Buscar

Port 3 Diversidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIGRAN – Centro Universitário da Grande Dourados
Curso: Pedagogia
Disciplina: Relações Étnicas Raciais
Professora: Dra. Terezinha Bazé de Lima 
Aluno (a): ______________________________________	RGM: _________ Polo:______
Atividade/ Portfólio 03 – AULAS 06, 07 e 08 (VALOR 4,0 PONTOS)
1) Com base nos conteúdos apresentados nas Aulas 06, 07 e 08 escreva um artigo com o mínimo 02 laudas e no máximo 05 laudas (folhas de papel sulfite) .
A DIVERSIDADE CULTURAL DOS POVOS INDÍGENAS E AFRICANOS EM SALA DE AULA
JANAINA RUDIS PIRES
UNIGRAN
RESUMO: Temos hoje a obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígenas nas escolas de educação básica de todo o Brasil, conforme determina a lei 11.645, ampliando as determinações da lei 10.639/2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana, contribuindo dessa forma para a discussão deste tema, possibilitando a ruptura do modelo eurocêntrico no ensino e a construção de uma educação multicultural na escola brasileira. Entretanto, foi visto que o material didático ainda não colabora de forma efetiva para o estudo da história e da cultura Afro-brasileira e Indígena, pois existe ausência de abordagem com profundidade dos conteúdos necessários sobre o assunto. A partir deste estudo foi possível concluir que apesar dos avanços significativos com a legalização da Lei, as escolas ainda devem buscar uma forma eficaz para a aplicação da Lei, fazendo com que os professores entendam que é dever do educador junto com a escola, ajustar o currículo escolar, para que se faça valer o cumprimento da lei, sendo agregado aos conteúdos escolares o ensino da história e da cultura Afro-Brasileira e Indígena.
PALAVRAS CHAVE: Diversidade cultural, Historia e cultura afro-brasileira e indígena, Educação.
A DIVERSIDADE CULTURAL DOS POVOS INDÍGENAS E AFRICANOS EM SALA DE AULA
A história do Brasil tem início em seu ano de descobrimento em 1500, Sendo uma consequência das histórias indígenas, africanas e europeias. Entretanto a cultura tanto africana como indígena foram oprimidas ao longo dos anos, sendo dificilmente conhecidas e integrada na história nacional, se tornando uma lacuna de grande importância nos sistemas educacionais brasileiros.
Para que exista uma sociedade igualitária, livre de preconceitos e discriminações, é preciso, por meio da educação, conhecer todas as matrizes que fazem parte da construção do Brasil e incentivar o pensamento crítico e coletivo de todos os alunos. Entretanto o reconhecimento da importância cultural dos grupos negros e indígenas foi um processo bastante lento no país, tanto é que as leis promulgadas à esse respeito, em sua maioria, são dos últimos 20 anos pra cá. As lutas e os movimentos sociais foram importantes para que o tema hoje esteja presente na legislação.
Atualmente, há leis que asseguram a obrigatoriedade do ensino da cultura e história afro-brasileiras, africanas e indígenas nas escolas. A lei 10.639 foi sancionada em 2003 e institui o ensino da cultura e história afro-brasileiras e africanas e a lei 11.645 complementa a lei 10.639 ao acrescentar o ensino da cultura e história indígenas, alterando as Diretrizes e Bases da educação nacional, e o tema da diversidade cultural chega às salas de aula, estabelecendo:
“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. §1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.”
A luta dos movimentos negros brasileiros ao longo dos últimos anos teve um papel fundamental tanto na cobrança pelas reinvindicações do papel do negro na história do país, tanto no que diz respeito à educação. Da mesma maneira, os grupos indígenas participaram ativamente dos movimentos em busca de reconhecimento, delimitação territorial e aceitação cultural, contribuindo para a formação da diversidade cultura que hoje perpétua pelo Brasil.
Segundo o Bazé de Lima, a diversidade cultural que os índios e africanos contribuíram para a formação de costumes atuais dos brasileiros, são inúmeros, podemos citar na culinária africana o vatapá, acarajé, pamonha, mugunzá, caruru, quiabo e chuchu. Temperos também foram trazidos da África, como pimentas, o leite de coco e o azeite de dendê. No aspecto religioso os africanos trouxeram o candomblé, a umbanda, a quimbanda e o catimbó. A prática da capoeira também é uma influência cultural africana. O samba, afoxé, maracatu, congada e lundu são exemplos da influência africana na música brasileira que permanecem até os dias atuais. Essas são algumas das contribuições da cultura africana para o Brasil. 
Quanto aos indígenas que eram nativos do país, eles tinham diversos valores, crenças e costumes, pois não existe apenas uma cultura indígena. A alimentação dos povos indígenas provém de atividades como caça, pesca, coleta e agricultura. Além da culinária, também podemos citar a religião, já que os índios são povos politeístas e cada tribo cultua diferentes divindades. Também não há dogmas ou um conjunto de doutrinas registradas em livros sagrados, como a Bíblia.
Em relação às vestimentas, varia bastante de tribo para tribo indígena, há povos que utilizam apenas tangas e cintos. Eles também usam diversos ornamentos corporais, como colares, brincos, pulseiras, cocares, adornos de cabelo, braçadeiras, alargadores labiais etc. Entretanto há índios que se vestem como os brancos, já que atualmente cerca de 36,2% dos indígenas brasileiros vivem nas cidades. A arte indígena engloba objetos como a cerâmica, cestos trançados, máscaras, itens de decoração do corpo como as plumas, braçadeiras e botoques, entre outros diversos itens.
É através do processo aprendizagem desses temas que gera-se a oportunidade de aprender sobre valores culturais, mantendo-nos em contato com diversas práticas culturais. A escola é um lugar relevante para este processo, para a valorização das características culturais de cada grupo estudado, mas nem sempre isso ocorre de maneira efetiva. Segundo Chagas, trata-se de uma questão importante, sobretudo em um país constituído por uma diversidade de grupos bastante significativa, e nem sempre essa diversidade é abordada e explorada em sala de aula, apesar de a escola ser composta igualmente por essa diversidade social e cultural.
Portanto é de grande importância estudar e trabalhar o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas, pois a escola é o local privilegiado para trabalhar temas que permite formar cidadãos conscientes, possibilitando o educando ampliar seu horizonte existencial, cultural e crítico, e que levam os educandos a valorizar as varias culturas, a posicionar-se contra todo tipo de discriminação, como a cultural, social, religiosa, de gênero, de etnia, dentre outras.
REFERÊNCIAS
CHAGAS, Waldeci Ferreira. Formação docente e cultura afro-brasileira. Revista África e Africanidades, Rio de Janeiro, ano I, n.3, nov. 2008. Disponível em: < http://online.unisc.br/seer/index.php/agora/index>
LIMA, Terezinha Bazé de. Relações Étnico-Raciais na educação e Educação Indígena. Dourados, UNIGRAN 2023.
OBS – Todas as atividades deverão ser desenvolvidas com base em elaboração própria (trazendo do Guia Didático e apresentar a referência).

Outros materiais