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ENGENHARIA DE TRÁFEGOENGENHARIA DE TRÁFEGO PLANEJAMENTO DAPLANEJAMENTO DA MOBILIDADE URBANAMOBILIDADE URBANA Autor: Me. Kleber Aristides Ribeiro Revisor : Patr íc ia Cacho Nasc imento IN IC IAR introdução Introdução No Brasil foi de�nida a Lei nº. 12.587/12, que trata da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) e tem como principal objetivo integrar os sistemas de transportes urbanos nos municípios, tendo em vista o melhor desempenho na mobilidade e acessibilidade aos usuários, condutores ou cargas nos modais. A política nacional impacta diretamente no planejamento da mobilidade urbana do município e nos princípios, objetivos e diretrizes da gestão da mobilidade nas cidades, no âmbito estratégico, tático ou operacional. Veremos os métodos de análise e avaliação dos tempos de semáforo utilizados em cruzamentos para veículos e pedestres em polos geradores de tráfego. Além disso, abordaremos a administração das cidades e seu impacto na mobilidade e sustentabilidade da mobilidade urbana. Os polos geradores de tráfego in�uenciam diretamente os indicadores de acidentes de trânsito em uma cidade, portanto, devem ser geridos com maior frequência. Vale ressaltar que somente sinalizações verticais e horizontais, muitas vezes, não são su�cientes para evitar os acidentes. Desse modo, os semáforos são de extrema importância para impor a preferência de tempo aos usuários, para sua mobilidade longitudinal (via principal ou primária) ou transversal (secundária) das vias (BRASIL, 2010). Avaliação do tráfego Para o planejamento do tráfego, é necessário realizar um estudo do volume de veículos. Desse modo, é possível controlar o tráfego de uma cidade com grande �uxo de carros, pois, para reduzir os impactos de uma localidade para outras, na mesma região, é preciso estudar e avaliar o volume de transporte de pessoas ou cargas de um polo gerador de tráfego, bem como veri�car quais são as consequências que isso pode acarretar na região estudada. Estudo de Vias eEstudo de Vias e InterseçõesInterseções UrbanasUrbanas Com os estudos estatísticos é possível identi�car as evidências de falhas ou acertos para a tomada de decisão. Quando há falha, é necessário realizar ações mitigadoras, com controles efetivos no tráfego urbano. Para isso, é importante conhecer alguns fatores que in�uenciam a capacidade das interseções de uma via, como (BRASIL, 2010): Velocidade diretriz Velocidade máxima de�nida em projeto. Largura da faixa Largura que leva em conta a segurança entre veículos e a velocidade. Geometria A geometria está nas inclinações da pista em relação à drenagem, super�cial e subsuper�cial, e sua largura total. Sinalização horizontal e vertical Disponibilidade de sinalização como faixas de pedestres, divisão de faixas, avisos de faixas de ônibus, avisos de ciclofaixas, placas de advertência e regulamentação, entre outras. Veículos Leves: passeio e médios; Pesados: caminhões e ônibus; Especiais: semirreboques, reboques. Veículos estacionados Espaços destinados a estacionamento de veículos. Paradas para estacionar Parar paralelamente aos veículos estacionados na via; Redução de velocidade diretriz nas vias. Declividade de aproximação Caimento transversal ao eixo longitudinal à pista; Redução de velocidade diretriz e uso de sinalizações. Capacidade e aproximação É a quantidade de unidade de carros que podem passar pela linha de parada por unidade de tempo, ou seja, está diretamente ligada ao tempo de verde do semáforo e ao volume máximo que passa pela linha de parada da pista; A distância de parada deve ser avaliada em relação à velocidade diretriz (projeto) em que o condutor pode identi�car a tempo a necessidade de parada; o tempo de percepção, em média, é de 2,5 segundos (BRASIL, 2005). Volume de saturação Tempo de veículos que estão parados no semáforo. Linhas de ônibus Faixa destinada exclusivamente ao �uxo de veículos coletivos, públicos ou privados. Tempos de verde Quantidade de faixas disponíveis nas vias primárias e secundárias; Largura de faixas; Velocidade diretriz; Polos geradores de tráfego; Linhas de transportes coletivos. Regras de circulação Existência de rodízio em períodos de alto volume de tráfego na cidade, condicionando números de placas em horários restritos. Valetas de drenagem Valetas longitudinais paralelas à via não têm in�uência no tráfego, porém as transversais são redutoras de velocidade. Condições da pista Quando a via não tem irregularidades, propicia uma ótima condução do veículo, porém com irregularidades como buracos, desníveis (por recalque) ou remendos mal executados, podem ocorrer poças d'água, acidentes, redução de velocidade, entre outros. Condições climáticas ou atmosféricas As vias são desenvolvidas para suportar calor, pois os materiais passam por processos laboratoriais de controle, para concreto asfáltico ou concreto convencional; Em caso de chuvas, as inclinações do centro da via para as laterais são desenvolvidas para escoar a água (drenar) para que não �que na pista. Com essas informações é possível analisar, avaliar e planejar quais serão as ações necessárias a serem implementadas em situações de inexistência de controle efetivo ou implementações em condições de controles já existentes, porém ine�cientes. Sinalização de Controle Para planejar a sinalização e controlar o tráfego, é preciso conhecer os tipos de vias, as quais podem ser primárias ou secundárias. As vias primárias são aquelas com maior �uxo de veículos e com itinerários de transporte coletivo, onde, ao longo da via, haverá interseções que também podem ser primárias ou secundárias, com igual ou menor �uxo, com ou sem itinerário de ônibus. Nessas situações, são necessárias as sinalizações de regulamentação, ou seja, a parada obrigatória dos veículos para via principal ou transversal (BRASIL, 2010). Já as vias transversais (ou secundárias) são aquelas com menor expressão de veículos ou movimentações locais. Nelas são utilizadas sinalizações semafóricas de advertência, ou seja, avisos de atenção ao atravessar. Para que se possa realizar o controle de tráfego nas vias arteriais ou coletoras, é necessário conhecer o �uxo das vias primárias e secundárias. Essas vias podem variar em volumes médios, considerados quando a quantidade é maior que 450 veículos por hora; ou grandes, quando acima de 800 veículos por hora, sendo que, nesse caso, devem ser utilizadas sinalizações semafóricas de regulamentação, isto é, parada obrigatória. Sinalização Semafórica de Regulamentação A sinalização semafórica de regulamentação utiliza semáforos para controle do tráfego. Em termos técnicos, o semáforo é um grupo focal luminoso e circular, formado por um conjunto de luzes: verde, amarela e vermelha. Ele regula o trânsito local. A cor verde é normatizada como passagem livre e está localizada na parte inferior; a cor amarela signi�ca advertência de parada antes de se chegar à interseção e �ca localizada no centro; por �m, a cor vermelha é utilizada para sinalizar a parada do veículo e �ca localizada na parte superior do conjunto luminoso. Con�ra a �gura a seguir. Existem alguns tipos de semáforos que são empregados de maneira especí�ca (por exemplo, veicular direcional e ciclista) e podem ser utilizados das seguintes maneiras: Para veículos: setas verdes com sentidos para esquerda, direita e para cima; com luzes verdes em uma faixa; indicam passagem livre ao condutor, porém com preferência de veículos que já estiverem na interseção ou pedestres que estiverem atravessando a via, como ilustrado na �gura 3.2. Figura 3.1 - Padrão de semáforo Fonte: Destinacigdem / 123RF. Para pedestres: são utilizados pictogramas (ser humano ou uma mão) para representar o momento em que o pedestre pode transitar na via, como mostra a �gura 3.3. Normalmente é um sinal nas cores verde e vermelho, que indicam, respectivamente, passagem livre e parada. A atenção, nesse caso, é indicada pela sinalização do verde piscando, que indica que o pedestredeverá �nalizar a passagem ou não iniciar a travessia. Figura 3.3 - Pictograma para pedestre Fonte: Zel�t / 123RF. Figura 3.2 - Setas de livre passagem Fonte: Chanidap11 / 123RF. Para ciclistas: os semáforos seguem as mesmas fases que os utilizados para veículos automotores, porém com pictogramas de bicicletas, conforme ilustrado na �gura 3.4. É importante salientar que os ciclistas também devem dar preferência aos veículos e pedestres que já estiverem na interseção. Tempos de verde Para avaliação dos tempos de verde, é necessário veri�car o desempenho por relações simples, por meio do conhecimento das quantidades e medidas das faixas das vias principais e secundárias e das demandas, ou seja, os volumes de aproximação de cada via e o tempo estimado do ciclo. O ciclo é composto por fase de verde e amarelo. Esse último tem o tempo médio de 3 a 5 segundos, com velocidades regulamentadas de 40 a 80 km/h (BRASIL, 2014). Para o cálculo, utilizamos a relação dos tempos de verde na equação a seguir. Equação 1 Figura 3.4 - Semáforo para ciclista Fonte: Anima�orapicsstock / 123RF. Onde: TV1 = Tempo de verde da via 1 (s); TV2 = Tempo de verde da via 2 (s); V1 = Volume de aproximação da via 1 (veículos por hora) – demanda; V2 = Volume de aproximação da via 2 (veículos por hora) – demanda; L1 = Largura de aproximação da via 1 (m) – soma das larguras das faixas; L2 = Largura de aproximação da via 2 (m) – soma das larguras das faixas. Observação : Se as faixas tiverem a mesmas larguras, estas podem ser desconsideradas. Para avaliação do ciclo, utilizamos a equação a seguir. Equação 2 Onde: TV1 = Tempo de verde da via 1 (s); TV2 = Tempo de verde da via 2 (s); TA1 = Tempo de amarelo da via 1 (s); TA2 = Tempo de amarelo da via 2 (s). Entenderam as equações? Agora, é hora de contextualizar o que vimos e aprender como efetuar esses cálculos. Vamos a um exemplo! Em uma via (via 1), temos um volume de aproximação de 600 veículos por hora com três faixas de 3,0 metros em um único sentido. E sua interseção tem um volume de aproximação de 1.200 veículos por hora com quatro faixas de 3,0 metros. Sendo assim, determine o tempo de verde para cada via, sabendo que o ciclo é de 40 segundos e o tempo de amarelo é de 3 segundos. Adicionalmente, faz-se necessário saber que as vias têm uma velocidade regulada em 40 quilômetros por hora, sendo proibido parar ou estacionar. Para solucionar essa questão, vamos primeiramente analisar a relação entre verdes: (Equação 1) Posteriormente, vamos ao cálculo do tempo de verde: TV1 + TV2 + 6 = 40 => Tempo de verde da via 1 + Via 2 + Tempo de amarelo (6s) = 40s de ciclo TV1 + TV2 = 40 - 6 TV1 + TV2 = 34 (Equação 2) Dessa forma, temos: Via 1: V’1 = 200 veículos por hora em cada faixa, para o ciclo de 40 segundos, sendo que o tempo de verde será de 20 segundos. Via 2: V’2 = 600 veículos por hora em cada faixa, para o ciclo de 40 segundos, sendo que o tempo de verde será de 14 segundos. Sinalização Semafórica de Advertência A sinalização semafórica de advertência, ilustrada na �gura 3.5, utiliza-se de semáforos com o grupo focal circular, com dois sinais de alerta na cor amarela. Eles são instalados em cruzamentos que não têm um volume de carro expressivo, ou seja, nas transversais, com o intuito de reduzir a velocidade da via secundária. Algumas vezes faz-se necessário, inclusive, o auxílio de lombadas. praticar Vamos Praticar Os semáforos têm a função de regulamentação e advertência aos condutores e pedestres que estejam em uma via. Eles servem para reduzir a quantidade de acidentes advindos da imprudência ou desconhecimento do Código de Trânsito Brasileiro, que é de extrema importância quando se trata de tráfego urbano. Em relação aos semáforos de advertência, analise as assertivas a seguir. i. São utilizados para grandes �uxos de veículos. ii. São utilizados em vias transversais menos movimentadas. iii. Trata-se de um conjunto luminoso com três cores distintas. Figura 3.5 - Semáforo de advertência Fonte: Elaborada pelo autor. iv. Trata-se de um focal luminoso na cor amarelo piscante. É correto o que se a�rma em: a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) I e IV, apenas. d) II e III, apenas. e) II e IV, apenas. reflita Re�ita Os condutores que trafegam em vias principais com poucas sinalizações semafóricas, com grupo focal duas luzes amarelas ou três luzes com verde, amarelo e vermelho, de regulamentação ou advertência, sempre terão a preferencial? Não ao se depararem com um veículo na intersecção, ou seja, atravessando uma via secundária. Caso esteja iniciando a travessia, este terá a preferência e o condutor que estiver na via principal deverá reduzir a velocidade para evitar acidentes. Fonte: Elaborado pelo autor. A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) é uma lei que foi de�nida para criar diretrizes e parâmetros para o controle da mobilidade urbana e da acessibilidade aos usuários dos sistemas de transportes nas cidades. Essa lei deve ser cumprida em todo o território nacional. Veremos os principais objetivos e princípios da PNMU, ou seja, da Lei nº. 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Sistema Nacional de Mobilidade Urbana A PNMU elaborou o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana (SNMU) para coordenar e organizar os métodos de movimentação dos usuários e das cargas nos municípios, os quais devem oferecer serviços de infraestrutura com o melhor custo-benefício aos cidadãos (BRASIL, 2012). Política Nacional dePolítica Nacional de Mobilidade UrbanaMobilidade Urbana Os tipos de transportes podem ser classi�cados em motorizados e não motorizados, e os serviços de transportes, em coletivos ou individuais, de passageiros ou de cargas, em empresas públicas ou privadas. As cidades devem oferecer a integração entre os modais de transportes em vias públicas, metroferrovias, hidrovias ou ciclovias, com acessibilidade e mobilidade urbana para pessoas ou cargas. Observe a �gura a seguir. Além dos modais, os municípios devem oferecer estacionamentos, terminais de embarques e desembarques rodoviários, ferroviários, metroviários, aeroviários, hidroviários e a interconexão entre eles. A �gura 3.7 ilustra o terminal de ônibus Dom Pedro II, situado no centro da cidade de São Paulo. Figura 3.6 - Integração de modais – Aeroporto de Congonhas Fonte: Tgasrio / Wikimedia Commons. Figura 3.7 - Terminal de ônibus Fonte: Cargol / 123RF. As vias devem ser sinalizadas com equipamentos e instalações necessárias para segurança, mobilidade e acessibilidade aos passageiros e à logística de cargas. Deve haver ainda instrumentos de controle e �scalização, inclusive métodos de arrecadação de taxas e tarifas aos seus usuários (BRASIL, 2012). A �gura 3.8 ilustra essas características de segurança por meio de câmeras e controles internos, �scalização pela polícia federal e segurança patrimonial, arrecadação de taxas e tarifas do transporte de cargas para �ns aeroportuários. Figura 3.8 - Terminal Fonte: Venakr / 123RF. A integração dos sistemas de transporte é de suma importância aos cidadãos, inclusive quando se fala de mobilidade urbana e acessibilidade, seja para ciclistas na interoperabilidade de sistemas, seja para pessoas com necessidades especiais (PNE). Mobilidade e Acessibilidade Urbana A mobilidade está relacionada com a logística de passageiros e cargas em todo o território municipal, para as pessoas que estão nas fronteiras das cidades, para o deslocamento ao centro ou vice-versa. Dessa forma, é necessária a construção de rodoviária, ferroviária ou aquaviária. A acessibilidade deve disponibilizar facilidades aos usuários, para que tenham autonomia nos deslocamentos municipais ou intermunicipais (BRASIL, 2012). A �gura a seguir mostra rodovias que interligam cidades. O deslocamento é uma garantia individual, por isso a acessibilidade e a mobilidade devem ser planejadas e implementadas de forma a alcançarem todos os usuários, conformedestacado na �gura a seguir. A Lei nº. 12.587 padroniza itinerários do transporte coletivo público para que os preços das viagens sejam �xados pelo governo. Dessa forma, os usuários devem se planejar para identi�car o trajeto e os custos que terão para seus deslocamentos. Figura 3.9 - Interligação de cidades por rodovias Fonte: Renato M. E. Sabbatini / Wikimedia Commons. Figura 3.10 - Acessibilidade e mobilidade a todos Fonte: Romsvetnik / 123RF. praticar Vamos Praticar A Política Nacional de Mobilidade Urbana foi criada com o objetivo de prover as condições mínimas necessárias para que os municípios desenvolvam projetos de melhoramentos na integração dos sistemas de transporte e em suas vias, para a mobilidade e acessibilidade nos deslocamentos dos usuários na cidade ou entre cidades. Em relação aos sistemas de transporte, analise as assertivas e assinale (V) para a(s) verdadeira(s) e (F) para a(s) falsa(s). i. ( ) A Política Nacional de Mobilidade Urbana foi criada em 3 de janeiro de 2012. ii. ( ) A cobrança de tarifas é livre e pode ser de�nida por empresa privada. iii. ( ) A mobilidade e a acessibilidade devem ser bases para a implementação de melhorias. iv. ( ) A implantação e a implementação da acessibilidade são deveres da administração pública. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) F, F, F, F. b) V, V, V, V. c) V, F, V, V. d) V, F, V, F. e) F, F, V, F. Agora, veremos um pouco sobre o que as cidades devem oferecer e cobrar de seus residentes ou visitantes e, consequentemente, quais são os direitos e deveres dos cidadãos nos territórios municipais, estaduais e federal. Por �m, estudaremos as dimensões da sustentabilidade para todos. Cidade A cidade tem função social desde sua concepção. Portanto, o seu planejamento deve ser elaborado visando prover o desenvolvimento e melhorias socioeconômicas e ambientais, nos serviços públicos e de infraestrutura urbana. Para isso, devem ser contempladas as seguintes áreas ou dimensões públicas: Segurança Regulamentação, normas e aplicação da lei; Proteção, preservação e recuperação de áreas públicas e privadas. Cidade, Cidadão eCidade, Cidadão e SustentabilidadeSustentabilidade Educação Básico; Fundamental; Médio. Saúde Hospitais, pronto-socorro e postos de atendimento; Vacinas, remédios e outros que auxiliem a população. Habitação Moradia social adequada; Equipamentos sociais. Transporte Mobilidade e acessibilidade. Ordenamento territorial Recursos naturais; Propriedades públicas e privadas. Os municípios devem estar preparados para as mudanças ou se adaptar às novas demandas que estão em crescimento, como tecnologias assistivas ao público no âmbito da saúde, educação, habitação, segurança ou transporte. Além de seus deveres, também deve criar leis e regras para que os cidadãos utilizem os serviços com prudência e zelo pelo meio ambiente. Cidadão Os cidadãos têm o direito de habitação, segurança, educação, saúde e transporte, além dos serviços públicos e áreas comuns de entretenimento. O cidadão tem, inclusive, o dever na manutenção e preservação das áreas privadas e públicas, bem como respeito ao outro e ao meio ambiente para a sustentabilidade do município. Sustentabilidade A sustentabilidade deve analisar e avaliar o consumo ou o uso dos recursos naturais a longo prazo, para que estes não gerem impactos para as próximas gerações. Para isso, é importante a utilização consciente nos âmbitos socioeconômicos, ambientais e energéticos. Dessa forma, o ser humano não compromete o meio ambiente e preserva os recursos para o futuro. A sustentabilidade está pautada em três dimensões, que podem ser vistas a seguir. saibamais Saiba mais Todos os cidadãos no território nacional estão condicionados à Constituição Federal do Brasil, que de�ne direitos e deveres daqueles que são brasileiros ou estrangeiros que visitam o país. Acesso em: 27 jan.2020. ASS IST IR Figura 3.11 - Dimensões da sustentabilidade Fonte: Elaborada pelo autor. A sustentabilidade está diretamente ligada ao cidadão e à cidade, pois áreas públicas, privadas e recursos naturais devem ser preservados com a manutenção e limpeza por parte da administração pública. Além disso, é preciso zelo por parte dos cidadãos que utilizam os recursos, para que evitem desperdícios de energia e água, e evitem acúmulo de lixo nas vias e calçadas, o que degrada o meio ambiente. Com a integração da cidade e do cidadão, podemos fazer com que a sustentabilidade seja igualitária, justa e traga qualidade de vida a todos, preservando o meio ambiente. praticar Vamos Praticar A sustentabilidade das cidades está diretamente ligada à ordem, aos serviços públicos e, inclusive, aos residentes em territórios municipais, pois, com a preservação dos recursos naturais da região e com o seu uso consciente, pode-se ter um ambiente saudável no presente e nos períodos futuros. Com base nisso, analise as assertivas a seguir e a relação proposta entre elas. i. O tripé da sustentabilidade envolve economia, meio ambiente e responsabilidade social. Pois: ii. Só é efetivada quando não desmatamos ou não produzimos nenhum produto. Assinale a alternativa correta: a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justi�cativa correta da I. b) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justi�cativa correta da I. d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Antes de falarmos sobre o Planejamento Estratégico da Mobilidade Urbana (PEMU), devemos entender alguns conceitos básicos de planejamento estratégico. Esses conceitos possibilitam analisar, avaliar e decidir quais são as melhores opções de implantação, implementação e ações necessárias para mitigação de problemas. Planejamento Estratégico O planejamento estratégico e o processo administrativo que estabelece as diretrizes para uma organização estruturada têm o objetivo de otimizar a interação e iteração dos relacionamentos internos e externos com técnicas e ferramentas para o melhor desempenho dos resultados a serem alcançados (OLIVEIRA, 2012). Entretanto, o planejamento estratégico é de�nido de uma forma mais ampla e deve ser mais especí�co a cada nível organizacional. Desse modo, é apoiado pelos planejamentos táticos e operacionais. PlanejamentoPlanejamento Estratégico daEstratégico da Mobilidade UrbanaMobilidade Urbana O planejamento tático utiliza os processos administrativos que visam o melhor desempenho da área a ser organizada, ou seja, há uma especi�cidade de assuntos como: secretaria de transporte, secretaria de saúde, secretaria de meio ambiente, secretaria de segurança ou habitação, entre outras. O planejamento operacional é a de�nição dos processos e das atividades necessárias a serem desempenhadas para implantação de projetos ou implementação de melhorias para as especi�cidades de cada área. Mobilidade Urbana A mobilidade urbana é o direito de ir e vir dos cidadãos em cada território municipal. Os deslocamentos são concebidos para reduzir os veículos de passeio e aumentar o uso de transportes coletivos ou de veículos não motorizados como bicicletas. Entretanto, a mobilidade urbana deve ser concebida para a integração dos modais como o transporte coletivo por ônibus, metrô, trem, balsa e o uso de bicicleta, patinete, para viabilizar os deslocamentos e diminuir o �uxo de veículos dentro da cidade. A mobilidade urbana visa reduzir veículos dentro de cidades com grandes volumes de carros, ou seja, é uma das ações mitigadoras da emissão de gases poluentes. Uma vez que se reduz o �uxo de veículos, pode-se aumentar a largura das calçadas, dos calçadões, das faixas de pedestres, construir passarelas para pessoas ou bicicletas e, inclusive, espaços de entretenimentos. Observe a �gura a seguir. Com isso, pode-se também aumentara quantidade de quilômetros de ciclovias, conforme ilustrado na �gura a seguir, e integrá-las a outros sistemas de transporte para aumentar a distância de deslocamento. Figura 3.13 - Ciclovia Fonte: Marco Rodrigues / 123RF. O aumento do transporte coletivo pode melhorar a acessibilidade das pessoas com necessidades especiais e desempenhar com mais qualidade os serviços públicos de integração nos sistemas de transporte ferroviário, viário e cicloviário, para os deslocamentos das regiões do território do município. Figura 3.12 - Passarela para bicicletas Fonte: Fotoluminate / 123RF. O planejamento estratégico de mobilidade urbana deve analisar, avaliar as condições dos sistemas de transportes ferroviários, rodoviários, aeroviários, aquaviários (ilustrados na �gura 3.14), dutoviários e cicloviários, bem como tomar decisões para o aumento de novas implantações de transportes coletivos ou implementações de melhorias, sempre alinhadas com a acessibilidade. Figura 3.14 - Modais de transporte Fonte: Suwin Puengsamrong / 123RF. Esse planejamento estratégico de mobilidade urbana para o território do município deve seguir os objetivos e diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (BRASIL, 2012), que contempla os seguintes critérios: Análise e avaliação das condições existentes de mobilidade e acessibilidade; Ações que visam garantir a mobilidade e acessibilidade a todos; Ações de implantação de novos projetos; Ações de intervenção para implantação de sistema de monitoramento; Ações de intervenção para implantação de calçadas, ciclovias, passarelas e faixas de pedestres; Ações de implementação de melhorias nos sistemas de transporte: terminais de embarque e desembarque; passarelas; calçadões; ciclovias. Ações mitigadoras e controle tarifário dos sistemas de transporte; Ações de controle de qualidade e desempenho de serviços; Avaliação dos resultados das implantações e implementações; Planejamento de novas ações de controle e reavaliação. praticar Vamos Praticar O planejamento estratégico da mobilidade urbana está pautado nas diretrizes da PNMU, ou seja, da lei n. 12.587, que de�ne os objetivos e ações necessárias para que um município ofereça o melhor desempenho na infraestrutura das vias e nos sistemas de transportes para o deslocamento dos usuários. Nesse sentido, assinale a alternativa que melhor de�ne as ações iniciais de um planejamento. a) Avaliação dos resultados de implantações e implementações. b) Ações de controle de qualidade e desempenho de serviços. c) Análise e avaliação das condições existentes de mobilidade e acessibilidade. d) Ações de implementação de melhoria nos sistemas de transporte. e) Ações de implantação de novos projetos. indicações Material Complementar FILME Em ritmo de fuga Ano : 2017 Comentário : Nesse �lme, é possível identi�car a importância do conhecimento do Código de Trânsito, pois ao respeitar a lei, os condutores evitam acidentes. O �lme retrata a forma imprudente do protagonista dirigir e como os outros condutores se comportam, pois a direção preventiva é a mais adequada para os que seguem a lei evitarem acidentes. Acesso em : 27 jan.2020. TRA ILER LIVRO Planejamento Urbano Editora : SAGAH Autor : Vanessa Scopel et al . ISBN : 978-85-9502-325-3 Comentário : O livro trata do planejamento urbano levando em consideração a sustentabilidade e seus pilares de desenvolvimento. Além disso, retrata a gestão ambiental como forma de preservação das cidades, as políticas públicas, as evoluções e as tendências do planejamento urbano e do planejamento integrado. conclusão Conclusão Vimos a importância da sinalização semafórica de regulamentação e advertência, inclusive a necessidade de se conhecer as leis do Código de Trânsito, bem como saber lidar com as diferenças de vias e os meios de mitigar os acidentes. Foi possível conhecer a PNMU e as diretrizes impostas pela lei, que devem ser seguidas em todo território municipal e em suas interligações. Além disso, conhecemos os direitos e deveres dos cidadãos em relação à sustentabilidade e à preservação dos recursos naturais e das áreas públicas e privadas. Aprendemos que a cidade deve oferecer infraestrutura básica de serviços aos seus residentes e aos visitantes. Por �m, foi possível identi�car as ações necessárias para o planejamento estratégico da mobilidade urbana e as diretrizes que devem ser seguidas em relação à Lei nº. 12.587/2012 (BRASIL, 2012). referências Referências Bibliográ�cas BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. Sinalização vertical de regulamentação. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito : volume V sinalização semafórica. Contran-Denatran. Brasília: Contran, 2014. BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de projeto de interseções . 2. ed. Rio de Janeiro, 2005. BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de estudos de tráfego . Rio de Janeiro, 2006. BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de projetos geométricos de travessias urbanas . Rio de Janeiro, 2010. BRASIL. Lei n. 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Diário O�cial da União . Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2012/lei/l12587.htm . Acesso em: 8 dez. 2019. EM RITMO de fuga. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=TJrKYWPBTrc . Acesso em: 26 jan. 2020. MOBILIDADE e cidadania. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=Pe0EmQq09as . Acesso em: 26 jan. 2020. OLIVEIRA, D. P. R. de. Teoria Geral da Administração : uma abordagem prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012. SCOPEL, V. G. et al . Planejamento urbano . 1. ed. Porto Alegre: SAGAH, 2018. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12587.htm https://www.youtube.com/watch?v=TJrKYWPBTrc https://www.youtube.com/watch?v=Pe0EmQq09as
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