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Centro Universitário Leonardo Da Vinci Educacional Leonardo Da Vinci GABRIELA CAMPOS GOULART (PED 2381) PROJETO DE ESTÁGIO I – EDUCAÇÃO INFANTIL TUBARÃO/SC 2020 SUMÁRIO 1 PARTE I: PESQUISA ...................................................................................... 03 1.1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: METODOLOGIAS DE ENSINO ................... 03 1.2 OBJETIVOS .................................................................................................. 05 1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 06 1.3.1 A ETAPA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR................................................................................................06 1.3.2 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA EDUCAÇÃO BÁSICA...................................06 1.3.3 DIREITOS DE APRENDIZAGEM E O DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL...................................................................................07 1.3.4 OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS................................................................08 1.3.5 OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL...................................................................09 1.3.6 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DIDÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL - FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.........10 1.3.7 CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO E PRINCÍPIOS NORTEADORES............10 1.3.8 COMPONENTES DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO....................................11 1.3.9 O QUÊ E COMO AVALIAR?..........................................................................12 1.3.10 O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E DO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS............13 1.3.11 COMO A AVALIAÇÃO PODE FAVORECER A ARTICULAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO INFANTIL E O ENSINO FUNDAMENTAL?.........13 2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DO ESTÁGIO ................................................. 14 2.1 METODOLOGIA ........................................................................................... 14 2.2 CRONOGRAMA............................................................................................ 15 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 16 APÊNDICES ....................................................................................................... 17 1 PARTE I: PESQUISA 1.1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: METODOLOGIA DE ENSINO Metodologia é o estudo dos métodos e dos processos utilizados para o estudo ou apresentação de um determinado assunto, e vem de encontro à preocupação com o objetivo que se pretende alcançar e nas tomadas de decisões, sendo de fundamental importância para que possamos refletir acerca de quais caminhos seguiremos, ou seja, qual metodologia utilizaremos. Na educação os métodos tem uma função muito importante e é indiscutível a importância da escolha de um método para a prática de ensino em todas as fases pois é a partir do desenvolvimento infantil que pomos em prática o método de aprendizagem. Algumas escolas acabam escolhendo mais de um método de ensino ao mesmo tempo e o ideal é analisar se as propostas se adequam a personalidade e a forma de desenvolvimento de cada criança. No Brasil são utilizadas várias metodologias, mas as mais utilizadas são: o método Montessoriano (caracterizado por uma ênfase na autonomia, liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas da criança), o tradicional (aonde o professor é o sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, repassando seu conhecimento aos alunos, normalmente por meio de aula teórica), o construtivismo ( aonde o aluno é o sujeito ativo no processo de ensino- - aprendizagem, e o professor age como um agente facilitador no processo que orienta o aluno a buscar e gerar seus próprios conhecimentos) e o Sociointeracionismo (teoria de aprendizagem com o foco na interação e aonde a aprendizagem acontece em contextos históricos, sociais e culturais). É importante destacar que é na Educação Infantil o início da relação entre indivíduo e sociedade, e onde se dá a inserção da criança em um ambiente novo e formal. Desta forma, percebe-se que a infância e o atendimento a ela, veem passando por mudanças e desta forma as práticas educativas desenvolvidas devem acompanhar o mesmo ritmo de mudança que é exigido pela nova sociedade. Assim, se considerarmos a Educação Infantil como sendo a base dos conhecimentos da criança, é indiscutível e essencial o desenvolvimento das etapas, que visão na vida destas crianças faz-se necessário uma abordagem sobre a importância de uma boa prática pedagógica e um bom desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, considerando que ambos funcionam como elo principal da aprendizagem, saber qual método de ensino na sala de aula. O estágio constitui-se de dilemas, desafios e possibilidades nos fazendo refletir e compreender o significado da docência; caracterizando-se como um fio condutor na construção da identidade profissional, e, por meio dele, conseguimos ampliar nossos olhares, sensíveis e observadores, compreendendo a criança como ser histórico e cultural como sujeito de direitos, uma cidadã que está inserida em uma sociedade e deve ser respeitada desde a sua mais tenra idade. O Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil possibilita compreender a criança como sujeito de direitos, protagonista de seu processo de desenvolvimento e aprendizagem sendo possível por meio de estudos, reflexões e vivências nos campos de estágio fazer uma trajetória fundamental em nossa formação com a dissociabilidade entre teoria e prática, concebendo a docência como um objeto permanente de investigação. O estágio contribui para uma formação crítica, reflexiva, possibilitando ao discente tomar consciência da importância social do seu papel de educador, e assim proporcionar a busca de novos saberes, num processo contínuo de investigação, e, desta forma, estimular a curiosidade, a exploração, o questionamento em relação ao mundo físico, social e a natureza, proporcionamos a interação das crianças com diversificadas manifestações: artes plásticas e gráficas, fotografia, poesia, literatura e diferentes brincadeiras; promover a articulação da família nas ações desenvolvidas com as crianças; viabilizamos a interação e o conhecimento das manifestações e tradições culturais brasileiras. TEMA: A AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO INFANTIL A escolha do tema deste projeto se deu a partir de pesquisas realizadas sobre o seguinte tema: A avaliação no processo de alfabetização infantil e suas contribuições no processo ensino-aprendizagem, onde buscou- se fatores determinantes num processo de vivência, bem como a criação de estratégias avaliativas como meio facilitador deste processo de formação do aluno. E ainda vale ressaltar, o intuito de se analisar a avaliação no processo de alfabetização infantil levou em conta fatores externos que dificultam o desenvolvimento da criança e que acabam gerando por muitas vezes desinteresse por parte da escola e do educando, em virtude de metodologias descontextualizadas envolvidas, contribuindo para a possibilidade e o fracasso na alfabetização. Este artigo foi escolhido por interessar particulares e curiosidade sobre este fascinante mundo da Educação Infantil, e contribuir de forma positiva não só para área pedagógica, mas para a vida acadêmica. 1.2 OBJETIVOS Para a elaboração deste projeto, objetivou-se trabalhar os seguintes Campos de Experiências:(O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Escuta, fala, pensamento e imaginação, Traços, sons, cores e formas), dentro do tema IDENTIDADE E AUTONOMIA (Tudo sobre mim). O presente projeto tem como área de concentração, a importância do lúdico no processo de aprendizagem, a identidade e autonomia do educando. Foi escolhido este tema, pois o brincar é a principal atividade da criança, e, por meio dela a criança interage com o mundo, com os outros e consigo mesma. O aprendizado por meio de ações lúdicas proporciona a produção do saber, auxiliando na formação de indivíduos mais críticos e participativos dentro de seu dia a dia. Este projeto tem por objetivos: • Reconhecer a criança como um ser social e histórico; • Criar meios de aquisição de conhecimento de si mesmo e do mundo que a rodeia; • Possibilitar à criança a construção plena de sua identidade; • Identificar igualdades e diferenças mediante as interações estabelecidas; • Incentivar a criança a se relacionar com outras pessoas, sentindo-se segura e construindo sua identidade e autonomia. 1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.3.1 A Etapa da Educação Infantil: Base Nacional Comum Curricular A “pré-escola” até a década de 1980 tinha o entendimento de que a Educação Infantil era uma etapa anterior e considerada fora da educação formal. Mas com o advento da Constituição Federal de 1988, o atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a 6 anos de idade tornou-se dever do Estado. Depois disso, com a promulgação da LDB, em 1996, a Educação Infantil passa a ser parte integrante da Educação Básica e foi então que a partir da modificação introduzida na LDB em 2006, que antecipou o acesso ao Ensino Fundamental para os 6 anos de idade, aonde a Educação Infantil passa a atender a faixa etária de zero a 5 anos, passando a ser obrigatória para as crianças de 4 e 5 anos, que determina a obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos 17 anos. Essa obrigatoriedade é incluída na LDB a partir de 2013, consagrando plenamente a obrigatoriedade de matrícula de todas as crianças de 4 e 5 anos em instituições de Educação Infantil, dando mais um importante passo é dado nesse processo histórico de sua integração ao conjunto da Educação Básica. 1.3.2 A Educação Infantil na Educação Básica A Educação Infantil como sendo primeira etapa da Educação Básica, é o início e o fundamento do processo educacional, tendo como concepção o educar e o cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo. Sendo assim, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e no contexto de sua comunidade, vêm com o objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar a educação familiar como a socialização, a autonomia e a comunicação. Nessa direção, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de Educação Infantil e a família são essenciais. As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009)27, definem a criança como sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009). 1.3.3 Direitos de aprendizagem e o desenvolvimento na educação infantil Elencando como direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil: conviver com outras crianças e adultos, utilizar diferentes linguagens, ampliar o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas; brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, ampliar e diversificar seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais; participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana; explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliar seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia; expressar como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens; conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. Cabe ao educador refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto das práticas e interações, garantindo a pluralidade de situações que promovam o desenvolvimento pleno das crianças, acompanhando tanto essas práticas quanto as aprendizagens das crianças, realizando a observação da trajetória de cada criança e de todo o grupo – suas conquistas, avanços, possibilidades e aprendizagens, por meio de diversos registros, feitos em diferentes momentos tanto pelos professores quanto pelas crianças (como relatórios, portfólios, fotografias, desenhos e textos). 1.3.4 Os campos de experiências É na Educação Infantil que as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças têm como eixos estruturantes as interações e a brincadeira, assegurando-lhes os direitos de conviver, brincar, expressar-se e conhecer-se. Assim, a organização curricular da Educação Infantil na BNCC está estruturada em cinco campos de experiências, e se baseiam no que dispõem as DCNEI em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser propiciados às crianças e associados às experiências dos educandos. Os campos de experiências em que se organiza a BNCC são: O eu, o outro e o nós – É na interação com outras pessoas que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Desta forma, vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e sociais. Corpo, gestos e movimentos – As crianças desde muito cedo, exploram o espaço aonde vivem e estabelecem relações, expressando-se, brincando e produzindo conhecimentos sobre si, sobre o outro. Desta forma, por meio das diferentes linguagens, se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. É na Educação Infantil, que o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Traços, sons, cores e formas – No cotidiano da instituição escolar, conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, possibilita às crianças vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais, a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Estas experiências contribuem para que as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca, permitindo que se apropriem e reconfigurem,permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas. Escuta, fala, pensamento e imaginação - As crianças participam desde o nascimento de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem e progressivamente elas vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da língua materna. É importante promover na Educação Infantil, experiências para que as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações – A Educação Infantil precisa promover experiências para que as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Desta forma, a instituição escolar deve criar oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano. A criança observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no confinamento dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo. 1.3.5 Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para a educação infantil As aprendizagens essenciais na Educação Infantil compreendem comportamentos, habilidades, conhecimentos e vivências que promovem aprendizagem e desenvolvimento nos diversos campos de experiências, e procuram sempre tomar as interações e a brincadeira como eixos estruturantes, constituindo objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. As especificidades dos diferentes grupos etários existentes na etapa da Educação Infantil, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento estão sequencialmente organizados em três grupos por faixa etária e correspondem às possibilidades de aprendizagem e às características do desenvolvimento das crianças, todavia, esses grupos não podem ser considerados de forma rígida, já que há diferenças de ritmo na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças que precisam ser consideradas na prática pedagógica. CRECHE PRÉ-ESCOLA Bebês (zero a 1 ano e 6 meses) Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses) 1.3.6 Fundamentos da Educação Didática da Educação Infantil - Fundamentos da Avaliação da Aprendizagem A avaliação faz parte do processo educativo que articulada ao planejamento constitui-se em um importante instrumento de análise do trabalho pedagógico nas instituições tendo a importante função de diagnosticar e apontar rumos para a prática, sendo assim refletiremos sobre concepções, funções e princípios norteadores da avaliação na Educação Infantil, o papel dos diferentes sujeitos que participam dos processos de avaliação e suas interlocuções com a família. 1.3.7 Concepções de avaliação e princípios norteadores A avaliação é uma prática social, aonde o ser humano avalia tudo a todo instante. Se pararmos para analisar nosso dia-a-dia, nas coisas que julgamos boas ou más, necessárias ou supérfluas, importantes ou secundárias, naturais ou artificiais, constataremos que ao fazermos nossas escolhas, estamos, de certa forma, verificando, selecionando, analisando e decidindo o que é bom para nós em determinados momentos estamos fazendo uma avaliação. Na prática pedagógica, o conjunto dessas ações resulta no processo de avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento das crianças e o uso de uma dessas ações isoladamente pode minimizar a ação educativa, impedindo sua transformação em prática refletida, intencional e comprometida com os sujeitos que aprendem e ensinam. Sendo assim, significa que somente podemos considerar que estamos avaliando nossas crianças quando selecionamos criteriosamente os aspectos a serem avaliados, verificando se as estratégias que escolhemos para avaliá-las são as mais adequadas para obtermos elementos que nos possibilitem comparar avanços, analisar as intervenções que fizemos e definir o que é necessário para impulsionarmos a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. Avaliar é um dos grandes dilemas que vivem os professores, pois, historicamente, a escola carrega denúncias sobre o uso indevido que faz da avaliação, aonde em nossa memória educativa nos remete a uma escola que utilizou, e ainda utiliza instrumentos de medida que serviram, e ainda servem, para o exercício da classificação, seleção e punição em nome da avaliação escolar. 1.3.8 Componentes do processo de avaliação A avaliação é uma atividade que envolve todos os atores que fazem parte dos processos de desenvolvimento e aprendizagem das crianças: sejam os professores, as próprias crianças, os pais e os demais profissionais da instituição. E a partir dos princípios norteadores, a integração entre estes atores é fundamental para a realização de uma avaliação acolhedora e inclusiva, pois algumas questões acerca do desenvolvimento e da aprendizagem das crianças podem ser pensadas coletivamente e orientar a ação dos envolvidos nas creches, pré-escolas e escolas onde funcionam turmas de Educação Infantil. Podemos transformar o ato de avaliar num processo constante de ação-reflexão-ação e assim orientar a tomada de consciência dos envolvidos, permitindo ao professor desenvolver a capacidade de observação e de registro dos avanços das crianças, bem como refletir sobre as alternativas e estratégias para as intervenções necessárias e, ainda, ampliar a capacidade de reflexão sobre seu fazer e sua formação; à instituição: analisar e reorganizar sua estrutura e seu funcionamento em função das demandas das crianças, dos pais e dos professores, aprimorando continuamente sua proposta pedagógica; aos pais: acompanharem o desenvolvimento de seus filhos, compartilhando com a instituição e com os professores os progressos e/ou necessidades das crianças, bem como participarem das propostas da instituição, buscando soluções conjuntas. Ao considerarmos todos esses aspectos, estaremos privilegiando a avaliação em sua dimensão pedagógica, o que implica pensar que, ao avaliar a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças, todos os atores do processo estão, também, se avaliando e sendo avaliados, pois este caráter de reciprocidade da avaliação que nos obriga a pensar o quanto é importante à interação entre esses sujeitos e através de ações sistematizadas e integradas, possamos realizar a avaliação numa dimensão pedagógica, que promova na criança uma autoimagem positiva, pois valoriza suas atividades na instituição, sua convivência com os grupos de colegas e seus saberes. 1.3.9 O quê e como avaliar É preciso pensar que em função da complexidade dos processos de ensinar e aprender, não é possível estabelecer ações predeterminadas de avaliação das crianças, relacionadas em uma listagem de comportamentos e de aprendizagens, pois isso é impossível, uma vez que na Educação Infantil a observação do desenvolvimento cotidiano da criança é o principal instrumento de avaliação e deve ser sustentada por conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil e orientada por metas e objetivos claros, definidos na proposta pedagógica da instituição e concretizados na prática educativa do professor, sendo importante ressaltar queesses objetivos devem, necessariamente, levar em conta todos os aspectos do desenvolvimento da criança. Além da observação, o registro é, também, um grande instrumento no processo de avaliação das crianças, dos professores, de seu trabalho e da instituição, podendo acontecer através de diferentes instrumentos, como, por exemplo: fotografias, portfólios, relatórios diários e gerais, desenhos, avaliação do dia pelas crianças, dentre outros. O importante é pensar no significado dos registros e como eles podem apontar caminhos para melhor conhecer e acompanhar o desenvolvimento das crianças e servem como um importante documento da história/processo do trabalho e do desenvolvimento da criança. 1.3.10 O papel da família no processo de avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento das crianças Os pais são fundamentais no processo institucional de avaliação e de acompanhamento das crianças, pois o desenvolvimento da criança está relacionado tanto com as suas condições biológicas quanto com as condições proporcionadas pelo contexto social e cultural em que ela vive. Assim, são com os pais e demais integrantes da família, que ela vai interagir, iniciando seu processo de socialização e construindo suas primeiras representações sobre o mundo, pois a família constitui-se, assim, na primeira fonte de informações sobre o mundo e referência de socialização. Ao receber a criança, a instituição educativa deve ter consciência de que ela já traz consigo uma história de experiências e de aprendizagens e determinado ritmo de desenvolvimento, assim, precisa coletar o máximo possível de informações sobre esses processos, para dar continuidade a eles, respeitando as experiências já vividas e constituindo parâmetros a partir dos quais possa analisar e acompanhar o processo de desenvolvimento das crianças. 1.3.11 Como a avaliação pode favorecer a articulação entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental? É muito importante pensarmos no papel relevante que cumprem as instituições que oferecem educação e cuidado às crianças de 0 a 5 anos nesse contexto social em que novas configurações da família e da infância estão sendo construídas, pois lembremos que a valorização da Educação Infantil, através de sua inserção na Educação Básica, está se efetivando de forma rápida, inclusive no âmbito da produção de um novo olhar sobre a infância, aumentando nossa responsabilidade e nos impulsiona a desenvolvermos práticas pedagógicas coerentes com as concepções de infância e aprendizagem que defendemos. Isto tem influência direta sobre as práticas de avaliação, pois estas revelam, o projeto educativo do professor e da instituição que tem por objetivo as práticas da avaliação que possam contribuir para que a Educação Infantil de qualidade se efetive como direito das crianças e das famílias, reforçando a ideia de que não basta que a instituição de Educação Infantil assuma que é preciso ter uma proposta pedagógica e valorizar a avaliação como componente essencial dessa proposta, sendo preciso compreender o importante papel que temos de garantir no Ensino Fundamental: a continuidade do propósito educativo que perseguimos na Educação Infantil. 2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO 2.1 METODOLOGIA Em virtude da pandemia em esfera global da COVID-19( Coronavírus ), que impossibilitou que o Estágio acontecesse de forma presencial, o Centro Universitário Leonardo Da Vinci( UNIASSELVI ), buscou uma alternativa e de maneira virtual introduziu uma nova metodologia para que as acadêmicas pudessem desenvolver de forma inovadora e satisfatória sua cadeira pedagógica: o Estágio Curricular Obrigatório I em Educação Infantil. A elaboração deste projeto baseou-se dentro do projeto da atividade de extensão (produto virtual – vídeo aula), que constituem ferramentas (ambientes) de troca, de reelaboração, renovação e de desenvolvimento de materiais de qualidade com vistas ao aprimoramento da prática pedagógica, substituindo a prática presencial do estágio e sendo elaborado de acordo com o tema do estágio (Alfabetização e Letramento em Tempos de Ensino à Distância) proposto pela tutora do curso, seguindo suas orientações. O estágio Supervisionado em Educação Infantil dá ao discente uma visão da realidade da sala de aula em diferentes situações e a real situação de trabalho em uma unidade escolar do sistema de ensino proporcionando uma ação reflexiva, contribuindo para a formação profissional do professor, estabelecendo a mediação entre a teoria e a prática. 2.2 CRONOGRAMA ETAPA AÇÃO A SER REALIZADA DATA PARA POSTAGEM (Flex) ou ENTREGA (Semipresencial) Etapa 1 Escrita do Projeto de Estágio. 19/02/2020 à 28/02/2020 Etapa 2 Observação virtual e preenchimento do Roteiro de Observação Postar/Entregar o Roteiro de Observação Virtual. 22/05/2020 Etapa 3 Escrita do Paper de Estágio e elaboração do projeto de extensão de acordo com o Programa de Extensão escolhido. Postagem do produto virtual. 19/02/2020 à 28/06/2020 Etapa 4 Realização da Socialização de Estágio. 24/06/2020 à 01/07/2020 REFERÊNCIAS ANJOS, Cleriston Izidro dos. Estágio na Licenciatura em Pedagogia: Arte na Educação Infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1978. BARBOSA, Maria Carmem Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC. 2017. Disponívelem:<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_sit e.pdf > Acesso 20 janeiro 2020. BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educacional. Lei 9394/96 BRASIL. Decreto. ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº8069, de 13/07/90. Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, Niterói, 2001. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Política Nacional de Educação Infantil. Brasília, 1994 a. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília, 1998. BRASIL. Ministério da Educação. CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Brasília, 2006. CALVINO, Ítalo. Palomar. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. GALEANO, Eduardo. Bocas do tempo. Porto Alegre: L&PM, 2004. p. 236. HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1993. HOFFMANN, Jussara. Avaliação na pré-escola. Porto Alegre: Mediação, 2002. MEIRELLES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990. RODRIGUES, N. Fundamentos da organização do tempo e do espaço nas escolas. In: Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Tempo escolar: hora de refletir, planejar e construir a escola Sagarana. Belo Horizonte: Gráfica Lê, 1999 APÊNDICES ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO VIRTUAL Curso: Pedagogia Turma: 2381 Disciplina: Estágio Curricular Obrigatório I – Educação Infantil Semestre: 5º Tutor Externo: Rejane Constantino Barreto Machado Acadêmico: Gabriela Campos Goulart INFORMAÇÕES DA INSTITUIÇÃO CONCEDENTE O Estágio Supervisionado em Educação Infantil, foi realizado no CEI Girassol, localizada na Rua José dos Santos Passos, nº 3363, Bairro São Martinho, da cidade de Tubarão, Santa Catarina. O estágio Supervisionado em Educação Infantil dá ao futuro professor uma visão da realidade da sala de aula em diferentes situaçõese a real situação de trabalho em uma unidade escolar do sistema de ensino proporcionando uma ação reflexiva, contribuindo para a formação profissional do professor, estabelecendo a mediação entre a teoria e a prática. O Centro de Educação Infantil Girassol, junto à comunidade, sentiu a necessidade de construir um projeto Político Pedagógico (P.P.P.) que ultrapassasse o mero agrupamento de planos de ensino, planejamento anual atividades diversas ou atender à Resolução ou simplesmente para uma exigência burocrática, mas, fundamentalmente, para compreender e qualificar melhor sua prática pedagógica. O CEI Girassol foi fundado em 1979 pelo Padre Ângelo Bussolo com a finalidade de suprir as necessidades das mães que trabalhavam no comércio, nas fábricas, indústrias, etc., pois a situação econômica de cada família não dava para pagar uma empregada doméstica ou uma babá. O objetivo era o assistencialismo e qualquer pessoa podia trabalhar nas creches. Havia 4 funcionários: 3 professores e 1 merendeira. A população foi aumentando e houve a necessidade de novos espaços adequados à realidade dessa instituição e comunidade. Como a prefeitura não conseguiu construir uma instituição própria alugou um espaço para que atendesse a demanda de crianças. Em 1994 mudaram para um espaço maior, onde residem até hoje. Há alguns anos observa-se procura considerável dos pais por uma vaga na escola. Sendo que hoje a escola possui 27 funcionários e atende 70 alunos distribuídos em 6 turmas. Nome da Instituição Concedente: CEI Girassol Localização: Rua José dos Santos Passos, 3363,São Martinho, Tubarão/SC Quantidade de estudantes: 70 Área de Atuação: Educação Infantil Turno de atendimento: Integral Quadro de funcionários: 27 Experiência e Formação: Docentes graduados e pós-graduados. IDEB da Instituição: Não informado IDEB da cidade: 6,1 Estrutura da escola: Casa alugada, ampla e bem estruturada, adaptada para atender às necessidades da clientela, com espaço para atendimento aos pais, salas de aula, sala dos professores, áreas de lazer. Proposta Pedagógica: Desenvolver a criança em todos os aspectos: cognitivo, afetivo, psicomotor, emocional, tornando-a um ser crítico, ativo e participativo perante a sociedade, pautadas nas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). JUSTIFICATIVA Tendo em vista o cenário de isolamento social que estamos vivenciando e visando diminuir os riscos de contágio pelo Novo Coronavírus (COVID-19), implicando com a suspensão temporária das atividades presenciais nas escolas, os docentes e discentes vêm sendo desafiados a se reinventarem tanto nas suas estratégias quanto em suas metodologias, buscando utilizar recursos diferenciados, já há muito tempo utilizados pela modalidade de educação à distância de modo a elaborar conteúdos e atividades que possam ser realizadas pelos estudantes em casa. Este cenário exige tanto do professor quanto dos alunos o desenvolvimento de novas habilidades, como por exemplo: produção e gravação de vídeos, apresentação de “lives”, elaboração de “podcasts”, entre outras. Sendo assim, este projeto teve sua elaboração levando em consideração os novos materiais de orientação passada pela instituição de ensino, para que se pudesse produzir materiais pedagógicos da Educação Básica com o qual se pretende trabalhar. Foi utilizado também na elaboração deste projeto a contemplação das diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no atendimento dos direitos de aprendizagem a partir dos eixos estruturais e do componente curricular previsto para os segmentos da Educação Infantil (Interações e Brincadeiras). Neste contexto, coube-me a elaboração de um PROJETO DE ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL em tempos de pandemia, um Roteiro de Observação Virtual, a elaboração de um slide explicativo, vídeo aula com duração máxima de cinco minutos, direcionada também aos professores da Educação Básica e relacionada ao tema escolhido da área de concentração do curso, de acordo com o Estágio Curricular Obrigatório, além ainda de um Paper de Estágio Supervisionado na Educação Infantil. MATERIAIS SOBRE A TEMÁTICA ESCOLHIDA Temática: Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil. Área de Concentração: A avaliação no processo de alfabetização infantil Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Educação Infantil. Formação Acadêmica. Nome do Programa de Extensão: Metodologia e Estratégia de ensino Aprendizagem Nome do Projeto de Extensão: Alfabetização e Letramento em Tempos de Educação à Distância. Produto Virtual: Vídeo aula. MATERIAIS ENCONTRADOS PARA A CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE EXTENSÃO Livros E-books Imagens Vídeos Artigos Sites
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