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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINASSAU CLÍNICA DE URGÊNCIAS ODONTOLÓGICAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA Thiago Souza Oliveira Dourado CASOS CLÍNICOS PBL Salvador 2023 PBL 1) A paciente JO relatou dor pulsátil e persistente a partir do terceiro dia após a cirurgia da unidade 38. Além disso, relatou ainda apertar edema em região próxima a cirurgia e presença de pus. A paciente é lactante e seu bebe tem 5 meses de vida. O antibiótico prescrito como medicação pós operatória foi a Amoxicilina que já estava em uso por 7 dias. Pergunto-lhe? 1- Qual o diagnóstico provável dessa paciente? 2- Qual a conduta terapêutica deve ser adotada? 3- Qual protocolo farmacêutico deve ser instituído, levando-se em consideração o estado atual da paciente? E se fosse alérgica a penicilina, qual seria a segunda escolha? Simulem em receituário. RESPOSTA: 1. O diagnóstico provável para essa paciente é de uma infecção pós-operatória após a extração do dente 38, provavelmente uma infecção dentária ou periodontal. 2. A conduta terapêutica deve incluir o controle da dor e da inflamação, bem como a eliminação da infecção. Isso pode ser realizado por meio de uma terapia antibiótica adequada, tratamento cirúrgico se necessário, drenagem do abscesso e irrigação da área afetada. 3. Devido ao fato de que a paciente já está tomando amoxicilina por 7 dias e ainda apresenta sintomas de infecção, o protocolo farmacêutico deve ser revisado e a terapia antibiótica deve ser ajustada. Uma opção seria a prescrição de amoxicilina + clavulanato de potássio, que é uma combinação de antibióticos que apresenta uma maior eficácia contra cepas bacterianas resistentes à amoxicilina. Se a paciente for alérgica a penicilina, uma opção seria a prescrição de clindamicina. Receituário: Rx 01) Amoxicilina 500mg + Clavulanato de potássio 125mg ------- 21 caps - Ingerir 1 comprimido a cada 8 horas por 7 dias OU Rx 01) Clindamicina --------------------------------------------- 300mg ; 21 caps - Tomar 1 comprimido a cada 8 horas por 7 dias PBL 2) Uma mulher de 28 anos, em um campeonato de Judô, sofreu um golpe que levou a avulsão do dente 21. Sua amiga, cirurgiã dentista, que estava no local fez a orientação necessária e a levou para atendimento em sua clínica. Chegaram ao local uma hora após o ocorrido. Descreva quais foram as orientações e o tratamento realizado pela cirurgiã dentista, incluindo as medicações caso sejam necessárias. RESPOSTA: Provavelmente a dentista procedeu a orientação imediata que é enxaguar o dente com a saliva do paciente, solução salina, ou água tratada e tentar reimplantá-lo até chegar ao consultório. Se não foi possível reposicionar o dente no alvéolo, armazenou em um meio apropriado até receber os cuidados necessários. Provavelmente o meio de armazenação foi solução salina balanceada de Hanks, e em último caso saliva, leite ou água mineral. 1- Ao chegar no consultório, como já se passou uma hora desde o momento da avulsão, a cirurgiã dentista avaliou a condição do dente e da cavidade oral da paciente, verificando se o dente estava limpo e livre de sujidades. Caso haja sujeira no dente, ela fez a limpeza do mesmo com solução salina. 2- Também realizou uma avaliação da região onde ocorreu a avulsão do dente, verificando se houve alguma lesão na gengiva ou nos ossos adjacentes. 3- A cirurgiã dentista deve ter tentado recolocar o dente avulsionado no seu alvéolo, orientando a paciente a morder delicadamente uma gaze para manter o dente no lugar. A recolocação do dente é mais bem-sucedida quando realizada o mais breve possível após o trauma, más provavelmente a dentista decidiu fazer uma tentativa. 4- Para ajudar na fixação do dente recolocado, a cirurgiã dentista pode ter imobilizado a região com fios ortodônticos. 5- Caso necessário, a cirurgiã dentista pode ter prescrito medicamentos para alívio da dor e redução da inflamação, como analgésicos e anti-inflamatórios PBL 3) Paciente M.M., 29 anos, gênero masculino, leucoderma, procurou a disciplina de Urgência da Uninassau, queixando-se de dor, halitose, dificuldade de mastigação e ingestão de alimentos, febre e mal-estar generalizado. Ao exame clínico extrabucal apresentava edema na região de ângulo de mandíbula lado esquerdo, trismo parcial e linfadenopatia cervical. Ao exame clínico intrabucal evidenciou-se a presença de capuz gengival supurativa ao redor da coroa do dente 38, semiincluso. Observou-se também um quadro de infecção aguda atingindo principalmente a tonsila esquerda com presença de exsudato purulento em suas criptas. Ao exame radiográfico com tomadas panorâmica e periapical, o dente 38 apresentava-se semi-incluso e com presença de área radiolúcida compatível com aumento de volume do capuz pericoronário devido provavelmente a uma inflamação crônica em sua face distal. A. Qual o diagnóstico? B. Qual a conduta clínica? C. Fazer o receituário, caso necessário. RESPOSTA: A. O diagnóstico provável é de uma infecção aguda envolvendo a região do dente semi-incluso 38, “pericoronarite aguda”. B. A conduta clínica inclui a prescrição de antibióticos para controlar a infecção e analgésicos para alívio da dor. É importante também orientar o paciente a manter uma boa higiene oral, com escovação adequada e uso de soluções antissépticas, além de evitar alimentos muito quentes ou frios que possam agravar o quadro. A remoção do dente semi-incluso pode ser necessária em um momento posterior, após o controle da infecção. C. Receituário: Rx/ - Amoxicilina ------------------------------------- 500 mg; 21 cap. 1 capsula V.O de 8 em 8 horas por 7 dias - Ibuprofeno ------------------------------------- 600 mg; 15 comp. 1 comprimido V.O de 8 em 8 horas por 5 dias. - Digluconato de clorexidina a 0,12% ------------------- 1 frasco. Bochechar 10ml por 1 minuto, 2x ao dia, 30 minutos após escovação, durante 7 dias. PBL 4) Homem adulto procurou atendimento na clínica Odontológica da Uninassau. O exame clínico revelou que o dente 27 apresentava uma restauração bem adaptada, mas uma lesão de carie na face distal (ver a imagem radiográfica). O paciente relatou que vem sentindo muito desconforto em relação ao dente, especialmente quando se deita a noite para dormir. Ele já́ tomou diversos analgésicos, mas a dor permanece incomodando. Além disso, o dente respondeu aos testes de vitalidade pulpar da seguinte maneira: frio (++), quente (+++), percussão vertical (-). qual a condição da polpa desse dente? a. qual o diagnóstico? b. qual o tratamento indicado? descreva o passo a passo. RESPOSTA: A. Pulpite irreversível sintomática. B. O tratamento indicado é o tratamento de canal (endodontia) para remover a polpa e evitar a progressão da infecção. O tratamento de canal pode ser dividido em etapas principais: Anestesia: para garantir que o paciente não sinta dor durante o procedimento. Abertura coronária: é feita uma abertura na coroa do dente para acessar o tecido pulpar inflamado. Remoção da polpa: com o acesso ao tecido pulpar, o endodontista remove a polpa inflamada por meio de limas e irrigação com soluções antissépticas. Após a remoção completa da polpa, o espaço vazio dentro do dente é preenchido com um material obturador e selado com uma restauração definitiva. Em alguns casos, pode ser necessário realizar colocação de uma coroa dentária para proteger o dente tratado. PBL 5) Paciente NJG se apresentou a clínica da Uninassau relatando muitas dores na boca e o mesmo era portador da mesma prótese parcial removível superior há 20 anos. A prótese apresentava condições precárias e presença de tártaro, além de má adaptação. Ao exame clínico foi constatada mucosa bastante avermelhada. 1- Qual o provável diagnóstico? 2- Quais possíveis fatores descritos no caso provocaram esta doença? 3- Qual conduta terapêutica deve ser adotada pelo profissional? Uso de nistatina. RESPOSTA: A. O provável diagnóstico para esse caso é de estomatite protética, que é uma inflamação na mucosa bucal que ocorre devido à presença de próteses dentárias mal adaptadas e/oucom condições precárias de higiene. B. Os fatores descritos no caso que podem ter provocado a estomatite protética incluem a má adaptação da prótese, a presença de tártaro e a falta de higiene bucal adequada, que levaram a irritação crônica na mucosa bucal. C. A conduta terapêutica a ser adotada pelo profissional inclui a remoção da prótese dentária para que seja realizada uma nova prótese. A aplicação de medicação tópica para alívio dos sintomas e orientação sobre a higiene bucal adequada. A nistatina pode ser indicada como medicação tópica para controlar a infecção fúngica secundária, que pode ocorrer nesses casos. Além disso, é importante que o paciente receba orientação para manter uma boa higiene bucal e realizar visitas regulares ao dentista para avaliação da prótese e prevenção de novas complicações.