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Comparativo dos métodos de Cálculo de Capacidade de Entrada em Rotatórias

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Programa e Pós-Graduação em Engenharia Urbana 
4009/01 - Circulação Urbana 
Prof. Jesner Sereni Ildelfonso 
Aluna: Rafaela de Alemar Fardin 
PG 906465 
 
Avaliação comparativa entre os métodos de cálculo da capacidade de rotatórias 
- Método Suíço, Inglês e DNIT – 
 
 
Método Suíço (Guide Suisse des Giratoires, EPFL, 1997) 
 
O método suíço para o cálculo de capacidade de entrada em rotatórias é um método 
estatístico que levará em consideração um parâmetro geométrico de distância entre a saída 
anterior à entrada estudada e o ponto de entrada estudado. 
 Conforme mostrado na figura abaixo, a distância B influência a tomada de decisão do 
veículo A em entrar na rotatória ou esperar. Uma distância menor de “b” gerará maior incerteza 
em A, reduzindo a capacidade de entrada devido à perda de tempo. 
 
 
O método indica que é desejável desenvolver projetos com valores de “b” superiores a 21 
m, que acarretariam uma influência de apenas 10% do fluxo da saída anterior. 
O método suíço propõe uma forma simples e facilitada de rápida avaliação de capacidade 
de tráfego, muito aplicável e não demanda muitos recursos. Porém, apesar de proporcionar uma 
avaliação inicial, devido à simplicidade, o método Suíço deve ser utilizado em conjunto com 
outros mais completos tecnicamente para embasar tomadas de decisão, especialmente relativas 
ao projeto geométrico. 
 
Método Inglês ( TRRL, relatório 942, R. M. Kimber, 1910) 
 
 Um pouco mais complexo que o método suíço, este método leva em consideração uma 
quantidade muito maior de parâmetros para sua aplicação, relacionados à seção de entrada em 
estudo: 
e: largura da entrada em metros. 
v: meia largura da via de acesso em metros. 
u: largura da rotatória no local de entrada em metros. 
l: comprimento médio efetivo sobre o qual a folga é 
desenvolvida em metros. 
S: formato da folga - S = (e-v) / l, em metros. 
r: raio de entrada em metros. 
: ângulo de entrada em graus. 
D: diâmetro do circulo inscrito em metros. 
O método indica que quanto menor o ângulo e maior o raio, maior a capacidade da 
entrada. 
Como vantagens o modelo inglês tem a simplicidade de aplicação, pois ele consegue 
relacionar as características significativas de projeto geométrico com os fluxos de entrada. O 
levantamento desses é a partir de contagens volumétricas, que são simples de serem realizadas, 
especialmente com poucos recursos. O método também permite observar, a partir de relações 
gráficas, quais características podem ser otimizadas com objetivo de melhorar a capacidade dos 
acessos. 
Como restrições pode-se citar a não abordagem de características locais de tráfego, como 
a calibração da brecha crítica e o headway em fila de entrada dos veículos. Nota-se também, que 
o método inglês não leva em consideração o parâmetro abrangido no método suíço, o qual tem 
influência na capacidade de entrada. 
 
Método DNIT (baseado em Handbuch für die Bemessung von Strassenverkehrsanlagen - HBS, 
Forschungsgesellschaft für Strassen - und Verkehrswesen, 2001) 
 
 O DNIT indica a utilização das normas alemãs, que apresentam método para 
estimativa da capacidade e dos níveis de serviço para uma e duas faixas tanto na rotatória 
como nos acessos. 
Os parâmetros considerados nesse método são: 
Gi = capacidade básica da entrada i, em UCP/h 
Ki = fluxo de tráfego na pista rotatória, em UCP/h 
nki = número de faixas de tráfego na pista rotatória antes da entrada i 
nzi = número de faixas de tráfego na entrada i 
tg = valor médio do intervalo mínimo entre veículos na rotatória, aceitável por veículos 
na entrada aguardando oportunidade de se inserir na rotatória, em segundos 
tf = valor médio do intervalo entre dois veículos sucessivos da entrada, que entram no 
mesmo intervalo de veículos da rotatória, em segundos; 
tmin= valor mínimo do intervalo entre veículos da rotatória, em segundos. 
Ci = capacidade da entrada, em UCP/h 
fi = fator de pedestres 
 
Esse método permite avaliação gráfica também, considerando três hipóteses: 
 
 
 
Nota-se que os parâmetros considerados para esse método não são, em sua maioria, 
gráficos, como visto nos anteriores, mas sim de fluxo de veículos e tempo. Este método parte de 
uma matriz origem e destino e, por isso, sua aplicação é um pouco mais dispendiosa e demorada 
do que os citados anteriormente, porém seus resultados também são mais complexos e 
condizentes com as características locais. 
As vantagens que podem ser citadas são sua simplicidade e facilidade de uso. A 
capacidade de uma rótula na Alemanha é menor que a encontrada com os outros métodos, o que 
o torna mais seguro para aplicação no Brasil. 
Outra vantagem é que o método do DNIT também permite a avaliação da capacidade 
residual, tempo médio de espera e determinação do nível de serviço, a partir dos parâmetros 
levantados inicialmente no cálculo da capacidade de entrada, o que permite uma avaliação de 
maior complexidade de outros aspectos da via, aproveitando os dados existentes. 
Em contrapartida, pode ser citado a adoção de valores alemães para alguns parâmetros 
(tg = 4,1 s, tf = 2,9 s, tmin = 2,1 s), e também para o uso do gráfico mostrado, até que se determine 
experimentalmente valores mais condizentes com nossas condições. Além desse método ser de 
mais cara e demorada aplicação.

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