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Reação Tipo 1 e Tipo 2 - Hanseníase - TICS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC 
Medicina 3o Período - Turma XXVIII - 2022.2 
Acadêmico (a): Bianca Thays Gonçalves Cardoso 
REAÇÃO TIPO 1 E TIPO 2 - HANSENÍASE 
1. Os surtos reacionais representam episódios inflamatórios que se intercalam no 
curso crônico da hanseníase. Devem ser prontamente diagnosticados e tratados. 
Encaminhe aqui uma resenha (texto) definindo as reações do Tipo 1 e do Tipo 2. 
 As reações imunológicas são complicações de 
caráter inflamatório que acontecem a nível sistêmico. As 
reações podem ocorrer antes do tratamento (casos em 
que o paciente procura atendimento médico no cenário 
de uma ração), durante o tempo do tratamento, ou até 
meses e anos após sua realização. Essas reações 
costumam afetar 30 a 50% dos pacientes com 
hanseníase. 
Existem dois tipos de reações da hanseníase: 
I. Reação do Tipo 1 (T1R, reação reversa ou RR): ocorre geralmente em pacientes que 
possuem doença limítrofe. Acomete pacientes com doença de tipo BT (tuberculóide 
borderline), BB (meio-limite) ou BL (virchowiana limitrofe). As manifestações clínicas são 
caracterizadas por: mancha hiperpigmentada e inchada na lesão de pele, preexistente, 
principalmente na face ou sobrejacente a um tronco nervoso principal, presença de eritema 
endurecimento das lesões preexistentes, inflamação associada podendo levar a lesão 
nervosa grave com paralisia e deformidades, edema de mãos e pés associados a dores nas 
articulações, lesões ulceradas na pele, dor ou sensibilidade nos nervos periféricos, perda da 
função nervosa juntamente com fraqueza muscular c diminuição da sensibilidade. Na 
ausência de tratamento a reação do tipo l perdura por vários meses. Esse tipo de reação 
parece resultar do aumento espontâneo da imunidade celular e da hipersensibilidade do 
tipo retardado aos antígenos do Mycobacterium leprae. 
II. Reação Tipo 2 (T2R, eritema nodoso hansênico ou ENH): ocorre principalmente em 
pacientes com doença do tipo virchowiana limítrofe e lepromatosa (BL e LL). 
Clinicamente esse tipo de reação é definido como erupção súbita de muitos nódulos de 
caráter doloroso que podem ser tanto superficiais quanto profundos na derme. Esses 
nódulos podem criar pústulas e sofrer ulceração liberando um pus amarelado contendo 
BAAR (bacilo álcool-ácido resistente) em degeneração. As lesões são encontradas nas 
superfícies extensoras dos membros e na face. Outras manifestações clínicas são: febre 
alta, cefalcia, insônia, depressão (devido a dor generalizada), linfadenopatia dolorosa, 
sensibilidade muscular e articulações doloridas inchadas. O período de duração da reação 
do tipo 2, sem tratamento, é de uma a duas semanas, mas a reação costuma ser recorrente, 
as vezes ao longo de meses. 
 O fenômeno Lucio é uma complicação que acontece raramente e se apresenta como 
uma vasculopatia necrosante súbita em pacientes que possuem hanseníase virchowiana de 
longa data e não tratada. Acontece principalmente em pacientes de descendência mexicana. 
As ulcerações podem ser extensas e fatais. 
 A distinção dos dois tipos reacionais é difícil de ser realizada, isso porque, elas têm 
diferentes mecanismos imunológicos subjacentes, mas esses são pouco compreendidos e os 
fatores que desencadeiam esses mecanismos ainda são desconhecidos. 
 Alguns sintomas como fadiga, mal-estar e 
febre podem se fazer presentes em ambos os tipos 
de reação. As reações podem simular alergia a 
medicamentos , agravamento da doença , 
neuropatias, e em casos graves, choque séptico. 
 É importante saber que as reações não 
ocorrem pelo tratamento medicamentoso, isso quer 
dizer que o tratamento farmacológico não deve ser 
interrompido, mas sim deve ser continuado, muito 
embora seja necessário a modificação no uso de 
rifampicina quando a prednisona é usada para o 
controle da reação. 
REFERÊNCIAS: 
• Hanseníase: Epidemiologia, microbiologia, manifestações clínicas e diagnóstico - 
David Scollard. MD. PhD. Barbara Stryjewska, MD. Mara Dacso, MD, MS https://
www.uptodate.com/contents/leprosy-epidemiology-microbiology-clinical-
m a n i f e s t a t i o n s - a n d - d i a g n o s i s ?
search=rea%C3%A7%C3%B5es%20tipo%201%20e%202%20hanseniase&souree=scarc
hresult&sclcctedTitle=1~150&usagctype-default&displayrank=1#II89888450. 
• Hanseníase: Tratamento e Prevenção - David Scollard, MD, PhD, Barbara 
Stryjewska, MD, Mara Dacso, MD, MS - https://www.uptodatc.com/contents/leprosy-
t r e a t m e n t - a n d - p r e v e n t i o n ?
search=reacoes%20tipo%t&sclectedTitle=2~150&usageunansenmasedsoure=serresul-2#
TT89888451.
https://www.uptodate.com/contents/leprosy-epidemiology-microbiology-clinical-manifestations-and-diagnosis?
https://www.uptodate.com/contents/leprosy-epidemiology-microbiology-clinical-manifestations-and-diagnosis?

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