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1 Laís Flauzino | GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 7°P MEDICINA Parto 2M1 – PARTO VAGINAL E CESARIANA PARTURIÇÃO: 4 fases da parturição: • 1ª fase – quiescência: começaria na concepção e dura a gestação inteira enquanto o útero está não responsivo • 2ª fase – ativação: começa a ter as contrações preparatórias, indolores • 3ª fase – estimulação: contração forte, dilatação, parto normal e dequitação • 4ª fase – involução: transformação pós-parto. Mais frequente que falar da parturição, é falar dos 3 períodos do trabalho de parto ativo: dilatação, expulsão e dequitação. Mas existe o trabalho passivo – fase latente (contração forte, mas sem dilatação para considerar tralho de parto ativo). Então 4 fases da parturição – o parto começa na concepção e na fase 3 vem as divisões mais comuns: período latente, ativo (dilatação), período expulsivo e saída da placenta (Dequitação). Contratilidade uterina e segmento passivo Parto – útero hiperdistendido e começa a ter contração para o bebe nascer. Útero não grávido tem o corpo e o colo – a região entre o corpo e o colo é chamada de istmo (considerado parte inferior do corpo). No útero grávido, o istmo é incorporado ao corpo – a cabeça do bebê repousa no istmo. As estruturas de sustentação do útero são ligadas na transição corpo/colo. O colo é uma unidade mais fibrosa e o corpo do útero é mais muscular – quando tem as contrações então, toda a parte do corpo se contrai empurrando a cabeça do bebê com o colo fechado e isso faz puxar o segmento para cima. No final do trabalho de parto, o segmento passivo (colo que não contrai) estica, fica fina e comprida e a parte muscular (que contrai) vai diminuindo. Então nesse primeiro momento de dilatação, não é a cabeça do bebê que está descendo, é o útero que está sendo puxado como se fosse uma meia para cima da cabeça do bebê – conceito de apagamento do colo do útero (o colo é uma coisa comprida, a medida que acontece isso, o útero vai subindo e o colo vai encurtando). Depois que não tiver mais para onde encurtar, ele começa a abrir. Trabalho de parto ativo: dilatação e apagamento Apagamento e dilatação: exemplo com balão https://www.youtube.com/watch?v=NIES-YY5J4k contrações preparatórias – acontecem na lateral do útero e não conseguem empurrar. Contrações do trabalho de parto ativo – acontecem no fundo do útero e aí sim empurram o bebê para baixo. Apagamento: o comprimento do colo encurta pq a cabeça do bebe está entrando ali. Dilatamento: diâmetro da abertura aumenta. Trabalho de parto ativo: descida Fase latente – preparatória, a progressão é muito lenta. Tem dor. Contrações que não funcionam para empurrar. Fase de aceleração – começa a dilatar Quando há dilatação máxima começa a descida da cabeça do bebê. https://www.youtube.com/watch?v=NIES-YY5J4k 2 Laís Flauzino | GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 7°P MEDICINA A descida do bebê envolve várias manobras – rotação interna, deflexão, rotação externa etc. Acompanha a descida comparando o ponto mais avançado do bebê com as espinhas isquiáticas. Plano da espinha é o plano zero. Acima é -1, -2... abaixo é +1, +2... +4 já está coroando na vulva. Dequitação ASSISTÊNCIA AO PARTO VAGINAL: AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE PARTO: Pré hospitalar • Em geral não internar em fase latente Pct chega referindo dor, contrações – mas são contrações espaçadas. Toca e vê que o colo está fechado. Então não interna. • Acolher e orientar, internar se necessário Explicar o que ela vai sentir, o que acontecer para ela voltar – se a bolsa romper, contrações mais próximas uma da outra. As vezes em fase latente é necessário internar, pct não tem dilatação, mas tem bastante contração e mora longe. • Se DU importante e alteração cervical, reavaliar periodicamente Pct com dinâmica uterina (contração) e alteração cervical (Colo apagado) – já fala para pct voltar em 2h por exemplo, se acha que isso evolui rápido. Internação se: • trabalho de parto ativo, • rotura de membranas amnióticas, • indicação materna (infecção nos rins, iminência de eclampsia) • insegurança sobre a vitalidade fetal. Intra-hospitalar: • Acolhimento: apresentar unidade à gestante o Não estão indicados lavagem intestinal ou tricotomia o Dieta livre sempre que possível (só zera a dieta quando tem alta expectativa de cerariana) • Acompanhamento da dilatação: o Condução (ocitocina) ou amniotomia rotineiras não recomendadas Condução: quando coloca ocitocina EV para aumentar as contrações que já está em trabalho de parto. Em alguns momentos isso é importante, mas não se deve fazer sempre. o CTG rotineira não recomendada (cardiotocografia) – fazer CTG só pq a pct está em trabalho de parto aumenta as taxas de cesariana e não reduz taxas ruins (mortalidade) 3 Laís Flauzino | GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 7°P MEDICINA o BCF 30/30 minutos (monitorização contínua não é superior) o Dinâmica uterina quando necessário (2/2h?) o “ouvir mais, tocar menos” (TV de 4/4h ou se necessário) o Liberdade para a paciente movimentar-se – pode ficar na cama, pode andar No parto evoluindo queremos saber 3 coisas: • Batimento do bebê • Dinâmica uterina – tempo entre as contrações e quanto tempo dura as contrações • Toque vaginal – ver apagamento, dilatação e altura Partograma: Dilatação por tempo – triangulo. Descida da cabeça – cabeça Anota de hora em hora. As duas linhas: linha de alerta e linha de ação – não confundir com fase latente e fase ativa. Linha de alerta é montada 2h depois do início do registro. A linha de ação é montada 4h depois da linha de alerta. Então a ideia é: 2h que não tem evolução do trabalho de parto, já se preocupa com o que pode estar acontecendo. Esse partograma em alguns casos, aumenta a taxa de cesárea sem melhorar o desfecho. Então no contexto de hospital, não é tão utilizado. Zhang, 2002 Consortium on Safe Labor Dados de registros médicos de 19 hospitais pelos EUA 62,415 pacientes com início espontâneo de TP, feto único cefálico, com desfecho de parto vaginal com resultado neonatal normal. “6 is the new 4” • População com mais idade e IMC – isso faz o parto ser mais lento • Evolução é desigual durante TP e substancialmente mais lenta de 4 a 6 do que descrito (6/3h) Então não faz sentido dizer que dilata 1cm por hora. A mínimo de tempo para ir de 4 para 6cm de dilatação é 3h. e a máxima de tempo é 6h. • Evolução acelera após 6 cm, mais em multíparas Primípara (P0) – não tem momento de aceleração tão rápido e se tiver aceleração, está a partir dos 6cm. Na multípara a aceleração a partir do 6 é muito mais visível. 4 Laís Flauzino | GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 7°P MEDICINA AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: • BCF 30/30 minutos, antes, durante e 30 segundos depois da contração • Espera-se linha de base entre 110 e 160 bpm Essa linha de base (LdB) significa a maior parte do tempo, mas pode acontecer acelerações transitórias. • Taquicardia fetal em geral é benigna, acompanhar Taquicardia quase não se relaciona com sofrimento fetal. • Bradicardia fetal sustentada é sugestivo de SFA (sofrimento fetal agudo) - patológico • Desacelerações concomitantes a contrações são normais, principalmente no período expulsivo (desaceleração intraparto tipo 1) • Outras desacelerações indicam cautela, mesmo quando retornam à LdB (tipos 2 e 3), e podem ser sugestivas de SFA • Pode-se aprofundar avaliação com CTG • Exame ideal seria Perfil Biofísico Fetal (ultrassonográfico) • SFA = cessar uterotônicos, parto pela via mais rápida D – tônus uterino A – BCF Quando tem contração, tem concomitantemente uma desaceleração. É tipo I. normal. Aqui tem relação entre a contração e a desaceleração, mas a desaceleração acontece alguns segundos depois (30s) – isso é o tipo II, é patológico – SFA. Tipo III – não tem relação, é bagunçado.Pode ser coisa boa ou ruim. ANALGESIA DE PARTO: • “Está indicada mesmo antes da fase ativa, quando há desejo da parturiente”, MS • Analgesia não medicamentosa: imersão, massagens, acupuntura, aromaterapia, “atividades distrativas – dar propósito” • Medicamentosa: opióides (meperidina, diamorfina, fentanil, remifentanil) → náuseas, vômito, sonolência, alteração de consciência e memória, alterações no BCF, depressão respiratória neonatal Dipirona, tramal não fazem efeito. Usar opioides forte resolvem, mas não é comum e não é uma boa opção. Analgesia no neuro-eixo: • Catéter de peridural para doses repetidas • Não necessita monitorização contínua • Não aumenta taxa de cesarianas • Prolonga período expulsivo e aumenta taxa de parto vaginal instrumental Analgesia no neuro-eixo é fazer a mesma coisa que faria em um bloqueio (raqui para cesárea) mas com dose menor que não vai gerar bloqueio motor nem anestesia – mas gera analgesia (melhora da dor). Não prolonga a fase ativa do trabalho de parto, mas pode prolongar o período expulsivo (depois que o colo dilata 10cm) e aumenta a taxa de parto vaginal instrumental – fórceps etc. Acompanhamento da expulsão: 5 Laís Flauzino | GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 7°P MEDICINA • Puxos dirigidos não melhoram desfecho • Posição ideal é a de escolha da paciente (exceto se instrumentalização) • Episiotomia de rotina não é indicada Episiotomia é indicada na hora de instrumentar parto vaginal. • Fórcipe médio ou alto não devem ser realizados Fórcipe de alívio (baixo, bebê está +3) são duas colheres de metal que encaixa na cabeça do bebê para fazer a curva para sair. Médio e alto são quando o bebê está muito lá em cima. • Manobra de Kristeller não deve ser realizada Força no fundo do útero para empurrar. • Assistência “hands-on” equivalente a “hands-off” para desprendimento do pólo cefálico • Circular de cordão frouxa é reduzida antes de livrar espáduas • Desprende-se as espáduas com tração para posterior seguido de anterior – pega na parte óssea, não puxa para não lesar o plexo braquial, coloca para baixo e depois para cima. • Se possível, contato pele a pele e amamentação na primeira meia hora – sucesso no aleitamento materno, reduz depressão pós-parto. • Clampeamento de cordão: pouca diferença no desfecho – não tem que esperar parar de pulsar e não tem que esperar 3min. O cordão ficar aberto mais tempo só vai transferir mais sangue da placenta para o bebê. O sangue do bebê é formado por hemoglobina fetal e vai ser completamente destruído para formar sangue novo, então dar mais sangue para o bebê evita a anemia nos primeiros dias, mas eventualmente gera mais lixo celular das células destruídas (e esse lixo gera icterícia – resultado da bilirrubina das células destruídas). Assistência à dequitação: • Preconizada conduta ativa! • Ocitocina 10 UI IM após clampeamento de cordão – para dequitar placenta, é a conduta ativa. Não existe dequitação espontânea se usou ocitocina na hora da dequitação. • Se placenta retida aguardar até meia hora • Se retida após 30min fazer curagem ou curetagem Curagem – curetagem com a mão. Faz anestesia e vai com a mão dentro do útero e tira. • Revisar placenta – ver se não ficou pedaço dentro do útero. Cuidados com o puerpério imediato: • Obstetra deve observar sangramento cuidadosamente logo após o parto vaginal por pelo menos uma hora • Equipe deve observar sangramento até a alta Graus de laceração: 1° Mucosa vaginal (não necessita sutura se não sangrar 2° Mucosa vaginal e musculatura subjacente – sutura por camadas 3° Lesão muscular atinge o esfíncter anal – sutura por camadas 4° Lesão completa até a mucosa retal – sutura por camadas Onde rasga, normalmente é períneo – composta por: • Mucosa vaginal • Musculatura vaginal • Musculatura do ânus • Mucosa retal DISTOCIAS: Classificação: De objeto: • Macrossomia fetal • Malformações fetais • Apresentação não cefálica • Assinclitismo – cabeça de lado • Deflexão De trajeto: (bacia) • Ósseas • De partes moles Desproporção cefalo-pélvica: a pelve materna é pequena para a cabeça fetal 6 Laís Flauzino | GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 7°P MEDICINA Funcionais: • Hipotonia/hipoatividade uterina • Hipertonia/hiperatividade uterina • De dilatação Da expulsão: • De ombros • Circular apertada de cordão A classificação das distocias não é importante. O que importa é o diagnóstico sindrômico das distocias. Diagnóstico sindrômico: • Parada de progressão • Parada secundária de dilatação – começou dilatando, mas depois parou. • Parada secundária de descida – dilatou tudo, mas parou de descer • Fase ativa prolongada • Período expulsivo prolongado • Parto taquitócito – parto rápido demais. Parada de progressão: Parada de progressão – dilatou mas não desceu. Parada de dilatação. Nem dilatou total e já parou. Conduta: • Quando secundária a hipocontratilidade uterina (120UM): amniotomia ou condução com ocitocina Quando parou de progredir pq o útero não está contraindo. • Ocitocina 1 ampola de 5 UI em 500 mL SF0,9% EV, 20 gts/min, titular de acordo com o necessário • Em geral considera-se cesárea se parada > 4h com contrações adequadas (ou sem contrações com ocitocina) Fase ativa prolongada: • Diagnóstico duvidoso – não tem como dizer que uma fase ativa está claramente prolongada • Partograma clássico pode ser muito restritivo Período expulsivo prolongado: • “Não há um limite superior para a duração do segundo estágio, desde que a frequência cardíaca fetal esteja normal e algum grau de progresso seja observado. Não se deve considerar período expulsivo como prolongado antes de três horas em nulíparas e duas horas em multíparas (ou quatro e três horas, respectivamente, se estiver em analgesia neuroaxial).” - FEBRASGO 7 Laís Flauzino | GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 7°P MEDICINA Parto taquitócito: Cuidado com riscos: • Sofrimento fetal • Laceração perineal grave • Hemorragia pós parto Útero contrai muito. Distocia na expulsão: Circular apertada de cordão: • Com frequência causa parada de descida com SFA • Se ocorre desprendimento do polo cefálico circular não é redutível • Clampear com cuidado a circular e realizar a secção do cordão • Proceder com desprendimento de espáduas Distocia de ombros: Impactação do ombro anterior do feto sob a sínfise púbica materna. • Fator de risco: Peso fetal e diabetes materno O DM é um fator de risco independente (não é pq faz o bebê ficar mais pesado) – ela faz com que o bebê tenha um formato de corpo mais largo. • Aumento de morbidade materna e fetal e mortalidade fetal • Chamar ajuda • Manobra de MC Roberts + Rubin Posição MC Roberts é a posição – flexão das pernas e das coxas sobre o abdome – isso aumenta a distancia entre púbis e promontório. Manobra de Rubin: pressão suprapúbica – empurrar o ombro preso para baixo. • Outras manobras (shoulder shrug) • Zavaneli e parto cesáreo Zavaneli – empurra o bebê de volta para o útero para fazer cesariana. 8 Laís Flauzino | GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 7°P MEDICINA CESARIANA – HISTÓRICO E TÉCNICAS ATUAIS: INDICAÇÕES MAIS COMUNS: • Desproporção céfalo-pélvica • Parto prolongado • Apresentação não cefálica – risco de cabeça derradeira • Suspeita de macrosomia fetal • Malformações fetais • Placenta previa • Prolapso de cordão • Decolamento prematuro de placenta • Iteratividade – repetição (2 cesáreas anteriores – risco de rotura uterina) • Situação fetal não tranquilizadora HPV não é indicação de cesariana. Indicações de cesariana: quando alguma coisa impede sair pela vagina ou coisas que botem em risco a mãe e o bebê PERSPECTIVA HISTÓRICA: • Antiguidade: nascimentos míticos • Retirar o feto da mãe morta • Textos judaicos echineses citam procedimento em mulheres vivas • Ceadere e a Lex Ceasare (ceasones) • Jacob Nufer em 1500 • 1500 até sec 19: altíssima mortalidade por hemorragia e infecção, procedimento de exceção • Século 19: Tentativas de evitar choque, hemorragia e infecção • James Young Simpson, 1847: anestesia com clorofórmio • Josef Lister, 1860: antissepsia com ácido carbólico • Técnica de Porro, 1876: 50 casos, mortalidade materna de 58% e fetal de 14% • Max Sanger 1882: histerorrafia com fios de prata • Mortalidade cai de 65–75% no início do século 19 para 5–10% no fim • Século 20: penicilina (1940), ocitocina (1951) • Pfannenstiel, Suíça, 1900: incisão transversal na aponeurose • Kerr, Irlanda, 1911 (1948): histerotomia segmentar transversal • Maior segurança do procedimento e popularização • Mortalidade (Holanda, 2018): 13 por 100,000 (0,013%) • 2007: 15% partos do mundo, 3.5% (Africa) a 29.2% (América Latina) Técnica Pfanenstiel-Kerr: • Incisão transversal na pele, subcutâneo e aponeurose • Dissecção da aponeurose do reto abdominal de seu músculo • Incisão em peritônio parietal e visceral • Histerotomia segmentar transversa 9 Laís Flauzino | GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | 7°P MEDICINA • Histerorrafia • Fechamento por camadas Misgav Ladach Hospital - Refúgio para os que sofrem – Salmos 9:9 • Professor Joel Cohen: “Abdominal and Vaginal Hysterectomy”, 1972 • Método “Misgav Ladach” desenvolvido por Michael Stark a partir da incisão a Cohen Incisão a Cohen: • Incisão reta 3 cm abaixo das espinhas illíacas, corte de cerca de 15cm apenas na pele • Aprofundar incisão no TCSC e aponeurose apenas nos 2-3cm • mediais • Divulsionar a aponeurose transversalmente com tração longitudinal • Separar por divulsão romba os músculos retos na linha alba • Com o indicador na porção mais alta da incisão abrir um pequeno furo no peritônio e divulsioná-lo transversalmente aplicando pressão longitudinal Misgav Ladach – proposta • Incisão a Cohen: • Rápida: útil para cirurgias eletivas e de emergência • Abertura das camadas por divulsão: menos traumática levando a menos sangramento, menos dor e recuperação mais fácil • TCSC não é lesado: menos tempo de hemostasia, menos dano local levando a menor risco de seroma, hematoma, infecção de ferida • Não fechamento do peritônio: menos formação de aderências e uma próxima cesariana mais fácil • Não enxugar a cavidade: efeito bacteriostático do LA e mínimo íleo no pós operatório • Realimentação e deambulação precoces: recuperação mais rápida e menos tempo de internação Benefícios reais 1. Menos perda sanguínea em todos os ensaios (64 mL) 2. Menor tempo operatório em todos os ensaios (18 minutos) 3. Menor tempo do início ao parto em todos os ensaios (3,8 minutos) 4. Menos febre no pós operatório 5. Menor tempo de dor no pós operatório (14 horas) e menor uso de analgésicos Referências (parto vaginal): - Obstetrícia de Williams, 25ta edição, Cunningham, F.G. (org), dezembro 2020 - Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal, 1ra edição, Ministério da Saúde, 2017 - Assistência aos quatro períodos do parto de risco habitual, Steibel, J. Junior, A. Protocolos FEBRASGO, Obstetrícia, n 101, 2018 - Zhang, J., Landy, H. J., Ware Branch, D., Burkman, et al. Contemporary patterns of spontaneous labor with normal neonatal outcomes. Obstetrics and gynecology, 116(6), 1281–1287, 2002 Referências (cesariana) • Hofmeyr, J. G., Novikova, N., Mathai, M., & Shah, A. (2009). Techniques for cesarean section. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 2015, 431– 444. doi:10.1016/j.ajog.2009.03.018 • Holmgren, G., Sjöholm, L., & Stark, M. (1999). The Misgav Ladach method for cesarean section, method description. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, 78(7), 615–621. doi:10.1080/j.1600- 0412.1999.780709.x • TODMAN, D. (2007). A history of caesarean section: From ancient world to the modern era. Australian and New Zealand Journal of Obstetrics and Gynaecology, 47(5), 357– 361. doi:10.1111/j.1479-828x.2007.00757.x • Dahlke, J. D., Mendez-Figueroa, H., Rouse, D. J., Berghella, V., Baxter, J. K., & Chauhan, S. P. (2013). Evidence-based surgery for cesarean delivery: an updated systematic review. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 209(4), 294– 306. doi:10.1016/j.ajog.2013.02.043
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