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introdução Introdução A concepção da urbanização das cidades era muito precária em regiões distantes das capitais, ou seja, não havia planejamento para a mobilidade de veículos, pois as ruas eram estreitas e com duplo sentido. ENGENHARIA DE TRÁFEGOENGENHARIA DE TRÁFEGO VIAS, SINALIZAÇÕES E POLOSVIAS, SINALIZAÇÕES E POLOS GERADORES DE TRÁFEGOGERADORES DE TRÁFEGO Autor: Me. Kleber Aristides Ribeiro Revisor : Patr íc ia Cacho Nasc imento IN IC IAR As ruas eram construídas para veículos pequenos como carroças ou charretes, ou até mesmo construídas pelas passagens dos animais que puxavam as carroças. A princípio, uma cidade era organizada do centro, onde se encontravam residências acima ou nos fundos dos comércios, e a pequena comunidade se expandia para a periferia, com arruamentos de encaminhamento de passadas de animais, os quais eram desenvolvidos para a mobilidade entre os colaboradores e os comerciantes. Você pode perceber que em cidades pequenas existe um centro com uma Igreja católica e ao seu redor o comércio, como: sorveterias, bares e mercearias. Atualmente, as dimensões das ruas se mantiveram, porém as estruturas foram se atualizando para abrigar restaurantes, supermercados, padarias, souvenir e entretenimentos, entre outros atrativos para turistas. Na periferia, houve o crescimento de residências e um aumento signi�cativo do comércio, deixando de ser algo que só havia nos centros. Veremos as in�uências dos arruamentos com pouco planejamento, o impacto do dimensionamento urbano e as consequências desses em relação aos ambientes geradores de tráfego, análise das sinalizações e sua falta e as formas de controle de velocidade, além da identi�cação de congestionamento com a avaliação da densidade de veículos em uma via. Estudaremos sobre algumas informações importantes que in�uenciam o tráfego nas cidades e estados, como as rodovias que contemplam a origem e o destino das viagens, além dos tempos de viagem, inclusive a quantidade dos veículos e seus impactos nas vias. Região de Estudo A região de estudo de tráfego está relacionada com a extensão das vias, ou seja, em seu território. Os parâmetros iniciais são suas fronteiras (ou limites) dos municípios ou estados, ilustrados na Figura 2.1, porém com indicadores diretos ou indiretos para pesquisa. A origem e o destino são delimitados pelas fronteiras dos bairros, distritos, zonas, cidades ou estados, pois a de�nição para o estudo dependerá dessas informações, porém haverá outros fatores que poderão impactar na pesquisa de campo como as interferências da extensão da viagem e escolha de trajeto das vias da área (BRASIL, 2006). Uma vez delimitada a área de abrangência, considerada um estudo com in�uências diretas, serão realizados os estudos de tráfego em trechos de acesso ou interseções de via como: origem e Estudo de ViagensEstudo de Viagens Figura 2.1 - Fronteiras de cidades e estado Fonte: Rainer Lesniewski / 123RF. destino, contagem de veículos, medições de velocidades, entre outros. Já as in�uências indiretas são consideradas aquelas em que os veículos de outras regiões adentram a área estudada, porém por pequenos trechos, situações sazonais ou esporádicos, entre outros (BRASIL, 2006). Origem e Destino A precisão das informações de origem e destino está na divisão de suas fronteiras em pequenas Zonas de Estudo, pois se trata de homogeneizar os veículos que sempre circulam em uma área. Dessa forma, os veículos contabilizados poderão ser avaliados em vários períodos, e, por meio dessas contagens, obtêm-se estatísticas com pequenos desvios em relações às in�uências indiretas. Quando a origem e o destino são realizados em trechos especí�cos (zonas restritas), são considerados homogêneos quando o estudo aborda pesquisas socioeconômicas da região, tipos de modais de transporte utilizados e se existe modelo de viagens como: o meio que ocorre a logística de viagem para trabalho, estudo e comércio, entre outros. Isso pode ocorrer por veículos de passeio ou de cargas, ônibus, metrô, trem, navios, balsas, bicicletas ou avião. Essa delimitação do trecho pode ser realizada em consenso da equipe de estudo, e, uma vez de�nido, são feitas contagens e avaliações na zona de�nida, como ilustrado na Figura 2.2. Figura 2.2 - Fronteiras de cidades e estado Fonte: Knut Hebstreit / 123RF. Tempo de Viagem O tempo de viagem é avaliado em relação ao período de tempo pelo qual o veículo estudado trafega em um determinado intervalo da via, porém se deve contabilizar as informações de parada no trecho (BRASIL, 2006). Para esse tipo de estudo, é necessário ter um veículo com vários pesquisadores que irão contabilizar todos os veículos que passarem (ultrapassarem) o veículo de teste, ou esse automóvel poderá ter tecnologia computadorizada com câmeras de controles (Figura 2.3). Esse veículo com pesquisadores ou com câmeras de controle deverá trafegar na via a uma velocidade média constante em um sentido e a mesma contagem deve ser realizada na pista de sentido contrário para ser avaliada a via nos dois sentidos. Entretanto, durante o tempo de viagem do veículo teste em um sentido, deve-se contabilizar os veículos no sentido contrário. O volume horário de uma viagem deve ser avaliado durante a contagem dos pesquisadores ou computados pelas câmeras e são conduzidas da seguinte forma (BRASIL, 2006): Contagem dos veículos que ultrapassam o veículo teste (Ud); (origem/destino). Contagem de veículos que foram ultrapassados pelo veículo teste (Pd); (o/d). Contagem de veículos do sentido oposto do veículo teste (Eo); (o/d). Tempo de viagem no mesmo sentido (Td); (origem/destino – veículo teste “min”). Tempo de viagem no sentido oposto (To); (destino/origem – veículo teste “min”). Volume horário (veículo/hora); (origem/destino). Onde: (o = origem – d = destino) A origem e o destino podem ser em qualquer direção, ou seja, Norte/Sul; Leste/Oeste; Noroeste/Sudeste; ou Nordeste/Sudoeste. Quando estiver avaliando um sentido em relação à origem (leste) e destino (oeste), são utilizadas as nomenclaturas acima descritas, porém, quando voltamos do destino à origem, os dados são calculados como o de origem para destino. Para determinação do volume horário, utilizamos a Equação 1 (BRASIL 2006, p. 166). Equação 1. Podemos calcular também o tempo médio de viagem conforme descrito na Equação 2 (BRASIL, 2006, p. 167). Equação 2. A velocidade média de viagem pode ser calculada como segue na Equação 3 (BRASIL, 2006, p. 167). Equação 3. Onde Vmv = Velocidade Média de Viagem e d é a distância percorrida. Vamos exercitar? Veja o exemplo: em uma via, foi realizado o levantamento de veículos que trafegavam no trecho do Km 35 a 37. Com o auxílio do veículo de teste com câmeras, foram computados os tempos e veículos da viagem conforme Tabela 2.1. Figura 2.3 - Veículo de teste Fonte: unitysphere / 123RF. = 60 ( )Vo + −Ed Uo Po To+Td = −Tom To 60( − )Uo Po Vo =Vmv 60d Tom Tabela 2.1 - Contagem de veículos na via com o veículo de teste Fonte: Adaptada de Brasil (2006, p. 168). Contagem – Método de Veículo de Teste Via: Origem da Via: Destino da Via: Data: Sentido Quantidade de Viagens Tempo de Viagem (min) To Veículos Encontrados Eo Veículos Ultrapassados Uo Veículos Passados Po Volume horário (veículo/hor Origem/Destino da via 1 2,55 60 2 0 2 2,65 70 2 1 3 2,8 80 1 2 4 2,7 60 2 1 Total 10,7 270 7 4 Vom Média 2,675 67,5 1,75 1 826,36 Tom 2,62 Vmv = 45,79 km/h Sentido Quantidade de Viagens Tempo de Viagem (min) Td Veículos Encontrados Ed Veículos Ultrapassados Ud Veículos Passados Pd Volume horário (veículo/hor Origem/Destino da via 1 2,8 70 1 1 2 2,7 80 2 1 3 2,9 80 1 2 4 2,9 70 2 1 Total 11,3 300 6 5 Vdm Média 2,825 75 1,5 1,25 739,09 Tdm 2,80 Vmv = 42,79 km/h Para determinarmos o volume horário, utilizaremos a Equação 1. = 826,36 = 827 Veículos/hora = 739,09 = 740 Veículos/hora Para determinarmos o tempo médio de viagem,utilizaremos a Equação 2. = 2,62 minutos. = 2,80 minutos Para determinarmos a velocidade média de viagem, utilizaremos Equação 3. = 45,79 km/h – Origem/Destino = 42,79 km/h – Origem/Destino praticar Vamos Praticar Para o levantamento das informações socioeconômicas de uma região, são considerados: a população local economicamente ativa ou não, a densidade demográ�ca, a faixa etária, os tipos de rendas per capita e econômicas (primárias, secundárias e terciárias) e consumos de infraestruturas, entre outros elementos. Entretanto, esses estudos podem ser adquiridos por qual(is) órgão(s) ou empresa(s)? Avalie as assertivas e assinale a resposta correta. I – IBGE. II – ANTT. III – ANVISA. IV – INSS. a) Apenas a I e II estão corretas. b) Apenas II e III estão corretas. c) Apenas I e IV estão corretas. d) Apenas I, II e III estão corretas. e) Apenas II, III e IV estão corretas. = 60 ( )Vo 75+1,75−1 2,675+2,825 = 60 ( )Vo 67,5+1,5−1,25 2,825+2,675 = 2, 675 −Tom 60(1,75−1) 826,36 = 2, 825 −Tom 60(1,5−1,25) 739,09 =Vmv 60.2 2,62 =Vmv 60.2 2,80 wilisap15@gmail.com wilisap15@gmail.com A sinalização é um dos itens mais importantes após a �nalização dos projetos viários, sejam em rodovias, ruas, ferrovias, aeroportos, portos e dutos, pois, com ela, é possível advertir, indicar, avisar ou orientar os usuários, que são os principais bene�ciários para evitar acidentes ou até mesmo lembrar as condições de trafegar, como placas de postos de combustíveis, manutenções preventivas, entre outros. Aqui veremos os projetos, implantação, operações, padrões e cores para os tipos de sinalizações. Sinalização Vertical As sinalizações verticais utilizadas como comunicação visual com painéis posicionados (suspensos) em pórticos com alturas acessíveis à visualização dos condutores ou placas nas margens das vias das rodovias devem sempre ser instaladas com de�exões de 3º a 5º, seja em planta ou per�l do projeto, como ilustrado na Figura 2.4 (BRASIL, 2010, p. 40). As placas ou painéis em pórticos devem ser instalados a uma altura de 5,5m e devem estar distantes do acostamento 1,5m, como ilustrado na Figura 2.5. Sinalização de TrânsitoSinalização de Trânsito Figura 2.4 - Pórtico com placa Fonte: Adaptada de Brasil (2010). Figura 2.5 - Distância dos pórticos e sinais de indicação Fonte: Elaborada pelo autor. Algumas distâncias são de�nidas em relação à quantidade de faixas e à existência ou não do acostamento, inclusive pela velocidade diretriz da via. Padrão de Sinalização A sinalização dos sistemas de rodovias é padronizada em seis cores em relação aos sinais, como segue no Quadro 2.1 (BRASIL, 2010): Cor Sinais Amarelo Advertência Azul Serviços auxiliares Branco Educação Marrom Turístico Verde Indicação Vermelho Regulamentação Quadro 2.1 - Cores e sinais Fonte: Elaborada pelo autor. A padronização dos sinais também leva em conta o formato das placas para diferenciá-las, como segue no infográ�co interativo: Existem algumas placas de sinalização, de regulamentação e advertência que tem seus formatos próprios, conforme exempli�cado no quadro 2.3. PARE Quadro 2.2 – Cores e Sinais Fonte: Adaptado Brasil (2010) Existem algumas placas de sinalização, de regulamentação e advertência que tem seus formatos próprios, conforme exempli�cado no Quadro 2.2. Conhecemos a sinalização vertical e suas utilizações. A seguir, será apresentado a sinalização horizontal, seus tipos e funções. Sinalização Horizontal As sinalizações horizontais são de�nidas por meio de pinturas na superfície da camada de rolamento, podendo ser de linhas contínuas ou linhas tracejadas. Além dessas, existem indicações de velocidade, advertências de redução de velocidade, velocidade diretriz e áreas escolares. As linhas contínuas duplas indicam a proibição de ultrapassagem no sentido oposto. A Figura 2.6 ilustra as listas duplas, que devem ser na cor amarela. As linhas amarelas são utilizadas para dividir a pista de rolamento em sentidos opostos, podendo ser duplas contínuas, duplas com uma linha contínua e outra tracejada em um pequeno intervalo, ilustrada na Figura 2.7. Nesse caso, o lado que tiver a linha tracejada oferece um trecho de ultrapassagem no sentido oposto. Figura 2.6 - Listas duplas amarelas (proibida a ultrapassagem) Fonte: khunaspix / 123RF. Figura 2.7 - Linhas duplas com uma tracejada Fonte: mihtiander / 123RF. Existe também uma linha contínua para divisão de sentidos e em alguns trechos tracejados com a possibilidade de ultrapassagem no sentido oposto, como ilustrado na Figura 2.8. Figura 2.8 - Linha única tracejada Fonte: Thanapol Kuptanisakorn / 123RF. As linhas brancas são utilizadas para dividir as faixas de rolamento no mesmo sentido. Normalmente, são tracejadas, porém em curvas ou na proximidade de intersecções são contínuas, para não haver mudança de faixa nem ao menos ultrapassagem por outra faixa (Figura 2.9). Figura 2.9 - Listas únicas brancas Fonte: sergeyit / 123RF. Percebemos a importância das sinalizações horizontais, pois, com elas, é possível antecipar as sinalizações verticais de auxiliar aos condutores. Por vezes, estão cansados ao volante em pequenos cochilos, mas, com os avisos com pinturas transversais na via, é possível mantê-los atentos, antecipando curvas e/ou obstáculos. praticar Vamos Praticar Sabe-se que a sinalização é uma das fases mais importantes para manter a segurança dos usuários da via e que as placas de sinais são desenvolvidas com o intuito de regulamentar, advertir e orientar os condutores e pedestres que as utilizam em suas viagens. Considerando o texto, avalie as assertivas e assinale a resposta correta. I – As sinalizações verticais são desenvolvidas e projetadas para melhor visualização Pois, II – As horizontais regulam e auxiliam os usuários a se manterem seguros a) A proposição I é verdadeira, e a proposição II é falsa e não justi�ca a I. b) Ambas as proposições são verdadeiras, porém a proposição II não justi�ca a I. c) Ambas proposições são falsas, porém a proposição II não justi�ca a I. d) A proposição I é falsa, a II é verdadeira e a proposição II justi�ca a I. e) A proposição I é falsa e a proposição II é verdadeira, porém a II não justi�ca a I. wilisap15@gmail.com wilisap15@gmail.com A expansão das cidades, com o passar do tempo, foi sendo introduzida com novas concepções as quais concentram unidades de residências e comércios em um mesmo quarteirão ou em bloco de quarteirões com o intuito de reduzir o tráfego nas grandes metrópoles. Todavia, essa concepção ainda não é uma realidade em todos os bairros, distritos e cidades. Consequentemente, resta-nos administrar os con�itos de tempo e espaço. Esses polos estão direta ou indiretamente ligados ao tráfego local, pois, em todo ambiente com grandes concentrações de pessoas, são necessários controles de segurança como vias com: semáforos, lombadas, lombadas eletrônicas, radares, todos para redução de velocidades. Entretanto, além da redução de velocidade nesses ambientes, os condutores tendem a desacatar a regulamentação de trânsito e param em �las duplas, ocasionando congestionamentos locais, o que impacta em outras áreas próximas. Os polos geradores de tráfego podem ser classi�cados em permanentes ou temporários. Vamos entender um pouco sobre esses ambientes? Polos Geradores de TráfegoPolos Geradores de Tráfego saiba mais Saiba mais Uma tendência na urbanização é a construção de áreas mistas ou até mesmo em um mesmo edifício, pois os moradores podem ser empreendedores dos comércios, como colaboradores ou ser os próprios clientes, ou seja, dessa forma os quarteirões ou edi�cações tendem a mitigar o tráfego urbano. Para saber mais, veja a reportagem sobre esse novo conceito no estado de Goiás no link a seguir. ACESSAR http://g1.globo.com/goias/mercado-imobiliario/noticia/2016/06/predios-que-misturam-residencia-e-comercio-sao-tendencia-em-goiania.html wilisap15@gmail.com Polos Permanentes Os polos geradores de tráfegoque são permanentes têm suas concentrações, que podem ser classi�cadas em: Sazonais, Todos os Dias e O Dia Todo. Veremos cada uma delas e as formas que são analisadas e avaliadas. Sazonais Os polos geradores de tráfego sazonais podem ser descritos como ambientes que geram grandes volumes de pessoas, e, consequentemente, grandes volumes de veículos, sejam de passeios, sejam coletivos (CORTESE; KNIESS; MACCARI, 2017). Normalmente, os polos sazonais são ambientes de entretenimentos, tais como: Estádios (Figura 2.10). Teatros Espaços de eventos e shows. Esses espaços de entretenimento são considerados sazonais devido às suas programações, pois ocorrem de uma até três vezes por semana, normalmente nos �nais de semana, porém, quando o evento atinge um grande público, esse deverá ser acompanhado por empresas gestoras de tráfego da cidade. Todos os Dias Os polos que são considerados geradores de tráfego todos os dias ocorrem em horários especí�cos, como são os casos de locais como escolas, universidades e áreas comerciais (Figura 2.11). Figura 2.10 - Estádio de futebol Fonte: ???????? ????????? / 123RF. Como são ambientes de grandes volumes de tráfego, necessitam de controles de velocidades como semáforos e radares, conforme Figura 2.12 (BRASIL, 2010). Figura 2.12 - Áreas escolares essa é a fonte É essencial que os motoristas sigam as placas de sinalizações horizontais e verticais, pois são utilizadas como advertência, contudo o respeito ao código de trânsito nacional contribui para reduzir o contingente de �scalizadores nas vias, porém em casos de eventos (entretenimento) sempre haverá a necessidade desse controle por parte também dos agentes de �scalização. O Dia Todo Os polos geradores de tráfego que ocorrem durante o dia todo são considerados aqueles que mantêm os números de veículos quase que constantes, sejam nas principais avenidas, nas vias locais ou de acesso, uma vez que, caso ocorra alguma interferência ou acidente dentro ou fora da cidade, esse in�uenciará no tráfego geral, como ilustrado na Figura 2.13. Figura 2.11 - Áreas comerciais Fonte: estherpoon / 123RF. Os Rodoanéis que dão acesso às cidades ou às rodovias estaduais ou federais é um exemplo, visto que, caso ocorra algum acidente nas vias principais da cidade, consequentemente, afetará de alguma forma esse sistema e o contrário também é verdadeiro. Polos Temporários Os polos geradores de tráfego temporário ocorrem em locais com obras de construção civil que necessitam de mobilização e desmobilização de grandes máquinas de produção, ou seja, em momentos de bota-fora ou empréstimos, de movimentação de terra e de concretagem de infraestruturas e superestruturas será essencial que a gestão de obras da construtora entre em contato com as empresas gerenciadoras de tráfego da cidade para informá-los sobre o cronograma dessas operações para que possam coordenar a movimentação e controle de trânsito nesses períodos. praticar Vamos Praticar Os polos geradores de tráfego são in�uências que devem ser analisadas e avaliadas ao longo do tempo, pois podem aumentar ou diminuir, gerando impactos direto ou indireto no estudo do tráfego, sendo necessário um controle constante. Em relação ao contexto, avalie as assertivas e assinale a resposta correta. I – Em espaços de eventos, é liberada a parada de veículos em mão dupla Porque II – As autoridades de Tráfego controlam todo o espaço do evento Figura 2.13 - Tráfego Fonte: Aurelio Scetta / 123RF. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justi�cativa correta da I. b) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é justi�cativa correta da I. d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. wilisap15@gmail.com Em vias com baixo volume de tráfego, são utilizadas técnicas de segurança com sinalização por placas e com controles com obstáculos. A seguir, veremos alguns exemplos desses métodos para engenharia de tráfego. Controle por Sinalização O controle por sinalização ocorre por placas de advertência e de regulamentação, e são utilizados avisos horizontais para os condutores sobre a proximidade de escolas, linhas férreas, ciclovias etc. Entretanto, conforme ilustram as Figuras 2.14 a 2.17, também deve haver orientação na pista, com marcações nas rodovias que auxiliam essa identi�cação. Tal procedimento é essencial principalmente naqueles casos em que a sinalização está encoberta por árvores ou de difícil visualização. A utilização da sinalização horizontal em vias é desenvolvida e implementada com o intuito de avisar com antecedência o condutor que haverá uma escola ou algum outro polo gerador de tráfego, ou seja, ambientes com grande �uxo de pessoas (Figura 2.15). Vias não SemaforizadasVias não Semaforizadas Figura 2.14 - Sinalização horizontal Fonte: joostverbeek / 123RF. Figura 2.15 - Sinalização de aviso horizontal Fonte: lucadp / 123RF. Na Figura 2.16, vemos uma sinalização de regulamentação, ou seja, ela de�ne a velocidade diretriz (de projeto) de uma via e somente em casos de ultrapassagem em pequenas distâncias se pode aumentar a velocidade e depois reduzi-la para a velocidade de projeto. A placa de pessoas com necessidades especiais (PNE), também conhecida como pessoas com de�ciência (PCD), é utilizada para advertir que naquele espaço ou ambiente existe preferência para os PNEs (Figura 2.17). Figura 2.17 - Placas de advertência Fonte: jojoo64 / 123RF. Figura 2.16 - Placas de regulação Fonte: Udo Schotten / 123RF. Após conhecermos os tipos de controle por sinalizações verticais e horizontais de vias não semaforizadas, veremos como são utilizados alguns tipos de obstáculos para fazer com que realmente os condutores reduzam a velocidade. Controle por Obstáculos O controle por obstáculo é utilizado para controlar a velocidade da via. Um bom exemplo para ilustrar essa situação é o uso de lombadas e de sua respectiva sinalização, uma vez que possibilita a redução da velocidade em locais de grande circulação, como orlas de praias. Figura 2.18 - Placas de regulação Fonte: Natthawut Panyosaeng / 123RF. reflita Re�ita Re�ita sobre a situação. As sinalizações são importantes e devem �car em posições para que os condutores tenham visibilidade e realizem as devidas orientações, porém, se as placas têm a função de avisar sobre as devidas restrições, por que não se utilizam advertências de redução de velocidades para radares móveis? Pudemos ver que, com sinalizações verticais (placas) e horizontais (imagens pintadas na via), é possível regulamentar e advertir os condutores sobre as preferências de uma via, mas, quando é preciso um controle mais rigoroso para forçar a redução da velocidade, são utilizados obstáculos, o que se faz necessário em alguns casos. praticar Vamos Praticar Os controles utilizados para vias não semaforizadas são necessários para rodovias locais, de acesso e de mobilidade, pois nessas circulam veículos em baixa a altas velocidades, portanto essas sinalizações são de suma importância aos usuários e empresas gerenciadoras e controladoras do trânsito. Avalie a seguir as assertivas e assinale a resposta correta. I – Os tachões (tartarugas) são utilizados para a redução de velocidades. II – As lombadas devem ter uma placa sinalizadora antes do obstáculo em si. III – As rotatórias são utilizadas para facilitar o acesso em locais não semaforizados. IV – As placas de sinalizações horizontais são utilizadas para avisos e advertências. a) Apenas as alternativas I e II estão corretas. b) Apenas as alternativas I e III estão corretas. c) Apenas as alternativas I e IV estão corretas. d) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas. e) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas. Figura 2.19 - Rotatória Fonte: Carolyn Franks / 123RF. wilisap15@gmail.com wilisap15@gmail.comindicações Material Complementar LIVRO Introdução à Arquitetura e Urbanismo André Huyer Editora: SAGAH Comentário: Este livro trata sobre o zoneamento antigo e os modernos, além das novas concepções de urbanização e dos novos métodos de se avaliar um ambiente e como urbanizá-lo de forma estratégica pensando em moradias, harmonização do ambiente com as edi�cações e o tráfego de vários tipos de modais. FILME Táxi Ano: 2004 Comentário: O longa-metragem Táxi é um dos �lmes que retratam os tipos de interseções de vias com obstáculos, polos geradores de tráfego e as formas de condução perigosas aos usuários, mas com o controle de tráfego de autoridades e autoescolas que mostram a importância de se dirigir com cautela e segurança. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer a seguir. TRA ILER conclusão Conclusão Estudamos os métodos de delimitação de áreas ou zonas de análise e avaliação de origem e destino dos veículos que trafegam em uma via e sobre as maneiras de realizar os levantamentos de tempo de viagem, seja com veículos de teste automatizados com câmeras, seja com pesquisadores para identi�cação de carros em uma rodovia. Pudemos analisar os tipos de sinalização com placas e painéis em instalações verticais e as formas de sinalização horizontal, inclusive a importância dessas aos usuários das vias. Foi possível avaliar os tipos de polos geradores de tráfego no âmbito permanente ou temporário e as in�uências desses no gerenciamento de tráfego, pois esses podem interferir direta ou indiretamente no trânsito local ou da área de abrangência. E, por �m, foram analisados os tipos de controles utilizados para as vias não semaforizadas, e a importância desses para a segurança dos usuários da rodovia. referências Referências Bibliográ�cas BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de estudos de tráfego . Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/manual_estudos_trafego.pdf . Acesso em: 31 out. 2019. BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de sinalização rodoviária . 3.ed. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: < http://ipr.dnit.gov.br/normas-e- manuais/manuais/documentos/743_manualsinalizacaorodoviaria.pdf/view >. Acesso em: 30 out. 2019. CORTESE, T. T. P.; KNIESS, Cl. T.; MACCARI, E. A. Cidades inteligentes e sustentáveis . Barueri: Manole, 2017. http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/manual_estudos_trafego.pdf http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/manuais/documentos/743_manualsinalizacaorodoviaria.pdf/view
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