Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Esse resumo irá abranger o segundo bimestre dessa matéria. Um acesso correto a ossos longos é de extrema importância, pois permite: • Melhor abordagem óssea; • Melhor visualização; • Menor trauma iatrogênico (falha médica); • Melhor recuperação; • Anatomia local; • Respeitar os corredores seguros; • Preservar vasos, artérias e nervos; • Preservar as funções anatômicas e fisiológicas; • Protege e preserva os grandes vasos, nervos, ligamentos e tendões. Prefere osteotomias e tenotomias a miotomias; O acesso correto não provoca trauma adicional. Levar em consideração os seguintes fatores: • Local da fratura; • Implante a ser aplicado; • Raça, tamanho e conformação do animal interferem; • Animais condrodistróficos; • Músculos deformados, diferentes inserções; • Animais obesos; • Fáscia “disfarçada” por gordura; • Dificuldade de manipulação (gordura); • Tipo de fratura ou luxação; • Acessos múltiplos ou combinados; • Infecção ou trauma tecidual associados; Fraturas simples – fácil acesso. Fraturas cominutivas – dificultam o acesso (hematoma). Consiste numa abordagem cirúrgica para acessar os ossos longos. • Incisão e retração da pele e subcutâneo; • Retração com afastadores autoestáticos; • Permite visibilização do osso; • Evitar incisar ventre muscular; • Preferir tenotomias a miotomias; • Cuidado na dissecção (criteriosa); • Identificar as estruturas (anatomia); • Evitar manipular fragmentos ósseos com as mãos; • Manter ambiente da fratura o mais preservado possível; S eparação, elevação e retração m uscular • Preservar fragmentos ósseos sempre que possível; • Aproximar musculatura; • Recobrir o implante e o osso o máximo possível; • Respeitar a anatomia funcional e do movimento; • Suturas fáscias; • Redução do espaço morto; • Infecção; • Redução da tensão sobre a pele; • Deiscência das feridas cirúrgicas; Subcutâneo e pele Esses são os principais acessos: Fêmur • Lateral; Tíbia • Medial; Úmero terço médio • Lateral; Sutura Criteriosa Art. E veia Femoral N. Isquiático M. vasto lateral M. bíceps femoral M. abdutor M. cranial tibial N. art. E veia safena M. braquio cefálico M. bíceps braquial M. peitoral superficial M. braquial N. radial Úmero • Medial Radio • Medial; • Lateral; É uma inflamação no osso causada por uma infecção, geralmente em ossos longos. • Canais de Volkmann; • Periósteo; • Cavidade Medular; • Bactérias; • Fungos; • Vírus (raramente); *Osteomielite fúngica em tíbia* As mais comuns são as bacterianas – por via hematógena ou via percutânea (trauma / cirurgia). A infecção inicia na cortical óssea e depois migra para a cavidade medular. • Rara em cães; • Em filhotes através da infecção ascendente do umbigo; • Em jovens após castração; • Infecções dentárias; Sinais Clínicos • Febre; • Claudicação / impotência funcional; • Dor; • Edema; • Aumento da temperatura local; • Fístulas / secreções; N. mediano N. ulnar N. musculo cutâneo M. bíceps braquial Extensor carpo radial Abdutor pollicis longo Extensor digital comum Extensor carpo radial Extensor digital comum N. radial *Cortical → cavidade medular* Exames • Hemograma (contagem leucocitária); • Hemocultura (Provet equipamento sensível); • Raio-x; Pode provocar uma fratura complexa. Prevenção • Higiene / assepsia / antissepsia; • Técnica cirúrgica adequada – instrumentais implantes; • Antibioticoterapia (quando necessária); Tratamento • Remoção do implante; • Cultura e antibiograma / cultura fúngica; • Drenagens / lavagens; • Antibióticos de amplo espectro; • Controle da dor (analgésico / AINE); • Estabilização se for fratura não consolidade (mudança de tipo e material do implante); Contaminação de forma exógena. • Trauma com fratura exposta (ferida contaminada); • Iatrogênica (incisão de pele); Bactérias mais comuns Staph. Intermedius (60%), E.coli, Pseudomonas... • A osteomielite geralmente é causada por bactérias do meio hospitalar; • O comprometimento vascular / isquemia geralmente levam a osteomielite; Apenas a contaminação não é o suficiente para causar a osteomielite, o microrganismo precisa colonizar (crescer) no tecido ósseo. Principais fatores que levam a instalação da doença • Isquemia; • Sequestro ósseo / necrose tecidual; • Instabilidade de fratura; • Presença de material estranho (implante); • Formação de biofilme (película viscosa) no implante; • Fraturas de alta energia e/ou abertas; • Manipulação excessiva p/ redução anatômica; • Acessos cirúrgicos incorretos; • Implantes aplicados de forma incorreta; • Impossibilita a neovascularização local; • Impossibilita a diferenciação celular; Instabilidade da Fratura • Paradoxo (pois é importante para consolidação); • Implantes de má qualidade; • Implantes / equipamentos com esterilização incorreta; No biofilme, a maioria dos microrganismos estão fixados em substratos e não dispersos em suspensão. • Se inicia 2 a 5 dias após o trauma, com infecção predominante dos tecidos moles ao redor do osso; • Prognóstico melhor se tratado rapidamente; • Tanto na osteomielite crônica quanto na aguda, a forma de tratamento é sempre agressiva. Sinais Clínicos • Claudicação e dor variável (depende do grau de infecção); • Aumento de volume local; • Febre; • Letargia; Exames • Leucograma – aumento dos leucócitos; • Rx – poucas alterações visíveis (proliferação do periósteo, reabsorção óssea, aumento da densidade da medula óssea); Exames Específicos • Análise microbiológica e histológica (diag. Diferencial); • Antibiograma; • Coleta correta (realizar após Debridamento da superfície) – biópssia óssea, aspirados, esfregaços dos tecidos necróticos / sequestro ósseo, implantes direto no meio de cultura; Tratamento • Melhora no ambiente do local da fratura; • Retirada do implante contaminado; • Debridamento cirúrgico abundante; IS Q U E M IA P R E S E N Ç A D O IM P LA N T E • Correta fixação da fratura por outro tipo de implante; • Administração de antibióticos – parenterais (I.V) por 3 a 5 dias, seguidos de enterais (V.O) por 6 a 8 semanas; • Cefazolina 30mg/kg BID, Clindamicina 11mg/kg BID, Amoxicilina + Clavulanato 20mg/kg BID; Devem permanecer por no mínimo 30 a 45 dias. É uma infecção bem estabelecida dentro do osso, que perdura por semanas ou meses, até anos. • Em alguns casos, traumas futuros na região previamente tratada com osteomielite pode gerar nova infecção; O uso de antibióticos não é fator decisivo para o tratamento da não união com osteomielite, mas sim promover a neovascularização eliminando tecidos moles e ósseos necróticos e isquêmicos, promovendo a correta estabilização da fratura. Sinais Clínicos • Dor; • Grande aumento de volume; • Claudicação mais evidente, podendo causar até impotência funcional da pata; • Drenagem purulenta por fístulas; • Poucos sinais sistêmicos; Exames • Raio-x: lesões evidentes e importantes, proliferação periosteal, reabsorção óssea, presença de implantes soltos ou quebrados, fragmentos ósseos não viáveis; Essas imagens devem ser diferenciadas de outras doenças osteoproliferativas. • Análise microbiológica e histológica; • Cultura e antibiograma; Tratamento • Retirada do implante e possíveis biofilmes; • Debridamento cirúrgico agressivo com remoção dos tecidos necrosados, evidenciando tecido vivo; • Promover a abertura do canal medular,para permitir a vascularização local; • Correta fixação por outro implante; • Evitar implantes intramedulares; • Aproximação das fáscias musculares vascularizadas; • Evitar drenos passivos, ao invés disso, promover lavagens abundantes; • Uso de antibióticos; Antibióticos sistêmicos por períodos mais prolongados de 60 a 90 dias. Drenos • Evite, não use; • Prefira acesso ao local da ferida coberto com ataduras estéreis; • Sedação / anestesia para a lavagem com soluções salinas estéreis com ou sem antibiótico; • Lavagem até o tecido ósseo ser recoberto por tecido de granulação, então se aplica enxerto de osso esponjoso; A consolidação se tudo der certo sempre será tardia, de 6 a 12 meses. Lavagem de Feridas • Nunca utilizar soluções clorexidine ou povidine; • Lavagem abundante com NaCl 0,9%; São mais raras em cães e gatos no Brasil. • Coccidioidomicose (EUA); • Blastomicose (EUA); • Histoplasmose (EUA): O tratamento é estipulado após a cultura, microbiologia e resultados histológicos. As feridas são classificadas em 3 graus diferentes de acordo com sua intensidade e extensão. • Fragmento ósseo lesa a pele internamente; • Fragmento não visível no meio externo; • Ferida com diâmetro menor que 1 cm; • Tecidos adjacentes pouco lesionados; • Ocorre em regiões de pouco envelope muscular (tíbia e rádio/ulna); • Ferida de pele que ocorre do meio externo para o interno; • Maior lesão dos tecidos adjacentes; • Presença de materiais estranhos na ferida; • Ferida maior que 1 cm; • Sem perda de tecidos nem grandes lesões ao envelope muscular; • Presença de extensa lesão dos tecidos moles; • Evidente exposição dos tecidos ósseos; • Ocorre por traumas de alta energia; • Perda de tecidos moles importantes; • Lesão neurovascular e de desenluvamento; • O grau III é subdividido em A, B e C segundo o grau de comprometimento dos tecidos adjacentes; Tempo Livre de Friederich Baseia-se no ciclo do germe. • Estipula que baseado na multiplicação dos mesmos, até 10h a ferida é considerada contaminada; • Após 10h, é considerada infeccionada; É uma “fusão” cirúrgica para formas uma anquilose. • A anquilose espontânea raramente acontece, comumente ocorre uma fibrose periarticular com graves contraturas, o que gera muita dor; • A artrodese leva a perda total do movimento daquela articulação, levando ao alivio da dor, oriunda dos tecidos articulares e periarticulares; • Quanto mais proximal a articulação a ser “artrodesada”, maior incapacidade do membro, piores são os resultados; • Articulação do cotovelo e joelho tem os piores resultados (melhor se utilizar de próteses); • Carpo e tarso – melhores resultados (para deambulação); Articulação coxofemoral nunca é artrodesada (sempre prótese ou artroplastia). Princípios Básicos • Ângulo sempre neutro (anatômico); • Articulação deve estar sem infecção (cuidado feridas abertas); • Cartilagem art. deve ser removida e exposto o osso subcondral; • Superfícies de contato planas para promover o calo ósseo / consolidação; • Utilizar goniômetro no membro contralateral no planejamento; • Fixação rígida e de longa duração (6 a 12 meses) = placa; • Enxertos de osso esponjoso; • Aplicação de bandagem externa por 8 semanas; Existem dois tipos de técnicas. • Panatrodese – é a fusão de toda a articulação do carpo, unindo os metacarpos ao rádio; • Artrodese parcial – é a fusão da fileira proximal do carpo aos metacarpos; *artrodese parcial* *panatrodese* Existem 3 tipos de técnicas. • Pantarsiana; • Intertarsiana; • Talocrural; • Acesso lateral; • Preconizada na ruptura dos ligamentos ventrais tarsianos; • Preserva a mobilidade da articulação tíbio- tarsica; • Placa abrangendo todo calcâneo até os metatarsianos; • Curetagem da articulação afetada; • Nivelamento da superfície óssea; • Enxerto esponjoso; *intertarsiana* É a fusão da tíbia com o tarso. • Indicações – osteoartrite grava (OCD), fraturas articulares irreparáveis, hiperextensão do tarso, paralisia do nervo isquiático; • DAD do tarso; • Manter o ângulo de 135°; • Menos utilizada que a pantarsiana, devido a falhas, resultados insatisfatórios; • Associar pinos cruzados e bandagens sempre; • Pode usar F.E em lesões abertas ou por cisalhamento; • Configuração do fixador externo depende do tamanho do paciente; • Superfície devem ser preparadas; • Soltura precoce do fixador x consolidação; Cães com + de 20kg • Fixador tipo II com barras pre-retorcidas; • Associar pino intramedular na tíbia que transpassa o talus; • Pinos cruzados; • Parafuso entre tíbia e talus; • Melhores resultados em todas as técnicas; • Não sobrecarrega as fileiras tarsianas distais; • Promove a fusão das 3 fileiras articulares; • Manter ângulo de 135° da articulação tíbio/tarsica/metatarsiana; • Pode-se utilizar o F.E.L ou placas; • Placa cranial x lateral (momento de inércia); • A placa deve contemplar 2/3 dos metatarsianos; • A placa deve contemplar 1/3 da tíbia; • Cuidado ao suturar tecidos moles (fechamento é crítico); • Fazer incisões de relaxamento (para cobrir a placa / evitar necrose de pele); • Sempre proteger com bandagens; Placa Lateral ou Medial? • Ostectomia do maléolo (lateral ou medial); • Utilizar placa de reconstrução pré-modelada (Boomerang hibridas); • Transfixar um pino de steimann previamente no talus/tíbia; • Menor chance de falha do implante; • Felinos sempre preferir as placas; *pantarsiana* Sistema Lincevet. • 1.2/1.5 com 1.5/2.0; • 1.5/2.0 com 2.4/2.7; • 2.4/2.7 com 3.5/4.0; Em outras articulações são realizadas com menor frequência, evitar cotovelo e joelho. • Técnica de salvamento (fraturas da cavidade glenoide); • Difícil realização; • São realizadas 4 osteotomias – acrômio, tubérculo maior, distal da escapula, proximal do úmero; • Manter angulação de 105 a 11°; • Utilizar placas de reconstrução;
Compartilhar