismo constitui 
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei”. 
Obs: Normas infraconstitucionais gozam de presunção de 
constitucionalidade; 
o 
↝ Dirley da Cunha Júnior (2014, p. 235-236) aduz que “São 
pressupostos da inconstitucionalidade por omissão: 
a) que a violação da Constituição decorra do não 
cumprimento de ‘certa e determinada’ norma constitucional; 
b) que se trate de norma constitucional não exequível por si 
mesma (normas de eficácia limitada); e 
c) que, na circunstância concreta da prática legislativa, faltem 
as medidas necessárias para tornar exequível aquela norma 
constitucional”. 
o 
- Pessoas jurídicas de direito público; 
- Pessoas jurídicas de direito privado com atribuições de 
natureza pública; 
- Pessoas jurídicas de direito público que atuam na esfera 
privada. 
↝ Os órgãos administrativos devem executar apenas as leis 
que sejam conformes aos DF’s, bem como interpretá-las em 
conformidade com os direitos fundamentais. 
- Poder executivo: 
*As decisões do executivo são marcadas pelo princípio da 
discricionariedade administrativa; 
*Via de regra não podem ser controladas pelo Poder 
Judiciário; 
*O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, que 
o Poder Judiciário pode determinar que a Administração 
Pública realize obras ou reformas emergenciais em presídios 
para garantir os direitos fundamentais dos presos, como sua 
integridade física e moral. A decisão foi tomada no julgamento 
do Recurso Extraordinário (RE) 592581. 
- Poder Judiciário: 
*A própria organização do tribunal e o procedimento judicial 
devem ser compreendidos à luz dos direitos fundamentais; 
*Vinculação dos atos jurisdicionais aos direitos fundamentais. 
*Exercem também o controle de constitucionalidade dos 
demais órgãos estatais – possuem o poder e dever de não 
aplicar atos contrários à Constituição; 
*Bem como, o dever de outorgar às normas de direitos 
fundamentais a maior eficácia possível no âmbito do sistema 
jurídico. 
- O poder judiciário pode intervir em problemas estruturais 
que são de competência de outros poderes para efetivar 
direitos fundamentais? 
A 5.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região 
entendeu que a demora excessiva do Poder Público para 
realizar direitos fundamentais justifica a intervenção do 
Judiciário para impor a obrigação de fazer. Para o Tribunal, tal 
intervenção não constitui violação ao princípio da separação 
dos poderes. 
o 
Estado 
 
Titulares dos Direitos Fundamentais 
 
Constitucionalização das relações privadas 
Particular Particular 
o 
- Particulares: 
*Os particulares estão sujeitos a força vinculante dos Direitos 
Fundamentais, contudo a CF nada dispôs a respeito; 
*Há controvérsia quanto ao modo de vinculação e seus 
efeitos. 
o 
Art. 5º, § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
Dessa norma é possível extrair alguns desdobramentos: 
a) Dever de máxima eficácia e efetividade das normas de 
direitos fundamentais; 
b) Exclusão do caráter meramente programático das 
normas de direitos fundamentais; 
 <<<<<<<<<< Direitos Fundamentais >>>>>>>>> 
 
c) Presunção de que as normas de DF’s são de eficácia 
plena, ou seja, a lei não poderá operar como impeditivo 
da sua aplicação, contudo, não afasta a exceção, nos 
casos que a Constituição assim estabelece. 
d) A eficácia e aplicabilidade que de fato cada norma de 
direito fundamental apresenta irão depender do exame 
de cada direito fundamental; 
e) A aplicação imediata é direcionada a todos os direitos 
fundamentais; 
f) O fato de o dever de aplicação imediata não excluir, 
qualquer tipo de direito fundamental, não significa que não 
haja diferenças importantes entre as normas de DF’s e 
até exceções, mas ainda sim, terão algum tipo de 
aplicabilidade e eficácia. 
o 
↝A aplicação dos direitos fundamentais nas relações 
privadas nasceu como uma forma de defesa de uma esfera 
de liberdade dos particulares em face do Estado. Isto porque, 
com o desenvolvimento da sociedade, há uma participação 
mais ativa desta no exercício do poder, antes adstrito ao 
Estado. 
↝ Nos termos da proposta da teoria da eficácia direta ou 
imediata, como o próprio nome sugere, 
alguns direitos fundamentais podem ser 
aplicados diretamente às relações privadas, ou seja, sem a 
necessidade da intervenção legislativa. 
↝ A concepção de que os direitos fundamentais obrigam não 
somente o Estado, mas também os particulares, no sentido de 
que devem respeitar tais direitos em suas relações privadas, 
é denominada pela doutrina constitucionalista de “eficácia 
horizontal” dos direitos fundamentais 
o 
↝A eficácia horizontal dos direitos fundamentais refere-se a 
aplicação desses direitos na esfera jurídico-privada, ou seja, no 
âmbito das relações jurídicas entre particulares. A eficácia 
horizontal representa uma constatação de que a opressão e 
a violência não advêm somente do Estado, mas também de 
múltiplos atores privados, fazendo com que a incidência dos 
direitos fundamentais fosse estendida para as relações 
particulares. 
↝ No Estado Social de Direito, não apenas o Estado ampliou 
as suas atividades e funções, mas também a sociedade, cada 
vez mais, participa ativamente do exercício do poder. Isso faz 
com que seja necessária a proteção da liberdade individual 
não apenas contra os poderes públicos, mas também contra 
os mais fortes no âmbito da sociedade. 
↝
- Stace action: os direitos fundamentais somente incidem nas 
relações privadas quando o particular está agindo como 
“agente estatal”, no exercício de atividades tipicamente estatais 
- Teoria/eficácia Indireta (mediata): os direitos fundamentais 
incidem nas relações privadas através de normas 
infraconstitucionais. Diz que primeiramente, os Direitos 
Fundamentais são direitos de defesa da liberdade contra o 
Estado e não vinculam os particulares de modo imediato e 
absoluto. Contudo, os Direitos Fundamentais têm uma força 
conformadora das relações entre particulares, quer por meio 
da legislação Civil ou Criminal, quer por meio da interpretação 
das cláusulas gerais do Direito Civil suscetível de 
preenchimento valorativo, como, por exemplo, os artigos 113, 
122, e 187 do Código Civil. Assim, os Direitos Fundamentais 
seriam aplicados às relações inter-privadas se houver lei 
regulamentando o direito, pois do contrário, haveria violação 
à autonomia da vontade. 
- Teoria/eficácia Direta (Imediata): os direitos fundamentais 
incidem nas relações privadas de forma direta, 
independentemente de lei. Defende que os Direitos 
Fundamentais se aplicam obrigatória e diretamente com 
validade absoluta nas relações entre particulares, podendo os 
indivíduos, sem necessidade de mediação legislativa do Estado, 
fazê-los valer contra atos de outros indivíduosou pessoas 
jurídicas, ou seja, não exigem pontos de infiltração, como as 
cláusulas gerais. 
o 
↝ Âmbito de proteção da liberdade de expressão: 
1. Manifestação de opiniões 
2. Ideias 
3. Pontos de vista 
4. Convicções críticas e Juízos de valor 
5. Em princípio em todas as formas: gestos, sinais, 
movimentos, mensagens orais e escritas etc. 
↝ Quanto ao meio, todos os que não sejam violentos estão 
protegidos: manifestações orais ou escritas, imagens, 
encenações, bem como as novas formas de expressão 
decorrentes do avanço tecnológico, como “blogs”, “chats. 
↝ Discurso x Conduta: 
- Há quem faça distinção entre discurso e conduta, afirmando 
que só o primeiro estaria salvaguardado pela liberdade de 
expressão. 
- Assim, por exemplo, a liberdade de expressão protegeria a 
defesa da descriminalização das drogas, mas não o consumo 
de entorpecentes. 
↝ Há um dever com a verdade? 
Canotilho e Vital Moreira negam a existência de um dever de 
verdade quanto aos fatos, assim como afastam, em princípio, 
qualquer tipo de delito de opinião, ainda que se cuidem de 
posições contrárias à ordem constitucional democrática. 
Mas, deve-se ponderar no caso concreto! 
o 
↝ Na sua dimensão subjetiva, ela é, antes de tudo, um direito 
negativo, que protege os seus titulares das ações do Estado 
 <<<<<<<<<< Direitos Fundamentais >>>>>>>>> 
 
e de terceiros que visem a impedir ou a prejudicar o exercício 
da faculdade de externar e divulgar ideias, opiniões e 
informações. 
↝ A liberdade de expressão em primeira linha assume a 
condição precípua de direito de defesa (direito negativo), 
contudo, também de forma correlata possui uma dimensão 
positiva, implicando o direito de acesso aos meios de 
expressão 
o 
↝ Já a dimensão objetiva da liberdade de expressão deriva 
do reconhecimento de que, além de direito individual, ela 
acolhe um valor extremamente importante para o 
funcionamento das sociedades democráticas, que deve ser 
devidamente protegido e promovido. 
o 
TITULARES: A liberdade de expressão é destinada a pessoa 
natural, o indivíduo, incluindo brasileiros e estrangeiros, em 
razão do princípio da universalidade dos direitos fundamentais. 
Ressalta-se que também é um direito compatível com a 
condição de pessoas jurídicas. 
DESTINATÁRIOS: São os sujeitos passivos, havendo a 
vinculação à liberdade de expressão de todos os poderes 
públicos, bem como aos particulares (eficácia privada). 
o 
↝ Segundo Jorge Reis Novais podem ser definidos como 
ações ou omissões dos poderes públicos ou dos particulares 
que dificultem, reduzam ou eliminem o acesso ao bem jurídico 
protegido, afetando o seu exercício ou diminuindo deveres 
estatais de garantia e promoção. 
o 
- Limitações prima facie = dirigidas aos titulares de direitos 
fundamentais. 
- Limitações por reserva legal = autorizações constitucionais 
para a restrição de direitos por parte do legislador 
- Limitações não expressas = por força de colisão entre 
direitos fundamentais 
*Em qualquer caso, uma restrição de direito fundamental 
exige, direta ou indiretamente um fundamento constitucional 
o 
Visa a designar os diversos obstáculos normativos que 
restringem a possibilidade de o poder público limitar os direitos 
fundamentais. 
- Plano formal: competência, procedimento e formas adotadas 
pela autoridade estatal; 
- Plano material: observância do núcleo essencial destes 
direitos, bem como o cumprimento da proporcionalidade e 
razoabilidade. 
o 
↝ O direito à vida é uma garantia fundamental prevista no 
artigo 5º, caput da CF. Ela garante proteção à vida e trata-se 
de um direito inviolável conforme afirma Marcelo Novelino. 
- Titularidade: mais ampla possível – qualquer ser humano – 
independente de ser nacional ou estrangeiro; 
Incompatível com pessoas jurídicas – questões relacionadas à 
proteção de sua existência estão abrangidas pelo direito de 
associação ou outros direitos 
- Destinatários: Estados e particulares. 
- Limites e intervenções no direito à vida: 
*A CF assegurou uma proteção forte ao direito à vida, mas a 
própria Constituição estabelece uma exceção, quando é 
possível a pena de morte em caso de guerra. 
*A proibição de pena de morte, não implica que o direito à 
vida é absoluto, nem impede que em determinadas 
circunstâncias, a vida de alguém seja tomada, sem que daí 
resulte uma sanção da ordem jurídica. Ex.: legítima defesa, 
estado de necessidade (excludentes de ilicitude) 
o 
↝ São aqueles que visam resguardar direitos mínimos à 
sociedade e têm como objetivo mitigar as vulnerabilidades 
sociais ocasionadas pelos modos de produção capitalista. No 
Brasil, estão previstos pelo artigo 6º da Constituição Federal 
de 1988. 
- Reserva do possível: Os direitos sociais que exigem uma 
prestação de fazer estariam sujeitos à reserva do possível no 
sentido daquilo que o indivíduo, de maneira racional, pode 
esperar da sociedade, ou seja, justificaria a limitação do Estado 
em razão de suas condições sócioeconômicas e estruturais 
o 
Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, 
o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
↝ Na Constituição brasileira vigente, o direito à saúde é 
estabelecido como: 
(1) “direito de todos”, o que confere a este direito subjetivo 
público uma dimensão social e individual, e 
(2) “dever do Estado”, ao qual respondem solidariamente 
União, Estados, Municípios e Distrito Federal, 
(3) garantido mediante políticas sociais e econômicas 
(4) que visem à redução do risco de doenças e de outros 
agravos, 
(5) regido pelo princípio do “acesso universal e igualitário” 
(6) “às ações e serviços para a sua promoção, proteção e 
recuperação”. 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem 
à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. 
- O QUE SE ENTENDE POR SAÚDE: 
OMS: “estado completo de bem-estar físico, mental e social e 
não apenas a ausência de doenças ou enfermidades”. 
 <<<<<<<<<< Direitos Fundamentais >>>>>>>>> 
 
- Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/90): Art. 3º. A saúde 
tem como fatores determinantes e condicionantes, entre 
outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio 
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o 
lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de 
saúde da população expressam a organização social e 
econômica do País. Parágrafo único. Dizem respeito também 
à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, 
se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições 
de bem-estar físico, mental e social. 
Titulares: Todos – direitos coletivos e concomitantemente 
individual; 
STA 175- AgR/CE: 
a) Direito à saúde na condição de direito subjetivo, assume 
dupla dimensão - individual e coletiva; 
b) Responsabilidade solidária – todos os entes da federação; 
c) Embora em regra o objeto do direito à saúde deva ser 
estabelecido pelos órgãos politicamente legitimados 
(Legislativo e Executivo), em caráter excepcional o Judiciário 
pode atuar, principalmente quando está em jogo o direito à 
vida com dignidade. 
d) A desproporcional afetação do sistema de saúde e o 
comprometimento da ordem pública devem ser 
demonstrados pelo Estado; 
e) Medicamento novo e experimental – medicamento novo, 
ainda que não tenha sido disponibilizado pela ANVISA ou 
inserido na lista pelas autoridades da área da saúde, poderá 
em caráter excepcional ser concedido mediante ação judicial; 
Dever do Estado - Dever correlato (atrelado a um direito 
específico), expresso (consta na textualmente na CF), 
especialmente dever positivo (demanda do Estado que ele 
faça algo, execute políticas para garantirsaúde). 
Mas tem também deveres negativos (dever de proibição de 
retrocesso). 
- Destinatários: 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de 
saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, 
sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo 
sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros 
e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
- Eficácia pública e privada: 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes 
deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo 
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
- Acesso universal e igualitário: dever de as políticas públicas 
atenderem a todos e de forma igual. 
Não tem a gratuidade – mas a Lei nº 8.080/1990 – Art. 43. A 
gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos 
serviços públicos contratados, ressalvando-se as cláusulas dos 
contratos ou convênios estabelecidos com as entidades 
privadas.

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