Trabalho 4 periodo Paralisia cerebral. (1)

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EDUCAÇÃO FÍSICA
CAROLINA FERREIRA MADEIRA
A EXPRESSÃO CORPORAL E A DANÇA: INTERVENÇÕES TECNOLÓGICAS DIRECIONADAS ÀS BRINCADEIRAS E E-GAMES A SERVIÇO DA ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA
Angra dos Reis
2022
CAROLINA FERREIRA MADEIRA
A EXPRESSÃO CORPORAL E A DANÇA: INTERVENÇÕES TECNOLÓGICAS DIRECIONADAS ÀS BRINCADEIRAS E E-GAMES A SERVIÇO DA ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA
Trabalho apresentado ao curso de Educação Física para as disciplinas Medidas e Avaliação em Educação Física, Fisiologia do Exercício e Bases Nutricionais, Brincadeiras e E-games, Atividade Física Adaptada, Primeiros Socorros, Expressão Corporal e Dança, Ed - Design Thinking, ministrada pelos professores Alessandra Beggiato Porto, Lúcio Flávio Soares Caldeira, Luana Cristine Franzini de Conti, Anderson Nascimento Guimarães, Franciely Midori Bueno de Freitas Carvalho e Walquiria Batista de Andrade para obtenção de nota para o semestre de 2022.2.
Angra dos Reis
2022
INTRODUÇÃO
Estamos em tempos de adaptação e aprendizagem, onde temos que ensinar desde cedo, a importância do respeito que devemos ter com todas as diferenças, sejam elas físicas, intelectuais, raças, crenças ou qualquer outra que diferencia um ser humano do outro.
Hoje vamos falar um pouco sobre a Paralisia Cerebral e suas diferentes formas de afetar o ser humano, seus tratamentos e como podemos incluir essa pessoa com PC na comunidade escolar assim proporcionando o seu desenvolvimento.
O QUE É PARALISIA CEREBRAL? 
A Paralisia Cerebral afeta o desenvolvimento dos movimentos e a postura, é uma lesão neurológica, porém não é uma doença. Essa deficiência é mais comum na infância, também podendo ocorrer no período neonatal, na gestação, nascimento ou na primeira infância. Existem diversos tipos de paralisia cerebral (PC), é muito comum que seja causada por isquemia cerebral, falta de oxigênio no cérebro, anomalias genéticas e infecções (durante a gravidez) como sífilis, rubéola, citomegalovirus e etc, isso causa alterações neurológicas permanentes que limitam totalmente as atividades do indivíduo e de seu cognitivo.
As pessoas com Paralisia Cerebral podem desenvolver certas variações de condições ao longo do tempo, que afetarão de várias formas suas habilidades funcionais, como não conseguir falar; não poder andar; ter deficiência intelectual; ter epilepsia, entre outras.
No Brasil, ainda não há uma conclusão exata, mas segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, estima-se que a cada 1.000 bebês nascidos vivos, sete deles podem apresentar algum nível de paralisia cerebral.
Em crianças prematuras e bebês de baixo peso (abaixo de 1 kilo e meio), também aumenta o número de casos (cerca de 60/1.000).
TIPOS PRINCIPAIS DE PARALISIA CEREBRAL E SEUS TRATAMENTOS
	
	Distônico - Caracterizado pela incoordenação muscular, movimento involuntário da face, membros e tronco; 
	Atetoide - São movimentos involuntários, emoções fortes aumentam os movimentos;
	Mistos - A criança desenvolve diferentes tipos associados de Paralisia Cerebral por várias áreas de lesão cerebral;
	Atáxico - Tem dificuldade motora ao realizar movimentos com muitos tremores, causando problemas de equilíbrio e coordenação;
	Espásticos - Provoca tensão e rigidez muscular, é causada por danos ao córtex motor do cérebro.
A PC pode ter manifestações variáveis, e seu tratamento consiste em fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, psicólogos, pedagogos, educadores físicos, aparelho ortodôntico, às vezes, cirurgia., toxina botulínica e outros medicamentos para reduzir a espasticidade. Lamentavelmente a paralisia cerebral não tem cura, mas com o tratamento correto, vemos uma melhora na vida dessas pessoas.
INCLUSÃO
Temos uma dificuldade de inclusão maior no campo da educação, muitas vezes por vergonha, timidez, por se achar incapaz de realizar as tarefas, por medo do preconceito e vários outro motivos, o aluno com PC na maioria das vezes não participa das atividades de educação física no colégio. Tendo em vista essas dificuldades, temos que achar formas de estimular essas crianças.
Uma boa forma seria a apresentação de vídeos e matérias com pessoas que tenham necessidades especiais e também PC, procurar músicas e vídeos que chamam a atenção dele, assim estimulando a curiosidade e incentivando eles a praticar algumas atividades. Uma outra forma também seria mostrar os benefícios que a dança pode trazer para o desenvolvimento físico, social, mental, entre outros.
Quanto à inclusão social de um aluno na aula de educação física, primeiramente devemos garantir as condições de segurança total desse aluno, fazendo adaptações e criando situações para que esse aluno consiga participar das atividades de jogos ou danças, criando-se um papel específico para sua atuação, onde cada limitação gerará um nível de solução, pois o desenvolvimento da percepção das possibilidades permita a sua aceitação. O professor deve ser flexível, fazendo as adequações necessárias no plano gestual, nas regras das atividades, na utilização de materiais e do espaço para estimular, tanto no aluno portador de necessidades especiais como no grupo, todas as possibilidades que favoreçam o princípio da inclusão. O processo de inclusão escolar traz consigo o desafio de atuar com o diferente e as diferenças. 
 	A prática educativa formativa privilegiada, na medida em que possibilita a construção do conhecimento por meio de vivências e experiências significativas, expressivas e sensibilizadoras. Com isso, também há uma possibilidade de ressignificação da corporeidade.
Estudo inédito do Instituto de Psicologia da UnB mostrou como a dança pode ajudar crianças com paralisia cerebral a melhorarem seus movimentos. Em sua pesquisa de mestrado, a fisioterapeuta Elizabeth Maia estudou a evolução da capacidade motora de seis crianças, com idades entre 5 e 9 anos, a partir de sessões em que elas eram estimuladas a se mexer conforme a música.
“Em cada sessão, a criança era tirada da cadeira de rodas, trazida ao tatame e colocada no meu colo. Ao som de músicas infantis, eu dançava e o movimento do meu corpo estimulava movimentos no corpo dela. Fiz a análise do quanto este contato poderia promover ganho de equilíbrio e reações posturais na criança”, afirma. Segundo ela, a pesquisa teve por objetivo geral avaliar se os exercícios da dança de contato, aplicados à criança com paralisia cerebral, poderiam impactar na modificação e ampliação do seu repertório de mobilidade e de expressões cognitivas (atenção) e emocionais (satisfação e insatisfação) durante a atividade.
Duas vezes por semana, cada criança passava por uma sessão de 30 minutos em que eram realizados três exercícios básicos da dança de contato. Criada especificamente para o contexto do estudo, a dança compõe-se de exercícios que combinam ações de rolar, girar, subir, escorregar, aproximar e afastar, inclinar e retornar da inclinação, trazendo a brincadeira para o processo de estimulação das crianças com paralisia cerebral participantes da pesquisa.
Elizabeth explicou que o estudo fez a análise de 21 sessões, registrando em vídeo quatro delas. “Eu choro cada vez que assisto aos vídeos porque cada conquista das crianças é uma satisfação indescritível. Elas não têm oportunidade de experimentar o meio como uma criança sem limitações experimenta. Eu sentia os ganhos de interação das crianças principalmente através do olhar”, afirmou.(UnBCIENCIA, psicologia 10/01/2013)
A dança é uma linguagem, e por ser uma linguagem ela foi construída pela humanidade, é um conceito histórico, social e cultural próprio. Ela tem a função de comunicar algo a alguém, e sendo assim pessoas com paralisia cerebral, consegue através da dança, se expressar por meios dos movimentos corporais. Com a dança podemos expressar ideias, sensações, sentimentos, experiências, informações. 
Para uma melhor inclusão social de crianças com paralisia cerebral, devemos usar o lúdico, é brincando que ela interage com o mundo a sua volta, expressando seus valores, maneiras de pensar e agir. O jogoe a brincadeira, além de educar, satisfazem uma necessidade natural da criança. É uma atividade física e mental que integra várias dimensões do desenvolvimento humano (cognitiva, afetiva e psicomotora). As atividades lúdicas são formas de expressar a corporeidade, e desta forma a criança está operando sobre objetos, interagindo com colegas e professor, desenvolvendo estruturas mentais, sócio-afetivas e motoras. 
Ao organizar uma atividade incluindo um aluno com paralisia cerebral, é de extrema importância, fazer com que os outros alunos, interajam com esse aluno, e esses alunos ajudam muito o portador de deficiência, fazendo assim com que ele se sinta à vontade para executar as atividades estabelecidas pelo professor, sendo em jogos de games ou atividades comuns. Com isso, ajudando-o no incentivo à prática das atividades, ele terá o apoio de todos em conjunto, e incentivará a criação e uso de sistemas próprios de operar (ação mental). 
Quanto mais autonomia tiver esse aluno, melhor para o desenvolvimento e aprendizado dele. Existe maneiras de dar autonomia a todas as pessoas com PC, trabalhar a motricidade é fundamental para o desenvolvimento da criança, pois ela é sequencial e contínua.
Algumas atividades para crianças com PC: 
Jogar bola no cesto: Principais objetivos é estimular a coordenação motora, equilíbrio e agilidade da criança, nessa atividade também é desenvolvido a atenção e a concentração.
Jogos de montar: São ótimos para o desenvolvimento da coordenação motora e do raciocínio lógico, ajuda a compreender as formas geométricas, as cores, os tamanhos, e os conceitos espaciais, como alto ou baixo, estreito ou largo, comprido ou curto, estimula aptidões como a concentração, a atenção a criatividade, e a imaginação. E também por meio dessas brincadeiras lúdicas o professor poderá fazer uma melhor avaliação do aluno.
Pareamento de cores: Esses jogos são ótimos para formar sequência, trabalhando a atenção e concentração, além de aprimorar a coordenação motora fina, ampliar os vocabulários das crianças e proporcionar o reconhecimento das cores, das formas e dos tamanhos, nessa atividade a criança, vai está desenvolvendo, a percepção visual. No caso de crianças com paralisia cerebral, a resposta motora muitas vezes está comprometida, e é fundamental estimular o desenvolvimento, das habilidades motora, e a adequação postural, pois sem estimulação postural, a motricidade não desenvolve todo o seu potencial.
Assim vemos que as brincadeiras são de extrema importância para a inclusão social, e melhora cognitiva e motora, com estimulação e tratamento adequado, vai ajudar na vida da criança com paralisia cerebral a levar uma vida muito mais funcional. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em primeiro lugar, convém explicar a complexibilidade do termo preconceito, considerado como um ato pensado, elaborado e praticado não só pelos adultos, mas também no meio infantil, visto que nem mesmo as crianças estão excluídas das inúmeras formas de discriminação. 
Sendo assim, é de extrema importância que seja eliminado o preconceito desde os primeiros anos da Educação Infantil. 
É fundamental que, desde o início, a hipocrisia seja deixada de lado na afirmação de que todos somos iguais, mesmo porque se todos realmente fossem iguais não haveria preconceito. É a partir das diferenças que surgem os preconceitos. 
Deixando tudo isso de lado, vemos que com o trabalho certo podemos tornar a vida de uma pessoa com PC, muito mais saudável e ativa. Assim incluindo verdadeiramente ela na sociedade.
Tudo isso feito com sabedoria, estudos, paciência e dedicação chegaremos a um resultado positivo e melhor qualidade de vida para todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://unbciencia.unb.br/humanidades/97-psicologia/151-pesquisadora-utiliza-a-danca-em-criancas-com-paralisia-cerebral
https://www.tuasaude.com/paralisia-cerebral/
https://prosense.com.be/paralisia-cerebral-tipos-e-caracteristicas-clinicas/
https://youtu.be/2xFIO2-k6Aw
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc
https://blog.reabilitech.com.br/os-tipos-de-paralisia-cerebral/