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2 SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR

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SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
sintomas MAIS FREQUENTES
Dispneia
Dor ou desconforto torácico
Síncope ou tonteiras
Palpitações
Edema
diSPNEIA
“Falta de ar, cansaço, folego curto”
Anormal quando ocorre em repouso ou para atividades que antes não causavam
Causas cardíacas, pulmonares, caixa torácica, ansiedade
Edema pulmonar, disfunção do VE
Estenose mitral
Dispneia
Quando súbita suspeitar de: Tromboembolismo pulmonar (TEP), pneumotórax, Edema agudo de pulmão (EAP), pneumonia ou obstrução de vias aéreas
Quando insidiosa suspeitar de : ICC crônica: desenvolvimento progressivo da dispneia aos esforços
Funcional: somente em repouso e não nos esforços
Crises de pânico: associada à hiperventilação
Assossiada a sibilos: asma (pulmonar ou “cardíaca”)
ICC – Insuficiência cardíaca congestiva
Dispneia aos esforços;
Ortopneia (hipertensão venosa e capilar pulmonar): uso de mais travesseiros
Acompanhada por edema de MMII (sintoma e sinal, geralmente ao longo do dia com ápice ao final da tarde), hepatomegalia (menor retorno venoso e mais sangue acumulado no fígado) e noctúria (menor retorno venoso, mais acúmulo de sangue nos vasos -> edemas nos tecidos anteriores. Ao deitar, não tendo a oposição gravitacional, o sangue retorna para dentro do átrio (maior retorno venoso, maior pré-carga, maior DC), leva aumento da PA e maior produção de urina;
Dispneia paroxística noturna (antecede a ortopneia, aumento do RV leva a edema intersticial pulmonar – IVE)
Acompanhada por tosse (acúmulo de líquidos no tecido pulmonar), sibilos e sudorese;
Aliviada ao sentar-se
Pulmonar
Dispneia de origem pulmonar frequente que seja acompanhado de secreção pulmonar (DPOC) e melhora com a eliminação de secreção pulmonar.
TEP: súbita, associada a apreensão, palpitações, hemoptise ou dor torácica pleurítica. A tríade clássica do TEP é dispneia, dor torácica e hemoptise (apenas 20% a 30% dos pacientes com TEP tem a tríade clássica).
Dispneia de origem cardíaca: individuo afirma que em repouso está bem e quando se exercita tem dispneia.
DISPNEIA – CLASSIFICAÇÃO DE NYHA (New York Heart Association)
I – Atividades ordinárias não causam dispneia. Atividades ordinárias são atividades do dia a dia (caminhar no shopping, ir até o estacionamento, caminhar no plano, tomar banho).
II – Limitação leve da atividade física – atividades ordinárias causam dispneia – confortáveis em repouso. Indivíduo tem alguma limitação a atividades ordinárias.
III – Limitação marcante das atividades físicas. Atividades menores que as ordinárias causam dispneia – confortáveis em repouso. 
IV - Incapacidade de realizar quaisquer atividades sem dispneia – sintomas mesmo em repouso. Qualquer esforço causa dispneia (exemplo: pentear o cabelo). Pacientes com insuficiência cardíaca terminal.
Usamos uma classificação funcional de dispneia que tem muita correlação com prognóstico.
Dor torácica
Causas 
Cardíacas: aorta, artéria pulmonar, angina, IAM, pericardite
Não cardíacas: árvore brônquica, pleura, esôfago, diafragma, parede torácica, músculos, pele, junções costo-condrais (inflamação da junção costo-condral, síndrome de Titze), medular espinhas, órgãos subdiafragmáticos)
Anamnese da dor 
Localização
Irradiação
Características
Fatores de alívio e piora 
Duração
Frequência
Recorrência
Situações em que ocorre
Sintomas associados.
Se restrita a pele ou estruturas superficiais, se paciente pode apontá-la e se for reproduzida por pressão localizada, geralmente não é isquêmica (parede)
Se localizada no mamilo esquerdo ou irradiar-se mais para o MSD, geralmente não é isquêmica (costocondral, estômago).
Duração efêmera geralmente é muscular, hérnia hiatal ou funcional. Se >15 minutos em repouso  angina instável ou IAM. Se durar horas: pericardite (dor acima de 12 horas, às vezes o paciente conta infecção respiratória previa), dissecção aorta, músculo-esquelética, psicogênica
Dor Retroesternal: isquemia, pericárdio, esofágica, aórtica, TEP, mediastino.
Dor Interescapular: isquemia, musculo-esquelética, vesícula biliar, pâncreas.
Dor Tóraxica anterior direito: vesícula, fígado, abcesso subdiafragmático, pleurisia, pneumonia, TEP, úlcera péptica perfurada, miosites agudas.
Tórax esquerdo inferior: neuralgia intercostal, TEP, miosites, pneumonia, pleurisia, baço, abscesso subdiafragmático.
Braços: isquemia, cérvico-dorsal
Ombros: isquemia, pericardite, abscesso subdiafragmático, cérvico-espinhal, muscular.
Epigástricas: isquemia, pericárdio, esofágica, gastroduodenal, vesícula, fígado.
Angina Péctoris
Desconforto no peito ou áreas adjacentes associada a isquemia miocárdica, sem necrose (suboclusão)
Duração 2-20 minutos
Aperto, pressão, sufocamento, estrangulamento, constrição, queimação, peso, gases, indigestão, náuseas, tonteiras, diaforese. Geralmente difusa (localização imprecisa) 
Varia de dia para dia e no mesmo dia (limiar mais baixo pela manhã)
É uma dor de característica visceral, difusa
Equivalentes: parte ulna do antebraço e, mandíbula inferior, dentes, pescoço e ombros
Geralmente ocorre aos esforços (correr ou subir morros), emoções fortes ou medo, frio, fumar
Angina de Prinsmetal: em repouso, geralmente no período noturno, acontece por espasmo de coronária.
Dor torácica -> cardíaca -> anginosa (isquêmica) -> angina (suboclusão)
			 -> infarto (oclusão total)
	 -> não anginosa -> pericardite
		 -> dissecção de aorta
 -> não cardíaca -> embolia pulmonar
		-> esofágica
		-> psicogênica
		-> herps zoster
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LOCALIZAÇÃO
As possibilidades de localização da dor pré-cordial (acima do umbigo e abaixo do queixo)
Quatro causas principais de origem cardíaca:
Quatro causas da dor torácica não cardíaca
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