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2 - Classificação dos arcos parcialmente desdentados 13-02

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Maurício Costa 
1 PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – ODONTOLOGIA 
Aula: Classificação dos arcos parcialmente 
dentados, nichos e apoios 
 
POR QUE CLASSIFICAR? 
 
- Agrupar os representantes de uma população, 
segundo seus pontos de semelhança; 
- Função didática; 
- Facilitar a comunicação entre profissionais; 
- Torna mais fácil o entendimento e solução dos 
problemas de uma coletividade; 
- A classificação ajuda a estabelecer regras de 
planejamento. 
 
Cummer calculou a possibilidade de 65.534 
combinações em desdentados parciais de um 
único arco dentário. 
 
CLASSIFICAÇÃO IDEAL 
- Deve permitir uma visualização do tipo de arco 
dentário parcial desdentado; 
- Diferenciar PPR dentosuportada e 
dentomucosuportada; 
- Ser aceita universalmente; 
- Fácil comunicação; 
- Base para planejamento. 
 
BASES DA CLASSIFICAÇÃO 
Topográfica: Relacionada com os dentes 
remanescentes e espaços desdentados. 
Biomecânica: Leva em consideração a forma com 
que os esforços mecânicos serão transmitidos 
pela PPR e recebido pelas estruturas biológicas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE KENNEDY 
 
- Classificação baseada na posição dos espaços 
dentados em relação aos dentes remanescentes 
no arco (critérios topográficos); 
- É a classificação que melhor atende as 
necessidades do ensino e exercício clínico. 
 
CLASSE I 
 
Edentado posterior 
bilateral. 
 
 
 
 
 
 CLASSE II 
Edentado posterior 
unilateral 
 
 
 
 
 
CLASSE III 
Edentado intercalar 
(edentado lateral, com 
remanescentes posi-
cionado anterior e 
posteriormente ao 
espaço protético). 
 
CLASSE IV 
Edentado anterior 
(com espaço edentado 
cruzando a linha média 
– ausência dos dois 
centrais no mínimo). 
 
 
 Outros aspectos protéticos, além do 
principal, serão considerados suplementares e 
determinarão as modificações da mesma classe. 
 
COMO CLASSIFICAR: 
• Classe: algarismos romanos (I, II e III); 
• Modificação: algarismos arábicos (1, 2 e 
3). 
*Com exceção da classe IV, todas as classes 
podem apresentar modificações. 
* A área mais posterior vai determinar a 
classificação. 
 
REGRAS DE APPLEGATE PARA CLASSIFICAÇÃO 
1. A classificação deve ser posterior ao preparo da 
boca, visto que novas alterações ou PF poderão 
alterar – classificação só após o preparo tipo 1; 
2. Se o terceiro molar está ausente, não se deve 
levar em conta a zona dentada; 
3. Se os terceiros molares estiveram presentes e 
serão utilizados como suporte, leva em 
consideração a classificação; 
4. A área correspondente aos segundos molares 
ausentes, que por alguma razão especial, como 
ausência do seu antagonista, não deve ser 
reposicionados, não devem ser considerados 
para classificação; 
 
Maurício Costa 
2 PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – ODONTOLOGIA 
5. Quando existem zonas edêntulas posteriores, 
são elas que regem a classificação; 
6. Outras áreas edêntulas além daquelas que 
determinam a classificação serão referidas como 
espaço de modificação e designadas por seu 
número; 
7. A extensão da zona modificante não influi, mas 
o fator determinante é seu número; 
8. Não há modificação na classe IV; 
 
LIMITES DE UMA PPR 
Limite superior da prótese: tuberosidade (ou 
papila piriforme) 
Limite inferior da prótese: trígono retromolar 
 
Observações 
Para ser utilizado como classe IV, há necessidade 
que a área edentada envolva também a linha 
média, ou seja, que os incisivos centrais estejam 
ausentes – e não há modificações. 
 
ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS PPR’s 
 
- O estudo isolado dos principais constituintes da 
PPR permite realizar planejamento a partir da 
conjunção de alguns desses elementos; 
- Todos os elementos constituintes de uma PPR 
devem rígidos, as únicas exceções são para os 
grampos de retenção (a ponta ativa do braço de 
retenção – que corresponde a 1/3 – é que deve 
apresentar flexibilidade, com a finalidade de 
travar na área retentiva do dente); 
- Toda PPR tem que ser bilateral – ainda que só 
um lado apresente edentulismo. 
- Princípios da PPR: Bilateral e Rígida 
 
 
• Apoios; 
• Grampos; 
• Conectores maiores; 
• Conectores menores; 
• Selas. 
NICHOS ou DESCANSOS e APOIOS 
 
NICHOS 
 Cavidades preparadas nos dentes pilares 
para alojar os apoios, ajudando no 
direcionamento das forças mastigatórias para o 
longo eixo vertical. 
 São utilizadas para proporcionar 
principalmente suporte vertical a PPR. 
 Função: 
− Alojar apoios; 
− Orientar força mastigatória 
segundo o longo eixo do dente; 
− Determinar condições de suporte e 
de estabilização para a prótese 
removível; 
− Ponta diamantada 2131 
 
 Lozalização dos Nichos: 
− Esmalte sadio; 
− Restaurações diretas (amálgama 
ou resina composta); 
− Restaurações indiretas (metálicas 
ou metalocerâmicas – não pode 
em metal free); 
− 1 a 1,5 mm (o ideal é que fique 
limitado ao esmalte) 
 
Dente posterior: da crista marginal até a fosseta 
proximal, deve ser em um formato arredondado, 
por isso usar a broca 2131. 
Dente anterior: na região de cíngulo. 
 
APOIO 
 É o componente do grampo cuja função 
principal é assegurar que as cargas exercidas 
sobre os dentes artificiais durante a função 
mastigatória sejam transmitidas aos dentes de 
suporte de maneira adequada. 
 
 FUNÇÕES DO APOIO 
- Principais: 
• Impedir o deslocamento oclusogengival da 
prótese; 
• Transmitir forças mastigatórias aos 
suportes dentais, de maneira adequada, ou 
seja, numa direção axial. 
- Secundárias: 
• Estabilidade e retenção da prótese; 
• Prevenir lesão ou esmagamento do tecido 
mole; 
 
Maurício Costa 
3 PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – ODONTOLOGIA 
• Garantir correta relação entre o braço de 
retenção e a superfície do dente 
suportado; 
• Restaurar discrepância do plano oclusal. 
 
* O planejamento de apoios sobre superfície não 
preparadas não é indicada quando: 
 - A espessura do metal provavelmente 
trará interferência oclusal; 
 - Transmissão de forças não axiais ao 
dente, resultando em trauma periodontal e 
mobilidade desse pilar. 
 
Localização do apoio: 
• Regra geral: 
- Nos dentes pilares vizinhos aos espaços 
edêntulos em prótese dentosuportada; 
- Nos dentes pilares distantes da área edêntula, 
onde se tenha alavancas (anterior e posterior) do 
lado contrário a esta. 
APOIO DIRETO 
- Os apoios são denominados diretos quando se 
apresentam adjacentes aos espaços protéticos. 
 
APOIO INDIRETO 
- Quando se encontram distantes do espaço 
protético. Os apoios indiretos normalmente são 
utilizados para proporcionar retenção indireta ou 
estabelecida a PPR. 
 
DE ACORDO COM AS FACES 
• Apoio oclusal – dente posterior 
- Forma de colher; 
- Ângulo interno arredondado (para não causar 
fratura) 
- Forma triangular arredondada. 
 
- Da crista marginal à fosseta proximal. 
 
• Apoio de cíngulo – dentes anteriores 
- Espessura da camada de esmalte; 
- Presença ou ausência de cíngulo; 
- Fatores ligados a oclusão (MIH, contato da 
incisal dos inferiores na palatina dos superiores) 
- Utilização de resina composta no preparo do 
apoio do cíngulo. 
- Pode ser confeccionado com a broca 1014; 
 
- Vista lingual: 
 - Sela de montaria; 
 - Convexidade; 
 - Ponta diamantada esférica; 
- Vista proximal: 
 - Forma de “V” 
 - Côncavo 
 - Forma com o longo eixo do dente um 
ângulo menor que 90° 
 
• Apoio incisal – dentes anteriores 
- Está em desuso; 
- Aumenta o índice de fratura na região; 
- Antiestético; 
- Este tipo de apoio gera uma situação 
desfavorável do ponto de vista biomecânico ao 
dente pilar, pois aumenta o braço de alavanca, 
prejudicando a transmissão de forças no longo 
eixo do dente.

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