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Nome: Valéria Jesus Oliveira do Espírito Santo Matrícula: 0016901 Período/Semestre: 3 Docente responsável: Cristina da Costa Oliveira Componente: Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) Semana 16- OS SURTOS RELACIONADOS REPRESENTAM EPISÓDIOS INFLAMATÓRIOS QUE SE INTERCALAM NO CURSO CRÔNICO DA HANSENÍASE. DEVEM SER PRONTAMENTE DIAGNOSTICADOS E TRATADOS. ENCAMINHE AQUI UM RESENHA TIPO TEXTO DEFININDO AS REAÇÕES DO TIPO 1 E 2. Reação do Tipo 1 (T1R, reação reversa ou RR): ocorre geralmente em pacientes que possuem doença limítrofe. Acomete pacientes com doença de tipo BT (tuberculóide borderline), BB (meio-limite) ou BL (virchowiana limítrofe). As manifestações clínicas são caracterizadas por: mancha hiperpigmentada e inchada na lesão de pele, preexistente, principalmente na face ou sobrejacente a um tronco nervoso principal, presença de eritema e endurecimento das lesões preexistentes, inflamação associada podendo levar a lesão nervosa grave com paralisia e deformidades, edema de mãos e pés associados a dores nas articulações, lesões ulceradas na pele, dor ou sensibilidade nos nervos periféricos, perda da função nervosa juntamente com fraqueza muscular e diminuição da sensibilidade. Na ausência de tratamento, a reação do tipo 1 perdura por vários meses. Esse tipo de reação parece resultar do aumento espontâneo da imunidade celular e da hipersensibilidade do tipo retardado aos antígenos do Mycobacterium leprae. Reação Tipo 2 (T2R, eritema nodoso hansênico ou ENH): ocorre principalmente em pacientes com doença do tipo virchowiana limítrofe e lepromatosa (BL e LL). Clinicamente esse tipo de reação é definido como erupção súbita de muitos nódulos de caráter doloroso que podem ser tanto superficiais quanto profundos na derme. Esses nódulos podem criar pústulas e sofrer ulceração liberando um pus amarelado contendo BAAR (bacilo álcool-ácido resistente) em degeneração. As lesões são encontradas nas superfícies extensoras dos membros e na face. Outras manifestações clínicas são: febre alta, cefaleia, insônia, depressão (devido a dor generalizada), linfadenopatia dolorosa, sensibilidade muscular e articulações doloridas e inchadas. O período de duração da reação do tipo 2, sem tratamento, é de uma a duas semanas, mas a reação costuma ser recorrente, as vezes ao longo de meses. O fenômeno Lucio é uma complicação que acontece raramente e se apresenta como uma vasculopatia necrosante súbita em pacientes que possuem hanseníase virchowiana de longa data e não tratada. Acontece principalmente em pacientes de descendência mexicana. As ulcerações podem ser extensas e fatais. A distinção dos dois tipos reacionais é difícil de ser realizada, isso porque, elas têm diferentes mecanismos imunológicos subjacentes, mas esses são pouco compreendidos e os fatores que desencadeiam esses mecanismos ainda são desconhecidos. Alguns sintomas como fadiga, mal-estar e febre podem se fazer presentes em ambos os tipos de reação. As reações podem simular alergias a medicamentos, agravamento da doença, neuropatias, e em casos graves, choque séptico. É importante saber que as reações não ocorrem pelo tratamento medicamentoso, isso quer dizer que o tratamento farmacológico não deve ser interrompido, mas sim deve ser continuado, muito embora seja necessário a modificação no uso de rifampicina quando a prednisona é usada para o controle da reação. Referências bibliográficas: Hanseníase: Epidemiologia, microbiologia, manifestações clínicas e diagnóstico - David Scollard, MD, PhD , Bárbara Stryjewska, MD, Mara D acso, MD, MS - https://www.uptodate.com/contents/leprosy-epidemiology-microbiology-clinica l-manifestations-and-diagnosis. Hanseníase: Tratamento e Prevenção - David Scollard, MD, PhD , B arbara Stryjewska, MD, Mara Dacso, MD, MS - https://www.uptodate.com/contents/leprosy- treatment-and-prevention.
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