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CLASSIFICAÇÃO DAS ARCADAS PARCIALMENTE DESDENTADAS EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL A fim de simplificar a comunicação entre profissionais da área e a compreensão dos desenhos para prótese parciais removíveis, Kennedy elaborou uma classificação para as arcadas parcialmente desdentadas. Esta classificação permite rápida visualização do tipo de arcada, diferenciando em prótese dento-suportada ou dento-muco-suportada. A classificação de Kennedy, também conhecida como classificação topográfica, leva em consideração a relação entre os espaços protéticos e os dentes remanescente. Apesar disto, não leva em consideração a quantidade de dentes remanescente e nem a dimensão do espaço desdentado. As arcadas podem ser classificadas em Classe I, II, III ou IV. Classe I: é o arco parcialmente desdentado, cujas áreas edêntulas são posteriores aos dentes remanescentes e bilaterais, exigindo uma prótese dento-muco-suportada. Classe II: é o arco parcialmente desdentado, cuja área edêntula também está posterior aos dentes remanescentes, contudo é unilateral. Também exige uma prótese dento-muco- suportada. Classe III: é o arco parcialmente desdentado, cuja área edêntula encontra-se entre os dentes remanescentes, possuindo pilares anterior e posterior. Nesta classificação, não é levado em consideração se é unilateral ou bilateral. Visto que há pilares de ambos os lados, a prótese será dento-suportada. Classe IV: é o arco parcialmente desdentado, cuja área edêntula é anterior e cruza a linha média. Isto é, obrigatoriamente os dois incisivos centrais foram perdidos. Possui pilares anterior e posterior. O tipo de prótese utilizada dependerá da extensão do desdentamento, ou seja, em área de pequeno desdentamento será dento-suportada, já em área de grande desdentamento será dento-muco-suportada. Para refinar a classificação de Kennedy, Apllegate ainda formulou algumas regras, sendo: 1. A classificação do arco só deve ser realizada após o planejamento do caso. Isto é, em muitos casos de prótese parcial removível, faz-se necessário extrair alguns dentes para que os pilares estejam aptos às forças geradas pela prótese. Estas extrações podem alterar a classificação, devendo ser feita após o planejamento completo. 2. Os 3ºs molares perdidos que não serão repostos na prótese não entram na classificação da arcada. Isto é, a ausência dos 3ºs molares não classifica o paciente como classe I ou II. 3. Por outro lado, os 3ºs molares presentes, em boas condições periodontais e endodônticas, que serão usados como pilares da prótese devem entrar na classificação. 4. Os 2ºs molares que não serão repostos na prótese também não entram na classificação. Isto porque proteticamente não é indicada a reposição do 2º molar se não houver um antagonista natural para ele. 5. Quando num mesmo arco parcialmente desdentado tiver mais de uma área edêntula, a área mais posterior que determinará a classificação. Por exemplo, se houver uma área desdentada na região dos dentes anteriores e outra na região dos molares, a classificação se dará pelo desdentamento dos molares. 6. As áreas desdentadas adicionais àquela que determinará a classificação, serão chamadas de modificação de classe e são indicadas pelo número de desdentamentos extras. Por exemplo, Classe II modificação 1: isto significa que o paciente tem um desdentamento posterior aos remanescentes, unilateral e ainda tem um desdentamento extra mais para anterior. 7. A extensão das áreas de modificação não importa, sendo o fator determinante é apenas o seu número. 8. Apenas as Classes I, II e III podem ter modificações. Qualquer modificação adicional àquela que caracteriza um arco Classe IV será posterior e, portanto, determinará a classificação do arco. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: Caso 1: Caso 2: Caso 3: Caso 4: GABARITO: Caso 1: Classe III modificação 2 Caso 2: Classe IV Caso 3: Classe II modificação 1 Caso 4: Classe I modificação 2
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