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MONITORIZAÇAO HEMODINAMICA Vanessa Marques Ferreira Fisioterapeuta Por que discutir HEMODINÂMICA ? O QUE É HEMODINÂMICA ???? / DOC0667536 Rev1/ 4/19/2018 Fisiologia ∆P P p Fluxo Volx PRÉ CARGA PÓS CARGACONTRACTILIDADE VOLUME SANGUÍNEOFREQUENCIA CARDIACA IMPEDANCIA COMPLACENCIA VASCULAR RESISTENCIA Volx Resistencia TRABALHO CARDIACO (DC) volumeVOLUME volume V O L U M E VOLUME Força de Distenção PRECARGA Pressão: PVC P R E S S A O PRECARGA VOLEMIA POS CARGA Resistência: diâmetro Equação de Poiseuille R = 8.n.l π.r4 Ex: raio dobrado; resistência = 1/16 Resistência cérebro, rim, músculo, trato gastointestinal, pele e coronárias Q = Δ P / R Fluxo sanguíneo no sistema cardiovascular Determinantes da pressão arterial PA = DC x Rp PD PS FC X VS X RVS VARIAÇÃO DA PRESSÃO DE PULSO DELTA PP ΔPP DPP PRESSÃO VENOSA CENTRAL PRESSAO VOLUME PRESSAO VOLUME PRESSAO VOLUME Menor Complacencia Maior Complacencia COMPLACÊNCIA PVC: 6 mmHg 200 cc PVC: 6 mmHg PVC: 6 mmHg 200 cc 200 cc PVC: 6 mmHg PVC: 15 mmHg PVC: 8 mmHg PVC O que é Choque??? Oxigenação celular PARAMETROS HEMODINAMICOS E OXIGENAÇÃO TAXA DE EXTRAÇÃO • Tipos de hipóxia: • Hipóxia hipóxica: Oxigenação pulmonar • Hipóxia Anêmica: Queda da hemoglobina • Hipóxia Circulatória: Circulação/ Perfusão • Hipóxia Citopática: Limitação de energia celular por alterações nos elementos celulares que realizam fosforilação oxidativa TIPOS DE HIPÓXIA ↓PA ESTIMULAÇÃO BARORECEPTORES ATIVAÇÃO SNS CRONO-INO ++ VENOSO ARTERIOLAR REDISTRIBUCÃO DE FLUXO DIMINUIÇÃO DE FLUXO •Pele •Rim •Gastrointestinal •Baço AUMENTO DE FLUXO •Coração •Neuroendocrino •Endotelio •Respiratorio. ↓CAPACITANCIA VENOSA VASOCONSTRICCÃO RVS ↑PRECARGA PVC PCP HIPO PERFUSÃO ↓Pressão Tissular O2 ↓↓ATP Metabolismo anaeróbico ↑Lactato ↓Ph IC Saída Enzimas Lisossomais Activação Enzimatica ↓Procesos Síntesis ↓Proteínas Plásticas ↓↓Bomba NaKATPase ↑↑Ca IC Act. Fosfolipases LESÃO MEMBRANA CELULAR DESPRENDIMENTO CITOESQUELETO APOPTOSE MORTE CELULAR ↓ ↓ Trabalho Cardiaco Mecanismos de compensação fisiológica Fracasso: Disfunção Organica Dano celular progressivo: Hipoxia Citopática Hipóxia Circulatória Coração • Pressão arterial • PAM > 60 mmHg (Perfusão tissular)/ PAS > 90 mmHg • Hipotensão: Mecanismos do choque não consegue contrabalancear o evento primário; arritmias, aumento CKMB, IAM • Déficit de contratilidade, queda da RVS, hipovolemia. • Oligúria: • Diurese menor que 0,5 ml/Kg/h durante duas horas • Uréia : produto nitrogenado resultante do metabolismo protéico. Normal:8 a 50 mg/dL • Creatinina : produzida pelos músculos Normal: 0,5 a 1,7 mg/dL Hipóxia Circulatória Função Renal Perfusão Tecidual Lactato • O lactato é produto final da glicólise, produzido normalmente em uma taxa de 1 mmol/kg/min, especialmente no músculo esquelético, intestino, cérebro e eritrócitos, sendo metabolizado pelo fígado. • Principal mecanismo da hiperlactemia em casos de choque é hipóxia tecidual pH e Déficit de base • Consequência do acúmulo de lactato e outros ácidos orgânicos produzidos durante o metabolismo anaeróbio • Ineficiência no transporte perfusão regional diminuída • Clara relação entre hipovolêmia e déficit de base • DB leve: -3 a –5 mmol/l \ moderada : -6 a –14 mmol/l \ grave > -15 mmol/l • Valores elevados indicam um aumento na relação oferta/ consumo de O2 , portanto menor taxa de extração, DC elevado, dificuldade de captação de O2 • Valores baixos indicam hipoxemia, aumento da demanda energética ou DC baixo Perfusão Tecidual Sv O2 REDISTRIBUIÇAO DE FLUXO DIMINUCÃO DE FLUXO AUMENTO DE FLUXO PELE RIM GASTROINTESTINAL BAÇO ↑ERITROPOIETINA ↑SIST RAA ↓FLUXO URINARIO PALIDEZ IRA NTA ALTERACÃO PERFUSÃO MUCOSA TRASLOCAÇÃO BACTERIANA ULCERAS STRESS MOBILIZA ERITROCITOS Pulmões • MAIS FREQUENTE • Mecanismo: Injuria endotelial e epitelial: – Edema Intersticial. – Edema Alveolar. • Injuria Vascular. • ↓ defesas pulmonares. • Patogenos risco de infecção. • Clinicamente: – Hipoxemia – Alteración V/Q Capilar Alveolus Interstiticio GASTROINTESTINAL • Isquemia:microtrombos e baixo fluxo – ↑ Permeabilidade da mucosa. – Traslocação – Bacteriana Mucosa Lumen Bacteria Capilar Extraluminal CCM 27(8):1650-1651 Rim • Isquemia – Baixo fluxo – Trombose glomerular – Injuria Tubular – Isquemia – Dano por citoquinas – Radicais Livres de O2 • Terapia ↑isquemia + efeitos diretos nocivos: – Vasoconstrictores – Antibioticos nefrotoxicos ATN Kidney International 1998 53:S15-18 NEJM 2004 351:159-69 Fígado • Fatores inflamatórios Alteração de metabolismo – ↑ Lactato – ↓ Gliconeogenese hipoglicemia – ↓ Síntese Proteíca • Redução de fluxo sanguíneo Isquemia – Injuria Celular aguda – Colestase / Hiperbilirrubinemia CCM 2001 29(7):S42-S47 Coração - Vasos Sanguíneos • Vasculatura: – ↑ Permeabilidad Vascular – ↑ Vasodilatação ↓ RVS • Função Cardiaca: – Taquicardia compensatoria – ↓ ↑ RVS + ↑ FC: ↑ ↓ trabalho cardíaco – Citocinas + NO ↓ função sistólica + ↓relaxamento diastólica Chest 114(3): 854-860; Jnl Cardiothoracic and Vasc Anesth 2001: 15(4):485-511 Hematológico Consumo de plaquetas ↓ plaquetas Consumo de Fibrinogeno ↓Fibrinogenio Aumento do TTP, INR com microtrombose vascular. CIVD Sistema Nervoso Central • Rompimento da Barreira Hematoencefálica: – Exposição do SNC a catecolaminas vasoconstriccção cerebral – Edema microvascular Aporte de oxigenio diminuido • Efeitos sobre os neurônios • ↑ Liberação de Serotoninas +↓ transmissão noradrenérgica encefalopatia. – Morte neuronal CCM 2000 28(8): 3019-3024 REDISTRIBUIÇÃO DE FLUXO DIMINUIÇÃO DE FLUXO AUMENTO DE FLUXO CORAÇÃO ENDOTELIO NEUROENDOCRINO RESPIRATORIO ↓PERFUSÃO ACIDOSE INOTROPO (-) AUTOREG FLUXO ENCEFALOPATIA AUTOREG FLUXO ACIDOSE ALTERAÇÃO PERMEABILIDADE AUMENTO FR ALCALOSE RESP ACIDOSE RESP Classificação do Choque • Hipovolêmico • Cardiogênico • Obstrutivo • Distributivo Fisiopatologia – Choque hipovolêmico Fisiopatologia – Choque Distributivo Fisiopatologia – Choque Cardiogênico Fisiopatologia – Choque Obstrutivo / DOC0667536 Rev1/ 4/19/2018 Fisiologia A PulmãoCoração direito Coração esquerdo Tecidos V ✓ PA ✓ Débito Cardiaco ✓ Volume Sistólico ✓ CaO2/ SaO2 ✓ RVS ✓ PVC (Pré-Carga) ✓ RVP ✓ PAP/ POAP VOLEMIA ✓ SvO2 EXTRAÇãO O2 ✓ TxeO2 Características do estado de Choque Cateter da Artéria Pulmonar Dr. Ganz e Dr. Swan Dr. Swan (1922 - 2005) Permitiu um rápido acesso ao débito cardíaco à beira do leito Cateter da Artéria Pulmonar Balonete Orifício da via distal Orifício da via proximal Medida de débito cardíaco Medida de débito cardíaco Indicação do CAP (principais) • Insuficiência ventricular esquerda aguda • Choque • Tamponamento cardíaco • Embolia pulmonar • SDRA • Cirurgia cardíaca Complicações do CAP • Relacionadas com a passagem do introdutor do cateter: - punção acidental de carótida - pneumotórax - lesão de ducto torácico • Relacionadas com o próprio cateter: - lesão valvar - rotura de artéria pulmonar, - arritmias cardíacas (BRD ou BAVT) - localização incorreta • Relacionadas com a manutenção do cateter: - infecção - aneurisma ou rotura da artéria pulmonar, - embolismo, - infarto pulmonar, - perfuração do VD - interpretação errada dos dados obtidos com o estabelecimento de condutas indevidas • Relacionadas durante a retirada do cateter: - enovelamento do cateter → lesão valvar. Descrição do CAP • Tamanho: - varia de 100 a 110 cm de comprimento - com marcas a cada 10 cm • Disposição: - 3 vias: * insuflação do balonete; * distal: medida PAP, PAPO, SvO2 * proximal: medida pressão AD, PVC a injeção do soro para determinaçãodo DC (termodiluição). - 1 condutor: conectado a um termistor na ponta do cateter e a um monitor de DC. Cateter de débito contínuo • Método da termodiluição: - Porém ao invés de resfriar utiliza-se o aquecimento entre 3 e 6 minutos. - média destas medidas entre 30 e 60 segundos, após a sua realização. • Cateter de artéria pulmonar com fibra óptica: - permite a medida da SvO2. Progressão do Cateter • Introduz o cateter ≅ 20 cm e insufla-se o balonete. Observa-se as curvas de pressão no monitor durante a progressão do cateter. ≅ 25 cm ≅ 50 cm O cateter deve ser introduzido lento e continuamente até o aparecimento da ondas de pressão... • Desinsuflando o balonete, observa-se pressão e curva compatíveis com a artéria pulmonar. O balonete deverá permanecer desinsuflado, sendo insuflado poucas vezes e por curtos períodos para medição da PAPO. • Posicionado corretamente, obtem-se medidas de DC/IC, PVC, PAP, PAPO, índice de volume sistólico, índice de trabalho sistólico de VD e VE, índice de resistência vascular sistêmica e pulmonar. Verificação do posicionamento do CAP Cateter bem posicionado Mau posicionamento A POAP pode ser considerada como um índice de pré-carga do VE? • Pressão venosa central ↔ coração direito PVC = PAD = PdfVD = pré-carga VD • POAP ↔ coração esquerdo POAP = PAE = PdfVE = pré-carga VE Condições que a POAP não reflete a pré-carga do VE: • Quando a PA excede a pressão de abertura dos vasos intra-alveolares, a POAP reflete a pressão da via aérea. Situação: paciente em VM devido ao uso da PEEP. Condições que a POAP não reflete a pré-carga do VE: • quando a contribuição para o enchimento ventricular está acima do normal. • quando a complacência do VE está ↓ • Nas regurgitações valvares - Na Imi, a pressão do AE pode ser > PdfVE em virtude do refluxo sistólico. * Na Imi aguda, como na disfunção ou ruptura do musc. papilar, o AE é submetido a um ↑ de pressão na sístole, que se transmite ao traçado da POAP - Na Iao aguda, o refluxo diastólico pode levar a um fechamento precoce da Vmi, fazendo com que a PdfVE seja > PAE. Ventilação Mecânica • PEEP > 10 cmH20 mascara a PCP • Em que momento mensura-se a PCP? • Não reduz a PEEP para medir PCP? • Mensura-se a PCP na fase final da expiração • Não reduz a PEEP para medir PCP!!! Ex: PCP = 20 mmHg PEEP = 15 cmH2O Se, 1 mmHg = 1,36 cmH2O → PEEP = 11 mmHg PCP = 33% a 50% da PEEP 33% de 11 → 3,6 50% de 11 → 5,5 PCP = 20 – 3,6 → 14,5 20 – 5,5 → 16,4 Então, valor real: 14,5 – 16,4 mmHg ICP Residência cirurgia cardiovascular Efeitos da PEEP Parâmetros Observados • Cálculos hemodinâmicos • Cálculos respiratórios →Antes de realizar as medidas deve-se registrar: - Peso - altura - superfície corpórea VALORES MENSURADOS Saturação venosa de oxigênio PVC Pressão de Artéria pulmonar Pressão de oclusão de artéria pulmonar IC DC Resistencia Vascular Periférica Resistencia Vascular Pulmonar VSFVD* Pressão venosa central PVC=PAD=PDFVD Pressão capilar pulmonar PCP=PAE=PDFVE Volume sistólico VS=DC/FC Débito cardíaco DC= VSxFC Volume sistólico de VD VDFVD= VS/FEVD Resistência vascular sistêmica RVS = (PAM-PVC)x80/DC Resistência vascular pulmonar RVP = (PAP-PCP)x80/ DC Demanda e oxigênio VO2 = DCx13,4xHbx(SaO2-SvO2) Oferta de Oxigênio DO2 = DCx13,4xHbxSaO2 VARIÁVEIS HEMODINÂMICAS Variável Sigla Medida Valor normal Pressão venosa central PVC Direta 1 a 9 mmhg Índice sistólico IS IC x 1000/FC 30 a 50 ml/bat Pressão arterial pulmonar média PAPM Direta 11 a 15 mmhg Pressão capilar pulmonar PCP Direta 6 a 12 mmhg Débito cardíaco DC Direta 4 a 8L/min/m2 Índice cardíaco IC Direta 2,8 a 4,2l/min/m2 Trabalho Sistolico ventricular TSVE IS x PAM x 0,0144 44 a 68g/m2/bat Esquerdo Trabalho Sistolico ventricular TSVD IS x PAMP x 0,0144 7 a 12g/m2/bat Direito Índice de resistência vascular IRVS PAM - PVC x 80/IC 1.600 a 2.400 Sistêmica dyne.s.cm-5/m2 Índice de resistência vascular IRVP PAMP – PCP x 80/IC 250 a 430 Pulmonar dyne.s.cm-5/m2 VARIÁVEIS HEMODINÂMICAS OFERTA O2 Função Respiratória Espirometria Ventilometria Manovacuometria CaO2 Débito cardíaco FC / PA Perfusão Tecidual Fonte energia Glicemia Estado nutricional Função Muscular Força Muscular Fonte energia Lactato Perfusão SVO2 CONSUMO O2 LIMIT AÇÃO META BÓLIC A LIMITAÇÃO HEMODINÂMICA Volume corrente Pressão nas vias aéreas Pressão intratorácica Alterações cardiovasculares PIT MMII PA ↓ PTM PPL PPL Débito Cardíaco Figura cedida por Débora Lobo Interações cardiopulmonares Oliveira MF et al. Front Physiol 2015; 5:514 O’Donnell DE et a. Clin Chest Med 2014;35:51-69 Langer D et al. Expert Rev Respir Med 2014: 1-19 u Depende da pressão nas vias aéreas para abrir os alvéolos contra a resistência de vias aéreas e a força de recolhimento elástico do pulmão e da caixa torácica. u Distribuição de gases anteriorizada e desequilíbrio entre as pressões alveolares e pleurais. u Interfere no retorno venoso e na resistência vascular pulmonar VENTILAÇÃO EM PRESSÃO POSITIVA Retorno venoso Retorno venoso Débito cardíaco VEVD HIPERTENSÃO PULMONAR VEVD Pós Carga VE = P. transmural - PIT VENTRICULO ESQUERDO AE VE Ao AD VD Débito Cardíaco PAE PDFVE Congestão Pulmonar PCP Débito Cardíac o PA E PDF VE Congestão Pulmonar PCP PDFVD PAD PAE PDFVE Vanessa Marques Ferreira vanafisio@gmail.com
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