Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ENGENHARIA DE TRÁFEGOENGENHARIA DE TRÁFEGO GESTÃO DA MOBILIDADEGESTÃO DA MOBILIDADE URBANA EURBANA E ACESSIBILIDADEACESSIBILIDADE URBANAURBANA Autor: Esp. Kleber Aristides Ribeiro Revisor : Patr íc ia Cacho do Nasc imento IN IC IAR introdução Introdução A mobilidade urbana tem relação direta e/ou indireta com o desenvolvimento econômico dos municípios, pois a construção de indústrias, comércios, escolas, dentre outros serviços originam polos geradores de tráfego e, consequentemente, a necessidade de deslocamentos de pessoas de regiões distintas. A inserção de pessoas nas operações de cobranças, desenvolvimento de sistemas e aplicativos, condutores, venda de peças e acessórios, manutenção, venda de frotas, postos de combustíveis etc. é o encadeamento de serviços interdependentes. Nesta unidade, veremos a importância de como gerenciar os processos da mobilidade e acessibilidade urbana, métodos de administração, planejamento e controle de operações do tráfego. Identi�caremos as etapas para a construção do plano de mobilidade urbana de um município e como acompanhar os processos de implantação ou implementação e se estão coerentes com o planejamento. Outra informação importante é identi�car os principais elementos dos sistemas de transportes urbanos e suas in�uências no planejamento e controle dos processos administrativos e operacionais da engenharia de tráfego. Por �m, compreenderemos como a engenharia de operações de transporte urbano planeja as formas de tarifação e bilhetagem dos sistemas de transporte urbano e como as tecnologias auxiliam na cobrança e distribuição da arrecadação entre as empresas de transporte. Antes de iniciarmos os estudos, será necessário conhecermos algumas informações sobre gestão. Não há diferença quando se trata de gestão, seja no meio empresarial ou serviço público, pois a gestão abrange toda a organização ou parte dela. No caso de se tratar de toda a empresa, está diretamente ligada ao planejamento do uso dos recursos, integração dos sistemas de informações e a disponibilização das informações a todos os processos organizacionais. Os processos organizacionais estão ligados ao planejamento, projetos e operações. A gestão deve ser planejada, organizada, dirigida, coordenada e controlada. Dessa forma, é possível que se tenha condições de analisar e avaliar as decisões tomadas ao longo do tempo. Uma das melhores práticas de gestão é o ciclo PDCA, que consiste em Planejar as ações, Desenvolver métodos de execução, Controlar as atividades e Agir em relação aos resultados, como ilustrado na Figura 4.1: Gestão daGestão da Mobilidade UrbanaMobilidade Urbana No caso da Engenharia de Tráfego, a gestão não é diferente, pois temos de conhecer e planejar os principais recursos disponíveis, ou seja, saber quais são os tipos de regulamentações, leis, infraestruturas de vias, tipos de transporte e integração, as operações necessárias de segurança e tarifação e os projetos para implantação ou implementação de melhorias nos serviços públicos e privados. Planejamento de Tráfego Para o planejamento de tráfego, é necessário realizar a obtenção das informações sobre o tráfego e identi�car as condições existentes, tais como: das vias; do tráfego; dos tipos de modais; da integração dos meios de transportes; da segurança; do monitoramento; da tarifação; das sinalizações. Figura 4.1 - Ciclo PDCA Fonte: Adaptada de Oliveira (2009). Dessa forma, pode-se realizar a avaliação dos multimodais de tráfego, elaborar planos de transporte integrados, avaliar a viabilidade técnica e econômica da região estudada e, inclusive, os impactos ao meio ambiente. Além disso, é possível realizar a simulação de modelos de transportes da região e avaliar o �uxo de tráfego e, com isso, identi�car a necessidade de sistemas que auxiliem o tráfego urbano, seja para segurança dos pedestres e condutores ou para o monitoramento constante. Projeto de Tráfego O projeto de tráfego desenvolve sistemas de controle de tráfego por meio das características das vias, ou seja, informações que contemplam o �uxo de tráfego, como: Geometria da via. • seções transversais; • curvaturas; • distância de parada; • distância de visibilidade; • drenagens; • obstruções. Sinalizações. Pontes. Viadutos. Anéis viários (são estradas desenvolvidas no perímetro urbano para interligar as vias com grande volume de tráfego). Rodoanéis (são rodovias desenvolvidas com o objetivo de reduzir ou eliminar os veículos que utilizam as vias centrais das cidades apenas como passagem). Integração de Sistemas de Transportes. Melhorias nos sistemas. • Sistemas inteligentes de monitoramento e segurança; • Sistemas inteligentes de cobrança; • Sistemas de informações ao público; Operação de Tráfego A operação de tráfego está relacionada ao controle das vias, suas redes, terminais, sinalizações, sistemas de transportes e suas integrações, inclusive monitoramento e segurança por pessoas ou tecnologias da informação (BRASIL, 2006). As operações são realizadas com o intuito de identi�car e estudar as características operacionais do tráfego de usuários, veículos e as condições da via. Além destes, as operações devem contemplar os registros de acidentes e sua necessária �scalização com as medidas regulamentadoras, seja por meio de leis e normas ou de�nição da regulamentação da operação. Indivíduo e Coletivo saibamais Saiba mais O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) oferece, ao público, normas e manuais para qualquer projeto, relacionados aos modais de transportes para todo território nacional, seja para construção, melhoria ou serviços, e devem seguir os critérios de�nidos pelo DNIT. ACESSAR http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/manuais/documentos A gestão deve contemplar a liberdade de ir e vir de todos habitantes da região ou daqueles que estão de passagem, seja para o individual ou para o coletivo. Porém, as políticas públicas devem oferecer a melhor mobilidade e acessibilidade urbana a todos, priorizando o coletivo, com faixas exclusivas para ônibus (BRS – Bus Rapid Service) ou corredores de ônibus (BRT – Bus Rapid Transit), faixas exclusivas para bicicletas e a integração em terminais de transportes, como: Linhas • metrô; • Veículos Leves sobre Pneus (VLP) Monotrilho; • Veículos Leves sobre Trilhos (VLT); • ônibus; • micro-ônibus; • ônibus biarticulado; • ônibus triarticulado; • trens (urbanos, regionais e subúrbios); • plano inclinado. Sistemas hidroviários • balsas; • barcas; • ferrys. Teleféricos (aeromóvel). Os BRTs são corredores exclusivos para ônibus, que demandam um investimento maior em razão da sinalização de prioridade ao transporte coletivo, do aumento de velocidade para uma maior �uidez da circulação do ônibus, aumento no volume de pessoas transportadas em menor tempo, redução das emissões de gases e combustível e viabilização da comunicação e monitoramento aos usuários. Todos esses aspectos têm um grande impacto na mobilidade urbana e na sustentabilidade. Gestão de Con�itos Estudos de tráfego indicam que existe negligência nos acidentes urbanos, por causa do con�ito entre pedestres e condutores. Esses con�itos se devem a diversos fatores: falta de sinalização, problemas na via, problemas técnicos dos veículos ou falta de conhecimento das leis de trânsito por parte do pedestre ou do condutor. Esses con�itos devem ser geridos e mitigados pelo poder público, com a manutenção das vias e sinalizações, assim pela educação, em escolas privadas de trânsito, nas escolas públicas do ensino fundamental e médio, além de informes e vídeos transmitidos pela televisão, rádio e internet, para que os cidadãos tenham conhecimento das leis e regras do código de trânsito brasileiro. reflita Re�ita Quando se trata de travessia em vias movimentadas, o código nacional de trânsito estabelece que os cidadãos devem fazer a travessia nas faixas exclusivas depedestres. Porém, caso o pedestre esteja a uma distância 50 metros da faixa, poderá fazer a travessia fora da faixa, quando a distância for igual ou superior à determinada. Contudo, se os quarteirões tiverem 100 metros, poderá atravessar no centro do quarteirão; mas se o quarteirão for menor e a pessoa �zer a travessia, o condutor não tem o direito de desrespeitar a vez do pedestre. Nesse caso, deve prevalecer o bom senso e o respeito ao próximo. A gestão da mobilidade urbana tem o dever de controlar e até de reduzir os veículos motorizados em regiões onde há grande circulação de pessoas, pois tem de priorizar os espaços à população e promover o uso de veículos não motorizados, para mitigar as emissões de gases em polos comerciais, habitacionais, industriais ou de entretenimentos. praticar Vamos Praticar A administração é uma ciência que planeja, coordena, controla as ações realizadas nos processos organizacionais e analisa e avalia os indicadores de�nidos nos objetivos e procedimentos de cada projeto, utilizados para mensurar a e�ciência e e�cácia do produto ou serviço �nalizado. Analisando as informações da administração, avalie as a�rmativas a seguir. I. No planejamento, é possível de�nir os objetivos e processos necessários para a realização de um projeto. II. No projeto de um produto ou serviço, é possível de�nir quais serão os principais elementos a serem utilizados nos processos de desenvolvimento. III. Na operação, é possível de�nir os objetivos e processos necessários para o desenvolvimento de um projeto. IV. As operações realizam as ações necessárias de execução e controle dos procedimentos de�nidos no planejamento. Está correto o que se a�rma em: a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e IV, apenas. d) I, II e III, apenas. e) I, II e IV, apenas. A Lei nº 12.587/12 dispõe que todos os municípios com 20 mil habitantes ou mais devem desenvolver o plano de mobilidade urbana, para que possam requerer recursos federais para projetos no segmento de transporte da cidade. Entretanto, a lei federal também exige, de municípios com 5 mil habitantes, o plano nacional de mobilidade, quando se trata de uma cidade histórica ou turística. Em casos de cidades com menos de 5 mil habitantes, deve ser realizado uma regionalização, um conjunto de cidades para o desenvolvimento do Plano Regional de Mobilidade Urbana. Re�exos na Economia A implantação de transportes coletivos em cidades com grandes volumes de pessoas que se deslocam diariamente das áreas periféricas aos centros comerciais, empresariais, de entretenimentos ou até industriais re�etem diretamente na economia do município em razão dos empregos diretos e indiretos envolvidos, além do consumo de combustível, peças, frotas de veículos, manutenção dentre outros que movimentam os comércios. Plano dePlano de Mobilidade UrbanaMobilidade Urbana Estrutura Organizacional do Poder Público A estrutura organizacional do poder público deve ter seu corpo estratégico, tático e operacional. O tamanho da equipe dependerá da quantidade de habitantes no município, ou seja, até 5 mil habitantes serão consideradas as características de cidade histórica ou turísticas, e cidades com 20 mil habitantes será necessária avaliação da complexidade das condições do município (BRASIL, 2012). Nos casos de grandes municípios, que tenham acima de 500 mil habitantes deverá contemplar uma equipe maior para análise e avaliação de regiões da cidade. A �gura a seguir apresenta um exemplo de organograma da estrutura do poder público: Essa hierarquia pode ser mantida, reduzida ou aumentada conforme a quantidade de habitantes ou suas exceções. Dessa forma, é possível Figura 4.2 - Exemplo de estrutura organizacional Fonte: Elaborada pelo autor. mensurar a complexidade da situação em relação às concentrações de usuários, veículos, vias, meio ambiente dentre outros. Concessão Por vezes, os municípios ou regiões (conjunto de municípios) não têm condições técnicas/administrativas para arcar com a administração, coordenação, operação e/ou controle das vias, sistemas de transportes e gerenciamento de tráfego, por isso, optam pela concessão, permissão, autorização ou alvará dessa gestão. Por meio desse processo, é possível transferir as operações dos serviços a terceiros ou a empresas privadas que têm a vocação para tal. As normas de abertura ao mercado por meio de licitações para concessões de permissão, autorização ou alvarás são formas de transferência dos direitos de operação do poder público ao privado, que devem seguir as leis ou regulamentação municipal, estadual ou federal, como é o caso da Lei nº 12.587. Uma vez concedida a permissão, autorização ou alvará, o poder público deve controlar e avaliar os procedimentos. As licitações devem contemplar as principais informações dos critérios de serviços e operações a serem desempenhadas com qualidade pelas empresas que tiveram a concessão para a execução dos procedimentos regulamentados em leis ou de�nidos pelo poder público. Esse controle deve ter indicadores mínimos de qualidade, que foram de�nidos no processo licitatório e no contrato assinado por ambas as partes envolvidas. Financiamento e Empresas Os �nanciamentos de projetos públicos devem ser analisados e avaliados pelo poder público, uma vez que o orçamento do município não é o su�ciente para implantações de novos projetos ou implementações de melhorias na infraestrutura existente. Por isso é que muitas cidades optam por realizar a concessão do serviço ou infraestruturas para empresas privadas ou criar Parcerias Público Privado (PPP) ou o próprio �nanciamento público. Ao se obterem junções de empresas privadas para construções de infraestruturas, vias, sinalizações, ou outros serviços são realizados contratos especí�cos, que subsidiam as tarifas ou mantêm os valores por um período predeterminado, objetivando, assim, o melhor serviço aos cidadãos e recursos aos empresários investidores, como contrapartida. Quando realizados a concessão e o não cumprimento dos critérios de qualidade, o poder público pode intervir no processo de operações, administrativa ou tecnicamente, com leis e regulamentações, políticas e planos ou com o uso de ferramentas de planejamento ou gerenciamento de demandas de implantação ou implementação de melhorias. Etapas para a Construção As etapas para o plano de mobilidade urbana devem contemplar os seguintes itens, como ilustrado na Figura 4.3: 1. O levantamento de informações deve contemplar as informações socioculturais do município, as condições econômicas e da Figura 4.3 - Etapas para a construção do Plano de Mobilidade Urbana Fonte: Elaborada pelo autor. infraestrutura da cidade, além das situações existentes. 2. As consultas públicas devem levar em conta a demanda advinda da sociedade e do ordenamento do comitê técnico/administrativo público inclusive do conselho do poder público. 3. A de�nição do escopo deve determinar os objetivos, metas e procedimentos necessários para monitorar e controlar as prioridades de curto, médio e longo prazos e as intervenções nos processos em execução. 4. As de�nições dos critérios de qualidade são determinadas, para que os projetos possam contemplar as demandas do poder público e da sociedade. 5. A avaliação de desempenho é utilizada para veri�car se os parâmetros de�nidos são condizentes com a demanda ou se é necessário algum ajuste para controle e alinhamento com as leis e regulamentos vigentes. 6. As análises das condições são avalizadas pelos poderes públicos envolvidos, como é o caso da câmara de vereadores ou secretarias correlacionadas. 7. Uma vez analisado, o plano de mobilidade urbana passa pelo processo de avaliação pública e, por �m, há a aprovação. 8. A implantação ou implementação do plano de mobilidade urbana é posto em execução. 9. Uma vez implantado, o plano de mobilidade urbana é analisado ao longo de sua execução e são feitas avaliações de possíveis falhas, paraacertos futuros. praticar Vamos Praticar O desenvolvimento do plano de mobilidade urbana é um dever dos municípios que contam com mais de 20 mil habitantes ou em casos como cidades históricas ou turísticas com 5 mil habitantes, pois é um direito dos cidadãos e visitantes no deslocamento do território da cidade. Considerando o plano de mobilidade urbana, avalie as a�rmativas a seguir. I. A mobilidade urbana tem impactos positivos no desenvolvimento econômico de um município. II. As etapas para construção do plano de mobilidade urbana são de suma importância para os municípios. III. As concessões de vias ou serviços públicos são independentes do poder público ou da sociedade. IV. A participação público-privada são todos os serviços e infraestrutura oferecidos pelo poder público. Está correto o que se a�rma em: a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e IV, apenas. d) I, II e III, apenas. e) I, II e IV, apenas. O sistema de transporte urbano contempla os seguintes elementos: Usuários • pedestre: pessoas; • condutor: motorista dos veículos motorizados ou não; Veículos não motorizados • bicicleta: faixa exclusiva para deslocamentos, inclusive integração com linhas de metrô, ônibus, trens e balsas; • carroças e charretes: com tração animal, devem seguir as leis estabelecidas no código de trânsito brasileiro. Veículos motorizados • automóvel: individual; • moto: individual; • ônibus: coletivo; • metrôs: veículos que circulam em vias sobre trilhos; Elementos doElementos do Sistema deSistema de TransportesTransportes UrbanosUrbanos • Veículos Leves sobre Pneus (VLP); • Veículos Leves sobre Trilhos (VLT); • trens: urbanos, regionais ou subúrbios; • balsas, barca ou ferry: sistemas hidroviários; • teleféricos: cabos suspensos ou planos inclinados; Vias públicas • rodovias urbanas e rurais, avenidas, ruas; • corredores de ônibus: vias destinadas somente para ônibus ou emergências; • faixas exclusivas de ônibus: faixas que devem ser priorizadas para a circulação de veículos públicos, porém abertos em horários de pouca movimentação; • calçadas: espaços públicos com diferença de altura da via; • passeios: parte do espaço das vias com pintura diferenciada com ou sem limitadores de divisão entre pista de rodagem e trânsito de pessoas; • marítimas: circulação de navios, barcas, balsas, ferry, dentre outros. Meio ambiente: • sustentabilidade ambiental. Para cada situação, haverá uma demanda por transporte público. A demanda está relacionada ao volume de habitantes ou visitantes de um município, e esse �uxo de usuários por hora é que de�nirá a quantidade de veículos necessária para o transporte de passageiros no deslocamento de origem e destino e o intervalo de tempo de viagens e o �uxo em horários de pico ou baixo �uxo (BRASIL, 2012). Tecnologias e Organização do Transporte Urbano O transporte urbano pode ser organizado com tecnologias assistidas com aplicativos em painéis nos pontos ou paradas de ônibus ou em celulares para o acompanhamento do deslocamento dos veículos até o local de acesso do usuário. Uma vez implantado esse sistema, essa tecnologia pode auxiliar o passageiro ou as empresas públicas e privadas na logística da frota. Outra tecnologia que auxilia os usuários, sejam pedestres ou passageiros, são as sinalizações sonoras ou pisos táteis para s pessoas com necessidades especiais, além dos veículos que contêm plataformas de elevação aos cadeirantes para acesso aos meios de transporte. As tecnologias auxiliam na organização, seja dos usuários ou das empresas públicas e/ou privadas, uma vez que os serviços são destinados aos cidadãos habitantes ou não da região de mobilidade urbana. Infraestrutura Necessária para Operação A infraestrutura necessária para a operação dos sistemas de transporte é quanti�cada em relação aos seguintes elementos: frota de veículos; terminais de origem e destino; integração de pontos e estações; colaboradores: • condutores; • �scalizadores; • segurança; • monitoramento; • cobradores; • manutenção; • limpeza; • controle operacional; • administradores. Tecnologias, Aplicativos e Sistemas: • bilhetagem; • tarifação; • logísticos; • cobrança; • controle; • monitoramento; • segurança; • acompanhamento pelo usuário; • mobilidade e acessibilidade; • transporte a pessoas com necessidades especiais; • �nanceiro. A Infraestrutura necessária para a operação está interligada a todos os elementos dos sistemas de transportes (via, veículos, usuários e meio ambiente), pois para cada componente existirá um fator preponderante aos serviços que deverão ser oferecidos pelo poder público ao cidadão. praticar Vamos Praticar A ciência dos elementos dos sistemas do transporte urbano é de suma importância para o engenheiro de tráfego, pois para administrá-lo, executá-lo, controlá-lo e avaliá-lo devem-se conhecer suas características para mensurar cada detalhe, a �m de criar equipes técnicas e administrativas para os processos necessários de uma boa gestão. Considerando os elementos dos sistemas de transporte urbano, analise as a�rmativas a seguir e assinale V para a(s) Verdadeira(s) e F para a(s) Falsa(s). I. ( ) As vias são de�nidas como terrestres. II. ( ) O usuário pode ser de�nido como pedestre. III. ( ) O micro-ônibus é um veículo não motorizado. IV. ( ) A calçada tem diferença de altura em relação à via. A seguir, assinale a alternativa que indica a sequência correta. a) F, F, F, F. b) F, F, F, V. c) F, F, V, V. d) F, V, V, V. e) V, V, V, V. A engenharia de operação de transportes urbanos deve integrar os sistemas viários e metroferroviários, com o intuito de reduzir os custos de viagens aos usuários �nais, sejam pagantes ou não, uma vez que quando se trata de idosos e estudantes, por exemplo, há benefícios especiais, que garantem a isenção (BRASIL, 2012). Terminais de Transporte Público e Paradas Os terminais de transporte públicos devem ser planejados de tal forma que seja possível a interligação intermodal, uma vez que o intuito da mobilidade e da acessibilidade urbana é facilitar o deslocamento dos passageiros entre regiões distintas próximas ou longínquas. Engenharia deEngenharia de Operação deOperação de TransportesTransportes UrbanosUrbanos Quando essas regiões são próximas, devem-se de�nir as paradas em polos geradores de tráfego, pois, dessa forma, é possível reduzir o impacto de aglomerações de pessoas e veículos em ambientes propícios a grandes volumes de pessoas (BRASIL, 2006). Quando se trata de regiões distantes, estas devem ser aproximadas por meio de terminais que devem ser providos de interligação com outros tipos de transporte para tornar o deslocamento viável ao usuário. Controle Operacional O controle operacional avalia os custos operacionais, que envolvem os seguintes itens: combustível; manutenção com peças e acessórios; despesas administrativas; tributos: municipais, estaduais e federais; recursos humanos; frotas: renovações; quilometragem rodada; lubri�cantes; depreciações de ativo; dentre outros. Os custos �xos e variáveis de cada empresa variam conforme o método de administração e as variáveis de transporte, cada qual com uma tarifa diferente. Contudo, não é possível que sejam cobrados valores diferenciados de tarifa, e, para resolver esse problema, foi criada a política tarifária. A política tarifária realiza compensações de arrecadação: caso a arrecadação de uma empresa seja maior do que as demais, a diferença é repassada àquelas que obtiveram menor arrecadação. A política tarifária também auxilia a bilhetagem única, ou tarifa integrada: uma vez que o passageiro realiza o pagamento em um ônibus, essa arrecadação pagará por viagens subsequentes em outros deslocamentos, em períodos prede�nidos pelo governo (BRASIL, 2012). Característica da Operação de Transporte Urbano O modal viáriodeve ter como característica as integrações operacional, física e tarifária, inclusive na gestão de serviços de informação, comunicação, venda de cotas e cobrança uni�cada. Essa operação deve ser controlada e gerenciada juntamente com o auxílio do governo. As cotas de bilhetagem podem ser disponibilizadas em sistemas e aplicativos de internet, pelos quais o usuário pode comprar a quantidade de passagens necessárias para uma ou muitas viagens. No modal metroferroviário não é diferente: ocorre a integração com outros sistemas de transporte. Porém, como são custos diferentes para trens, metrô ou ônibus é necessário o acréscimo na transição de um modo de transporte ao outro. Em São Paulo, foi desenvolvida uma tecnologia que integra os modais de transporte como ônibus, metrôs e trens denominada “Bilhete Único”: são inseridos créditos com valores correspondentes ao custo de uma viagem e que podem ser adicionados valores para uso nos modais integrados a essa tecnologia e funciona. No caso de viagens intermunicipais, também foi aplicada a mesma tecnologia, mudando apenas o nome do programa. praticar Vamos Praticar Vamos Praticar As tarifas são regulamentadas pelo poder público, para que seja mantido um valor único de passagens em deslocamentos dentro do território de um município. Dessa forma, mesmo que haja concessões para empresas de transportes em uma cidade e façam a operação do transporte, quem de�ne os parâmetros de qualidade e tarifação é o poder público. Considerando a tarifação pelo poder público, assinale a alternativa correta. a) As tarifas podem ser de�nidas somente pelas empresas de transporte. b) As tarifas devem ser de�nidas em conjunto com o poder público e concessões. c) Não é necessário criar política tarifária, pois cada empresa adota a sua. d) A tarifa é um valor de�nido pelos cidadãos do município. e) Não é necessária a cobrança de tarifa para o transporte público. indicações Material Complementar FILME Não por Acaso Ano : 2007 Comentário : esse �lme retrata as operações de sinais do trânsito da cidade de São Paulo, inclusive os perigos causados pelas infrações e os acidentes pela imprudência dos pedestres e condutores. Além de abordar a importância dos sinais de trânsito, da operação de tráfego e do Engenheiro de Tráfego para o gerenciamento e controle das vias. TRA ILER LIVRO Licitações e Contratos Administrativos: Teoria e Prática Editora : Método Autor : Rafael Carvalho Rezende Oliveira ISBN : 978-8530985127 Comentário : neste livro, você poderá se aprofundar nos estudos de licitações e no dos contratos administrativos, pois ao se deparar com informações importantes como sistemas de transportes, operação de tráfego e serviços correlacionados ao transporte, provavelmente, será necessário ter um conhecimento especí�co sobre o assunto. conclusão Conclusão Nesta unidade, pudemos perceber a importância da gestão da mobilidade e acessibilidade urbana e como realizá-la de forma e�caz e e�ciente, desde o planejamento até o controle operacional dos elementos dos sistemas de transporte urbano. Foi possível veri�car como construir um plano de mobilidade urbana e quais são as principais etapas, para que seja desenvolvida, avaliada e implantada em uma cidade, e, com os indicadores, veri�car se o projeto foi realmente e�caz e e�ciente durante as operações ao longo do tempo. Além da gestão e construção do plano, foi apresentado como podem ser realizadas a licitação e a concessão de vias e/ou serviços públicos, que, por vezes, não são gerenciados efetivamente pelo poder público. Por �m, pudemos avaliar a importância do controle operacional que envolve os custos das empresas de transporte e como podem ser desenvolvidas políticas de tarifação dos sistemas viários e metroferroviários dos municípios e a distribuição da arrecadação entre as empresas. referências Referências Bibliográ�cas BRASIL. Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana; revoga dispositivos dos Decretos-Leis nºs 3.326, de 3 de junho de 1941, e 5.405, de 13 de abril de 1943, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e das Leis nºs 5.917, de 10 de setembro de 1973, e 6.261, de 14 de novembro de 1975; e dá outras providências. Diário O�cial da União . Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2012/lei/l12587.htm . Acesso em: 8 dez. 2019. BRASIL. Ministério dos Transportes. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Manual de estudo de tráfego . Rio de Janeiro: DNIT, 2006. Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas-e- manuais/manuais/documentos/723_manual_estudos_trafego.pdf/view . Acesso em: 31 out. 2019. OLIVEIRA, M. A. de. Em busca da excelência empresarial . São Paulo: DVS Editora, 2009. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12587.htm http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/manuais/documentos/723_manual_estudos_trafego.pdf/view
Compartilhar