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TESTE H-T-P TÉCNICA PROJETIVA DE DESENHO AUTORES: JOHN N. BUCK TRADUÇÃO: RENATO CURY TARDINO REVISÃO: IRAI CRISTINA BOCCATO ALVES • Por mais de 50 anos, os clínicos têm usado a técnica projetiva de desenho da Casa- Árvore-Pessoa (House-Tree-Person, H-T-P) para obter informaçoes sobre como uma pessoa experiencia sua individualidade em relação aos outros e ao meio ambiente do lar. • Como todas as técnicas projetivas, o H-T-P estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica, permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação e usados para o estabelecimento de comunicação terapêutica efetiva. • O teste foi planejado para incluir, no mínimo, duas fases. PRIMEIRA FASE • A primeira não é verbal, criativa e quase completamente não estruturada. • Ela consiste em convidar o indivíduo a fazer um desenho à mão livre acromático, de uma casa, de uma árvore e de uma pessoa. • Um desenho adicional de uma pessoa do sexo oposto à que foi primeiramente desenhada pode ser solicitado. SEGUNDA FASE • Um inquérito posterior ao desenho bem estruturado, envolve fazer uma série de perguntas relativas às associações do indivíduo sobre aspectos de cada desenho. • E examinador deve, então, prosseguir com a terceira e quarta fase. • Na terceira fase: o indivíduo desenha novamente uma casa, uma árvore e uma pessoa (ou duas pessoas), dessa vez usando crayons (giz de cera) • Quarta fase: O examinador faz perguntas adicionais sobre os desenhos coloridos. • Dependendo do números de fases incluídas, o procedimento pode levar de 30 minutos a uma hora e meia. • Os desenhos, então, serão avaliados pelos sinais de psicopatologia existente ou potencial baseados no conteúdo; características do desenho, como tamanho, localizações; a presença ou ausência de determinadas partes e as respostas do indivíduo durante o inquérito. PROTOCOLO DE INTERPRETAÇÃO • Inclui parte do inquérito posterior ao desenho para cada desenho, que sugere perguntas e fornece espaço para anotar as respostas do cliente e quaisquer observações significativas do comportamento. • Depois da parte do inquérito posterior ao desenho está uma lista de conceitos interpretativos , que fornece uma referência imediata dos conceitos interpretativos comuns para cada desenho. OBJETIVOS E APLICAÇÕES CLÍNICAS • O uso projetivo dos desenhos tem um lugar em diversas áreas da atividade clínica. • A tarefa pode ser vista como uma amostra inicial de comportamento que possibilita ao clínico o acesso às reações do indivíduo a uma situação consideravelmente não estruturada. • A capacidade do cliente e do clínico de permanecerem em contato e de articularem experiências sob essas circunstâncias é um importante indicador prognóstico. • Os desenhos também estimula, o estabelecimento de interesse, conforto e confiança entre o examinador e o cliente. • Para propósitos diagnósticos, o H-T-P fornece informações, que, quando relacionadas à entrevista e a outros instrumentos de avaliação, podem revelar conflitos e interesses gerais dos indivíduos, bem como aspectos específicos do ambiente que ele considere problemáticos. • Na terapia em andamento, os desenhos podem refletir mudanças globais no estado psicológico de um indivíduo. PRINCÍPIOS DE USO • População: o uso do H-T-P é mais adequado para indivíduos acima de 8 anos de idade. • É mais comumente aplicado em crianças e as diferenças entre as características de desenhos de adultos e crianças têm sido identificadas. • A natureza atraente da tarefa de desenhar torna o uso do H-T-P especialmente adequado nas situações em que a comunicação verbal de materiais conflitivos é improvável por causa de obstáculos nas capacidades verbal e motivacional. USUÁRIOS DO TESTE • Os usuários do H-T-P devem ter sido treinados e supervisionados na aplicação individual de instrumentos clínicos para crianças e adultos. • Quem não tiver experiência na área de avaliação dos testes projetivos deve trabalhar com um supervisor clínico até que seja obtido um bom nível de concordância mútua na habilidade de aplicação e avaliação. ADMINISTRAÇÃO • O H-T-P é aplicado geralmente em uma situação face a face, como parte de uma avaliação inicial ou de uma intervenção terapêutica em andamento de um determinado indivíduo. • Na situação de avaliação o H-T-P pode ser empregado como uma tarefa de aquecimento inicial ou como uma ponte entre uma avaliação com lápis e papel e uma entrevista clínica completa. SITUAÇÃO E TEMPO DE APLICAÇÃO • O cliente deve sentar-se em frente a uma mesa, em uma posição confortável para desenhar. • A sala ou área onde o desenho será feito deve ser silenciosa e sem distrações. • A aplicação requer de 30 a 90 minutos, dependendo do número de desenhos solicitados pelo examinador. • No mínimo, podem ser pedidos 3 desenhos e conduzido um inquérito sobre cada desenho. • O tempo de interpretação variará de acordo com o nível de experiência do clínico. MATERIAIS DO TESTE • Protocolo para desenho H-T-P • Protocolo de interpretação para cada conjunto (cromático e acromático), do desenho da casa, da árvore e da pessoa a serem solicitados. • Protocolo de inquérito posterior ao desenho e de interpretação do desenho da pessoa deve ser utilizado para cada pessoa adicional desenhada. • Lápis pretos N.02 (ou mais macio) com borrachas. • Crayons (pelo menos 8 cores – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta, marrom e preto) • Cronômetro (Anotar a latência – (tempo gasto até o início do desenho) e o tempo total dos desenhos. DESENHOS ACROMÁTICOS • Preencha as informações de identificação na primeira página do protocolo de desenho • Apresente a página relativa à casa para o cliente com a palavra casa no topo da página • A página deve ser apresentada na horizontal para que se faca uma avaliação adequada, enquanto as páginas relativas à árvore e à pessoa devem ser apresentadas na vertical. • Você deve ter uma clara visão da página enquanto o cliente estiver desenhando, de modo que possa anotar a ordem dos detalhes desenhados, observar e registrar eventos incomuns na sequência dos desenhos. • Não há limite de tempo! INSTRUA O CLIENTE A ESCOLHER UM LÁPIS E DIGA: • “Eu quero que você desenhe um casa. Você pode desenhar o tipo de casa que quiser. Faça o melhor que puder. Você pode apagar o quanto quiser e pode levar o tempo que precisar. Apenas faça o melhor possível”. • Caso o cliente demonstre preocupação em relação à sua capacidade para desenhar, enfatize que o H-T-P não é um teste de habilidades artísticas e que o desenho deve ser, apenas, fruto do seu maior esforço. Se o indivíduo quiser usar régua, ressalte que o desenho é à mão livre. • Comece a cronometrar assim que tiver terminado de dar as instruções e considere que o indivíduo entendeu bem a tarefa. • Enquanto o desenho estiver sendo completado, anote: a) A latência inicial b) Ordem dos detalhes desenhados c) Duração das pausas e o detalhe específico desenhado quando a pausa ocorrer d) Qualquer verbalização espontânea ou demonstração de emoção e o detalhe que estiver sendo desenhado quando essas ocorrerem e) Tempo total utilizado para completar o desenho. • Apresente as páginas relativas à árvore e à pessoa da mesma maneira que você apresentou a da casa, com o nome da figura no topo da página de acordo com o ângulo de visão do sujeito, e anote o tempo e as observações de comportamento para cada desenho. • Um desenho adicional de uma pessoa do sexo oposto pode ser solicitado nesse momento. Se o desenho adicional da pessoa deve ou não ser pedido é uma questão do tempo disponível e da preferência individual do Psicólogo. INQUÉRITO POSTERIOR AO DESENHO • Uma vez que o desenho acromático esteja completo, é essencial dar ao indivíduo uma oportunidade de definir, descrever e interpretar cada desenho e para expressar pensamentos, ideias, sentimentos ou memórias associados. • O inquérito posteriorao desenho sugere algumas perguntas para facilitar esse processo e fornece espaço para anotar as respostas do indivíduo. • O principal objetivo, entretanto, é compreender o cliente extraindo o maior número possível de informaçoes sobre o conteúdo e o contexto de cada desenho. • Voce deve, portanto, seguir qualquer linha de investigação que parecer proveitosa a esse respeito e que o tempo e o rapport com o indivíduo permitam. • Todas as posições, detalhes ou relações incomuns entre detalhes devem ser anotados e investigados. • Qualquer detalhe implícito, como componentes básicos escondidos atrás da figura ou que se estendam para além da margem da página, devem ser investigados, bem como qualquer aspecto do desenho que não tiver claro. • Detalhes que forem adicionados durante o inquérito também deve ser identificado. • Note que, ao final da sequência sugerida na seção do inquérito posterior ao desenho, é pedido ao sujeito para desenhar um sol e uma linha de base nos desenhos que não possuem esses detalhes. INTERPRETAÇÃO • O material obtido durante a sessão dos desenhos do H-T-P não será avaliado pelo senso. Comum. • O protocolo de interpretação do H-T-P pretende ser apenas um instrumento para ajudar o clínico a se concentrar mais nas características relevantes dos desenhos do cliente para desenvolver uma interpretação clínica. • As hipóteses levantadas nos desenhos nunca devem ser usadas isoladamente no diagnóstico de patologia. • Uma vez formuladas elas podem ser combinadas com a história clínica completa e com instrumentos padronizados de avaliação adicionais para aprofundar a compreensão clínica das pressões intrapessoais, interpessoais e ambientais do cliente. • Todos os resultados relatórios e discussões dos resultados do H-T-P devem ser baseados em conhecimentos teóricos e de pesquisas, na experiência clínica prática e em conhecimentos da literatura relevante sobre a interpretação projetiva de desenhos. AVALIAÇÃO DO DESENHO • Examinar o desenho em relação à localização, ao tamanho, à orientação e à qualidade geral, bem como os desvios nas áreas gerais apresentadas na lista de características do desenho que tenham algum possível significado clínico. • Faça um sinal (✓) próximo a qualquer área em que as características do desenho pareçam ser desviantes. • Uma vez que cada figura tenha sido avaliada dessa maneira, avalie as respostas do inquérito posterior ao desenho, a consistência da qualidade de figura para figura, a história e a idade do cliente e os resultados de quaisquer outros procedimentos de avaliação disponíveis para formular uma análise apropriada da sessão de desenho. ASPECTOS GERAIS DO DESENHO • A atitude para com o H-T-P fornece uma medida grosseira sobre a sua disposição global para rejeitar uma tarefa nova e, talvez, difícil. A atitude comum é de uma aceitação razoável. • Os desvios variam entre dois extremos: a) da aceitação total ao hiperegotismo e b) da indiferença, derrotismo e abandono à rejeição aberta. • Raramente os sentimentos de impotência do indivíduo com distúrbios orgânicos, quando se deparam com uma tarefa que exige criatividade, vão fazê-lo rejeitar completamente o H-T-P. • Da mesma forma, dificilmente um indivíduo hostil irá recusar de maneira direta a realização do H-T-P, ainda que possam rejeitar todas as outras tentativas de um exame psicológico formal. • A atitude em relação a cada desenho será influenciada pelas associações despertadas pelo objeto do desenho. • Normalmente o desenho mais rejeitado é o da pessoa. • Há uma série de razões para isso: a) Muitos indivíduos desajustados têm suas maiores dificuldades nas relações interpessoais; b) O desenho da figura humana parece despertar mais associações no nível consciente ou próximas da consciência do que os desenhos da casa ou da árvore; c) A consciência corporal acentuada torna os indivíduos desajustados pouco à vontade. TEMPO, LATÊNCIA, PAUSAS • O tempo despendido para completar os desenhos pode fornecer informações valiosas acerca dos significados dos objetos desenhados e de suas partes respectivas para o indivíduo. • Geralmente, o número de detalhes e seu método de apresentação devem justificar o tempo gasto para a produção dos desenhos; os três desenhos levam, normalmente, entre 2 e 30 minutos para serem completados. • Aqueles que desenham com rapidez incomum parecem fazê-lo para se livrarem de uma tarefa desagradável. • Os que levam um tempo excessivo em um desenho podem fazê-lo devido a sua relutância em produzir algo ou por causa do significado emocional intenso do símbolo envolvido ou ambos. • Indivíduos maníacos podem demorar um grande intervalo de tempo em função da riqueza de detalhes irrelevantes desenhados. • Os obsessivos-compulsivos também levam muito tempo por causa da sua tendência para produzir meticulosamente todos os detalhes relevantes. • Se um indivíduo não começar a desenhar dentro de 30 segundos após receber as instruções, o potencial para psicopatologia está presente. • Um atraso sugere forte conflito; durante o inquérito posterior ao desenho o examinador deve tentar identificar fatores que produziram esse conflito. • Quando um indivíduo fizer uma pausa de mais de 5 segundos em cada desenho, um conflito é fortemente sugerido. • A parte do objeto que estiver sendo desenhada, tiver acabado de ser desenhada ou que for desenhada em seguida pode representar a origem do conflito; essa área deve ser investigada durante o inquérito. • Pausas durante comentários ou respostas durante a fase de inquérito também devem ser investigadas. CAPACIDADE CRÍTICA E RASURAS • A capacidade para ver o trabalho de alguém objetivamente, para criticá-lo e para aprender com a crítica é uma das primeiras funções intelectuais a ser afetada na presença de forte emotividade e/ou de processos orgânicos. • Alguns comentários verbais sobre a capacidade artística, tais como “nunca aprendi a desenhar” ou “Isto aqui está fora de proporção” são comuns. • Tais comentários indicam potencial para patologia, especialmente se não houver tentativas para corrigir as falhas identificadas verbalmente. COMPORTAMENTOS INDICATIVOS DE AUTO CRÍTICA INCLUEM: • 1. abandono de um objeto não completado, recomeçando o desenho em outro lugar da página do desenho, sem apagar o desenho abandonado. • 2. Apagar sem tentar redesenhar. Esse caso geralmente é restrito a um detalhe que aparentemente despertou um forte gatilho. O indivíduo pode fazer o detalhe uma vez, mas não duas. • 3. Apagar e redesenhar. Se o novo desenho resultar em melhora é um sinal favorável. • Entretanto, pode indicar patologia se a tentativa de correção representar meticulosidade exagerada, ou de uma tentativa inútil de obter perfeição ou se a rasura for seguida de uma deterioração da qualidade da forma. Esta última implica uma reação emocional à presença de deterioração orgânica, ou a ambos. • Apagar e redesenhar persistentemente qualquer parte do desenho sugere fortemente conflito em relação ao detalhe ou ao que ele representa para o indivíduo. COMENTÁRIOS • Comentários escritos feitos por um indivíduo, durante a fase de desenho, geralmente incluem nomes de pessoas, ruas, árvores, números ou outros elementos; eles também podem ser figuras geométricas e rabiscos. Estes parecem representar uma necessidade compulsiva para estruturar a situação o mais completamente possível (indicativa de insegurança) ou uma necessidade compulsiva de compensar uma ideia ou sentimento obsessivo ativado por alguma coisa no desenho. • Observações supérfluas, tais como: “Eu vou colocar esta gravata nele, parecem ajudar o indivíduo inseguro a estruturar a situação. • Observações irrelevantes, tais como “Você disse que hoje é o seu primeiro dia aqui?”, parecem ter a função de facilitar a situação de entrevista. • Um número excessivo de comentários, comentários irrelevantes ou bizarros indicam preocupação. • Por exemplo, se enquantodesenha sua casa o indivíduo comenta: “Eu não sei se os alicerces são firmes, para começar e as janelas... Agora, onde está a minha porta? Eu coloquei as janelas no lugar errado. Eu vou pôr a minha porta aqui; como devo fazer isso, doutor? Vamos ver, eu estaria enganando se eu olhasse de que lado a maçaneta da porta está? Estaria tudo bem se houvesse alguns degraus subindo? Lá estão os alicerces. A arquitetura ficaria melhor se a janela menor ficasse no lado? Eu acho que sim. Isto é um bebê chorando? Ele chora assim o tempo todo? Não é uma construção muito clara. Isso é um teste de nervosismo? Seria interessante se você não ficasse tão nervoso? • A referência constante desta mulher aos alicerces de sua casa simboliza seu sentimento de que os alicerces de sua situação no lar foram destruídos deslealmente por seu marido. Seus sintomas principais eram considerável distraibilidade, incerteza angustiante e dolorosa e um sentimento de inadequação. • Verbalizações durante a fase do desenho frequentemente incluem conteúdos que foram reprimidos durante um entrevista anterior, incluindo ideias de orientação e perseguição. • Parece que a tarefa de desenhar emprega energias, que estiveram envolvidas na defesa do ego, reprimindo a verbalização desse material. • Observações espontâneas são normalmente mais significativas quando avaliadas em relação à parte do desenho que acabou de ser completada, que estava sendo realizada quando a observação foi feita ou que foi desenhada logo após a observação. • Muitos indivíduos se tornam altamente emotivos enquanto estão desenhando ou sendo questionados presumivelmente por causa de sua expressão do material reprimido até então. • Qualquer indivíduo pode exibir sintomas de ansiedade durante a situação de entrevista do H-T-P. Entretanto, expressões emocionais persistentes de menor ou maior intensidade ou repressão da expressão sempre indicam desequilíbrio da personalidade, desajustamento ou problema orgânico. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO DESENHO • A proporção, a perspectiva e os detalhes em um desenho são características gerais que podem fornecer informações sobre o funcionamento de um indivíduo no contexto de seu nível de funcionamento esperado. • O uso adequado e apropriado de detalhes é a primeira característica que se estabiliza no desenvolvimento. A próxima é a capacidade de representar as proporções realistas e, em terceiro lugar, a capacidade de reconhecer e representar a necessidade de perspectiva. • Em geral, a adequação e o uso apropriado dos detalhes fornecem um índice das capacidades do indivíduo para reconhecer os elementos da vida diária e empregá-los convencionalmente, bem como a capacidade de avaliar criticamente os elementos da realidade em geral. • A adequação da proporção nas figuras desenhadas reflete a capacidade do indivíduo para julgar, eficientemente, a solução de problemas mais básicos, concretos e imediatos da vida diária. • Determinar e desenhar as proporções corretas envolve a capacidade do indivíduo para julgar criticamente os problemas mais básicos apresentados pelo seu ambiente. • Quando as relações espaciais entre os elementos de um desenho são estabelecidas pela perspectiva, o indivíduo está mostrando a capacidade de reconhecer as relações de cada todo no tempo e espaço simbólicos em relação aos outros objetos do ambiente. • Isso indica a capacidade do indivíduo para agir com visão crítica nos relacionamentos mais abstratos e amplos da vida diária. PROPORÇÃO • As relações de proporção expressas pelo indivíduo em seus desenhos da casa, árvore e pessoa frequentemente revelam os valores atribuídos pelo indivíduo aos objetos, situações e pessoas. • Relações proporcionais nos desenhos também fornecem um índice grosseiro da capacidade do indivíduo para atribuir valores objetivos aos elementos da realidade julgamentos com facilidade e flexibilidade. PERSPECTIVA • Um planejamento das relações espaciais no desenho da casa, da árvore e da pessoa indica a capacidade do indivíduo para compreender e reagir com sucesso a aspectos mais complexos, mas abstratos e mais exigentes da vida. A perspectiva também pode ser vista como uma medida da compreensão do indivíduo. • - Localização horizontal na página • - Localização vertical na página • - Localização central na página • - Mudança da posição da página • - Quadrante da página • - Margens da página • - Relação com o observador • - Distância aparente em relação ao observador • - Posição • - Transparências • - Movimento • - Consistência DETALHES • O tipo e número de detalhes, o método de apresentação, a ordem de produção e a ênfase colocada sobre eles podem geralmente ser considerados com um índice de reconhecimento, de interesse e de reação aos elementos da vida diária. • - Detalhes essências • - Detalhes não essenciais • - Detalhes irrelevantes • - Detalhes bizarros • - Dimensão do detalhe • - Sombreamento do detalhe • - Sequência do detalhe • - Ênfase no detalhe • - Qualidade da linha COR • O principal objetivo do H-T-P colorido é fornecer uma estimativa da estabilidade das respostas do indivíduo nas tarefas do H-T-P, através do tempo e das condições. • O uso das cores pelo indivíduo, por si, fornece dados adicionais de diagnóstico e prognóstico. Entretanto, as cores devem ser tratadas apenas como um sinal importante quando elas não obedecerem à convenção ou a realidade, quando elas dominarem a forma do detalhe no qual foram usadas ou quando forem usadas espalhadas de uma forma não usual. • - Escolha: Quanto mais lento e mais indeciso o indivíduo for para escolher a cor de um detalhe ou desenho, maior será a probabilidade de que o item a ser produzido tenha para ele uma significação maior do que a média. • - Aplicação: Quando um indivíduo usar apenas crayon preto ou marrom e usá-lo como um lápis, isso sugere que ele possui uma tendência para evitar emoções. Indivíduos fortemente envolvidos usam muitas cores; as crianças mais que os adultos. Isso está de acordo com a crença de que as respostas emocionais procedem as respostas intelectuais no processo de desenvolvimento. • - Adequação: Os contornos são geralmente executados em preto ou marrom. A coloração a certos detalhes irrelevantes é tão estabelecida que qualquer violação na convenção de sua apresentação pode ser considerada significativa. Ex: o sol é amarelo, o céu é azul, a grama é verde ou marrom, as sombras são indicadas por sombreamento preto ou azul. INQUÉRITO POSTERIOR AO DESENHO • Pretende esclarecer aspectos obscuros dos desenhos e proporcionar ao indivíduo toda oportunidade de projetar sentimentos, necessidades, objetivos e atitudes por meio da descrição verbal e de comentários sobre seus desenhos cromáticos e coloridos. • Uma pessoa média, bem ajustada vê a casa ocupada por um ser vivo e vê a árvore e a pessoa vivas. • Respostas ao inquérito descrevem a casa temporariamente desocupada ou deserta, a árvore morrendo ou morta e a pessoa doente, morrendo ou morta parecem revelar desajustamento. • As respostas dadas durante o inquérito devem ser avaliadas de acordo com diversas dimensões. O volume de respostas é importante: A recusa do indivíduo de fazer qualquer comentário é patológica. • “Eu não sei” não deve ser interpretado como falta de respostas, nem é uma resposta satisfatória. Pelo fato de algumas questões serem específicas e restritas, uma resposta curta pode não ser sempre considerada eloquente. DESENHOS DO H-T-P DE CRIANÇAS E ADULTOS: ALGUMAS QUESTÕES E COMPARAÇÕES. • A idade é um fator crucial para a interpretação dos desenhos do H-T-P, e a análise dos desenhos não deve ser iniciada sem o conhecimento das idades cronológica e mental. Ocorre o aumento da complexidade e da sofisticação com o crescimento da idade. • Quanto mais inteligente for o sujeito, mais complexos são os desenhos, combinados, é claro, com as diferenças na estrutura da personalidade. • Em geral, considera-seque à medida que o indivíduo se desenvolve, as hipóteses interpretativas relacionadas a seus desenhos tornam-se mais específicas.
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