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Unidade 4 - ENGENHARIA DE TRÁFEGO - GESTÃO DA MOBILIDADE URBANA E ACESSIBILIDADE URBANA

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ENGENHARIA DE TRÁFEGOENGENHARIA DE TRÁFEGO
GESTÃO DA MOBILIDADEGESTÃO DA MOBILIDADE
URBANA EURBANA E
ACESSIBILIDADEACESSIBILIDADE
URBANAURBANA
Autor: Esp. Kleber Aristides Ribeiro
Revisor : Patr íc ia Cacho do Nasc imento
IN IC IAR
introdução
Introdução
A mobilidade urbana tem relação direta e/ou indireta com o desenvolvimento
econômico dos municípios, pois a construção de indústrias, comércios,
escolas, dentre outros serviços originam polos geradores de tráfego e,
consequentemente, a necessidade de deslocamentos de pessoas de regiões
distintas.
A inserção de pessoas nas operações de cobranças, desenvolvimento de
sistemas e aplicativos, condutores, venda de peças e acessórios, manutenção,
venda de frotas, postos de combustíveis etc. é o encadeamento de serviços
interdependentes.
Nesta unidade, veremos a importância de como gerenciar os processos da
mobilidade e acessibilidade urbana, métodos de administração, planejamento
e controle de operações do tráfego. Identi�caremos as etapas para a
construção do plano de mobilidade urbana de um município e como
acompanhar os processos de implantação ou implementação e se estão
coerentes com o planejamento.
Outra informação importante é identi�car os principais elementos dos
sistemas de transportes urbanos e suas in�uências no planejamento e
controle dos processos administrativos e operacionais da engenharia de
tráfego. Por �m, compreenderemos como a engenharia de operações de
transporte urbano planeja as formas de tarifação e bilhetagem dos sistemas
de transporte urbano e como as tecnologias auxiliam na cobrança e
distribuição da arrecadação entre as empresas de transporte.
Antes de iniciarmos os estudos, será necessário conhecermos algumas
informações sobre gestão. Não há diferença quando se trata de gestão, seja
no meio empresarial ou serviço público, pois a gestão abrange toda a
organização ou parte dela. No caso de se tratar de toda a empresa, está
diretamente ligada ao planejamento do uso dos recursos, integração dos
sistemas de informações e a disponibilização das informações a todos os
processos organizacionais.
Os processos organizacionais estão ligados ao planejamento, projetos e
operações. A gestão deve ser planejada, organizada, dirigida, coordenada e
controlada. Dessa forma, é possível que se tenha condições de analisar e
avaliar as decisões tomadas ao longo do tempo. Uma das melhores práticas
de gestão é o ciclo PDCA, que consiste em Planejar as ações, Desenvolver
métodos de execução, Controlar as atividades e Agir em relação aos
resultados, como ilustrado na Figura 4.1:
Gestão daGestão da
Mobilidade UrbanaMobilidade Urbana
No caso da Engenharia de Tráfego, a gestão não é diferente, pois temos de
conhecer e planejar os principais recursos disponíveis, ou seja, saber quais
são os tipos de regulamentações, leis, infraestruturas de vias, tipos de
transporte e integração, as operações necessárias de segurança e tarifação e
os projetos para implantação ou implementação de melhorias nos serviços
públicos e privados.
Planejamento de Tráfego
Para o planejamento de tráfego, é necessário realizar a obtenção das
informações sobre o tráfego e identi�car as condições existentes, tais como:
das vias;
do tráfego;
dos tipos de modais;
da integração dos meios de transportes;
da segurança;
do monitoramento;
da tarifação;
das sinalizações.
Figura 4.1 - Ciclo PDCA
Fonte: Adaptada de Oliveira (2009).
Dessa forma, pode-se realizar a avaliação dos multimodais de tráfego,
elaborar planos de transporte integrados, avaliar a viabilidade técnica e
econômica da região estudada e, inclusive, os impactos ao meio ambiente.
Além disso, é possível realizar a simulação de modelos de transportes da
região e avaliar o �uxo de tráfego e, com isso, identi�car a necessidade de
sistemas que auxiliem o tráfego urbano, seja para segurança dos pedestres e
condutores ou para o monitoramento constante.
Projeto de Tráfego
O projeto de tráfego desenvolve sistemas de controle de tráfego por meio das
características das vias, ou seja, informações que contemplam o �uxo de
tráfego, como:
Geometria da via.
•   seções transversais;
•  curvaturas;
•  distância de parada;
•  distância de visibilidade;
•  drenagens;
•  obstruções.
Sinalizações.
Pontes.
Viadutos.
Anéis viários (são estradas desenvolvidas no perímetro urbano para
interligar as vias com grande volume de tráfego).
Rodoanéis (são rodovias desenvolvidas com o objetivo de reduzir ou
eliminar os veículos que utilizam as vias centrais das cidades apenas
como passagem).
Integração de Sistemas de Transportes.
Melhorias nos sistemas.
•  Sistemas inteligentes de monitoramento e segurança;
•  Sistemas inteligentes de cobrança;
•  Sistemas de informações ao público;
Operação de Tráfego
A operação de tráfego está relacionada ao controle das vias, suas redes,
terminais, sinalizações, sistemas de transportes e suas integrações, inclusive
monitoramento e segurança por pessoas ou tecnologias da informação
(BRASIL, 2006).
As operações são realizadas com o intuito de identi�car e estudar as
características operacionais do tráfego de usuários, veículos e as condições da
via. Além destes, as operações devem contemplar os registros de acidentes e
sua necessária �scalização com as medidas regulamentadoras, seja por meio
de leis e normas ou de�nição da regulamentação da operação.
Indivíduo e Coletivo
saibamais
Saiba mais
O Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes (DNIT) oferece, ao público,
normas e manuais para qualquer projeto,
relacionados aos modais de transportes para
todo território nacional, seja para
construção, melhoria ou serviços, e devem
seguir os critérios de�nidos pelo DNIT.
ACESSAR
http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/manuais/documentos
A gestão deve contemplar a liberdade de ir e vir de todos habitantes da região
ou daqueles que estão de passagem, seja para o individual ou para o coletivo.
Porém, as políticas públicas devem oferecer a melhor mobilidade e
acessibilidade urbana a todos, priorizando o coletivo, com faixas exclusivas
para ônibus (BRS – Bus Rapid Service) ou corredores de ônibus (BRT – Bus
Rapid Transit), faixas exclusivas para bicicletas e a integração em terminais de
transportes, como:
Linhas
•  metrô;
•  Veículos Leves sobre Pneus (VLP) Monotrilho;
•  Veículos Leves sobre Trilhos (VLT);
•  ônibus;
•  micro-ônibus;
•  ônibus biarticulado;
•  ônibus triarticulado;
•  trens (urbanos, regionais e subúrbios);
•  plano inclinado.
Sistemas hidroviários
•  balsas;
•  barcas;
•  ferrys.
Teleféricos (aeromóvel).
Os BRTs são corredores exclusivos para ônibus, que demandam um
investimento maior em razão da sinalização de prioridade ao transporte
coletivo, do aumento de velocidade para uma maior �uidez da circulação do
ônibus, aumento no volume de pessoas transportadas em menor tempo,
redução das emissões de gases e combustível e viabilização da comunicação e
monitoramento aos usuários. Todos esses aspectos têm um grande impacto
na mobilidade urbana e na sustentabilidade.
Gestão de Con�itos
Estudos de tráfego indicam que existe negligência nos acidentes urbanos, por
causa do con�ito entre pedestres e condutores. Esses con�itos se devem a
diversos fatores: falta de sinalização, problemas na via, problemas técnicos
dos veículos ou falta de conhecimento das leis de trânsito por parte do
pedestre ou do condutor.
Esses con�itos devem ser geridos e mitigados pelo poder público, com a
manutenção das vias e sinalizações, assim pela educação, em escolas
privadas de trânsito, nas escolas públicas do ensino fundamental e médio,
além de informes e vídeos transmitidos pela televisão, rádio e internet, para
que os cidadãos tenham conhecimento das leis e regras do código de trânsito
brasileiro.
reflita
Re�ita
Quando se trata de travessia em vias
movimentadas, o código nacional de
trânsito estabelece que os cidadãos
devem fazer a travessia nas faixas
exclusivas depedestres. Porém, caso
o pedestre esteja a uma distância 50
metros da faixa, poderá fazer a
travessia fora da faixa, quando a
distância for igual ou superior à
determinada. Contudo, se os
quarteirões tiverem 100 metros,
poderá atravessar no centro do
quarteirão; mas se o quarteirão for
menor e a pessoa �zer a travessia, o
condutor não tem o direito de
desrespeitar a vez do pedestre. Nesse
caso, deve prevalecer o bom senso e o
respeito ao próximo.
A gestão da mobilidade urbana tem o dever de controlar e até de reduzir os
veículos motorizados em regiões onde há grande circulação de pessoas, pois
tem de priorizar os espaços à população e promover o uso de veículos não
motorizados, para mitigar as emissões de gases em polos comerciais,
habitacionais, industriais ou de entretenimentos.
praticar
Vamos Praticar
A administração é uma ciência que planeja, coordena, controla as ações realizadas
nos processos organizacionais e analisa e avalia os indicadores de�nidos nos
objetivos e procedimentos de cada projeto, utilizados para mensurar a e�ciência e
e�cácia do produto ou serviço �nalizado.
Analisando as informações da administração, avalie as a�rmativas a seguir.
I. No planejamento, é possível de�nir os objetivos e processos necessários para a
realização de um projeto.
II. No projeto de um produto ou serviço, é possível de�nir quais serão os principais
elementos a serem utilizados nos processos de desenvolvimento.
III. Na operação, é possível de�nir os objetivos e processos necessários para o
desenvolvimento de um projeto.
IV. As operações realizam as ações necessárias de execução e controle dos
procedimentos de�nidos no planejamento.
Está correto o que se a�rma em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
A Lei nº 12.587/12 dispõe que todos os municípios com 20 mil habitantes ou
mais devem desenvolver o plano de mobilidade urbana, para que possam
requerer recursos federais para projetos no segmento de transporte da
cidade. Entretanto, a lei federal também exige, de municípios com 5 mil
habitantes, o plano nacional de mobilidade, quando se trata de uma cidade
histórica ou turística. Em casos de cidades com menos de 5 mil habitantes,
deve ser realizado uma regionalização, um conjunto de cidades para o
desenvolvimento do Plano Regional de Mobilidade Urbana.
Re�exos na Economia
A implantação de transportes coletivos em cidades com grandes volumes de
pessoas que se deslocam diariamente das áreas periféricas aos centros
comerciais, empresariais, de entretenimentos ou até industriais re�etem
diretamente na economia do município em razão dos empregos diretos e
indiretos envolvidos, além do consumo de combustível, peças, frotas de
veículos, manutenção dentre outros que movimentam os comércios.
Plano dePlano de
Mobilidade UrbanaMobilidade Urbana
Estrutura Organizacional do Poder
Público
A estrutura organizacional do poder público deve ter seu corpo estratégico,
tático e operacional. O tamanho da equipe dependerá da quantidade de
habitantes no município, ou seja, até 5 mil habitantes serão consideradas as
características de cidade histórica ou turísticas, e cidades com 20 mil
habitantes será necessária avaliação da complexidade das condições do
município (BRASIL, 2012). Nos casos de grandes municípios, que tenham
acima de 500 mil habitantes deverá contemplar uma equipe maior para
análise e avaliação de regiões da cidade. A �gura a seguir apresenta um
exemplo de organograma da estrutura do poder público:
Essa hierarquia pode ser mantida, reduzida ou aumentada conforme a
quantidade de habitantes ou suas exceções. Dessa forma, é possível
Figura 4.2 - Exemplo de estrutura organizacional
Fonte: Elaborada pelo autor.
mensurar a complexidade da situação em relação às concentrações de
usuários, veículos, vias, meio ambiente dentre outros.
Concessão
Por vezes, os municípios ou regiões (conjunto de municípios) não têm
condições técnicas/administrativas para arcar com a administração,
coordenação, operação e/ou controle das vias, sistemas de transportes e
gerenciamento de tráfego, por isso, optam pela concessão, permissão,
autorização ou alvará dessa gestão. Por meio desse processo, é possível
transferir as operações dos serviços a terceiros ou a empresas privadas que
têm a vocação para tal.
As normas de abertura ao mercado por meio de licitações para concessões de
permissão, autorização ou alvarás são formas de transferência dos direitos de
operação do poder público ao privado, que devem seguir as leis ou
regulamentação municipal, estadual ou federal, como é o caso da Lei nº
12.587. Uma vez concedida a permissão, autorização ou alvará, o poder
público deve controlar e avaliar os procedimentos.
As licitações devem contemplar as principais informações dos critérios de
serviços e operações a serem desempenhadas com qualidade pelas empresas
que tiveram a concessão para a execução dos procedimentos
regulamentados em leis ou de�nidos pelo poder público. Esse controle deve
ter indicadores mínimos de qualidade, que foram de�nidos no processo
licitatório e no contrato assinado por ambas as partes envolvidas.
Financiamento e Empresas
Os �nanciamentos de projetos públicos devem ser analisados e avaliados pelo
poder público, uma vez que o orçamento do município não é o su�ciente para
implantações de novos projetos ou implementações de melhorias na
infraestrutura existente. Por isso é que muitas cidades optam por realizar a
concessão do serviço ou infraestruturas para empresas privadas ou criar
Parcerias Público Privado (PPP) ou o próprio �nanciamento público.
Ao se obterem junções de empresas privadas para construções de
infraestruturas, vias, sinalizações, ou outros serviços são realizados contratos
especí�cos, que subsidiam as tarifas ou mantêm os valores por um período
predeterminado, objetivando, assim, o melhor serviço aos cidadãos e
recursos aos empresários investidores, como contrapartida.
Quando realizados a concessão e o não cumprimento dos critérios de
qualidade, o poder público pode intervir no processo de operações,
administrativa ou tecnicamente, com leis e regulamentações, políticas e
planos ou com o uso de ferramentas de planejamento ou gerenciamento de
demandas de implantação ou implementação de melhorias.
Etapas para a Construção
As etapas para o plano de mobilidade urbana devem contemplar os seguintes
itens, como ilustrado na Figura 4.3:
1. O levantamento de informações deve contemplar as informações
socioculturais do município, as condições econômicas e da
Figura 4.3 - Etapas para a construção do Plano de Mobilidade Urbana
Fonte: Elaborada pelo autor.
infraestrutura da cidade, além das situações existentes.
2. As consultas públicas devem levar em conta a demanda advinda da
sociedade e do ordenamento do comitê técnico/administrativo
público inclusive do conselho do poder público.
3. A de�nição do escopo deve determinar os objetivos, metas e
procedimentos necessários para monitorar e controlar as prioridades
de curto, médio e longo prazos e as intervenções nos processos em
execução.
4. As de�nições dos critérios de qualidade são determinadas, para que
os projetos possam contemplar as demandas do poder público e da
sociedade.
5. A avaliação de desempenho é utilizada para veri�car se os
parâmetros de�nidos são condizentes com a demanda ou se é
necessário algum ajuste para controle e alinhamento com as leis e
regulamentos vigentes.
6. As análises das condições são avalizadas pelos poderes públicos
envolvidos, como é o caso da câmara de vereadores ou secretarias
correlacionadas.
7. Uma vez analisado, o plano de mobilidade urbana passa pelo
processo de avaliação pública e, por �m, há a aprovação.
8. A implantação ou implementação do plano de mobilidade urbana é
posto em execução.
9. Uma vez implantado, o plano de mobilidade urbana é analisado ao
longo de sua execução e são feitas avaliações de possíveis falhas,
paraacertos futuros.
praticar
Vamos Praticar
O desenvolvimento do plano de mobilidade urbana é um dever dos municípios que
contam com mais de 20 mil habitantes ou em casos como cidades históricas ou
turísticas com 5 mil habitantes, pois é um direito dos cidadãos e visitantes no
deslocamento do território da cidade.
Considerando o plano de mobilidade urbana, avalie as a�rmativas a seguir.
I. A mobilidade urbana tem impactos positivos no desenvolvimento econômico de
um município.
II. As etapas para construção do plano de mobilidade urbana são de suma
importância para os municípios.
III. As concessões de vias ou serviços públicos são independentes do poder público
ou da sociedade.
IV. A participação público-privada são todos os serviços e infraestrutura oferecidos
pelo poder público.
Está correto o que se a�rma em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
O sistema de transporte urbano contempla os seguintes elementos:
Usuários
•   pedestre: pessoas;
•   condutor: motorista dos veículos motorizados ou não;
Veículos não motorizados
•   bicicleta: faixa exclusiva para deslocamentos, inclusive integração
com linhas de metrô,      ônibus, trens e balsas;
•   carroças e charretes: com tração animal, devem seguir as leis
estabelecidas no código      de trânsito brasileiro.
Veículos motorizados
•   automóvel: individual;
•   moto: individual;
•   ônibus: coletivo;
•   metrôs: veículos que circulam em vias sobre trilhos;
Elementos doElementos do
Sistema deSistema de
TransportesTransportes
UrbanosUrbanos
•   Veículos Leves sobre Pneus (VLP);
•   Veículos Leves sobre Trilhos (VLT);
•   trens: urbanos, regionais ou subúrbios;
•   balsas, barca ou ferry: sistemas hidroviários;
•   teleféricos: cabos suspensos ou planos inclinados;
Vias públicas
•   rodovias urbanas e rurais, avenidas, ruas;
•   corredores de ônibus: vias destinadas somente para ônibus ou
emergências;
•   faixas exclusivas de ônibus: faixas que devem ser priorizadas para
a circulação de      veículos públicos, porém abertos em horários de
pouca movimentação;
•   calçadas: espaços públicos com diferença de altura da via;
•   passeios: parte do espaço das vias com pintura diferenciada com
ou sem limitadores de     divisão entre pista de rodagem e trânsito de
pessoas;
•   marítimas: circulação de navios, barcas, balsas, ferry, dentre
outros.
Meio ambiente:
•   sustentabilidade ambiental.
Para cada situação, haverá uma demanda por transporte público. A demanda
está relacionada ao volume de habitantes ou visitantes de um município, e
esse �uxo de usuários por hora é que de�nirá a quantidade de veículos
necessária para o transporte de passageiros no deslocamento de origem e
destino e o intervalo de tempo de viagens e o �uxo em horários de pico ou
baixo �uxo (BRASIL, 2012).
Tecnologias e Organização do
Transporte Urbano
O transporte urbano pode ser organizado com tecnologias assistidas com
aplicativos em painéis nos pontos ou paradas de ônibus ou em celulares para
o acompanhamento do deslocamento dos veículos até o local de acesso do
usuário. Uma vez implantado esse sistema, essa tecnologia pode auxiliar o
passageiro ou as empresas públicas e privadas na logística da frota.
Outra tecnologia que auxilia os usuários, sejam pedestres ou passageiros, são
as sinalizações sonoras ou pisos táteis para s pessoas com necessidades
especiais, além dos veículos que contêm plataformas de elevação aos
cadeirantes para acesso aos meios de transporte.
As tecnologias auxiliam na organização, seja dos usuários ou das empresas
públicas e/ou privadas, uma vez que os serviços são destinados aos cidadãos
habitantes ou não da região de mobilidade urbana.
Infraestrutura Necessária para
Operação
A infraestrutura necessária para a operação dos sistemas de transporte é
quanti�cada em relação aos seguintes elementos:
frota de veículos;
terminais de origem e destino;
integração de pontos e estações;
colaboradores:
•   condutores;
•   �scalizadores;
•   segurança;
•   monitoramento;
•   cobradores;
•   manutenção;
•   limpeza;
•   controle operacional;
•   administradores.
Tecnologias, Aplicativos e Sistemas:
•   bilhetagem;
•   tarifação;
•   logísticos;
•   cobrança;
•   controle;
•   monitoramento;
•   segurança;
•   acompanhamento pelo usuário;
•   mobilidade e acessibilidade;
•   transporte a pessoas com necessidades especiais;
•   �nanceiro.
A Infraestrutura necessária para a operação está interligada a todos os
elementos dos sistemas de transportes (via, veículos, usuários e meio
ambiente), pois para cada componente existirá um fator preponderante aos
serviços que deverão ser oferecidos pelo poder público ao cidadão.
praticar
Vamos Praticar
A ciência dos elementos dos sistemas do transporte urbano é de suma importância
para o engenheiro de tráfego, pois para administrá-lo, executá-lo, controlá-lo e
avaliá-lo devem-se conhecer suas características para mensurar cada detalhe, a �m
de criar equipes técnicas e administrativas para os processos necessários de uma
boa gestão.
Considerando os elementos dos sistemas de transporte urbano, analise as
a�rmativas a seguir e assinale V para a(s) Verdadeira(s) e F para a(s) Falsa(s).
I. (   ) As vias são de�nidas como terrestres.
II. (   ) O usuário pode ser de�nido como pedestre.
III. (   ) O micro-ônibus é um veículo não motorizado.
IV. (   ) A calçada tem diferença de altura em relação à via.
A seguir, assinale a alternativa que indica a sequência correta.
a) F, F, F, F.
b) F, F, F, V.
c) F, F, V, V.
d) F, V, V, V.
e) V, V, V, V.
A engenharia de operação de transportes urbanos deve integrar os sistemas
viários e metroferroviários, com o intuito de reduzir os custos de viagens aos
usuários �nais, sejam pagantes ou não, uma vez que quando se trata de
idosos e estudantes, por exemplo, há benefícios especiais, que garantem a
isenção (BRASIL, 2012).
Terminais de Transporte Público e
Paradas
Os terminais de transporte públicos devem ser planejados de tal forma que
seja possível a interligação intermodal, uma vez que o intuito da mobilidade e
da acessibilidade urbana é facilitar o deslocamento dos passageiros entre
regiões distintas próximas ou longínquas.
Engenharia deEngenharia de
Operação deOperação de
TransportesTransportes
UrbanosUrbanos
Quando essas regiões são próximas, devem-se de�nir as paradas em polos
geradores de tráfego, pois, dessa forma, é possível reduzir o impacto de
aglomerações de pessoas e veículos em ambientes propícios a grandes
volumes de pessoas (BRASIL, 2006). Quando se trata de regiões distantes,
estas devem ser aproximadas por meio de terminais que devem ser providos
de interligação com outros tipos de transporte para tornar o deslocamento
viável ao usuário.
Controle Operacional
O controle operacional avalia os custos operacionais, que envolvem os
seguintes itens:
combustível;
manutenção com peças e acessórios;
despesas administrativas;
tributos: municipais, estaduais e federais;
recursos humanos;
frotas: renovações;
quilometragem rodada;
lubri�cantes;
depreciações de ativo;
dentre outros.
Os custos �xos e variáveis de cada empresa variam conforme o método de
administração e as variáveis de transporte, cada qual com uma tarifa
diferente. Contudo, não é possível que sejam cobrados valores diferenciados
de tarifa, e, para resolver esse problema, foi criada a política tarifária.
A política tarifária realiza compensações de arrecadação: caso a arrecadação
de uma empresa seja maior do que as demais, a diferença é repassada
àquelas que obtiveram menor arrecadação. A política tarifária também auxilia
a bilhetagem única, ou tarifa integrada: uma vez que o passageiro realiza o
pagamento em um ônibus, essa arrecadação pagará por viagens
subsequentes em outros deslocamentos, em períodos prede�nidos pelo
governo (BRASIL, 2012).
Característica da Operação de
Transporte Urbano
O modal viáriodeve ter como característica as integrações operacional, física
e tarifária, inclusive na gestão de serviços de informação, comunicação, venda
de cotas e cobrança uni�cada. Essa operação deve ser controlada e
gerenciada juntamente com o auxílio do governo. As cotas de bilhetagem
podem ser disponibilizadas em sistemas e aplicativos de internet, pelos quais
o usuário pode comprar a quantidade de passagens necessárias para uma ou
muitas viagens.
No modal metroferroviário não é diferente: ocorre a integração com outros
sistemas de transporte. Porém, como são custos diferentes para trens, metrô
ou ônibus é necessário o acréscimo na transição de um modo de transporte
ao outro.
Em São Paulo, foi desenvolvida uma tecnologia que integra os modais de
transporte como ônibus, metrôs e trens denominada “Bilhete Único”: são
inseridos créditos com valores correspondentes ao custo de uma viagem e
que podem ser adicionados valores para uso nos modais integrados a essa
tecnologia e funciona. No caso de viagens intermunicipais, também foi
aplicada a mesma tecnologia, mudando apenas o nome do programa.
praticar
Vamos Praticar
Vamos Praticar
As tarifas são regulamentadas pelo poder público, para que seja mantido um valor
único de passagens em deslocamentos dentro do território de um município. Dessa
forma, mesmo que haja concessões para empresas de transportes em uma cidade e
façam a operação do transporte, quem de�ne os parâmetros de qualidade e
tarifação é o poder público.
Considerando a tarifação pelo poder público, assinale a alternativa correta.
a) As tarifas podem ser de�nidas somente pelas empresas de transporte.
b) As tarifas devem ser de�nidas em conjunto com o poder público e
concessões.
c) Não é necessário criar política tarifária, pois cada empresa adota a sua.
d) A tarifa é um valor de�nido pelos cidadãos do município.
e) Não é necessária a cobrança de tarifa para o transporte público.
indicações
Material
Complementar
FILME
Não por Acaso
Ano : 2007
Comentário : esse �lme retrata as operações de sinais
do trânsito da cidade de São Paulo, inclusive os perigos
causados pelas infrações e os acidentes pela
imprudência dos pedestres e condutores. Além de
abordar a importância dos sinais de trânsito, da
operação de tráfego e do Engenheiro de Tráfego para o
gerenciamento e controle das vias.
TRA ILER
LIVRO
Licitações e Contratos Administrativos:
Teoria e Prática
Editora : Método
Autor : Rafael Carvalho Rezende Oliveira
ISBN : 978-8530985127
Comentário : neste livro, você poderá se aprofundar
nos estudos de licitações e no dos contratos
administrativos, pois ao se deparar com informações
importantes como sistemas de transportes, operação
de tráfego e serviços correlacionados ao transporte,
provavelmente, será necessário ter um conhecimento
especí�co sobre o assunto.
conclusão
Conclusão
Nesta unidade, pudemos perceber a importância da gestão da mobilidade e
acessibilidade urbana e como realizá-la de forma e�caz e e�ciente, desde o
planejamento até o controle operacional dos elementos dos sistemas de
transporte urbano.
Foi possível veri�car como construir um plano de mobilidade urbana e quais
são as principais etapas, para que seja desenvolvida, avaliada e implantada
em uma cidade, e, com os indicadores, veri�car se o projeto foi realmente
e�caz e e�ciente durante as operações ao longo do tempo.
Além da gestão e construção do plano, foi apresentado como podem ser
realizadas a licitação e a concessão de vias e/ou serviços públicos, que, por
vezes, não são gerenciados efetivamente pelo poder público.
Por �m, pudemos avaliar a importância do controle operacional que envolve
os custos das empresas de transporte e como podem ser desenvolvidas
políticas de tarifação dos sistemas viários e metroferroviários dos municípios
e a distribuição da arrecadação entre as empresas.
referências
Referências
Bibliográ�cas
BRASIL. Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012.  Institui as diretrizes da Política
Nacional de Mobilidade Urbana; revoga dispositivos dos Decretos-Leis nºs
3.326, de 3 de junho de 1941, e 5.405, de 13 de abril de 1943, da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
de 1943, e das Leis nºs 5.917, de 10 de setembro de 1973, e 6.261, de 14 de
novembro de 1975; e dá outras providências. Diário O�cial da União .
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
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Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Manual de estudo
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http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-
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Acesso em: 31 out. 2019.
OLIVEIRA, M. A. de. Em busca da excelência empresarial . São Paulo: DVS
Editora, 2009.
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