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WBA0161_v2.0 APRENDIZAGEM EM FOCO DIDÁTICA: PLANEJAMENTO E QUALIDADE 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Angelina Colombo Leitura crítica: Maria Cecília Cerminaro Derisso A disciplina Didática: planejamento e qualidade analisa as relações entre a escola, os bebês e as crianças, os docentes, a equipe escolar, as famílias e a comunidade. Ela tem por foco a prática pedagógica escolar enquanto prática social e educacional. Nesse contexto, discute-se a importância do ato de educar dentro do território escolar dentro da primeira infância, a documentação pedagógica como instrumento primordial para o registro das práticas, a ação pedagógica por meio da reinvenção dos docentes e a qualidade dentro da educação infantil. Assim, proporcionando um planejamento e uma qualidade no ato do processo ensino e aprendizagem, identificando estratégias para executar suas práxis, distinguindo as diferentes formas de organização dos espaços, tempos e interações. Com isso, o objetivo desta disciplina é discutir as concepções do objeto de estudo da Didática, possibilitando ao professor a atuar na educação infantil com embasamento e qualidade, reconhecendo suas práxis pedagógicas com olhar reflexivo e uma observação ativa do processo de aprendizagem com bebês e crianças. Ademais, se reconhece a didática enquanto fundamento para práticas pedagógicas, em que se pode concluir que o território escolar é um espaço de interação e aprendizagem, identificando, assim, a sua importância dentro do cotidiano escolar. INTRODUÇÃO 3 Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! O ato de educar no território da Primeira Infância ______________________________________________________________ Autoria: Angelina Colombo Leitura crítica: Maria Cecília Cerminaro Derisso TEMA 1 5 DIRETO AO PONTO Este tema aborda a importância do território escolar para os bebês e as crianças pequenas, além desse espaço harmonioso em que são criados momentos afetivos, sociais e se contempla a aprendizagem com suas múltiplas linguagens. A escola é um espaço vivo que está sempre em movimento, por meio das interações dos sujeitos, mas, para que isso ocorra, é necessário um planejamento contínuo que contemplem essas crianças como protagonistas na ação. Quando se pensa em território escolar, há várias concepções, muitas delas sem medir a sua dimensão real de existência. A criança que, ao mesmo tempo, está em plena ação do brincar, também está desvendando as suas descobertas e as transformando em aprendizagens com suas novas leituras de mundo. O tema da disciplina busca contemplar tanto a teoria quanto a prática do brincar. O brincar faz parte dessa dimensão valiosa de aprendizagem; é subjetivo aos diferentes contextos sociais, culturais e histórico; e se configura como cultura da infância, assim, pode-se dizer que onde tem criança, tem brincadeira e aprendizagem. Ela é presente na infância, mas permanece e continua sendo reinventada na convivência e nas interações com as pessoas e os territórios, potencializando-o como um espaço de brincar e de convivência entre os bebês e as crianças. Quando bebês e crianças ampliam suas experiências por meio da brincadeira, eles possibilitam a interação entre as diferentes idades, proporcionando uma aprendizagem significativa a partir do concreto, como o conhecimento das regras, ao respeito a si e ao outro. As interações devem ir além do muro da escola, 6 englobando suas famílias e a comunidade escolar, fato que enriquece as parcerias nesse território. A função desses campos de experiências é nortear e apoiar esse planejamento contínuo dos professores, permitindo aos bebês e às crianças experimentações para a construção de suas aprendizagens dentro da Educação Infantil. Figura 1 - Direitos de aprendizagem Fonte: elaborada pela autora. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe os direitos necessários no processo de aprendizagem na primeira infância: • Conviver faz com que bebês e crianças explorem o espaço brincando, dando oportunidade de conhecer o novo por meio das diferentes linguagens. 7 • O brincar vem ao encontro das oportunidades de aprendizagem utilizando a imaginação e a criatividade para a construção do saber, envolvendo suas experiências emocionais e corporais. • O participar é o encontro entre a escuta ativa do professor e a interação das crianças dentro dos ambientes diversificados. • O explorar, nesse contexto, garante as várias possibilidades de construção do conhecimento por meio das brincadeiras em que os bebês, crianças e adultos interagem com o meio. • O expressar garante aos bebês e às crianças a demonstração de suas emoções pelo ato da descoberta do novo e pela exploração de suas escutas, proporcionando a argumentação dentro do processo de aprendizagem. • Conhecer-se permite que as crianças, por meio das brincadeiras, explorem suas vivências e iniciem a construção da sua identidade. A seguir, você conhecerá os campos de experiência propostos da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017). A função dos campos de experiência é nortear e apoiar o planejamento contínuo dos professores, permitindo que bebês e crianças tenham momentos para explorar, pesquisar, imaginar e movimentar dentro da Unidade Escolar. Os campos de experiência devem ser abordados ao longo do ano, sendo norteadores do planejamento pedagógico. Assim, eles devem ser abordados e revisitados durante os ciclos da educação infantil. • O Eu, o outro e o nós: foca na construção da identidade dos bebês e das crianças, possibilitando a construção significativa (ocorre quando bebês e crianças se relacionam aos conhecimentos prévios adquiridos, assim ampliando 8 e atualizando a informação anterior, atribuindo novos significados de conhecimentos) desse processo. As brincadeiras proporcionam experimentação significativas de ações (como a reprodução de ações realizadas por adultos que são representadas pelas crianças, como: brincar de médica, de taxista entre outras), que, muitas vezes, ainda são referências dos adultos, mas isso amplia seus conhecimentos e sua autonomia. • Gesto e movimento: destaca a exploração do espaço com o corpo, por meio de gestos, mímicas, posturas e movimentos; a criança experimenta de várias formas diferentes, como pela música, dança, brincadeiras; dessa forma, ela aprende e aprimora os múltiplos repertórios corporais no ambiente escolar. • Traços, sons, cores e formas: envolvem diretamente tudo que tem no mundo para descobrir, o ato de observar um objeto traz a construção de memórias dentro das diversas linguagens. • Escuta, fala, pensamento e imaginação: é necessário dentro das interações, pois, os sujeitos compartilham a comunicação por meio de brincadeiras, nas rodas de conversa, nas parlendas, entre outros meios. Nesse processo, é necessário que o professor estimule a criança para essa apropriação. • Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações: é um campo que contempla a interação, a exploração e a investigação do mundo. Dentro de um planejamento, o professor deve contemplar as atividades que explorem e que estiguem a investigação em que possam registrar suas descobertas, a partir de desenhos, fotos, vídeos, relatos gravados, sendo assim, capazes de criar suas hipóteses de descobertas e sejam capazes de aperfeiçoar suas ações para a construção de sua identidade. 9 Referências BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2017. SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Educação. Currículo da cidade: Educação Infantil. São Paulo: SME/COPED, 2019. PARA SABER MAIS A formação Continuada dos professores requer o aprimoramento de olhares perante a Educação Infantile um deles é a garantia de qualidade na aprendizagem, respeitando os direitos que estão na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017). Então, é preciso que esse profissional organize seu planejamento com experiências variadas dos ambientes internos, por sua vez, essas atividades devem estimular a curiosidade e imaginação de bebês e crianças. No acolhimento de bebês da faixa etária de 4 meses a 1 ano e 6 meses, deve-se estabelecer ligações entre os cinco sentidos: olfato, paladar, tato, audição e visão, promovendo atividades de exploração. Por sua vez, essas atividades proporcionam o desenvolvimento motor e criarão laços afetivos dentro dessas experiências, como a sensação de provar algo gostoso ou, até mesmo, a repulsa de algumas crianças quando coloca a mão em algo gelatinoso. Essas descobertas criam memórias e elas são interiorizadas e modificadas durante a sua vida. Como professores de Educação Infantil, temos que nos atentar ao fato de que, na fase etária de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses, as crianças são mais perceptivas e com um desenvolvimento motor em pleno vapor. Logo, é necessário que o professor se comunique, oportunizando a criança ao questionamento, permitindo que opine nas ações, por exemplo: sobre quais brincadeiras mais gosta ou o que gostou 10 desta atividade, o que você está observando neste momento etc. Essas indagações dentro das propostas valorizam os momentos de aprendizagem. A observação, a tomada de decisão e a discussão está correlacionada com o estímulo dentro das atividades da escola, portanto, é necessário que o professor realize em grupos, principalmente com as crianças pequenas, atividades desafiadoras como: exploração do jardim e identificar o que foi encontrado nele. As atividades dessa linha promovem a construção do seu “eu” e o reconhecimento do outro, motivando sua autonomia e suas estratégias. Nesse processo, englobar a família é algo fundamental, pois oportuniza a interação de conhecer a proposta da escola e os resultados dos projetos com os bebês e as crianças. Para tanto, deve-se refletir quando abordamos as propostas curriculares na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), essa reflexão conduz a um trabalho pedagógico focado nos campos de experiência, em que direito de aprendizagem será garantido nos diferentes campos de experiência. Referências BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2017. SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Educação. Currículo da cidade: Educação Infantil. São Paulo: SME/COPED, 2019. TEORIA EM PRÁTICA Reflita sobre a importância do brincar e a influência de um planejamento contínuo dentro das práticas pedagógicas e dos espaços da escola, respeitando os direitos de aprendizagem e os campos de experiência da Educação Infantil de acordo com a BNCC. 11 A partir dessa reflexão, pense em uma turma de crianças com a faixa etária de 3 anos em que toda a turminha se dirigiu para o jardim. Algumas crianças estavam olhando para as plantas e viram uma borboleta, nesse momento, as crianças foram ao encontro dela. Uma criança vira e diz: - Prô! De onde veem as borboletas? Como ela é bonita! Você responde que ela é uma lagarta, que vai para o casulo e se transforma em uma borboleta. As crianças olham para a borboleta e nisso toca o sinal para saída. Crie uma atividade a partir dessas informações, pautando-se na Base Nacional Comum Curricular. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Indicações de leitura 12 Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 O trabalho indicado corresponde a uma pesquisa bibliográfica sobre a dimensão ontológica e a potência constitutiva do humano, no argumento de como as Instituições de Educação Infantil devem ser consideradas. No texto, destaca-se a importância do brincar e a necessidade de um olhar comprometido e cuidadoso para a brincadeira, os ambientes e o corpo. COLLA, Rodrigo Avila. O cuidado como dimensão ontológica na educação infantil: sobre corpos, espaços e movimentos na constituição do ser-no-mundo. Pro-Posições, Campinas, v. 31, 2020. Indicação 2 Este trabalho corresponde a uma pesquisa bibliográfica sobre o brincar e a constituição social das crianças na educação infantil. A pesquisa reafirma o brincar e o confronto intercultural em que as crianças constroem seus enredos e combinam elementos das relações dentro do processo. ROCHA, Eloisa Acires C. et al. O brincar e a constituição social das crianças e de suas famílias em um contexto de Educação Infantil. 2015. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015. 13 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. O ato do brincar dá à criança a oportunidade de aprender e construir suas experiências por meio da interação. Para que isso ocorra, é necessário que o professor esteja focado no processo de ensino e aprendizagem, um desses processos é o planejamento contínuo. O planejamento deve ser contínuo e com referência à: a. Metodologia tradicional, em que as atividades são selecionadas pelo professor por meio de projetos com temas fechados e com a duração determinada. b. Base Nacional Comum Curricular, tendo o foco atividades selecionadas pelo professor por meio de projetos com temas fechados e sem a escuta e observação da criança. c. Base Nacional Comum Curricular, construindo atividades a partir dos direitos de aprendizagem das crianças e os campos de experiência. d. Base Nacional Comum Curricular, não lincando atividades, mas um planejamento por meio de projetos com temas fechados. e. Somente na filosofia da instituição em uma linha tradicional de aprendizagem. 14 2. A Base Nacional Comum Curricular propõe que crianças e bebês tenham garantidos os direitos de aprendizagem significativa, sendo eles: a. Conviver, cantar, expressar, participar, brincar e explorar. b. Conviver, brincar, participar, explorar, expressar e dançar. c. Conviver, dançar, cantar, explorar, expressar e conhecer-se. d. Conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. e. Conviver, brincar, interagir, explorar, expressar e conhecer-se. GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: A alternativa correta “Base Nacional Comum Curricular, construindo atividades a partir dos direitos de aprendizagem das crianças e os campos de experiência” está baseado no contexto da BNCC, em que as atividades devem ser construídas respeitando os direitos de aprendizagem e os campos de experiência. Questão 2 - Resposta D Resolução: A alternativa correta é “conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se”, de acordo com o contexto da BNCC. As demais alternativas estão incorretas, pois não se constituem de direitosde aprendizagem e sim de atividades próprias da infância, indo na contramão da proposta da BNCC. Documentação pedagógica: o registro através do olhar e escuta dos bebês e crianças ______________________________________________________________ Autoria: Angelina Colombo Leitura crítica: Maria Cecília Cerminaro Derisso TEMA 2 16 DIRETO AO PONTO Este tema abordará sobre a documentação pedagógica como um instrumento de reflexão no processo de aprendizagem e de desenvolvimento não só de bebês e crianças, como as práxis dos educadores. Figura 1 – Linha do tempo dos registros Fonte: elaborada pela autora. Com o Parecer CNE/CEB nº 20/2009, a educação infantil deixa de assumir um papel assistencialista, esse papel social de cuidar de bebês e crianças de zero a cinco anos passa a considerar os dois termos cuidar e educar, destacando o papel do docente como mediador do processo ensino e aprendizagem, levando em consideração as possibilidades de explorar e compreender as vivências dos bebês e das crianças. Um exemplo dessa mudança é quando, em São Paulo, a creche passa de um espaço assistencialista para um espaço educacional, integrando-se com a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), assim, ela garante o saber pedagógico dentro das práticas educacionais, agregando a produção dos registros. Nesse período, o registro constava ficha de saúde e comportamental, caderno de sala, diário de classe (frequência e registro de atividades) e avaliação de aprendizagem. 17 No decorrer dos anos, a educação infantil passou por valorizações em suas práticas e os documentos começaram a ser reconfigurados como um instrumento com significados dentro do processo pedagógico, tornando-se necessários para o ato de registrar o desenvolvimento dos bebês e das crianças, bem como acompanhar o desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem no contexto da educação infantil. O registro é o ato de planejar e refletir sobre as práticas pedagógicas, por meio das construções das memórias e da reavaliação das práticas pedagógicas. O docente observa, escuta, registra e interpreta as ações dos bebês e das crianças, assim compreendendo suas práticas pela mediação no processo de aprendizagem. Nesse processo, bebês e crianças se tornam protagonistas, sendo um processo ativo construindo memórias de sua infância e aprendizagem. O diário de bordo é um instrumento que possibilita uma visão das interações contemplando o planejamento e os detalhes do processo de aprendizagem, que detalha fatos, questionamentos, descobertas e conquistas das crianças e dos bebês. Os murais e os painéis também fazem parte dos instrumentos de registro expostos em paredes e muros que dão a visibilidade e a comunicação das aprendizagens de bebês e crianças para suas famílias, equipe escolar, supervisores, entre outros. As redes sociais institucionais fazem parte dessa documentação pedagógica, viabilizam de forma diferente o processo de aprendizagem, como vídeos, fotos e relatos, esse instrumento amplia o envolvimento da família, parentes e comunidade escolar. Contudo, são necessárias algumas precauções como preservar bebês e crianças de acordo com as normas do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). 18 Dentro da instituição temos várias outras opções de instrumentos, como portfólio e registro, esse último que mapeia a aprendizagem e relata as memórias construídas por meio das interações de grupo; ele envolve a escuta das crianças por meio de fotos, atividades, mini-histórias e no ato da aprendizagem. O portfólio possibilita a autoavaliação e a autorreflexão das práticas pedagógicas realizadas pelos docentes, propiciando o acompanhamento e a reorganização das práticas, possibilitando novos olhares e novas maneiras de aprendizagens, a fim de compreender o processo evolutivo de aprendizagem dos bebês e das crianças. A Carta de Intenções deve estar fundamentada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), pela legislação educacional em vigor e no Projeto Político Pedagógico da escola. Trata-se de um instrumento de planejamento contínuo, o docente se torna o coautor da narrativa, descrevendo as intenções de desenvolvimento de aprendizagem e ressignificando as práticas, quando necessário, sendo visto como uma construção entre docentes e crianças, um plano flexível. Referências BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2017. BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 16 jul. 1990. BRASIL. Parecer CNE/CEB nº 20/2009. Diário Oficial da União, Brasília, seção 1, 9 dez. 2009. FORNEIRO, Lina Iglesias. A Organização dos Espaços na Educação Infantil. In: ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação infantil. Tradução: Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre: Artmed, 1998. 19 PARA SABER MAIS Temos várias modalidades de registros pedagógicos dentro da documentação pedagógica, são eles: • Registro para o planejamento do trabalho pedagógico que engloba a carta de intenção, o planejamento contínuo e o diário de bordo. • Registro para comunicação do trabalho pedagógico como murais, painéis, paredes e muros, fotos, vídeos e produções infantil, redes sociais institucionais, agenda, caderno de passagem, caderno de observação e registro. • Registro para avaliação das aprendizagens como o relatório de acompanhamento da aprendizagem. • Registro para formação são os registros de reuniões formativas e formação permanente, cartas pedagógicas. Dentro das modalidades de registro temos o planejamento contínuo, que deve criar um diálogo entre docentes, famílias, comunidade escolar. Contudo, como criar esse diálogo? Os movimentos de rodas de conversa com bebês e crianças, reuniões de pais e responsáveis propiciam uma interação com a comunidade, painéis com mini-histórias que contam, de forma lúdica, as atividades do cotidiano escolar, fazendo com que as famílias participem dentro do planejamento contínuo, é primordial que seja um processo reflexivo que permita que todos assumam a responsabilidade pela construção dos significados no processo de aprendizagem. A carta de intenção é um dos primeiros instrumentos que demonstra para a comunidade escolar o planejamento de 20 desenvolvimento da criança, mas é necessário se compreender que o professor é o coautor e os bebês e as crianças são os protagonistas da ação, capazes de compartilhar as intenções pedagógicas, dentro do processo. No momento desse planejamento, os professores deverão levar em consideração a organização dos espaços, tempos, interações, materialidades e narrativas, utilizando a metodologia da escuta e da observação, garantindo a participação de bebês e crianças respeitando os campos de experiências e os direitos de aprendizagem. Referências BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2017. SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Orientação Normativa no 01: avaliação na educação infantil: aprimorando os olhares. São Paulo: SME/DOT, 2014. TEORIA EM PRÁTICA Reflita sobre a documentação pedagógica e a importância da reflexão dos registros no processo escolar e na reorganização da práxis do docente. O processo de escrita da carta de intenção se sustenta nos saberes docentes, escuta e observação de bebês e crianças, esse instrumento indica possibilidades, desejos e flexibilidade. A partir dessa reflexão, como faria a carta de intenção, pensando em alguns elementos como o acolhimento aos bebês durante a primeira semana na instituição e a intencionalidade dos vínculos afetivos. 21 Como explicitar essas intenções pedagógicas dentro da carta de intenção? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezadoaluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 O trabalho indicado corresponde a uma pesquisa bibliográfica sobre o processo da documentação pedagógica na creche, em suas formas e efeitos, considerando as relações entre o adulto e a criança bem pequena. Indicações de leitura 22 PANDINI-SIMIANO, Luciane. A documentação pedagógica como narrativa peculiar na creche. Pro-Prosições, Campinas, v. 29, p. 164- 186, 2018. Indicação 2 Este trabalho de pesquisa analisa como as práticas de registro da documentação pedagógica operam no governamento da infância contemporânea. A partir da seleção de referenciais italianos para Educação Infantil, ao desenvolver um exercício analítico, apresentam-se os fundamentos da documentação pedagógica. HORN, Cláudia Inês; FABRIS, Elí Terezinha Henn. Documentação pedagógica na educação infantil: tecnologia de governamento da infância contemporânea. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, v. 20, n. 2, p. 539–554, 2018. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 23 1. O registro é um instrumento que dá suporte à documentação pedagógica, sendo um relato sobre as memórias de todos os sujeitos envolvidos, assim esse registro permite um entendimento sobre a trajetória individual ou em grupo dos bebês e crianças. Diante desse contexto, pode-se afirmar que: a. O registro é um relato sobre o desenvolvimento dos bebês e das crianças e uma reflexão sobre esse desenvolvimento, possibilitando o docente em reorganizar as suas práticas quando necessário. b. O registro é um dos tipos de suporte à documentação pedagógica, sendo uma espécie de memória institucional, esse instrumento permite uma reflexão sobre o desenvolvimento dos bebês e das crianças e uma autoavaliação para as práticas docente. c. O registro é um documento pedagógico, sendo uma espécie de memória institucional, esse instrumento permite uma reflexão sobre o desenvolvimento de bebês e crianças. d. O registro é um relato sobre uma reflexão sobre o docente e suas práticas pedagógicas. e. Somente na filosofia da instituição, um instrumento de mapeamento das práticas pedagógicas. 2. O portfólio é um dos tipos de registro que possibilita uma visão abrangente do processo de aprendizagem, esse instrumento abre espaço para uma reflexão sobre o desenvolvimento das práxis. Logo, pode-se afirmar que: a. O portfólio em grupo pode ter fotografias, produções de bebês ou crianças, textos, falas, relatos de experiências, enfim, tudo que tiver significado para a turma no momento da aprendizagem. 24 b. O portfólio em grupo pode ter fotografias, produções de bebês ou crianças, relatos de experiências, desde que siga o padrão da instituição escolar. c. O portfólio em grupo pode ter fotografias de bebês e crianças dentro do processo pedagógico, respeitando as normativas da instituição escolar. d. O portfólio em grupo deve ter o olhar do docente em todo o processo, com suas falas, demonstrando os projetos abordados, pode ter fotografias da turma no momento da aprendizagem e relatos do docente. e. O portfólio em grupo deve ter o olhar do coordenador direcionando o processo com o docente, podendo ter fotografias, produções dos bebês ou das crianças, textos, falas, relatos de experiências. GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: A alternativa correta é “O registro é um dos tipos de suporte à documentação pedagógica, sendo uma espécie de memória institucional, esse instrumento permite uma reflexão sobre o desenvolvimento dos bebês e das crianças e uma autoavaliação para as práticas docente”, baseando-se nas Orientações Normativas nº 2, de 2015. As demais alternativas estão incorretas pois vão contra a Normativa e ao Currículo da Cidade – Educação Infantil. Questão 2 - Resposta A Resolução: A alternativa correta é “O portfólio em grupo pode ter fotografias, produções de bebês ou crianças, textos, falas, relatos de experiências, enfim, tudo que tiver significado para a turma no momento da aprendizagem”, baseando-se no 25 contexto da Orientação Normativa nº 2. As demais alternativas estão incorretas, pois vão contra a proposta da Orientação Normativa. A ação pedagógica através da reinvenção dos docentes ______________________________________________________________ Autoria: Angelina Colombo Leitura crítica: Maria Cecília Cerminaro Derisso TEMA 3 27 DIRETO AO PONTO Este tema abordará a reflexão e a reinvenção das práticas docentes, a partir da sua autoavaliação profissional, tendo em foco os bebês e as crianças como protagonistas de sua aprendizagem. Figura 1 – Saberes para reinvenção Fonte: elaborada pela autora. Sabe-se da importância de reinventar e autoavaliar, a partir das práticas pedagógicas, mas, para que isso seja um processo contínuo e de qualidade é necessário se conscientizar do que é um trabalho pedagógico e quais são as ações para esse aprimoramento. 28 Essas ações são estratégias dentro das atividades que devem ser elaboradas dentro de um currículo vivo, com escutas, narrativas e curiosidades dos bebês e crianças na construção da aprendizagem. Essa construção deve ser organizada de forma a possibilitar aos bebês e às crianças uma aprendizagem individual e/ou em grupo. Para que isso ocorra com excelência é necessário planejar, a partir das demandas das rotinas diárias, então, é fundamental que o docente selecione e organize seus tempos, seus espaços com materiais direcionados para a atividade sugerida. Diante disso, bebês e crianças aprendem por meio de diferentes linguagens, vivenciadas pelo corpo, pela mente e emoção. Um planejamento flexível e elaborado de forma acolhedora direciona as descobertas pela exploração dos espaços, dos objetos e, até mesmo, das narrativas dos bebês e crianças, articula e reorganiza o desenvolvimento adquiridos no processo. A aprendizagem vem em partida de um desenvolvimento integral envolvendo dimensões como: motoras, afetivas, cognitivas, linguísticas, éticas, estéticas e socioculturais. A rotina é construída a partir das atividades fixas, como o horário de entrada e saída, o horário das alimentações e higienizações e das atividades livres, como brincar em parques ou na própria sala, pinturas ou musicalização, contação de história, roda de conversa, entre outras. O docente deve construir sua rotina com um olhar para o espaço que será utilizado e se contempla a atividade a ser realizada, a duração (tempo), quais tipos de materiais serão usados e como será a construção dos bebês e/ou das crianças nesse momento de aprendizagem. 29 No momento de execução da atividade, o docente deve respeitar o tempo de cada bebê e criança no processo de aprendizagem, a exploração do meio cria expectativas para as crianças e para os adultos e isso pode atrapalhar o processo? Um exemplo é o desfralde: em muitas escolas, o desfralde é algo realizado assimque a criança completa 2 anos. Logo, deve-se ter muito cuidado nesse processo, pois, cada criança tem o seu tempo e sua maturação, algumas saem antes dos 2 anos e outras depois. Esse processo de desfralde deve ser realizado a partir de um processo de oferta criança, sendo realizado primeiro em casa, em que os familiares darão esse conforto inicial, por sua vez, a escola continua o processo e não ao contrário. Um desfralde sem um olhar afetivo pode ocasionar problemas futuros. Deve-se se atentar que relações são construídas a partir da segurança que proporcionamos ao outro, portanto, os elos afetivos são realizados por meio das vivências realizadas no dia a dia. Outro tópico importantíssimo é quando pensamos em desenvolver a autonomia da criança dentro do território escolar. Nesse sentido, os docentes têm que proporcionar e permitir que seus bebês e crianças explorem, de forma autônoma ou em grupo, os espaços escolares. A partir dessa exploração, ele aprenderão a interagir com o outro e com si mesmo, descobrindo o novo e o diferente tendo a possibilidade de ressignificar essas representações simbólicas, assim desenvolvendo novas linguagens e habilidades no decorrer da sua infância. Referências BRASIL. Resolução CNE/CEB/2010. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC; SEB, 2013. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2017. 30 PARA SABER MAIS A brincadeira constitui uma atividade social, sendo uma produção cultural da sociedade. O brincar se aprende, portanto, o docente deve contribuir para esse desenvolvimento social, afetivo e cognitivo. O brincar designa uma cultura lúdica, que desenvolve nas crianças noções de regras e de significações que permitem a brincadeira. Quando a criança brinca começa a construção de conhecimentos sobre o mundo em que a rodeia, a criança pode brincar individualmente ou em grupo, essas interações manifestam emoções, curiosidades, fortalecendo o vínculo afetivo e social. É necessário que a escola e a equipe docente promovam brincadeiras em que bebês e crianças façam as suas escolhas e manifestem as suas opiniões por meio das múltiplas linguagens, sendo capazes de construir sua autonomia. O planejamento contínuo deve ter a participação ativa dos bebês e das crianças, assim exercendo o pensamento crítico, valorizando o bem-estar coletivo e promovendo as experiências que incluam todos os bebês e as crianças, o que é primordial para um contexto significativo, propiciando aprendizagens significativas. O docente deve explorar atividades desafiadoras para as crianças, pois possibilita a comunicação entre os envolvidos na aprendizagem e a troca de conhecimento entre eles, podendo ressignificar a sua aprendizagem. Bebês e crianças devem conhecer diferentes linguagens e saberes para a ampliação de seu repertório cultural e para sua compreensão de mundo. O currículo deve ser organizado com base nas vivências dos bebês e das crianças, o docente deve orientar esse processo, planejando atividades que favoreçam a articulação dos saberes infantis, assegurando que bebês e crianças tenham experiências de aprendizagem organizadas pelos campos de experiências. 31 Referências BRASIL. Resolução CNE/CEB/2010. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC; SEB, 2013. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2017. TEORIA EM PRÁTICA Reflita sobre a ação pedagógica dentro das práticas pedagógicas. Sabe-se da importância da escuta e da observação das narrativas de bebês e crianças no processo do planejamento contínuo e da rotina. A partir dessa reflexão, como se deve elaborar um planejamento que identifique o espaço como um terceiro formador e valorize as descobertas dos bebês e crianças? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, Indicações de leitura 32 portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 Este estudo indicado aborda uma proposta de educação para bebês, ancorada nos pressupostos de Wallon, para discutir estratégias formativas que mobilizam a reflexão de professores sobre saberes da linguagem movimento na Educação Infantil. GARANHANI, Marynelma Camargo; NADOLNY, Lorena de Fátima. A linguagem movimento na educação de bebês para formação de professores. Educação e Realidade, [s. l.], v. 40, p. 1005-1026, 2015. Indicação 2 O trabalho indicado de pesquisa focaliza a avaliação institucional na Educação Infantil no contexto de um município brasileiro. Nesse estudo, analisa-se os movimentos formativos docentes decorrentes dessa ação avaliativa. VIEIRA, Maria Nilceia de Andrade; CÔCO, Valdete. Educação Infantil e avaliação institucional: percursos e desafios. Roteiro, [s. l.], v. 43, n. esp., p. 209–240, 2018. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 33 Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A escola deve assegurar a oferta de espaços adequados para os bebês e as crianças, quando o docente planeja atividades em espaços de natureza, ele garante que bebês e crianças possam desfrutar desses espaços para exercitar todas as capacidades de relação, como: ficar de pé, correr, pular, conversar, imaginar, entre outras ações. Esses momentos proporcionam efeitos positivos, a partir deste contexto, pode-se afirmar que: a. Esses momentos positivos são a contribuição para o desenvolvimento da criatividade, da interação social, da liberdade e do desenvolvimento corporal. b. Esses momentos positivos são somente para proporcionar o desenvolvimento cognitivo dos bebês e das crianças. c. Esses momentos positivos são direcionadores de uma aprendizagem de forma direta e ativa. d. Esses momentos positivos contribuem para que bebês e crianças percam o medo do novo. e. Esses momentos positivos proporcionam ao docente uma observação no processo das novas descobertas. 2. A rotina da escola deve garantir a oportunidade para bebês e crianças ampliarem seus conhecimentos sobre o mundo, por meio da exploração e da descoberta do novo, bebês e crianças conquistam suas múltiplas linguagens e suas 34 formas de expressar dentro dessas investigações. Pode-se afirmar que: a. Deve-se explorar esses ambientes de forma direcionada com a mediação do docente. b. Deve-se explorar esses ambientes de forma mediadora com atividades prontas. c. Explorar esses ambientes permite que bebês e crianças ampliem seu desenvolvimento corporal, cognitivo, emocional e social. d. Explorar esses ambientes permite que criança ampliem seus conhecimentos por meio da mediação do docente. e. Explorar esses ambientes permite que a criança amplie seus conhecimentos por meio de situações prontaspara investigação. GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: A alternativa correta é “Esses momentos positivos são a contribuição para o desenvolvimento da criatividade, da interação social, da liberdade e do desenvolvimento corporal”, pois, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a escola deve criar condições para que bebês e crianças criem narrativas e criem hipóteses, assim desenvolvendo estratégias de observação sobre o mundo ao seu redor. As demais alternativas estão incorretas, pois vão contra a Base Nacional Comum Curricular. Questão 2 - Resposta C Resolução: A alternativa correta é “Explorar esses ambientes permite que bebês e crianças ampliem seu desenvolvimento 35 corporal, cognitivo, emocional e social”, pois, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a escola deve criar condições para que bebês e crianças criem narrativas e criem hipóteses, desenvolvendo estratégias de observação sobre o mundo ao seu redor, assim, ampliando a sua aprendizagem. A qualidade de atendimento dentro da Educação Infantil ______________________________________________________________ Autoria: Angelina Colombo Leitura crítica: Maria Cecília Cerminaro Derisso TEMA 4 37 DIRETO AO PONTO Este tema decorre sobre o desenvolvimento da garantia da qualidade no atendimento na Educação Infantil. Figura 1 – Linha do tempo Fonte: elaborada pela autora. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996, a educação infantil começa evidenciar uma importância no trabalho pedagógico para bebês e crianças, adquirindo um reconhecimento e uma dimensão sobre o sistema educacional. O art. 29 da LDBEN (BRASIL, 1996) trata da educação infantil como a primeira etapa para a educação básica com oferta em creches até os 03 anos de idade e em pré-escolas de 04 a 05 anos, com a finalidade de um desenvolvimento integral em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais, que afirma o dever do Estado na oferta da educação infantil, pública e gratuita de qualidade. O poder público implanta políticas públicas de Avaliação da Educação Infantil de Qualidade como: Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil (BRASIL, 2006) e o documento dos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil (BRASIL, 2009). 38 O Brasil vem acompanhando as tendências e os acordos internacionais firmados, como a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (CDC), ratificado pelo Brasil, em 1990, mais recentemente a Declaração de Incheon, que deu origem ao objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS 4), aprovada em 2015 no Fórum Mundial de Educação. A agenda da Educação 2030 estabelece uma nova visão para a educação para os próximos 15 anos, dispondo em sua meta 4.2 até 2030, a fim de garantir que todos os meninos e as meninas tenham acesso a um desenvolvimento de qualidade na Primeira Infância, cuidados e educação pré-escolar. Com o surgimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2010), adota-se a concepção da criança como sujeito histórico, que interage e vivencia a experiência com o meio. Nesse contexto, o foco é direcionado para a qualidade do atendimento às crianças na Educação Infantil, considerando bebês e crianças no desenvolvimento educacional e social. Essa preocupação com a qualidade e a reflexão sobre a avaliação do processo têm o objetivo de estabelecer metas e objetivos que garantam uma qualidade de atendimento dos bebês e das crianças. Essa garantia vem ao encontro de valores e conceitos que giram na construção dos seus direitos. Quando abordamos a qualidade na Educação Infantil, deve-se ter um Currículo e um Projeto Político Pedagógico que contemplem as práticas de qualidade, desde infraestrutura, espaços, tempos, materialidade, educação alimentar e educacional. Ao pensar nesse contexto, a participação de todos é primordial, uma ideologia democrática como base uma pedagogia participativa, que traz a criança como protagonista do processo sendo possuidora de uma narrativa. A qualidade começa a partir de uma construção coletiva e participativa dentro do Projeto Político Pedagógico, com 39 as propostas pedagógicas que traduzem a identidade da unidade escolar. É necessário perceber as crianças como parceiras nesse processo de avaliação de qualidade, a criança tem condições para ampliar esse processo por meio das narrativas e das interações dentro das rotinas diárias. A influência dos Indicadores de Qualidade na Unidade escolar faz com que haja uma compreensão da qualidade, como algo positivo para Educação Infantil. No ano 2009 foi elaborada a publicação dos Indicadores de Qualidade na Educação Infantil, a proposta dos Indicadores é avaliar as unidades escolares, a partir da participação de todos envolvidos, criança, famílias, docentes, equipe escolar, comunidade escolar, entre outros. Esta discussão envolve todos sobre a qualidade da educação para orientar e apoiar o trabalho pedagógico e social para esta etapa da Educação Básica. Referências BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2010. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, [1996]. BRASIL. Indicadores da qualidade na educação infantil. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2009. PARA SABER MAIS Como mobilizar a comunidade escolar para os Indicadores de Qualidade? 40 A autoavaliação nas unidades escolares tem uma potência de provocar reflexões e discussões envolvendo toda a comunidade escolar com questões importantes relacionadas a qualidade na Educação Infantil, como a infraestrutura das escolas, a valorização dos docentes, o Currículo e as práticas pedagógicas, a participação das famílias e a relação da escola com o seu território e comunidade. Para que a autoavaliação ocorra de forma satisfatória, é necessário que haja um plano de comunicação que mobilize e informe as comunidades escolares ao seu redor. Esse plano de comunicação deve informar a população sobre qual é a proposta dos Indicadores de qualidade e qual a sua função no processo escolar. É necessário criar um canal permanente de comunicação como blog e rede social que concentre todas as informações sobre o processo de avaliação da Educação Infantil do município. A autoavaliação participativa ganha força e sentido quando há adesão voluntária das unidades escolares, a experiência revela com o tempo e o debate qualificado aprimora o processo. A relação estabelecida entre os órgãos gestores e as unidades escolares com o tempo e a rotina das escolas devem ressaltar a qualidade da Educação Infantil, subsidiando a política da Educação Infantil e o monitoramento dos Planos de Educação e considerando a construção e/ou revisão do Projeto Político Pedagógico. O processo avaliativo gera expectativas do público envolvido, responder as demandas não significa realizar prontamente o que foi solicitado, mas, por meio de um debate participativo e democrático explicitando as possibilidades e elegendo as prioridades, sendo organizado um Plano de ação que terá as sugestões e seus prazos para os problemas levantados. A devolutiva do processo deve ser feita em um evento público com a participação de todos os envolvidos, o seu objetivo é manter a 41 população informada sobre o processo, ampliando a participação dos diferentes atores que atuam com as políticas públicas nos munícipios. Referências BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2010. BRASIL. Indicadores da qualidade na educação infantil. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2009. TEORIA EM PRÁTICA Reflita sobre a qualidade do ensino na Educação Infantil e a influência de uma pedagogia participativa dentro dos Indicadores de qualidade. Sabe-se da importância de uma educação de qualidade e o que proporciona para odesenvolvimento psicológico, social e cognitivo dos bebês e das crianças, a participação ativa no processo de autoavaliação faz com que aprimore esse território escolar. A partir dessa reflexão, como se deve direcionar os Indicadores de Qualidade como um instrumento de autoavaliação positiva e participativa em que não haja comparações de unidades escolares? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log Indicações de leitura 42 in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Indicação 1 O estudo indicado compara os diferentes percursos seguidos pelo debate e pelas políticas de avaliação da qualidade da Educação Infantil e das demais etapas educacionais, mostrando como essa evolução apresentou traços muito distintos. A autora aponta, porém, que essa tendência parece estar mudando recentemente, com a crescente pressão pela introdução de sistemas externos de avaliação de resultados nas redes de Educação Infantil, seguindo modelos já implantados nos outros níveis de ensino. MALTA, Maria. Entre as políticas de qualidade e a qualidade na prática. Caderno de Pesquisa, [s. l.], v. 43, n. 148, p. 23-42, mar. 2013. Indicação 2 Este trabalho de pesquisa elucida como os temas de avaliação e gestão da educação infantil tratados na literatura nacional evidenciam ainda serem escassas pesquisas que analisem propostas direcionadas à 43 avaliação deste segmento da educação básica e, tampouco, a interface entre esse tema e a gestão educacional. Essa constatação motivou o estudo que se voltou a identificar produções acadêmicas que tomaram como objetos de investigação os temas gestão e/ou avaliação da educação infantil, cujas contribuições apoiam análises de propostas de municipalidades direcionadas à avaliação deste segmento da educação básica, cujos resultados são tratados no presente artigo. Em conclusão, exploram-se potencialidades e limites dessas iniciativas, as quais trazem pistas para apoiar a construção de avaliações potencialmente capazes de servir a um projeto educacional que dê materialidade ao direito à educação de qualidade às crianças pequenas. SOUZA, Sandra Zákia; PIMENTA, Cláudia Oliveira. Avaliação e Gestão da Educação Infantil em Municípios Brasileiros. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 43, n. 4, p. 1277-1300, 2018. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Na autoavaliação como processo permanente, os canais de comunicação são fluxos de informações importantes para que 44 haja o fortalecimento da gestão democrática. A partir desse contexto, pode-se afirmar que: a. É necessário articular a avaliação, o planejamento e a gestão democrática por meio dos canais de comunicação que permite a alimentação do processo de apreciação e dos planos de ação entre comunidade, gestão e unidade escolar. b. É necessário articular a avaliação, o planejamento e a gestão direcionada nas ações por meio dos canais de comunicação que permite a alimentação do processo de apreciação e dos planos de ação entre os gestores e a unidade escolar. c. É necessário articular a avaliação, de forma que a comunicação seja um processo de apreciação dos gestores escolares. d. É necessário articular a avaliação, o planejamento e a gestão democrática de forma presencial, em que o plano de ação seja realizado somente com a participação dos gestores. e. É necessário articular a avaliação, o planejamento e a gestão democrática por meio dos canais de comunicação que permita um processo direcionado pelo gestor. 2. Os Indicadores de Qualidade na Educação Infantil nos processos participativos das políticas públicas educacionais fortalecem uma concepção de avaliação participativa nas unidades escolares. Pode-se afirmar que: a. Exercer uma ação direcionada em educação para que as demandas provenientes das comunidades escolares impactem efetivamente as políticas públicas educacionais. b. Exercer a gestão direcionada em educação para que as demandas provenientes das comunidades escolares impactem efetivamente as políticas públicas educacionais. c. Exercer a gestão democrática em educação para que as demandas provenientes das comunidades escolares impactem efetivamente as políticas públicas educacionais. 45 d. Exercer uma ação equivocada em educação para que as demandas provenientes das comunidades escolares impactem efetivamente as políticas públicas educacionais. e. Exercer a gestão democrática em educação para que as demandas provenientes das comunidades escolares sejam direcionadas às políticas públicas educacionais. GABARITO Questão 1 - Resposta A Resolução: A alternativa correta é “É necessário articular a avaliação, o planejamento e a gestão democrática por meio dos canais de comunicação que permite a alimentação do processo de apreciação e dos planos de ação entre comunidade, gestão e unidade escolar”, baseando-se nos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil. Contudo, as demais alternativas estão incorretas, pois, a participação dos canais de comunicação dentro processo é primordial para a alimentação do processo do Plano de ação com a participação de todos os envolvidos, conforme os Indicadores de Qualidade da Educação Infantil. Questão 2 - Resposta C Resolução: A alternativa correta é “Exercer a gestão democrática em educação para que as demandas provenientes das comunidades escolares impactem efetivamente as políticas públicas educacionais”, baseando- se nos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil. Entretanto, as demais alternativas estão incorretas, pois não afirmam a importância da gestão democrática no processo das demandas provenientes das comunidades escolares, sendo direcionadas para as políticas públicas educacionais. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 3 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 4 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Quiz Gabarito Inicio 2: Botão TEMA 4: Botão TEMA 1: Botão TEMA 2: Botão TEMA 3: Botão TEMA 9: Inicio :
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