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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 
 
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 SHAPE \* MER|} 
Faculdade de Minas 
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Sumário 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 
Quais os objetivos da avaliação? ................................................................. 5 
Avaliação quantitativa x avaliação qualitativa. ................................................. 9 
A autonomia dos educandos no processo ensino aprendizagem .............. 12 
Concluindo Avaliação .................................................................................... 14 
A avaliação que se faz necessária ................................................................ 16 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ............................................................. 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
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INTRODUÇÃO 
 
 Os processos avaliativos ocupam um papel importante no universo das 
práticas pedagógicas justapostas as metodologias de ensino e aprendizagem. Tal 
importância pode ser verificada em todos os níveis e modalidades de ensino, porém, 
é no ensino superior que a avaliação assume uma criticidade mais efetiva. As 
exigências feitas ao discente acerca de seu grau de aprendizado passam a ser mais 
intensas e elevadas. Espera-se do futuro profissional não apenas o conhecimento 
técnico de sua área, mas também uma formação cultural, moral, política e social, 
que faça dele um cidadão apto a exercer eticamente sua profissão. 
Logo, a mensuração de conhecimentos na academia não pode ser resumida 
à mecânica da atribuição de conceitos protocolados e estatísticos, mas sim no fato 
de avaliação está voltada a formação tanto do professor quanto do aluno. Sendo 
assim, as avaliações devem fornecer instrumentos indispensáveis à comprovação 
do real aprendizado concretizado pelo estudante através da leitura e de 
metodologias que advém na qualidade da formação discente. 
Desta mesma forma, deve municiar o docente de informações que 
direcionem seu esforço na busca de alcançar a melhor abordagem pedagógica e o 
mais conexo método didático, adequados ao conteúdo disciplinar e à conjuntura 
político, sociocultural na qual os atores deste processo, docentes e discentes, estão 
inseridos. Neste ínterim, destacamos alguns objetivos e definições acerca da 
avaliação, diferenças (avaliação quantitativa e qualitativa), o papel do aluno e 
docente na avaliação durante o processo de ensino-aprendizado e algumas 
considerações acerca de todo este processo. 
 
 
 
 
 
 
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Quais os objetivos da avaliação? 
 
Examinando quão variado e rico é o universo das definições existentes 
acerca do que seja avaliar, podemos inferir que é fértil o terreno sobre seus 
objetivos. Ketele (apud MIRAS e SOLÉ, 1996, p.375) defende que o processo de 
avaliar está ligado a adequação entre as informações e os critérios ajustados ao 
objetivo traçado no intuito da tomada de determinada decisão. Ou seja, para este 
autor, há um duplo aspecto no escopo do processo avaliativo: um seria a coleta de 
informações sobre o conhecimento adquirido pelo individuo; outro seria a análise 
destas informações, feita com base nos objetivos que foram traçados no 
planejamento da disciplina. Na perspectiva de Zambelli (1997), quanto à relação 
ensino-avaliação, este defende a existência de duas perspectivas distintas: a 
unidimensional, que trabalha unicamente com um teste realizado ao final do período 
(unicamente somativa), e a multidimensional, que explora múltiplos instrumentos 
avaliativos, aplicados durante todo o processo de ensino (avaliação conjunta da 
diagnóstica, formativa e somativa). 
 
 
 
 
 
Na perspectiva unidimensional recairia em um processo impregnado de 
autoritarismo, segundo o autor, por priorizar à memorização em detrimento a 
apreensão do conhecimento, prendendo-se ao emprego de uma única forma de 
avaliação, normalmente fixada no uso de provas, focando a simples verificação 
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quantitativa do aprendizado e fornecendo classificação aos estudantes. Já a 
perspectiva multidimensional, seria capaz de proporcionar “uma postura 
transformadora da avaliação”, através da ampliação dos níveis de conhecimento e 
seu domínio, ao passo que une o uso das avaliações somativas a outras, de caráter 
diagnóstico e formativo. Este tipo de avaliação apresentaria também, como 
vantagem, o uso de diversificados instrumentos, além de proporcionar múltiplos 
momentos de verificação durante todo o decorrer do processo. 
Tal autonomia está relacionada ao núcleo de todo o processo ensino-
aprendizagem, estruturado tanto no educando quanto na própria educação. É 
extremamente necessário construir de maneira coletiva um sentido humano para a 
avaliação, que a conduza a real autonomia de mestres e aprendizes. Em 
contrapartida Nérici (1977) afirma que a avaliação é uma etapa de um procedimento 
mais abrangente, que seria precedido por averiguação, ou seja, não pode haver 
avaliação, sem antes ter havido verificação. Já para Bloom, Hastings e 
Madaus(1975) a avaliação pode ser compreendida como um meio de adquirir dados 
a serem analisados com a finalidade de promover melhorias no processo ensino-
aprendizagem. 
Ainda de acordo com estes autores, a avaliação ofereceria informações 
basilares para o esclarecimento dos objetivos e metas educacionais, determinando 
em que medida tais finalidades estão sendo alcançadas e auxiliando possíveis 
correções caso os fins não estejam dentro do padrão esperado. Avaliação de um 
modo geral, seja em qualquer nível e modalidade, pode ser definida de acordo com 
vários pontos de vista, ou com uma determinada escola ou teoria de ensino (Liberal 
ou Progressista). Enfim, seja qual for, é a etapa fundamental e/ou essencial do 
processo de ensino- aprendizado. Pode- se dizer que a avaliação é procedimento 
que concentra os resultados da aprendizagem como: os objetivos foram 
alcançados? Houve ou não entendimento de um determinado conteúdo sobre 
determinada disciplina? Foram alcançados os objetivos do plano de curso, plano de 
ensino ou plano de aula? Dentro da perspectiva do ensino, seja da Educação Infantil 
ao Ensino Superior, quanto à formação profissional que se pretende desenvolver, de 
acordo com a política institucional. 
Segundo Saviane (1985) para entender melhor a respeito do que seria 
avaliação faz se necessário compreender os conceitos de educação, que variam de 
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acordo com várias teorias educacionais existentes, entre elas, a tradicional ousomativa,onde menciona que a educação é concentrada na figura do professor o 
“aprender”, onde este seria o centro de irradiação de conhecimento, enquanto o 
aluno um mero depositário deste, enfim, ao final se avaliaria o aprendizado de forma 
a somar por meio de notas ou conceitos, a fim de atingir numericamente o grau de 
entendimento acerca de um determinado conhecimento. 
Ainda nesta perspectiva, temos a tecnicista do “aprender fazendo”; enquanto 
que na Pedagogia nova, a educação é vista dentro dos princípios da “racionalidade, 
eficiência e produtividade, essa pedagogia advoga a reordenação do processo 
educativo de maneira à torná-lo objetivo e operacional” (SAVIANE, 1985, p. 05). Na 
perspectiva da Pedagogia Critica- reprodutivista a educação seria o único meio de 
transformação e de superação das desigualdades sociais existentes, surge também 
a idéia da “educação compensatória”, a educação como maneira de compensar as 
desigualdades (SAVIANE,1985). Dentro da visão a libertadora ou marxista, o 
professor e o aluno seriam centros do processo educativo como ponto ou eixo em 
comum, em que tanto o professor quanto o aluno são sujeitos e co-autores deste 
processo que utiliza a avaliação formativa e integral através do diálogo. 
 
 
 
 
 
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O papel do processo avaliativo 
Com base nas significações mencionadas no tópico anterior podemos 
compreender que a avaliação exerce as funções diagnóstica, verificadora e 
apreciadora. O caráter diagnóstico do ato de avaliar está explícito na função de 
coleta de informações para realização da análise. É nesta etapa que nascem os 
dados a serem apreciados. A segunda função faz referencia à avaliação formativa, 
tese trabalhada por Bloom, Hastings e Madaus (1975), através da qual se constata 
que a avaliação pode ser considerada como um método de adquirir e processar 
evidências necessárias para melhorar o ensino e a aprendizagem, incluindo uma 
grande variedade de evidências que vão além dos usuais exames escritos. 
Para Haydt (1995), este formato de avaliação representa o meio fundamental 
através do qual o discípulo adquire noção acerca de seus erros e acertos, podendo, 
desta maneira, desenvolver um estímulo maior para o estudo ordenado dos 
conteúdos. Outra função importante da avaliação formativa é fornecer feedbacks 
não só ao aluno, mas também ao professor, dando suporte para que este possa 
identificar lacunas na forma de ensinar, o que possibilita ao docente reformular seu 
trabalho didático, visando o melhoramento deste. Por fim, a última função do ato de 
avaliar seria a apreciação, momento no qual se determina o grau do domínio do 
estudante em sua área de aprendizagem. Também chamada de avaliação somativa, 
esta etapa tem o desígnio de qualificar os alunos ao final de um período de 
aprendizagem (semestre, ano, mês ou curso), de acordo com os níveis de 
aproveitamento (BLOOM; HASTINGS e MADAUS,1975). 
Existem muitas controvérsias sobre esta última função avaliativa. Para muitos 
estudiosos ela se contrapõe à avaliação formativa. Já para outros antecede. O fato 
é que, independente de um consenso entre os teóricos, a avaliação somativa possui 
inquestionável relevância quanto tratamos das funções diretas do processo 
avaliativo. Não podemos deixar de destacar também o papel fundamental deste 
processo no ensino aprendizado, de acordo com Perrenoud (1999), que seria o de 
facilitar a estratégia metodológica do professor, ou seja, ferramenta indispensável 
para que o mesmo busque sua qualificação profissional e seu aperfeiçoamento 
quanto educador. Entretanto, afirma de uma forma geral, que avaliação está 
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inserida tanto no papel da escola (currículo), do professor (metodologias) bem como 
do aluno (aprendizado), ou seja, o plano de ação dos processos avaliativos não se 
resume apenas na figura do professor e do aluno, mas também no desenvolvimento 
das habilidades e competências destes, o que denominou de “avaliar para as 
competências”. (PERRENOUD, 1999). 
 
 
Avaliação quantitativa x avaliação qualitativa. 
 
 
 
Analisando todo o conteúdo fornecido até agora, podemos destacar uma 
questão irrefutável: independente da forma com que ocorre, a avaliação deve ater-
se fundamentalmente à averiguação qualitativa do processo de ensino e 
aprendizagem. Cabe à avaliação o papel de identificar as dificuldades e 
insuficiências ocorridas no decorrer do estudo, oferecendo ao docente dados para o 
desenvolvimento do processo de reorientação de seu trabalho, para alcançar a 
superação das limitações detectadas na aprendizagem. 
 
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Não se busca condenar a avaliação da quantidade, mas sim mostrar como é 
 
necessário que haja uma sintonia entre estes dois critérios. Deixa-se evidente, 
porém a necessidade maior de evitar que a análise da quantidade seja colocada 
acima da apreciação da qualidade, fato que, infelizmente, é muito comum de ocorrer 
quando trata-se da avaliação no ensino superior. O que se tenta formular é uma 
proposta que una harmoniosamente estas duas vertentes, para que o aluno possa 
ser avaliado tanto pela quantidade de seus conhecimentos quanto pela qualidade 
destes. Desarticular estes dois critérios causa um amputamento no processo 
avaliativo como um todo. Afinal, mesmo que se defenda a qualidade se justapõe à 
quantidade, é lógico que o aluno que apresentar uma grande qualidade de 
conhecimento em um tópico apenas do conteúdo programático total não pode ser 
tomado como um aluno que alcançou o objetivo da disciplina, visto que um dos 
objetivos de processo ensino-aprendizagem fica incompleto: a assimilação perfeita 
dos conteúdos. 
Desta forma, a avaliação precisa deixar de ter cunho controlador e autoritário, 
deve-se pensar a avaliação na perspectiva do aprendizado preocupada com o 
 Não se toma, porém, a avaliação qualitativa como 
adversária da avaliação quantitativa. 
 
 
 
 
 
 
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conteúdo aprendido e não meramente no intuito de apenas “verificar conhecimento”, 
ou seja, devemos avaliar todos os dias, e não ficar colocando expectativas para 
somente um dia, tornando assim a prática avaliativa em uma atividade 
transformadora e criativa e não meramente decorativa (MENDES, 2005). 
 
 Portanto, tanto a metodologia quanto ao conteúdo devem ser flexíveis, se 
modificando quanto às dificuldades dos alunos, no que tange ao processo ensino–
aprendizagem. 
A avaliação necessita ser diversificada, transformadora, crítica e reflexiva, 
indo de encontro ao processo de ensino passivo, repetitivo e alienador. Desta forma, 
desperta no aluno a vontade de questionar, de entender e refletir sobre os assuntos 
ministrados, dar- se a partir do momento que a avaliação torna-se reflexiva, critica e 
continuada, deixando de ser apenas verificadora da aprendizagem, isto é, 
preocupada com o aprendizado biopsicossocial do ser humano, buscando não só a 
memorização dos conteúdos, mas sim a perspectiva de uma avaliação sócio-
avaliativa visionária (MENDES, 2005). 
Assim sendo, o processo avaliativo tornou-se uma forma quantitativa de 
avaliar o ensino tradicional que agrega notas ou conceitos, sendo necessário que se 
transforme a forma castradora de se avaliar o aluno pelo erro, no entanto se 
esqueceu de dar ênfase às suas dificuldades e deficiências como possibilidade de 
mudança e superação, ou seja, não se deve usar a avaliação como penalidade para 
os maus alunos ou boas notas para os bons alunos, mas avaliar os erro se buscar 
soluções e não castrações ou frustrações. Portanto, ter essa consciência de que 
precisamos mudar os paradigmas curriculares de ensino, começando pela 
academia, “Só muda quem adquire consciência e desejo de mudança” (MENDES, 
2005, p.5). Começandopela formação acadêmica nos cursos de graduação, pois 
neste momento devem-se levar em consideração as experiências do educando e 
outras formas de avaliar, utilizando novas metodologias preocupadas em 
supervalorizar o aprendizado e não apenas as dificuldades, ou pontos, ou até 
mesmo como contra- pontos dos alunos. 
Nesta perspectiva de organização curricular envolvendo a formação 
acadêmica, os processos avaliativos devem ser revistos como políticas públicas de 
forma que se tornem instrumentos de qualidade e não apenas somativos ou 
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quantitativos de notas, mas de avaliação integral na formação profissional 
acadêmica. Segundo Lima e Costa (2011), a avaliação se define: (...) o avaliar o 
outro, o julgamento do outro, se resume em “que medida o outro aprendeu”, qual a 
porcentagem de conhecimento adquirido, ou seja, os instrumentos de avaliação 
estão amarrados aos resultados, aos objetivos, logo, não há como modificar o 
processo (p.3). 
Segundo Almeida (1997), observa alguns aspectos a respeito do que seria 
avaliação, e os elegeu em três modelos avaliativos: o “tradicional”, que dá ênfase à 
verificação, apuração e interpretação dos resultados alcançados; “avaliação por 
objetivos comportamentais” que busca a verificação, a apuração e a interpretação 
das mudanças dos comportamentos dos alunos, e a “qualitativa” voltada às funções 
de diagnósticas e formativas do processo de ensino aprendizado (OLIVEIRA e 
SANTOS, 2005). 
Para definirmos melhor a avaliação formativa, ou qualitativa, é aquela que 
procura antes de avaliar levantar informações e ao mesmo tempo avaliar refletindo e 
repensando os melhores caminhos de se chegar ao objetivo final (SOUZA e 
BORUCHOVITCH, 2009). Pode parecer que este tipo de avaliação na prática não 
funcione, mas na verdade para praticá-la faz-se necessário não só vontade, mas 
preparo pedagógico, pois avalia tanto professor quanto a sua metodologia quanto 
aluno no seu aprendizado. 
 
A autonomia dos educandos no processo ensino aprendizagem 
 
 Ao aluno da educação superior, mais do que ao aluno do ensino médio, 
demanda-se que desenvolva e faça uso de seu senso crítico, na finalidade de evitar 
que este se transforme em um assimilador passivo de conteúdos. A própria 
exigência de frequência em sala de aula, amplamente utilizada inclusive como 
critério avaliativo, vem corroborar com o conceito de que o aluno deve ser critico, 
pois possui participação efetiva na construção do conhecimento. Esta visão 
libertadora do processo de avaliação se fortalece na assertiva da necessidade de 
conservação da autonomia intelectual dos professores. 
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O docente, não sendo um profissional neutro, traz para seu trabalho um 
conteúdo político e sociocultural próprio e, a partir dele busca elementos teórico-
práticos que dêem sustentação ao seu desempenho pedagógico. Porém, ressalta-
se que uma das maiores dificuldades no processo de construção da metodologia 
avaliativa a ser aplicada reside na formação pedagógica destes profissionais que, 
comumente é falha ou, até mesmo, inexistente. 
Desta maneira, é difícil evitar a idéia de que muitas das lacunas existentes 
nos processos avaliativos nascem da falta de um planejamento pedagógico eficiente 
e em harmonia com as bases teóricas da pedagogia. Em um período de mudança 
de paradigmas nas universidades, motivado pela nova ordem capitalista da 
globalização, que exige dos profissionais graduados no ensino superior uma 
formação que apresente um alto grau de diversidade e segurança de 
conhecimentos, surge a necessidade de uma revisão nos critérios avaliativos, 
unificada, desta maneira, a um processo paralelo à metodologia de ensino-
aprendizagem, colocada em exercício para surtir seus resultados dentro e fora da 
sala de aula. 
Afinal, com o uso de métodos amoldados, a avaliação aconteceria não 
exclusivamente após a transmissão dos conteúdos, mas também, durante este 
processo, avaliando a possibilidade de verificação da qualidade dos critérios, 
julgamentos, práticas e idéias, com interferências pontuais do docente, que passaria 
ao papel de “condutor” dos alunos na busca de conhecimentos concretos e 
conexos. Para tantonos fins dos anos 70 e 80 no Brasil havia uma grande discussão 
em torno de qual modelo de avaliação deveria ser implantado, mas somente nos 
anos 90 é que temos políticas significativas neste sentido a serem adotadas nas 
escolas como padrão escolar de avaliação, o chamado modelo de avaliação 
libertadora, influenciado pelo processo de redemocratização do país, avaliar de 
forma construtiva na perspectiva de que deve-se ter o aluno como co-autor dialético 
na construção do conhecimento (LIMA e COSTA, 2011). Portanto, lança-se uma 
nova concepção de avaliação a participativa, onde todos participam do processo 
educacional de forma democrática “uma ação eminentemente social, porque não é 
uma atividade de um sujeito isolado e nem mera atividade técnica, mas um produto 
social de certo tipo de sociedade e de uma época” (LIMA e COSTA, 2011). 
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Trata-se da implantação de uma avaliação participativa, a qual traz no seu 
cerne uma mudança da perspectiva do ensino aprendizado através da construção e 
do diálogo para a superação das desigualdades entre professor e aluno, onde 
ambos participam do processo de construção de conhecimento de uma forma 
democrática e libertadora. Nesta concepção, a avaliação, participa, influencia, muda 
e revê os objetivos também da educação dentro da perspectiva dialética 
metodológica, através do diálogo e da participação no processo de ensino 
aprendizagem. Segundo Lima e Costa (2011) faz-se necessário um planejamento 
do professor mais flexível, que prime pelo diálogo e a participação do aluno e do 
professor para que isso aconteça de forma democrática. Desta forma podemos 
visualizar para cada educação uma avaliação, uma organização, um planejamento, 
onde o docente possa utilizar técnicas e metodologias que valorizem esse diálogo, 
como por exemplo, o feedback, como instrumento de motivação ao aluno em 
questionar, podendo este errar ou acertar, e ao mesmo tempo buscar as respostas, 
permitindo que este exceda de seu conhecimento de mundo (OLIVEIRA e SANTOS, 
2005). 
Numa perspectiva Freiriana a avaliação é um processo no qual os 
professores e alunos, mediados pela realidade que apreendem e da qual 
extrapolam o conteúdo de aprendizagem, atingem um nível de consciência dessa 
mesma realidade, a fim de que nela possam atuarem num sentido de transformação 
social,onde juntos possam buscar no conhecimento, respostas e métodos que faça 
da avaliação um instrumento de colaboração para o ensino-aprendizado. 
 
Concluindo Avaliação 
 
 Portanto podemos destacar que a avaliação voltada aos aspectos qualitativos 
precisaria ser trabalhada desde o inicio do curso superior, oferecendo desta maneira 
ao aluno a oportunidade de amoldamento ao critério. As avaliações de qualidade 
são capazes de ofertar progressos no conteúdo que se almeja ensinar, ao ponto de 
concluir-se que, indiscutivelmente, uma das mais importantes funções da avaliação 
é prover subsídios para o aperfeiçoamento do ensino. Com base nesta 
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argumentação podemos verificar a prevalência das funções diagnóstica e formativa 
nos processos avaliativos, sendo estes fortes mecanismos no fomento do citado 
aperfeiçoamento (tanto docente quanto discente) no projeto ensino-aprendizagem. 
Aprimoramento este compreendido desde a promoção da qualidade nos 
métodos didáticos e pedagógicos até a probabilidade de aferir maior liberdade ao 
discente, em contrário às visões imperiosas e em sua maior parte classificatórias, 
ligadas diretamente às formas tradicionais de avaliação. Neste ínterim podemosdiscutir os conceitos de avaliação dentre diversas linhas de pensamento 
pedagógico, da tradicional à libertadora, emancipatória eparticipativa de Paulo 
Freire. 
Portanto a proposta libertadora ou freiriana traz uma discussão mais ampla e 
atual dos processos avaliativos, dentre as reflexões podese destacar, o pensamento 
da educação dialética, que impinge o diálogo para que haja transformação e 
mudanças, onde o aluno é co- autor desse processo de construção de 
conhecimento. Para esta nova proposta a qual faz uma reflexão do fazer 
pedagógico e do avaliar partindo do pressuposto que existe outro ser humano que 
devemos levar em consideração, suas diversidades, desafios, dificuldades, idéias e 
debates, por isso ser chamada de participativa e emancipatória, pois tem o objetivo 
de colocar o aluno como ator social mostrando sua importância para a 
transformação de seu meio social. No entanto não podemos esquecer também do 
papel do professor, o qual toma função de articulador e não mais mediador durante 
o processo de aprendizagem, “O professor é visto como um articulador dos novos 
conhecimentos a serem socializados” (LIMA e COSTA, 2011, p.9). Mas para tanto o 
aluno deve se tornar também um articulador e participante de novas idéias e 
estimulado a debater e a expor de forma democrática suas idéias. Do contrário isso 
não aconteceria na pedagogia tradicional, tecnicista, onde o aluno era apenas um 
depósito de conhecimento ou reprodutor de idéias, dentro da perspectiva capitalista, 
avaliado pela quantidade de conteúdos e não pela qualidade. Dentro dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais que ainda perduram em nossas escolas e 
instituições de ensino superior no Brasil, em se tratando de Leis de Diretrizes e 
Bases da Educação- LDB (1996), colegiados, enfim, há ainda uma grande influência 
destes nos processos avaliativos educacionais da gestão educacional no país. Isto 
se verifica desde o governo Fernando Henrique, com a política de universalização e 
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garantia do ensino fundamental para todos (Educação para todos), tendo sido 
municipalizado este tipo de ensino, ou seja, colocando a cargo dos poderes 
municipais o oferecimento e manutenção do ensino, e utilizando-se da propaganda 
de aceleração deste, sem esquecer-se da defasagem que houve deste ensino, 
dados estes registrados segundo o próprio MEC (LIMA e COSTA, 2011). 
Atualmente esta realidade não está muito diferente, pois ainda vivemos as 
consequências impostas pelos novos pilares da educação (aprender a ser, aprender 
a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver), numa perspectiva capitalista 
competitiva influenciada por organismos internacionais que ainda influenciam os 
Parâmetros curriculares Nacionais-PCNs e os projetos políticos pedagógicos de 
todas as escolas. Portanto defendemos que, a avaliação deve ter um caráter mais 
democrático, qualitativo e formativo, nas escolas e universidades, atuando junto ao 
papel social da escola e das universidades, na formação do aluno, tanto para no 
campo profissional, quanto social no exercício de sua cidadania. 
Então, se pode concluir que o papel da avaliação deveria ser mais efetivo 
quanto à formação deste aluno para a vida, beneficiando também ao professor junto 
a sua qualificação durante este processo de ensino aprendizado. Se os métodos de 
avaliação não sofressem influências das políticas capitalistas, o que obrigam aos 
atores da educação seguirem fórmulas de avaliação ou exames (ENEM, ENAD, 
prova e provinha Brasil entre outras) quem avaliam de forma quantitativa e não 
qualitativa preocupados com índices e números, o que distancia cada vez mais o 
Brasil junto ao sonho de se tornar país de primeiro mundo ou nunca sair do status 
de eternamente o país em desenvolvimento, que esquece que a educação é uma 
das principais molas para o desenvolvimento de um povo. 
A avaliação que se faz necessária 
 
Em 1930, um novo termo surge para denominar a prática avaliativa 
desenvolvida em sala de aula – avaliação da aprendizagem – instituída por Ralph 
Tyler (1930, apud LUCKESI, 2008a) que defendia a avaliação como uma prática 
educativa que subsidia o ensino de maneira eficaz. Ainda que se tenha passado 80 
anos e que junto a Tyler outros educadores tenham seguido a sua perspectiva de 
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mudança, muito ainda há que se fazer para que percebamos, de maneira 
significativa, a presença de uma avaliação que priorize a aprendizagem dos alunos. 
Avaliação da aprendizagem desenvolvida dentro da escola precisa assumir o 
seu papel pedagógico, dispondo-se a serviço do ensino e da aprendizagem. À 
serviço do ensino, pois poderá apontar ao professor os caminhos e descaminhos da 
sua ação, proporcionando o contínuo aprendizado do docente e a regulação do seu 
fazer com vistas a favorecer a aprendizagem de seus alunos. À serviço da 
aprendizagem, pois além de contribuir para orientar a ação do professor, poderá 
ajudar no desenvolvimento de um aluno autônomo e autor da sua própria 
aprendizagem. 
Vasconcellos (2006) descreve a função da avaliação de cunho tradicional 
abordando o ponto de vista do sistema social, da escola, do professor e dos pais. O 
autor mostra que o principal objetivo da avaliação tradicional destoa do objetivo 
central da educação, que de forma objetiva, tem como foco o desenvolvimento 
escolar e do cidadão. Para Vasconcellos (2006) a avaliação tradicional apresenta-se 
como instrumento de poder, de controle e aponta qual a função da avaliação na 
percepção de cada segmento educacional: 
 
Sistema: como forma de inculcação ideológica, domesticação, 
seleção e discriminação social; Escola: como forma de legitimação da 
sua própria existência, como afirmação de sua importância [...], bem 
como forma de controle do trabalho do professor; Professor: como 
forma de controle da disciplina e/ou como forma de coerção para o 
aluno reproduzir a ideologia dominante, expressa no saber ali 
transmitido; Pais: como forma de controle e pressão sobre os filhos; 
a nota acaba sendo, muitas vezes, a única forma de acompanhamento 
do desenvolvimento escolar das crianças (VASCONCELLOS, 2006. 
p.49). 
 
Como parâmetro, para mostrar a dissonância entre o que se deveria primar 
com a educação e o que se encontra com a prática avaliativa presente nas escolas, 
será aqui utilizada a LDB que ao definir os Princípios e Fins da Educação Nacional 
estabelece em seu Artigo 2º: 
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[...] a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos 
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por 
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 
1996). 
 
 
E quanto ao Ensino estabelece ainda em seu art. 3º que o Ensino será 
ministrado com base nos seguintes princípios: 
 
I - Igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola; IV- Respeito à liberdade e 
apreço a tolerância; 
 
Diante do que é posto pela LDB é perceptível que avaliação, como vem 
sendo trabalhada ao longo das últimas décadas no Brasil, não tem contribuído para 
com os princípios estabelecidos por este documento. Uma avaliação que traz em 
sua essência a busca pelo controle e subordinação do educando e que o força a 
caminhar num ritmo de aprendizagem que muitas vezes não condiz com as suas 
possibilidades; uma avaliação que se preocupa essencialmente em classificá-lo em 
apto ou não-apto a prosseguir em seu processo educativo contribui com os altos 
índices de reprovação, fator contribuinte para evasão escolar e o que vai contra a 
igualdade de condições para a permanência na escola. 
A escola, como um grande palco de aprendizagem e de desenvolvimento 
humano, deve buscar, entre tantas outras coisas, uma avaliação formativa, que 
perceba o estudantecomo um ser particular e em constante processo de 
aprendizagem. A avaliação deve mostrar- se aliada da escola, sendo capaz de 
contribuir para o pleno desenvolvimento dos alunos. 
Hadji (1994) utiliza a expressão “aprendizagem assistida por avaliação” para 
apontar qual deve ser o verdadeiro papel da avaliação, com esta expressão 
percebe-se que o movimento entre a aprendizagem e a avaliação muda de curso, 
ao invés de se ter uma aprendizagem com foco em resultados de provas ou testes, 
tem-se uma avaliação que dá suporte para que a aprendizagem aconteça. 
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Freitas (1995) corrobora com a ideia de que a avaliação está implicada de 
forma contínua e interativa com o processo de ensino e aprendizagem quando 
chama a atenção para a importância do par dialético avaliação/objetivos. Segundo 
este autor “o desenvolvimento da categoria conteúdos/métodos (outra categoria 
importante da didática) está modulada pela categoria avaliação/objetivos” 
(FREITAS, 1995, p. 144). Para o autor, os objetivos devem ser definidos e 
apresentados claramente aos alunos de maneira a orientá-los a cerca do que 
devem buscar alcançar em relação a sua aprendizagem. A avaliação apresenta-se 
como geradora de desenvolvimento, proporcionando o conhecimento sobre aquilo 
que se deseja atingir com o processo de ensino e aprendizagem. Em linhas gerais, 
seria a avaliação concebida de maneira a informar e orientar o objetivo geral do 
ensino que é a aprendizagem. De acordo com Freitas, a relação existente entre 
objetivos e a avaliação são claras: 
 
Os objetivos apontam o estado final e o estado final está em 
contradição com o estado real do aluno, o que deve criar motivação, 
gerar movimento. A avaliação é instrumento dessa superação. Aponta 
o estado real e serve de ponto de referência para o aluno contrapor-se 
ao que é esperado em termos de objetivos. Porém, esse processo deve 
ser assistido de forma a garantir os elementos necessários para a 
superação das dificuldades dos alunos [...] (FREITAS, 1995, p. 264). 
 
 
Villas Boas, em suas pesquisas, emprega a expressão “avaliação para 
aprendizagem” (VILLAS BOAS, 2008, p.57), o que, de antemão, induz a um novo 
pensar em avaliação. Ao ler “avaliação para aprendizagem” percebe-se um novo 
movimento entre avaliar e aprender, em que a função, o objetivo da avaliação ganha 
nova direção, onde o caminho a percorrer é perpassado por estratégias e ações que 
visam de forma consolidada a aprendizagem. Segundo Villas Boas (2008), a 
avaliação, nessa perspectiva, não se limita apenas ao aprendizado do aluno, mas 
alcança também o crescimento do professor o que contribui, de forma mais ampla, 
para o desenvolvimento da escola. Quando a pesquisadora diz “avaliação para 
aprendizagem” objetiva dentro do seu trabalho como pesquisadora “identificar e 
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analisar práticas avaliativas comprometidas com a aprendizagem de alunos e 
professores e com o desenvolvimento da escola” (VILLAS BOAS, 2008, p.57). 
Ao propor uma “aprendizagem assistida por avaliação” (HADJI, 1994) e/ou 
uma “avaliação para aprendizagem” (VILLAS BOAS, 2008) almeja-se seguir em 
direção a uma Avaliação Formativa. 
 
 
A avaliação escolar, praticada nas salas de aula, durante décadas e ainda 
presente, possui um caráter classificatório, excludente, onde o processo avaliativo 
se dá por etapas e não de forma contínua como é proposto pela própria LDB. Medir, 
atribuir notas, ainda prevalece como foco ao avaliar. A avaliação que acontece ao 
final de etapas, ciclos ou períodos, desconsidera o percurso limitando-se apenas a 
quantificação de dados adquiridos num momento específico. 
Villas Boas ressalta que a avaliação escolar pode cumprir duas funções 
principais: “classificar o aluno ou promover sua aprendizagem” (VILLAS BOAS, 
2008, p.32). A autora defende a Avaliação Formativa por considerar esta capaz de 
valorizar o aluno tornando-o parceiro de todo o processo e conduzindo-o a inclusão 
e, assim, promover a sua aprendizagem. 
A avaliação formativa prima pela aprendizagem, é conduzida de forma a 
contribuir com o professor, orientador do processo, e com o aluno, participante ativo 
do seu próprio aprendizado. A avaliação Formativa busca formar e informar com o 
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intuito de influir na ação e desenvolvimento do processo de ensino e de 
aprendizagem. 
Para Hadji (2001) a avaliação formativa tem como ponto forte a característica 
de informar, que por sua vez tende a formar os dois principais atores do processo, 
professores e alunos. 
 
O professor será informado dos efeitos reais de seu trabalho 
pedagógico, poderá regular sua ação a partir disso. O aluno, que não 
somente saberá onde anda, mas poderá tomar consciência das 
dificuldades que encontra e tornar-se-á capaz, na melhor das 
hipóteses, de reconhecer e corrigir ele próprio seus erros (HADJI, 2001, 
p.20). 
 
Diante de uma avaliação com as características acima apontadas por Hadji 
(2001) é perceptível, neste caso, um professor com uma nova postura, tornando-se 
flexível, em constante mudança, adaptando e readaptando sua prática a situações 
específicas, num ambiente em que se vive o ensinar e o aprender, não 
necessariamente nesta ordem. Onde, em alguns momentos os atores do processo 
trocam de posição, fazendo com que a aprendizagem aconteça de forma mais 
significativa. 
Diante dos pensamentos de Hadji (2001) e Villas Boas (2008) infere-se que 
avaliação formativa segue uma perspectiva de avaliação capaz de tornar os agentes 
do processo, professores e alunos, ativos, atentos, dispostos e de fato responsáveis 
pelo seu próprio saber e fazer. Professores conscientes de como estão fazendo e o 
que estão alcançando com este fazer, podem, assim regular sua ação com as 
necessidades que vão aparecendo ao longo do processo. Alunos mais reflexivos e 
críticos, capazes de identificar o que já são ou não capazes de fazer diante da sua 
aprendizagem. 
Nessa mesma linha de pensamento que defende uma avaliação que sirva a 
aprendizagem, pode-se citar também a proposta de avaliação Mediadora 
apresentada por Hoffmann (2009) que prioriza a interação entre professor e alunos, 
num movimento constante de troca. “Ação, movimento, provocação, na tentativa de 
reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e alunos 
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buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, discutindo-as, 
reorganizando-as” (HOFFMANN, 2005, p.119). 
Hoffmann (1994) aponta dois princípios norteadores da avaliação enquanto 
mediação: O Diálogo e o Acompanhamento. Na perspectiva de avaliação mediadora 
da pesquisadora o diálogo não se reduz a conversa pautada em perguntas e 
respostas, mas na ação de reflexão em que professor e aluno refletem juntos sobre 
o objeto de conhecimento e isto “exige aprofundamento em teorias de conhecimento 
e nas diferentes áreas do saber” (HOFFMANN, 1994, p.58). O acompanhamento 
não se restringe a estar junto a, mas amplia-se a favorecer. Para Hoffmann: 
 
O acompanhamento do processo de construção de 
conhecimento implica favorecer o desenvolvimento do aluno, orientá-lo 
nas tarefas, oferecer-lhe novas leituras ou explicações, sugerir-lhe 
investigações, proporcionar-lhe vivências enriquecedoras e 
favorecedoras à sua ampliação do saber (HOFFMANN, 1994, p.58). 
 
Ao encontro do que pensa os três autores até então mencionados, Luckesi 
(2008a) defende uma avaliação escolar que subsidie a aprendizagem, que a oriente, 
que lhe dê condições para seguir rumo a um resultado significativo e positivo para o 
aluno. Para Luckesi “a avaliação é um ato de investigar a qualidade dos resultados 
intermediários ou finais de uma ação, subsidiando sempre sua melhora” (LUCKESI, 
2008a, p.165). O autor implicitamente, nestepensamento, faz referência à avaliação 
contínua, quando atenta para a investigação dos resultados intermediários, ou seja, 
aos resultados que vão se apresentando ao longo do processo de aprendizagem. 
De acordo com Luckesi (2008a) a avaliação deve auxiliar o crescimento do 
educando, ou seja, o seu desenvolvimento. 
Concluímos, então, que a avaliação da aprendizagem compreende a 
definição de procedimentos/instrumentos educativos que acompanham o início, o 
durante e o fim do processo de aprendizagem e desenvolvimento do estudante. Ela 
deverá estar sempre presente apontando, o que fazer, por que fazer e como fazer, 
para que, professor e aluno, possam juntos, alcançar seu principal objetivo, 
aprender. Desta forma a avaliação da aprendizagem assumirá seu papel de 
formativa/mediadora/subsidiadora da aprendizagem. 
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