Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maurício Costa 1 PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – ODONTOLOGIA Aula: Classificação dos arcos parcialmente dentados, nichos e apoios POR QUE CLASSIFICAR? - Agrupar os representantes de uma população, segundo seus pontos de semelhança; - Função didática; - Facilitar a comunicação entre profissionais; - Torna mais fácil o entendimento e solução dos problemas de uma coletividade; - A classificação ajuda a estabelecer regras de planejamento. Cummer calculou a possibilidade de 65.534 combinações em desdentados parciais de um único arco dentário. CLASSIFICAÇÃO IDEAL - Deve permitir uma visualização do tipo de arco dentário parcial desdentado; - Diferenciar PPR dentosuportada e dentomucosuportada; - Ser aceita universalmente; - Fácil comunicação; - Base para planejamento. BASES DA CLASSIFICAÇÃO Topográfica: Relacionada com os dentes remanescentes e espaços desdentados. Biomecânica: Leva em consideração a forma com que os esforços mecânicos serão transmitidos pela PPR e recebido pelas estruturas biológicas. CLASSIFICAÇÃO DE KENNEDY - Classificação baseada na posição dos espaços dentados em relação aos dentes remanescentes no arco (critérios topográficos); - É a classificação que melhor atende as necessidades do ensino e exercício clínico. CLASSE I Edentado posterior bilateral. CLASSE II Edentado posterior unilateral CLASSE III Edentado intercalar (edentado lateral, com remanescentes posi- cionado anterior e posteriormente ao espaço protético). CLASSE IV Edentado anterior (com espaço edentado cruzando a linha média – ausência dos dois centrais no mínimo). Outros aspectos protéticos, além do principal, serão considerados suplementares e determinarão as modificações da mesma classe. COMO CLASSIFICAR: • Classe: algarismos romanos (I, II e III); • Modificação: algarismos arábicos (1, 2 e 3). *Com exceção da classe IV, todas as classes podem apresentar modificações. * A área mais posterior vai determinar a classificação. REGRAS DE APPLEGATE PARA CLASSIFICAÇÃO 1. A classificação deve ser posterior ao preparo da boca, visto que novas alterações ou PF poderão alterar – classificação só após o preparo tipo 1; 2. Se o terceiro molar está ausente, não se deve levar em conta a zona dentada; 3. Se os terceiros molares estiveram presentes e serão utilizados como suporte, leva em consideração a classificação; 4. A área correspondente aos segundos molares ausentes, que por alguma razão especial, como ausência do seu antagonista, não deve ser reposicionados, não devem ser considerados para classificação; Maurício Costa 2 PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – ODONTOLOGIA 5. Quando existem zonas edêntulas posteriores, são elas que regem a classificação; 6. Outras áreas edêntulas além daquelas que determinam a classificação serão referidas como espaço de modificação e designadas por seu número; 7. A extensão da zona modificante não influi, mas o fator determinante é seu número; 8. Não há modificação na classe IV; LIMITES DE UMA PPR Limite superior da prótese: tuberosidade (ou papila piriforme) Limite inferior da prótese: trígono retromolar Observações Para ser utilizado como classe IV, há necessidade que a área edentada envolva também a linha média, ou seja, que os incisivos centrais estejam ausentes – e não há modificações. ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS PPR’s - O estudo isolado dos principais constituintes da PPR permite realizar planejamento a partir da conjunção de alguns desses elementos; - Todos os elementos constituintes de uma PPR devem rígidos, as únicas exceções são para os grampos de retenção (a ponta ativa do braço de retenção – que corresponde a 1/3 – é que deve apresentar flexibilidade, com a finalidade de travar na área retentiva do dente); - Toda PPR tem que ser bilateral – ainda que só um lado apresente edentulismo. - Princípios da PPR: Bilateral e Rígida • Apoios; • Grampos; • Conectores maiores; • Conectores menores; • Selas. NICHOS ou DESCANSOS e APOIOS NICHOS Cavidades preparadas nos dentes pilares para alojar os apoios, ajudando no direcionamento das forças mastigatórias para o longo eixo vertical. São utilizadas para proporcionar principalmente suporte vertical a PPR. Função: − Alojar apoios; − Orientar força mastigatória segundo o longo eixo do dente; − Determinar condições de suporte e de estabilização para a prótese removível; − Ponta diamantada 2131 Lozalização dos Nichos: − Esmalte sadio; − Restaurações diretas (amálgama ou resina composta); − Restaurações indiretas (metálicas ou metalocerâmicas – não pode em metal free); − 1 a 1,5 mm (o ideal é que fique limitado ao esmalte) Dente posterior: da crista marginal até a fosseta proximal, deve ser em um formato arredondado, por isso usar a broca 2131. Dente anterior: na região de cíngulo. APOIO É o componente do grampo cuja função principal é assegurar que as cargas exercidas sobre os dentes artificiais durante a função mastigatória sejam transmitidas aos dentes de suporte de maneira adequada. FUNÇÕES DO APOIO - Principais: • Impedir o deslocamento oclusogengival da prótese; • Transmitir forças mastigatórias aos suportes dentais, de maneira adequada, ou seja, numa direção axial. - Secundárias: • Estabilidade e retenção da prótese; • Prevenir lesão ou esmagamento do tecido mole; Maurício Costa 3 PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – ODONTOLOGIA • Garantir correta relação entre o braço de retenção e a superfície do dente suportado; • Restaurar discrepância do plano oclusal. * O planejamento de apoios sobre superfície não preparadas não é indicada quando: - A espessura do metal provavelmente trará interferência oclusal; - Transmissão de forças não axiais ao dente, resultando em trauma periodontal e mobilidade desse pilar. Localização do apoio: • Regra geral: - Nos dentes pilares vizinhos aos espaços edêntulos em prótese dentosuportada; - Nos dentes pilares distantes da área edêntula, onde se tenha alavancas (anterior e posterior) do lado contrário a esta. APOIO DIRETO - Os apoios são denominados diretos quando se apresentam adjacentes aos espaços protéticos. APOIO INDIRETO - Quando se encontram distantes do espaço protético. Os apoios indiretos normalmente são utilizados para proporcionar retenção indireta ou estabelecida a PPR. DE ACORDO COM AS FACES • Apoio oclusal – dente posterior - Forma de colher; - Ângulo interno arredondado (para não causar fratura) - Forma triangular arredondada. - Da crista marginal à fosseta proximal. • Apoio de cíngulo – dentes anteriores - Espessura da camada de esmalte; - Presença ou ausência de cíngulo; - Fatores ligados a oclusão (MIH, contato da incisal dos inferiores na palatina dos superiores) - Utilização de resina composta no preparo do apoio do cíngulo. - Pode ser confeccionado com a broca 1014; - Vista lingual: - Sela de montaria; - Convexidade; - Ponta diamantada esférica; - Vista proximal: - Forma de “V” - Côncavo - Forma com o longo eixo do dente um ângulo menor que 90° • Apoio incisal – dentes anteriores - Está em desuso; - Aumenta o índice de fratura na região; - Antiestético; - Este tipo de apoio gera uma situação desfavorável do ponto de vista biomecânico ao dente pilar, pois aumenta o braço de alavanca, prejudicando a transmissão de forças no longo eixo do dente.
Compartilhar