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Afecções cirúrgicas do aparelho reprodutor masculino

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Medicina veterinária – Mariana de Campos - Clínica de pequenos animais III 
Em machos castrados, tiramos apenas os testículos, já que são 
eles que produzem os espermatozoides 
 
 
Cirurgia aberta ou fechada de castração de machos → Existe 
uma túnica que reveste os testículos, quando a túnica é aberta 
durante a cirurgia é chamado de cirurgia aberta e o contrário 
é chamado de cirurgia fechada. Essa túnica vem do peritônio, 
as castrações fechadas são com menos complicações, menos 
chances de contaminar 
O maior risco de realizar com a túnica fechada é um vaso 
escapar durante o fechamento/estancamento/ligadura 
Lembrando que se simplesmente cortássemos sem realizar a 
hemostasia dos vasos teremos uma hemorragia, criamos 
métodos para termos certeza de que todos os vasos estão 
estancados 
Antes de cortar colocamos as 3 pinças – Método das 3 pinças 
é uma forma de o cirurgião iniciantes ter uma segurança maior 
que os vasos estão estancados, dá uma maior certeza 
 
Lembrando que a formação do sistema urinário ocorre junto 
com o sistema reprodutor 
AFECÇÕES DOS TESTÍCULOS 
 Anomalias congênitas: 
Anorquidismo – Nasce sem testículos, é raro 
 Monorquidismo – Ausência de um dos testículos 
 Criptorquidismo – É comum, devido a uma não 
migração de um ou ambos os testículos até a bolsa 
escrotal. Provavelmente estará na cavidade 
abdominal. 
O criptorquidismo ocorre devido a algumas causas: 
Encurtamento dos músculos cremaster, quando o animal 
tem alterações congênitas quase sempre terá um ou mais 
duas alterações associadas. A espécie que mais tem 
criptorquidismo é o equino. Nesses casos o US é realizado 
antes da cirurgia. Lembrando que no abdômen a 
temperatura é alta devido a isso o testículo terá 
alterações ele será bem pequeno ou virar uma neoplasia 
devido a multiplicação acelerada com a temperatura alta, 
com 2 meses os testículos devem estar na bolsa escrotal, 
podendo ser percebido com 3 ou 4 meses dependendo 
da textura e tamanho de cada testículo do animal, sempre 
palpar no momento da vacina por exemplo. 
 
Medicina veterinária – Mariana de Campos - Clínica de pequenos animais III 
CRIPTORQUIDISMO 
Defeito testicular congênito mais comum 8 a 10% cães e 2% 
gatos 
Localização ectópica: 
- Pré escrotal 
- Inguinal 
- Abdominal 
Raças: Chiuhauhuas, schnauzers miniaturas, pomerânios, 
poodles, huskies siberianos, yorkshires – raças pequenas risco 
maior 2,7 vezes 
Lembrando que no abdômen a temperatura corporal anormal 
para os testículos 
 
 Posição intra abdominal: 
Torções 
13,6% de risco de desenvolver neoplasias sendo: 50% 
sertolinomas → feminilização e 33% seminomas 
O excesso de estrógeno pode suprimir a medula óssea – Esse 
é o maior risco desses sertolinomas 
 Diagnóstico: 
Palpação, US após 6 meses de idade 
 Tratamento: 
Orquiectomia bilateral 
Extra abdominal – Incisão na região pré escrotal, é quando o 
testículo está fora 
Intra-abdominal – Laparotomia exploratória retroumbilical 
ORQUITE 
Pouco frequente; uni ou bilateral 
Associada ou não a epididimite 
Refluxo de bactérias de uma infecção urinária grave – Refluxo 
proveniente de bexiga, uretra e próstata para ducto deferente 
Via hematógena: principalmente E. coli, Staphyloccocus, 
Streptococcus e mycoplasma, Brucella canis 
 Sinais: 
Dor, edema escrotal. 
Aguda – supurativa, fistulas 
Crônica: atrofia, irregular, firme, aumento de volume epidídimo 
Lembrando que muitas vezes não dá para operar o animal 
logo de início devido ao pús, temos que melhorar um pouco esse 
quadro antes da cirurgia devido a contaminações 
 Exames: 
Hemograma, cultura de sêmen, US 
 Tratamento: 
Antibioticoterapia e AINES, orquiectomia 
Lembrando que é importante realizar a cultura e antibiograma, 
pois vamos supor que passamos um antibiótico de início para 
estabilizar o animal e não dá muito certo com aquele tipo de 
antibiótico, precisaremos trocar o antibiótico, com a cultura 
feita fica muito mais claro e fácil a escolha desse segundo 
antibiótico para trocar 
NEOPLASIA TESTICULAR 
 Benignos ou malignos 
Cél. Germinativas ou seminomas 
Cél. Intersticiais ou leydignomas (comuns em idosos) 
Cél. De Sertoli ou sertelinomas 
Idosos, criptorquidinomas, hérnia inguinal- risco 4x maior 
 Sinais clínicos: 
Aumento de volume, dor, sinais feminização (hiperestrogenismo) 
– sertolinomas 
 Tratamento: 
Orquiectomias e quimioterapias (QT) – lembrando que a 
quimioterapia é dependente de cada caso, ex: tumores que 
estavam apenas nos testículos e retiramos os testículos na 
cirurgia não é necessário, em tumores com características 
menos agressivas não necessita de QT 
Lembrando que as neoplasias sofrem metástases através de 
vias hematógenas e linfáticas, quando realizamos a cirurgia e 
tiramos o linfonodo que drena aquela região e vemos um 
Medicina veterinária – Mariana de Campos - Clínica de pequenos animais III 
linfonodo adequado, sem nenhuma alteração, não precisamos 
continuar com QT nesses casos, já se os linfonodos estão 
comprometidos é necessário utilizar o QT 
NEOPLASIAS TESTICULARES – SERTOLINOMAS 
Chance alta de cair na prova 
TCS: hiperestogenismo 50 a 70% cães 
Metástase 10 a 20% maior que outras neoplasias testiculares 
Apresentação: alopecia simétrica bilateral, pele adelgaçada com 
pigmentação, ginecomastia, atrofia peniana 
Acomete testículos intra ou extra-escrotais 
Geralmente são unilaterais 
Tratamento: orquiectomia e QT 
NEOPLASIAS TESTICULARES – SEMINOMAS 
Geralmente acomete testículos normais ou ectópicos 
Comprometimento benigno, grandes massas 
Quando funcional pode produzir andrógenos 
Pode ser uni ou bilateral 
Raramente causam alopecia e feminização 
Metástases são raras 
Pode estar associado a outras neoplasias 
NEOPLASIAS TESTICULARES – LEYDIGOMAS 
Tumor das células intersticiais (TCI) 
Geralmente acomete testículos em bolsa escrotal 
Maioria esta associado a HPB, hérnias perineais e adenomas 
perianais 
Atrofia do testículo contralateral 
Tratamento: orquiectomia 
 
 
*na prova colocar sempre a palavra completa, nunca US, RX 
etc, não usar abreviaturas 
ORQUIECTOMIA – TÉCNICA 
Incisão na bolsa escrotal - gatos 
 
 
Medicina veterinária – Mariana de Campos - Clínica de pequenos animais III 
 
 
A incisão nos gatos pode ser feita uma incisão em cada bolsa 
escrotal (se fizer assim logicamente terá que fazer 2 suturas) 
se fizer apenas uma incisão no meio é apenas uma sutura 
Nunca realizar próximo ao pênis do gato, pois pode ter 
retração cicatricial, podendo prejudicar a urina 
 
Incisão pré-escrotal aberta ou fechada – cães 
Orquiectomia aberta - Cão: 
 
1. Incisão pré escrotal 
 
2. Incisão túnica vaginal para exteriorizar o testículo 
 
3. Soltar a túnica vaginal do epidídimo por tração 
 
4. Excisar o testículo: 
 
5. Ligadura do cordão espermático: 
 
Medicina veterinária – Mariana de Campos - Clínica de pequenos animais III 
 
6. Sutura subcutânea e pele (pontos simples separados) 
 
VASECTOMIA 
Não recomendada, pois em cães não inibe o comportamento 
masculino 
Inibe fertilidade, sem interferir na libido e comportamento 
Aqui ao invés de remover o testículo removemos apenas o 
ducto deferente 
 
Pós vasectomia: espermatozoides podem permanecer no 
ejaculado por até 3 semanas 
OBS: toda sutura sob tensão a tendência é soltar inimiga da 
cicatrização é a tensão 
FIMOSE 
Inabilidade de expor o pênis através do orifício prepucial 
Fimose: reconstrução do orifício prepucial (balonoplastia) 
 
É raro, mas essa técnica é usada em animais com neoplasias 
no pênis e depois precisamos refazer esse orifício 
Congênita ou adquirida 
 Sinais: 
Distensão prepucial por urina, não visualização do orifício 
prepucial (ou diminuição no diâmetro), corrimento prepucial 
purulento ou hemorrágico 
 Tratamento: 
Reconstrução do orifício prepucial 
Muitas vezes em cirurgias de pênis, colocamos uma sondauretral apenas para proteger e localizar a uretra 
 
Medicina veterinária – Mariana de Campos - Clínica de pequenos animais III 
 
 
 
PARAFIMOSE 
Inabilidade de retrair o pênis para dentro do prepúcio 
Na cirurgia tentamos deixar um pouco mais fechado para que 
não saia 
 Causas: 
Hiperatividade sexual, discopatias, constrição do orrfício 
prepucial (tecido cicatricial ou anel de pelos), lambedura 
constante, trauma e neoplasias 
 Apresentação clínica: 
Pênis edemaciado, exposto e dolorido, traumatismo, 
sangramento, necrose 
 
 Tratamento: 
Compressas geladas, lavar e tentar reposicionar o pênis 
 Tratamento cirúrgico: 
Orquiectomia, correção cirúrgica do orifício prepucial, 
amputação do pênis 
 
 
TRAUMATISMOS E NEOPLASIAS PENIANAS 
Traumatismos: hematoma, lacerações, fissuras, fratura do osso 
peniano 
Verificar viabilidade das estruturas e integridade da uretra 
 Tratamento: 
Sutura, amputação parcial ou subtotal do pênis, uretrostomia, 
orquiectomia 
 Importante: 
Limpeza local, colar protetor, ATB, analgésicos e 
antiinflamatórios 
 
NEOPLASIAS PENIANAS/PREPUCIAIS 
 Benignos: 
Hemangiomas 
Papilomas 
Histiocitomas 
 
Medicina veterinária – Mariana de Campos - Clínica de pequenos animais III 
 Malignos: 
TVT 
Melanomas 
Mastocitomas 
Hemangiossarcomas 
CEC 
Amputação peniana parcial: 
 
Amputação peniana subtotal: 
 
PRÓSTATA 
 
O estímulo hormonal vindo dos testículos gera hiperplasia em 
próstata, tirando os testículos para esse estímulo 
Prostatectomia gera muitas vezes incontinência urinária, 
dificultando muito a vida do paciente e tutor. Porém, é raro 
fazermos na veterinária já que a maioria dos casos em animais 
é devido a hiperplasia e não neoplasias 
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB) 
Comum em cães e rara em gatos 
Hiperplasia (após 1-2 anos de idade) 
6 anos – 80% 
9 anos – 95% 
Até 4 anos – pélvica 
4 a 10 anos – pélvica e abdominal 
Mais 10 anos – abdominal 
Hiperplasia cística – mais comum em idosos 
 
Cães castrados não apresentam HPB 
Secreção prostática regride 
Castração regride 
Testesterona – estimula 
 Sinais clínicos: 
Disúria, hematúria, tenesmo (fezes em fita), hérnia perineal – 
Quando o animal faz muita força para defecar devido ao 
aumento da próstata e diminuição do caminho do reto o próprio 
reto pode virar uma hérnia 
 Diagnóstico: 
Toque retal 
US – HPB, cistos, abcessos, neoplasias, cistos e abcessos 
paraprostáticos 
Biópsia aspirativa guiada por US 
 Tratamento: 
Orquiectomia, regressão em 2 a 3 semanas 
Medicina veterinária – Mariana de Campos - Clínica de pequenos animais III 
Lembrando que existem medicações (Finasterida) que 
mimetizam a castração usadas em pacientes que não podem 
passar por anestesia, é dose dependente, se parar de dar 
voltam os sintomas, pois para de mimetizar a castração 
ABCESSOS PROSTÁTICOS 
Acúmulo de material purulento dentro do parênquima prostático 
ou extra parenquimatosos 
Acomete machos idosos não castrados com HPB ou cistos 
prostáticos 
 Fatores predisponentes: 
Prostatites, orquites, infecção urinária 
 Sinais e sintomas: 
Dor abdominal, disúria, iscúria, disquezia, hipertermia, depressão, 
êmese, corrimento uretral 
 Diagnóstico: 
RX e US – aumento assimétrico, estruturas císticas 
Exames laboratoriais: hemograma, bioquímico, cultura e atb do 
líquido prostático 
 Tratamento: 
Clínico: antibioticoterapia macrolideos/quinolonas, fluido, 
analgésicos, antiinflamatórios 
Cirúrgico: drenos múltiplos, Omentalização 
 
 
 
 
 
 
 
Omentalização: 
 
CISTOS PROSTÁTICOS 
Cavidade não séptica preenchida por flui, intra ou extra-
prostática 
Comum em cães machos inteiros, raças grandes, associado á 
HPB ou metaplasia prostática 
Podem ser únicos ou múltiplos 
Sinais e sintomas: depressão, estranguria, incontinência, 
corrimento peniano, massa abdominal palpável 
 Diagnóstico: 
RX e US (cito aspirativa) 
Exames laboratoriais: hemograma e bioquímico sem alterações, 
análise do fluido prostático com presença de células epiteliais, 
raros leucóticos e bactérias 
 Tratamento: 
Cistos pequenos: orquiectomia 
Cistos grandes: omentalização, marsupialização 
Omentalização 
 
 
Medicina veterinária – Mariana de Campos - Clínica de pequenos animais III 
Marsupialização 
 
 
NEOPLASIAS PROSTÁTICAS 
Pouco frequentes, acomete animais idosos castrados ou não 
Tipos: carcinomas indiferenciados ou adenocarcinomas, 
sarcomas ou hemangiossarcomas 
Altamente invasivos e com grande potencial metastático 
 Tratamento: 
Prostatectomia e QT 
 Prognóstico: 
Reservado a mau 
 
Prostatectomia total

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