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Sistema cardiovascular Alterações cadavéricas mais importantes Rigor mortis:: o músculo cardíaco contraí e com isso o lado esquerdo ( ventrículo esquerdo ) se esvazia primeiro, logo, é alteração cadavérica encontrar coágulos no ventrículo esquerdo, enquanto encontra-lo no ventrículo direito é normal. Embebição por hemoglobina: a coloração da parede interna e vasos muda. É preciso diferenciar de hemorragias. Alterações congênitas Ocorrem durante o desenvolvimento embrionário. Circulação fetal normal: o pulmão não faz hematose. Tem comunicação entre os átrios, se chama forame oval. Comunicação entre artéria pulmonar e artéria aorta se chama ducto arterioso. Tem comunicação entre os ventrículos esquerdo e direito e esse achado não tem nome. 1) Persistência do forame oval – septo Fisiologicamente não precisa estar fechado ao nascimento, na maioria das vezes é achado. As pressões nos átrios são muito parecidas, por isso gera uma mistura mínima de sangue; 2) Persistência do ducto arterioso Precisa estar fechado ao nascimento. A pressão da artéria aorta é maior e por isso há passagem de sangue arterial para o pulmão através da artéria pulmonar, causando uma sobrecarga no mesmo e resultando em uma hipóxia tecidual. Hipertrofia: compensação do lado esquerdo; 3) Comunicação intraventricular Mesma situação da persistência do ducto arterioso; 4) Ectopia cordis Coração fora da cavidade torácica. Acontece porque as últimas coisas que fecham durante o desenvolvimento embrionário são o esterno e linha alba; 5) Tetralogia de Fallot Apresenta 3 defeitos congênitos e uma consequência deles. Estenose > falha do fechamento entre os ventrículos > mau posicionamento/comunicação entre as artérias > acúmulo de sangue no ventrículo direito, que causa hipertrofia/dilatação do ventrículo direito. Pode haver hidropericárdio. Alteraçoes do saco pericárdio e epicárdio Alterações de conteúdo 1) Hidropericárdio: acúmulo de líquido – causado pelo aumento da pressão nos grandes vasos ao redor do coração, fazendo com que haja extravasamento de líquido; 2) Hemopericárdio: acúmulo de sangue – ruptura de vaso de átrio ou ventrículo. Pode causar tamponamento cardíaco, o coração não tem espaço para bater; 3) Piopericárdio: acúmulo de pus – pode ser causado por septesemia Obs: o pericárdio produz líquido que facilita a contração cardíaca. Alterações circulatórias 1) Hemorragias: frequentes em anoxia e septesemia – vasodilatação pelo processo inflamatório. Petéquias: pequena hemorragia – lesão de parede de vaso ou capilar -. Hemorragia = trauma; 2) Inflamações: classificadas de acordo com o exsudato Obs: retículo pericondrite traumática: perfuração do rúmen, que tem contato direto com o diafragma, que tem contato com o coração. Causada por objetos perfurocortantes/corpo estranho. Alterações do miocárdio 1) Hemorragias 2) Infartos: no músculo, área de necrose isquêmica que causa hipóxia. Destruição das artérias coronárias. O que define a sobrevivência é a área de infarto. A circulação colateral é uma adaptação dos animais que impede que eles morram por infarto. Os animais também não fazem depósito de lipídios nas artérias quanto os humanos. Área de infarto com fibrose indica que a lesão é antiga. Alterações inflamatórias 1) Miocardites: causadas por bactérias – piogênicas ou não piogênicas. Atrapalha o débito cardíaco, geralmente há inflamações generalizadas. Alterações circulatórias Alterações do endocárdio Histologicamente epitélio simples pavimentoso e embaixo é tecido conjuntivo Alterações degenerativas 1) Calcificação: depósito de cálcio nas válvulas, que perdem flexibilidade, causando insuficiência valvar e cardíaca. 2) Endocardiose valvular: depósito de tecido conjuntivo na válvula – mixomatoso e pouca fibra. Etiologia desconhecida e acomete cães idosos. Causa irregularidade na válvula/insuficiência valvular – é mais frequente na válvula mitral. Não apresenta inflamação. A válvula enruga e encurta, tornando seu fechamento incompleto, permitindo refluxo/sopro cardíaco – retorno de sangue para o pulmão, causando um aumento na pressão pulmonar, que causa edema. IMPORTANTE! Mecanismos compensatórios A insuficiência valvular pode ser causada por endocardites ou endocardioses e consiste na falha do fechamento das válvulas, que leva ao refluxo ( sopro cardíaco ). As principais causas da insuficiência cardíaca são as endocardioses e endocardites. 1) Verrucosa ou ulcerativa: são nódulos inflamatórios ( lesões proliferativas, + de 95% são bactérias neutrófilas ); forma úlceras nas válvulas ( necrose do epitélio de revestimento até o tecido conjuntivo ); formação de trombos; 2) Mural ou valvular: nódulos na parede do átrio ou ventrículo. Insuficiência cardíaca Alterações clínicas e anatopatológicas em decorrência do mau funcionamento do coração Alterações inflamatórias – endocardites 1) Dilatação: ocorre em duas ocasiões, sendo elas no início da lesão ou já na falência cardíaca, quando o coração não consegue mais hipertrofriar. Ocorre em resposta ao aumento do volume sanguíneo e ocorre antes da hipertrofria. O coração tem formato globoso, flacidez, paredes finas e aumento do lúmen; 2) Hipertrofia: acontece devido à sobrecarga de volume ou pressão e pode ser dividida em duas: 1) Concêntrica: há um aumento da carga sistólica ( força de contração do ventrículo ). Ocorre dificuldade de saída do sangue devido à uma diminuição da luz e aumento da espessura da parede. As principais causas são estenoses valvulares, endocardites, endocardioses; 2) Excêntrica: há um aumento da carga diastólica e um acúmulo de sangue. Ocorre um crescimento ‘’ para fora ‘’, fazendo com que haja um aumento das câmaras e a espessura da parede esteja próxima ao normal. Acontece nas insuficiências valvulares ou defeitos nos septos. Consequências da insuficiência cardíaca • Lado direito: reflexos na circulação venosa, principalmente na veia cava. Há aumento da pressão e congestão generalizada/sistêmica: hidropericárdio, hidrotórax, ascite; • Lado esquerdo: reflexos no pulmão: congestão e edema pulmonar. 1) Aneurismas: dilatação localizada da parede de uma artéria. Forma saculações/trombos – estrutura sólida aderida à parede do vaso – que podem romper e causar hemorragia. As causas são inflamatórias, degenerativas ou parasitárias; 2) Hipertrofia arterial: causada pelo aumento da pressão arterial. Ocorre hipertrofia muscular da túnica média e fibrose na túnica íntima e adventícia. A musculatura lisa pode sofrer hiperplasia. É frequente em animais idosos; 3) Arteriosclerose: fibrosamento da túnica íntima das artérias. Ocorre o aumento da espessura. A parede das artérias se torna rígida e irregular, pré-dispondo a formação de trombos; 4) Aterosclerose: placas de ateromas/lipídios/gordura nas artérias; 5) Trombose e embolia: fragmentação dos trombos. Alterações dos vasos – artérias • Arterite: pode ser causada por Dirofilaria immitis ( se aloja na artéria pulmonar de canídeos ), Strongylus vulgaris ( é um parasita com ciclo errádico e pode acabar se alojando na artéria mesentérica de equinos ), Spirocerca lupi ( parasita o esôfago de cães e por ciclo errádico pode acabar indo para a artéria aorta por proximidade com a estrutura original ). Processo inflamatório das artérias
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