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OrtopédicoOrtopédico Inicia-se com a anamnese convencional utilizada para avalição de outros sistemas, e posteriormente o clínico veterinário pode utilizar de perguntas específicas para o direcionamento do diagnóstico. Ambiente em que vive? Tem acesso á rua? Há contactantes? Funções ou atividades do paciente? Frequência de exercícios? Alimentação? Imunização? Anti-parasitários? Outras enfermidades? Quais tratamentos? Há claudicação? Impotência funcional? Decúbito? A observação da atividade locomotora ou da postura adotada pelo animal, é capaz de determinar a possível localização da lesão. Lembrando que animais de pelos longos devem ser submetidos à tricotomia. Avaliação de atrofia muscular; Comparação de massa muscular com membro contralateral; Assimetrias; Desvios ortostáticos; Alterações posturais; Onicogrifose (membros em desuso). Manutenção de afastamento dos espaços interdigitais. Alterações demarcha ou delocomoção; Informações sobre raça, idade e sexo são extremamente relevantes para o início da investigação do problema ortopédico, uma vez que determinadas enfermidades apresentam predileção ou maior incidência para uma das três .informações. Espécie; Raça; Idade; Sexo; Pelagem; Um exame satisfatório do aparelho locomotor é composto pela resenha, ou identificação, anamnese, inspeção visual (avaliação de marcha, alterações posturais), palpação e testes específicos do sistema locomotor. exame em pequenos animais Anamnese:resenha: Inspeção: Elevação do membro ao solo; Déficti proprioceptivo; Decúbito Claudicação; Impotência funcional Inicialmente o paciente deve ser avaliado caminhando lentamente, a fim de que seja possível identificar claudicações e alívio de peso. Avaliar animais em estação e sentado. Pode-se evidenciar deslocamento do eixo do corpo para um dos lados, normalmente associado a tremores musculares por fraqueza. Posteriormente, pode-se analisar a caminhada rápida ou trote. Sequencialmente pode-se solicitar que o paciente suba e desça escadas ou rampas, deite e levante. , pode-se notar a amplitude da passada e troca de peso constante como sinais rotineiros de dor no membro afetado. Além disso, pacientes acometidos por doenças crônicas dos membros pélvicos, como luxação de patela e displasia coxofemoral, comumente apresentam atrofia dos membros pélvicos e hipertrofia dos membros torácicos, além de desvios angulares causados por doenças do crescimento. Os pacientes com dor e claudicação do membro torácico, fazem um balançar da cabeça para cima e para baixo, a fim de diminuir a carga sobre o membro afetado, levantando a cabeça quando o membro torácico toca ao solo. A palpação, tem como finalidade principal o auxíl io na localização da lesão e na avaliação de tumefações, mobil idades ósseas e de instabil idades articulares. Com o intuito de minimizar erros ou dúvidas durante a palpação, o hábito de efetuar o mesmo exame no membro contralateral sadio proporciona maior confiança e fidelidade no diagnóstico. Todos os integrantes do sistema musculoesquelético devem ser palpados, de preferência, sem a util ização de anestésicos ou sedativos, uma vez que esses podem mascarar manifestações clínicas e dificultar o diagnóstico. Palpação: Tumefações Flutuações; Creptaçõa; Sinal de Godet; Consistência; Temperaturas Proeminências ósseas Quando observadas alterações de volume e simetria de um membro ou soluções de continuidade em pele durante a inspeção, a palpação superficial deve ser realizada para avaliar as seguintes características: palpação superficialpalpação de ossos longos A palpação deve ser realizada obedecendo uma sequência idêntica para todos os ossos, a fim de se observar o início de manifestação da dor e o local em que ela ocorre de maneira acentuada ou menos intensa. O médico veterinário deve aplicar suas mãos nas extremidades proximal e distal da região óssea a ser investigada, posicionando seus polegares sobre a face lateral e os quatro dedos restantes de cada mão sobre a face medial. Após o posicionamento das mãos, o clínico deve passar suas mãos por toda extensão do osso a fim de verificar irregularidades em sua superfície. Fêmur/Úmero = após a localização dos epicôndilos e do trocanter maior, passe as mãos simultaneamente pelas faces medial e lateral, percorrendo toda a extensão óssea. Escápula = ao localizar a cav. glenóide, com a mão espalmada, sentir toda extensão da espinha da escápula. Falanges proximal, média e distal = podem ser avaliadas ao dedilhar a superfície óssea em suas faces anterior e posterior e pelo afastamento lateral dos dígitos. Posicionamento sobre a cabeça doúmero e o epicôndilo lateral.Posicionamento sobre o trocantermaior do fêmur e o epicôndilo lateral. Posicionamento das mãos parapalpação de tíbia e fíbula. palpação de pelve Posicionado lateralmente ao animal, o profissional deve localizar, as cristas ilíacas direita e esquerda. Realizada essa abordagem, o clínico deverá movimentar lateralmente, e de maneira alternada a região isquiática e a região ilíaca. Em fraturas, serão evidentes mobil idade local, dor e crepitação. Púbis = é necessário o toque transretal, no qual o clínico posiciona o dígito através do lúmen retal, direcionado ao “assoalho” do canal pélvico. Assim, o veterinário consegue determinar o grau de afastamento da sínfise púbica e a existência de assimetria entre as concavidades dos ramos acetabulares direito e esquerdo. Palpação das cristas ilíacas e tuberosidades isquiáticas. Toque transretal com palpação da sínfise púbica palpação das vértebras A palpação deve ser realizada obedecendo- se a uma mesma sequência para os segmentos espinais. Assim, o exame é iniciado pelas vértebras cervicais, seguidas das torácicas e, por último, as lombares. A abordagem deve respeitar o decúbito ou a atitude postural que o animal assume no momento da consulta. Segmento cervical = o examinador deve segurar a face do animal e com a mão livre, envolver dorsalmente no formato de arco, a musculatura cervical, próximo à articulação atlantoccipital. Após esse posicionamento, o clínico deverá realizar movimentos de extensão, flexão e lateralidades direita e esquerda. Segmentos torácico e lombar = posicionar dois dedos, paralelos entre si e que estejam dispostos lateralmente ao processo espinhoso, sobre cada par de processos articulares . Devem ser realizados movimentos de pressão ventral sobre os processos articulares, em sentido crânio caudal, a fim de palpar todas as 13 vértebras torácicas e as 7 vértebras lombares .A fim de minimizar interpretações errôneas por excesso de pressão, o examinador deve realizar a palpação da coluna quantas vezes forem necessárias, provocando aumento gradual de sua pressão digital. Palpação de vértebras torácicas Palpação das vértebras cervicais: extensão Palpação das vértebras cervicais: flexão Palpação das vértebras cervicais: lateralidade Palpação das vértebras cervicais: articulação atlantoccipitalpalpada dorsalmente A palpação é realizada externamente, sobre o aspecto dorsal do animal e de maneira análoga à abordagem do púbis. A abordagem externa caracteriza-se pela localização do processo espinhoso da última vértebra lombar (L7) e das cristas ilíacas; no triângulo de espaço formado por essas estruturas, estará posicionado o sacro. Assim, o clínico posiciona com um ou mais dígitos as vértebras sacrais sobre seus processos, pressionando-as ventralmente. Paralelamente, o acesso por via retal é realizado por meio do direcionamento digital pelo canal do reto, posicionando o dígito dorsalmente, para que alcance o “teto” da cavidade pélvica. Após essa manobra, o dígito deve pressionar o sacro em sentido dorsal. Abordagem transretal do sacro; Exame externo das vértebras sacrais comlocalização entre as cristas ilíacas palpação do sacro palpação das articulações As articulações devem ser palpadas explorando os movimentos possíveis em condições normais. Assim, as alterações mais comuns são: restrição de movimento,mobil idade exacerbada, aumentos de sensibil idade e temperatura, tumefações e crepitações. Também pode-se util izar um goniômetro. O médico veterinário deve envolver com uma mão toda a articulação e com a mão livre, apoiá-la em um osso distal à região, realizando os movimentos de flexão e extensão. A comparação com a articulação contralateral sadia deverá sempre ser realizada. Palpação da articulação tibiotarsometatarsal emflexão. Palpação da articulação tibiotarsometatarsal em extensão. Toda e qualquer avaliação óssea deverá ser acompanhada pelos exames radiográficos, preferencialmente em duas projeções e, no caso de suspeita de neoplasias, é necessário realizar biopsia por punção aspirativa. testes específicostestes específicos É util izado para avaliar a presença de instabil idade na articulação coxofemoral (subluxações e luxações), seja de razão traumática ou casos graves de displasia. O paciente é posicionado em decúbito lateral, com o membro examinado do lado oposto ao decúbito. O profissional estabil iza a articulação femorotibial com uma das mãos e, com a outra mão espalmada, aplica-a sobre o trocanter maior. Com movimentos simultâneos, o examinador realiza força de pressão contra a cavidade acetabular, pelo trocanter maior, e abduz a ar ticulação em aproximadamente 45°, tracionando-se lateralmente o joelho. Quando há instabil idade, ouve-se e sente-se uma crepitação, momento em que ocorre, temporariamente, a redução da cabeça do fêmur na cavidade acetabular. Teste de crompressão trocantérica: Esse teste tem como finalidade a avaliação do comprimento dos membros. Isso porque a maioria das luxações coxofemorais ocorrem em sentido dorsocranial, ocasionando o encurtamento do membro luxado. O médico veterinário posiciona-se atrás do animal, que deverá estar á em estação, aplicando os polegares nas tuberosidades isquiáticas e, simultaneamente, os quatro dedos restantes de cada mão sobre a face anterior do terço médio dos fêmures direito e esquerdo. Sequencialmente deve-se elevar os membros pélvicos em relação ao solo, deixando-os paralelos entre si, com o animal apoiando-se apenas com os membros torácicos em posição de aclive. Então, compara-se a simetria dos membros, nesse caso, o membro luxado estará mais curto. Teste de hiperextensão: Teste de hiperextensão testes específicostestes específicos Esse teste tem como objetivo diagnosticar subluxações ou luxações de patela. O animal deve ser posicionado em decúbito lateral, com o membro pélvico a ser examinado do lado oposto ao decúbito. Com a articulação em repouso, o examinador aplica uma das mãos sobre a face anterior da articulação femorotibial, individualizando a patela entre o polegar e o indicador; a outra mão é posicionada posteriormente à articulação tibiotarsal. Assim, são realizados movimentos de extensão e flexão, partindo-se dos tarsos, simultaneamente à tentativa de movimentos lateral e medial da patela, em relação à fossa troclear. A luxação ou subluxação patelar é mais facilmente palpada quando a articulação está em extensão. Nesse momento, o clínico aproveita o deslocamento patelar para palpar o sulco troclear e avaliar o seu grau de arrasamento, grau de saliência dos côndilos e inserção medial da crista tibial; todos fatores anatômicos que influenciam o desenvolvimento das luxações congênitas de patela. Avaliação da instabilidade patelar: Esse teste destina-se a diagnosticar instabil idades dos ligamentos cruzados cranial e caudal. O animal deve ser posicionado em decúbito lateral, com o membro pélvico a ser examinado do lado oposto ao decúbito. Com a articulação em repouso, o examinador aplica uma das mãos lateralmente ao fêmur, na sua porção intermediária; a outra mão é posicionada sobre a tíbia, aplicando-se o polegar lateral e caudalmente à fíbula, no seu aspecto mais proximal, e os quatro dedos restantes apoiados na face anterior do osso. Após esse posicionamento, são realizados movimentos anteroposteriores da tíbia, em relação ao fêmur. Se houver um deslocamento cranial, eventualmente seguido de crepitação da tíbia, o teste é considerado positivo e designa alterações no ligamento cruzado cranial. Se o deslocamento tibial ocorrer no sentido posterior, o teste também é considerado positivo e indicativo de anormalidades no ligamento cruzado caudal. Teste de gaveta: Teste de gaveta:Avaliação da instabilidade patelar: testes específicostestes específicos Esse teste também destina-se a diagnosticar instabil idades dos ligamentos cruzados cranial e caudal. O animal deve ser posicionado em decúbito lateral, com o membro pélvico a ser examinado do lado oposto ao decúbito. Com a articulação femorotibial em repouso (semifletida), o examinador aplica uma das mãos cranialmente ao fêmur, de tal forma que a palma da mão “abraça” o músculo quadríceps, enquanto o dedo indicador toca a crista tibial, indicando-a. Já a outra mão é posicionada na região metatarsiana, com a palma da mão na face posterior dos metatarsos. Em seguida, são realizados movimentos de flexão e extensão da articulação tibiometatarsiana e, concomitantemente, observa-se se há deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur. Se o dedo indicador sobre teste de compressão tibial: Articulação umerorradioulnar Os movimentos de flexão e extensão objetivam avaliar a ocorrência de luxação, falta de união do processo ancôneo e fragmentação do processo coronoide medial. O animal deve ser posicionado em decúbito lateral, com o membro torácico a ser examinado do lado oposto ao decúbito. Com uma das mãos posicionadas na face posterior da tuberosidade do olécrano, e com a outra localizada na face anterior da porção distal do rádio, o clínico realiza movimentos de extensão e flexão. Nos casos de luxação umerorradioulnar, o examinador observará restrição de movimento, principalmente para extensão, crepitação, rotação medial de rádio e ulna e proeminência na face medial da articulação, indicando o deslocamento medial dos côndilos umerais. Quando houver suspeita da falta de união do processo ancôneo, em cães, os mesmos movimentos e posicionamento descritos anteriormente deverão ser realizados, com especial atenção à ocorrência de crepitação e dor articular. A fragmentação do processo coronoide medial caracteriza-se por discreta crepitação articular, às vezes imperceptível, com restrição ao movimento de flexão e dor manifestada, principalmente quando o examinador, ao palpar a articulação, posiciona e pressiona medialmente, com um de seus dedos, a face medial entre rádio e ulna, na região mais proximal possível. articulação umeroradioulnar: Compressão tibial a crista tibial deslocar-se cranialmente toda vez que for realizado o movimento de flexão, o teste será considerado positivo e, portanto, sugere que há instabil idade do ligamento cruzado cranial. testes específicostestes específicos Além da flexão e extensão, essa articulação possibil ita os movimentos de abdução, adução e rotações interna e externa. Para realizá-los, o clínico deverá posicionar o animal em decúbito lateral, com o membro torácico a ser examinado do lado oposto ao decúbito. A seguir, com uma das mãos, deverá localizar o processo acromial, que designa a porção mais inicial da crista escapular e, a seguir, distalmente, a cavidade glenoide. Em uma posição ventroanterior, a porção anterior da cabeça umeral será localizada. Nesse momento, o examinador posiciona dois dedos (indicador e polegar) sobre a cabeça umeral com o intuito de apreendê-la, para, com a outra mão, aplicada caudalmente à articulação umerorradioulnar, realizar os movimentos já descritos. Embora as luxações escapuloumerais sejam pouco frequentes devido à proteção fornecida pelo tórax e musculatura lateral, durante a palpação, será observada restrição de movimento, principalmente para flexão e extensão, além de dor. Já nos casos de osteocondrite dissecante da cabeça do úmero, o clínico observará intensa manifestação de dor e crepitação, principalmente quando realizar os movimentos de rotações interna e externa.A pressão digital profunda sobre o aspecto caudal da cavidade glenoide também evidencia, quando em extensão, o processo doloroso e a percepção de crepitação, nessa enfermidade. articulação escapuloumeral: Tendões, ligamentosemúsculos A palpação dessas estruturas pode revelar, apenas subjetivamente, nos casos de processos inflamatórios, aumento de sensibil idade e tumefações. Assim, os exames auxil iares de ultrassonografia são mais úteis pelo fato de fornecerem com exatidão a identificação de descontinuidade do padrão das fibras, bem como a evidenciação de exsudação de líquido inflamatório e na avaliação de alterações no padrão tecidual. tendões, ligamentos e músculos Kássia Machado e Thaís Sobreira Ortopedia e Traumatologia 2023/03 FEITOSA, Francisco Leydson F. Semiologia veterinária: a arte do diagnóstico - 4. ed. - Rio de Janeiro. Roca, 2020. MORAIS, R.; Atendimento ao paciente ortopédico. Acesso em: 11/03/2023. Disponível em: <https://vetsmart- parsefiles.s3.amazonaws.com/d252020bf6c83d87cd2186ab220eab0c _vetsmart_admin_pdf_file.pdf>. Referências: OrtopédicoOrtopédico 1 Resenha/Identificação 2. Anamnese 5. Exames complementares 4. Exame físico ortopédico Inspeção de marcha, postura e estação Palpação de articulações e estruturas ósseas Testes específicos Radiografia Ultrassonografia Biópsias,Patologia Clínica 3. Exame físico geral Sinais Vitais Doenças sistêmicasconcomitantes, etc. CLaudicação? Tempo? Evolução? Acesso a rua? Histório? Manejo? Contactantes, etc. Espécie? Raça? Sexo? Idade? exame em pequenos animais
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